O passado bate na porta... escrita por Lia Winchester Somerhalder


Capítulo 7
Entrando no sonho


Notas iniciais do capítulo

Perdoem pela demora pequenas huters, eu sei que demoreiii de mais para postar (estive sem tempo e esse capitulo era bem complexo para escrever) Bem aqui está, talvez eu demore para postar o próximo vou entrar em semanas de provas, mas sempre penso em vocês
Beijinho e BOA LEITURA!***********



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P.O.V Dean (1 Hora antes)

(...) em direção à escuridão, em direção ao grito. Chegamos ao fim das escadas e ao meu lado percebi um pequeno feixe de luz.

– Agentes aqui!- a ouvi dizer.

Caminhei em sua direção com atenção, estava fácil de mais.

– Mary...- respondi, um calor estranho cresceu em meu peito quando toquei sua mão fria. Uma dor no abdômen puxando-me pra traz, tentei resistir, mas em alguns minutos praticamente voei para o outro lado do porão, em meio à escuridão. Tentei me soltar, porem uma força invisível me pressionava contra parede, prendendo-me. Esforcei-me para gritar, e era como falar no espaço (se é que no espaço se fala), não consegui emitir nenhum ruído. Era como um método de tortura assim que comecei a ouvir Mary gritando de dor do outro lado, não vê-la, nesse mesmo instante já poderia estar morta.

Sam também deve ter sido atacado, os gritos de Mary eram tão altos, com tanta dor, que cada vez que sua voz falhava, era um motivo para meu coração disparar, será que era tarde de mais? Uma batida, alguém vinha pela escada. Depois o que me prendia se foi, cai dando de cara no chão.

Levantei-me depressa e corri em direção de Mary, ainda estava escuro, mas vi o vulto de um homem ao lado dela, acho que era o cara que tinha falado que ela estava no porão.

– O cordão verde!- gritei para o homem, lembrando-me de como matar o fantasma.

– O que?- o ouvi responder.

– O cordão verde no pulso dela, jogue-o para mim!- falei, espero que esse cara ache que eu não era louco.

Logo vi o cordão verde sendo lançado, peguei-o no ar e tirei do casaco meu isqueiro, ouvi outro grito.

– Não!- era o homem, rapidamente acendi o isqueiro e queimei o codão verde de Mary Monstom. Vi uma chama perto dela, e logo depois as luzes voltaram, iluminando por completo o porão. Observei o chão e notei a poça de sangue que cobria Mary, ao lado dela vi a pessoa que nunca achei que veria de novo...Castiel...

Castiel... entrei em transe, varias coisas passaram pela minha cabeça. Como? Quando? Onde? Ele estava vivo... ok, mas era meio impossível. Todo tipo de demônio e anjo, e eu e Sam, procuramos Castiel ano passado. Vários anjos falaram para eu e Sam que tinham matado-o, não acreditamos, porque até os demônios falavam que tinham o matado. De um tempo pra cá, desisti de procura-lo e me conformei que estava morto. Agora o vendo, um turbilhão de sensações passou por mim: raiva, felicidade, medo entre outras mais. Sai do transe quando ele finalmente falou:

– Por favor...Salve-a!

Cai em mim e corri para Mary, precisávamos leva-la ao hospital muito rápido. Peguei-a em meus braços, seus olhos estavam vidrados para trás e a quantidade de sangue que estava no chão era absurda. Olhei para Cass que continha sangue nas costas, ele também estava machucado e perdia sangue, virei para olhar Sam que possuía um pequeno corte na cabeça, ele tinha acordado e estava sentado olhando Castiel.

– Ajude-o- falei pra ele e apontei com a cabeça para Castiel, logo, todos nos estávamos dentro do Impala em direção ao hospital mais próximo.

(...)

– A pressão esta caindo rápido...- ouvi uma enfermeira gritando.

Eu e Sam assistíamos calados os médicos tentando salvar Mary, toda aquela adrenalina me lembrou de quando Bobby morreu, novamente o desespero veio ate mim, comecei a entrar em pane. Tentei passar pelos médicos ate chegar a Mary, mas eles bloquearam meu caminho, agora definitivamente me expulsando da sala.

