O passado bate na porta... escrita por Lia Winchester Somerhalder


Capítulo 6
Confiar?


Notas iniciais do capítulo

Bem mais um capitulo para vocês BOA LEITURA************



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/463071/chapter/6

P.O.V Mary

(...) ouvindo gritos e arrombamentos. Acordei em uma intensa escuridão, percebi que estava deitada em uma mesa de madeira, senti o cheiro do lugar, o reconheci, era o porão. Percorri a mão ao meu redor e toquei um obejeto, pelo bom Zeus, era a lanterna. Acendi-a e iluminei, estava vazio, nada de fantasmas. Quando fui me sentar gritei, uma dor insuportável do tornozelo, com muita dificuldade sai da mesa e fiquei em pé... sem sucesso... desabei no chão instantaneamente gritando de dor. “Claro...”– pensei enquanto iluminava o tornozelo e via uma parte do osso exposta. “Parabens Sra. Mary Monstom você acaba de quebrar seu tornozelo”- pensei sacarstica, quando ouvi um arrombamento na porta e passos de pessoas descendo as escadas.

Iluminei as escadas e vi dois homens, imediatamente os reconheci.

– Agentes! Aqui!- falei

– Mary...- pronunciou Jonh Cater. Ele e Wiliam vieram a minha direção, suspirei aliviada faltava pouco para eu estar novamente nos braços de Castiel, e finalmente diria que estava... gelo. O frio retornou e entrei em estado de alerta, Jonh já estava segurando minha mão, mas foi levado bruscamente para traz. Olhei para Wiliam que tinha sido empurrado por algo invisível e super forte, fazendo-o bater a cabeça na quina da mesa, ele caiu inconsciente no chão, já Jonh desapareceu do outro lado do porão em meio à escuridão.

Algo me vez levantar, senti que estava flutuando, mas na verdade alguém segurava na gola da minha blusa e pressionava-me contra a parede. Olhei para minha frente e vi um homem, nunca esqueceria daquele olhar sem vida, daquele formato de rosto, pronunciei o nome com nojo.

– Vinicius...

– Olá pequena Mary.

– Você está morto- respondi tentando fazer minha voz sair casual, para não demonstrar medo.

– Pelo jeito eu voltei Mary Monstom, e sei o que você carrega dentro de si.

“O que? Como ele sabia? Nem Castiel, nem ninguém, só eu e o médico, como era possível?” pensei atordoada.

– Como você....

– Você acha que eu não te observei esses últimos dias?- ele soltou uma risada maléfica- Você será minha, somente minha Mary Ambler Monstom, e o filho que carrega nunca ira nascer!

Uma faca apareceu em sua mão, tudo que eu mais temia aconteceu... senti a faca entrar em minha barriga chegando a meu útero, comecei a gritar e a me contorcer de dor.

– Por favor pare!- falei em meio aos gritos. A dor era terrível, mas a dor maior era saber que eu estava perdendo meu filho, uma vida pequena que crescia em mim, eu sabia que talvez nunca mais nascesse. Estava tão feliz aquela manha depois que voltei do hospital com a confirmação que eu estava grávida, esperei o dia inteiro Castiel voltar para poder abraça-lo e lhe contar a noticia, algo que não aconteceu.

Vinicius retirou a faca, agora coberta pelo meu sangue, não consegui olhar direito minha visão estava embaçada. Senti a ponta da faca agora em meu pescoço.

– Seja minha Mary...- ele pronunciou, fechei meus olhos. “Vou morrer” pensei ate que cai no chão bruscamente. Coloquei a mão em minha barriga vi que estava perdendo muito sangue... comecei a perder a consciência.

P.O.V Castiel ( minutos antes)

Mary me abraçava fortemente, retribui seu abraço e lhe perguntei:

– O que aconteceu Mary...

Sua cabeça estava apoiada em meu peito, coloquei minha cabeça próxima de seus cachos ruivos, inspirei seu perfume doce de baunilha com mel, nunca vou saber como ela deixa o cabelo tão cheiroso assim.

– Mais tarde... eu só quero congelar agora e...

Ela parou de falar, as luzes que estavam acesas começaram a piscar, depois se apagaram. Fiquei abraçado com Mary na imensa escuridão, um frio tomou conta de mim. Olhei para as janelas, possuíam uma pequena camada de gelo a seu redor. Soltei o ar da minha boca e vi uma fumaça, estava tão frio que achei que iria começar a nevar em casa. Logo percebi que Mary não estava em meus braços, ela tinha sumido. Levantei bruscamente do sofá, estava em estado de choque. Ouvi a porta da frente ser arrombada, não demorou muito para eu ver dois homens na minha frente apontando uma arma. Não consegui ver seus rostos.

– Quem são vocês?- falei

– Somos a policia- um deles respondeu. Por um segundo fiquei aliviado, eles poderiam salvar Mary de seja lá o que tenha pegado-a.

– Ajudem minha mulher! Um cara a levou, ela desapareceu ajude...- gritei, a sala estava fria novamente. Senti uma dor terrível em minhas costas. Cai de joelhos coloquei a mão na parte que ardia das costas e não demorou para eu ver sangue. Alguém tinha me esfaqueado. Outro grito, logo o reconheci, era de Mary, notei que vinha do porão.

– O porão, ela esta no porão...- falei com dificuldade, minhas costas doíam descontroladamente. Os dois homens correram para porta e arrombaram, assim descendo as escadas.

Levantei-me com dificuldade, caminhei ate a cozinha. Cheguei perto da pia onde avistei uma faca. Seja lá o que estava acontecendo eu precisava estar armado (mesmo que depois Mary me matasse por estar usando sua faca de prata). Apoiei-me na bancada tentando ficar firme, minhas pernas não queriam responder. Escutei coisas sendo jogadas no porão. Assustado tentei correr ate a porta, porem minhas pernas estavam cada vez mais lentas. Com dificuldade cheguei perto das escadas do porão, Mary gritava, desabei e cai rolando nas escadas. Bati meu rosto no chão frio, olhei para o lado, um homem segurava Mary contra a parede enquanto cravava uma faca em sua barriga. O ódio e a raiva cresceram sobre mim. Rastejei pelo chão em direção ao filho da p@#$.

Cheguei perto de seus pés e o ouvi pronunciando:

– Seja minha Mary...

“Hoje não seu desgraçado”– cravei a faca sem sua perna, ele evaporou no ar. Mary caiu no chão segurando sua barriga, notei que ela perdia muito sangue.

– Mary...- falei com dor na voz. Ela olhou em meus olhos, mesmo no escuro vi o dourado deles cintilando como estrelas.

– Tire o cordão verde!- alguém gritou atrás de mim. Acho que era um dos policiais, eles devem ter sido atacados.

– O que?- gritei de volta.

– O cordão verde no pulso dela, jogue-o para mim!

Não sei no que aquilo ajudaria, mas meu desespero era tão grande que peguei o cordão e joguei ao homem. Assim que o fiz alguém me deu um belo soco na cara, cai no chão atordoado. Vi o homem fantasma ao lado de Mary, ele levantou a