Eu me perdi em pensamentos, enquanto estava sentado no sofá da sala de espera. “Castiel... antes de ele ser levado gritou meu nome e de Sam, será que ele sabia quem éramos? Ou na verdade estava sem memória e quando voltou à adrenalina começou a se lembrar? Assim como nas outras vezes em que o vi sem memória... Mary... e Castiel.. será que ambos estavam juntos? Se sim, nossa! Estou gostando da mulher do meu amigo.” Voltei para realidade assim que vi o médico caminhando em minha direção, sua cara não estava alegre, olhei para Sam que também parecia que estava pensando e retornou a realidade.

– Srs. Winchesters?- falou ele na direção de Sam e eu (sim resolvemos colocar nossos nomes normais desta vez)

– Então doutor alguma novidade de nossos amigos?- perguntou Sam.

– Acho que são más noticias- começou ele, e já não gostei do rumo que a conversa estava tomando- Como vocês devem saber a Sra. Monstom ficou muito ferida e perdeu uma quantidade alta de sangue, seu metabolismo agora esta se recuperando, porém lento de mais, com a falta do sangue, temo dizer que ela esta entre a vida e a morte.

Entrei em estado de pânico, ouvi Sam falando:

– Doutor há algum meio de Mary receber uma doação de sangue?

– Essa é a outra parte não boa da situação, o tipo sanguíneo da Sra. Monstom esta em falta aqui no hospital. Então venho lhes perguntar se ambos têm o sangue A+.

“Droga!”– pensei, assim não dava. Iríamos perder mais uma pessoa, eu não podia deixar isso ocorrer, o pior era que eu não possuía sangue combatível a de Mary, o meu era B-.

– Dean...- falou Sam agora para mim- eu posso doar. Sou também A+.

Um pequeno fio de esperança cresceu em mim, mas lembrei de toda a minha história com Sam e fiquei em duvida, não sabíamos direito se ele continuava com o sangue de Azazel (Demônio dos Olhos Amarelos), ou se Lúcifer tinha tirado isso dele. Bem... teríamos que arriscar.

Horas Depois...

Recebemos a noticia que Castiel já sairá da operação, o perigo de ficar tretaplégico estava fora de alcance, mas o lado negativo era que ele entrou em estado de coma. Resumindo, alem de Mary ainda não ter acordado, após a doação de sangue, não sabíamos se um dia Castiel iria acordar. Temos sorte não é mesmo?

Sam e eu estávamos sentados no quarto de Mary esperando sua recuperação, o frio daquela manhã entristecia-me ainda mais. Liguei a radio e tocava uma musica da Lana Del Rey

Baby, I’m a sociopath, Querido, eu sou uma sociopata.

Sweet serial killer. Doce Serial Killer

On the warpath, Em um caminho de guerra.

‘Cause I love you just a little too much Porque eu te amo só um pouco demais

I love you just a little too much (much, much) Eu te amo só um pouco demais (demais, demais)

You can see me drinking cherry cola, Você pode me ver bebendo Cherry Coke

Sweet serial killer, Doce Serial Killer,

I left a love note, Eu deixei um bilhetinho de amor

Said you know I love the thrill of the rush. Disse que você sabe que eu amo a sensação de agitação

You know I love the thrill of the rush (rush, rush). Você sabe que eu amo a sensação de agitação (agitação, agitação).

(You send me right to heaven), (Você me mandou direto para o céu).

Sempre tem que tocar uma musica nas horas mais inapropriadas, fazer o que... Sentei na cadeira ao lado da cama de Mary, olhei para seu rosto pálido, ainda via as pequenas sardas na sua bochecha e seu cabelo ruivo espalhado no acolchoado branco. Acariciei seu belo rosto, e logo me repreendi, ela era mulher do meu melhor amigo, mas mesmo sabendo disso ainda sentia o pequeno fio de ligação entre nós. Olhei para traz a tempo de ver Sammy entrando no quarto com dois copos de café, senti um puxão em meu braço, olhei já vendo Mary sentada ofegante.

– Castiel...- disse com tristeza na voz. Ela se virou e olhou para mim, seu olhos estavam marejados. - Onde está Castiel...?

P.O.V Sam

Observei Mary agarrada ao braço de Dean, quase chorando, perguntava onde estava Castiel. Aproximei-me a fim de aclama-la.

– Ei calma Mary- falei com suavidade- Como está se sentido?

– Bem... eu acho, agente William- comentou ela agora olhando para mim e enxugando seus olhos- Por favor o que aconteceu com meu namorado Castiel, ele está bem?

Olhei para seus profundos olhos mel, e senti-me péssimo ao lembrar da situação delicada que nos encontrávamos.

– Sinto muito, mas Castiel foi atacado, ele esta se recuperando, porem em estado de coma. - Ela abaixou o olhar, agora se abraçando.

– É tudo culpa minha não é mesmo? Vinicius... quer dizer o fantasma de Vinicius queria somente a mim, eu deveria estar morta, mas estou viva enquanto Castiel dorme em um sono sem fim.- ela falou agora com um lagrima escorrendo em seu rosto.

– A culpa não é sua Mary- falou meu irmão- Castiel é forte, ele conseguirá vencer- Dean falou com o ar de conhecer Castiel, Mary olhou para nos confusa.

– Vocês não são do FBI, não é mesmo?- perguntou

– Não...- comecei- Somos caçadores. Caçamos todo tipo de anormalidade, desde fantasma, vampiros, monstros.

– Ual, então tudo existe?

– De certa forma sim, o caso do seu ex Hector chamou nossa atenção, deduzimos que a próxima vitima seria você. O cordão verde era uma ligação em que você e Hector tinham com Vinicius, não é mesmo?- agora disse Dean. Ela vez com que sim com a cabeça.

– Ele não sobreviveu, não é mesmo?- falou ela já sabendo da resposta. Foi quando me lembrei de que Mary havia dado um sinal que estava grávida, antes de ficar desacordada ela disse: “Salve-o!”, todos nos entendemos, mas as chances eram mínimas.

– Porque tudo no que eu toco, eu destruo? Porque tudo que vem ate mim vai embora ou se perde depois?- ela disse abaixando o rosto. Assim me fazendo lembrar de minha historia com Dean, não era diferente de nos. Também perdemos tudo pelo caminho.

– Sei como é isso- Falou Dean me encarando.

– Qual o nome de vocês mesmo?

– Desculpe, eu sou Sam Winchester, e esse é meu irmão Dean.- assim que eu falei Mary ficou pálida.

– Win..ches..ter?- gaguejou. Tinha alguma coisa ai.

– O que você sabe sobre nos?- perguntou Dean agora encarando Mary.

– Quase nada, só sobrenome, e agora deduzindo, por algum motivo conhecem Castiel, ou são o passado dele.

Fique confuso. Resolvi começar no começo:

– Como você encontrou Castiel??

1 Semana Depois

Mary já conhecia nossa historia, como já também sabíamos como ela encontrou Castiel, que ainda estava em estado de coma. No dia anterior a médica que cuidou dela falou de sua alta no hospital, no começo se animou, mas ainda estava preocupada com seu namorado, então a alegria durou pouco. Dean conversava com ela, aposto que contando uma de nossas caçadas. Acabei não notando um médico atrás de mim.

– Posso ajuda-lo Doutor... - olhei para o nome em seu crachá-... Becher?

– O horário de visitas acabou, preciso que se retirem para poder examina-la. - estranhei aquele não era o (a) medico (a) que cuidara de Mary.

– O senhor deve ter se confundido, a Doutora Carmerly já nos atendeu, segundo ela Mary recebe alta hoje mesmo. - respondi.

– Sinto muito, hoje a Doutora Carmerly não está então me mandaram ver o caso da Sra. Monstom. – estranho, ainda pensei.

– Tudo bem... vamos Dean!- falei me virando ao meu irmão que se aproximava.

– Ok- falou ele.

(...)

Passando-se uns 5 minutos, sentado na sala de espera, vi um pequeno movimento de enfermeiros correndo de um lado para outro. Resolvi dar uma olhada para ver o que estava acontecendo, entrei em pânico quando notei que o movimento ocorria para o quarto de onde estava Mary.

– Rápido Dean!- gritei, correndo para o quarto. Chequei a até a porta onde alguns enfermeiros a bloquearam, não me deixando passar.

– O que esta havendo- perguntei tentando passar pelos enfermeiros.

– Senhores se acalmem... - disse uma enfermeira, mesmo assim continuei lutando tentando entrar no quarto. A fim de ouvir o médico falando:

– A pressão caiu, ela entrou em estado de coma.

Meu mundo caiu...

(...)

Dean e eu estávamos sentados no quarto de Mary desconfiados, o que poderia ocorrer para ela entrar em coma? Ela estava bem ia receber alta e... PUF! Entra em estado de coma. Olhava para seu rosto pálido e para o pequeno tubo que ligava a seu braço, recebendo poucas dosagens de soro. Não percebi um homem a espreita da porta, agora entrando por completo. Ele estava em uma cadeira de rodas, olhei para seu rosto, havia muito tempo que eu achava que estava morto.

– Castiel...- falei

– Sam eu presumo?- falou ele em duvida

– Sim sua memória voltou?- perguntei e vi Dean nos encarando, para ele ainda era um choque ver Castiel vivo.

– Não... só sei que vocês são Sam e Dean Winchester.- ele olhou para Mary- ela está bem?

– Castiel...- começou Dean- Do que você se lembra?

– Quase nada, só lembro-me de falar para vocês cuidarem dela, por quê?

– Você sabe por quanto tempo dormiu?- continuou Dean

– Bem pelo que me parece, acho que uma noite. - Olhei para Dean preocupado, teríamos que avisá-lo.

– Cass... você ficou em coma durante uma semana.

(...)

Olhava Castiel acariciando o rosto de Mary. Ele entrou em choque ao descobrir que esteve fora durante uma semana, e agora preocupado com Mary, todos nós estávamos. Ele colocou a mão na parte de traz da cabeça dela e logo olhou confuso para mim.

– O que é isso Sam?

Estranhei, levantei-me e olhei para o local que ele apontara, era uma mão azul marcada no pescoço de Mary, posso jurar que já vi aquilo em algum lugar...

– Dean, isso lhe parece familiar?

Ele caminhou ate nos e observou, ficou pálido.

– Droga! Eu sei o que é isso.

– O que?

– Lembra-se aquele Djinn que não se alimenta de sangue, mas dos medos das vítimas? Tivemos um caso parecido, a Charlie estava conosco e ai ela foi atacada e tudo mais. (8º temporada Ep. 20)

– Claro.. então temos um Dijjin no hospital, aposto que é aquele medico que mandou a gente sair... acho que era... Doutor Becher!

– Temos que pegar raízes dos sonhos, e tentar fazer Mary se libertar do seu medo, eu vou já sei como é isso.

–Não!- falou agora Castiel- Eu posso ate ser do passado de vocês, mas não os conheço direito, pelo menos não agora, deixa que eu vou!

– Mas você esta fraco, ate esta em uma cadeira de rodas, eu vou! Eu sei como faze- la voltar.

Castiel retrucou e ambos começaram a discutir. Observei impaciente, Mary não tinha muito tempo.

– Fiquem quietos! Eu vou!

(...)

Dean preparou a mistura, ele e Castiel me olhavam com cara feia, não tinham concordado, mas os obriguei.

– Se cuida Sam- falou Dean.

– Pode deixar, matem o Dijinn! Vejo vocês mais tarde.

Bebi a mistura e em poucos minutos adormeci.

Acordei encostado em um carro preto, olhei melhor e vi que era o Impala. Passei o olhar pelo lugar e o reconheci.

“Ferro- velho Singer”

Eu estava na casa de Bobby, como? Caminhei para a casa onde logo fui recebido por ele.

– Olá Sammy!- ele disse me abraçando, senti-me uma criança- Vamos entre.

Entrei e olhei dentro da casa, nada havia mudado.

– Não se esqueça de nunca...

– Nunca subir ao sótão...- completei a frase, e reconheci aquela lembrança, espero que não seja o que eu estou pensando. Bobby saiu e foi ate a cozinha, olhei para as escadas, eu era uma criança curiosa, nen tão criança já que naquela época eu estava com 12 anos. Subi as escadas não me importando com a bronca que iria levar, abri a porta do sótão e olhei, vazio. O que lá tinha que eu não poderia ver? Entrei mais adentro do sótão, ate que levei uma sapatada na cabeça.

– Ai...

Olhei para ver uma menininha ruiva em uma pose de luta.

– Quem é você?


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Notas finais do capítulo

bem é isso, comentem do que estão achando ate a próxima!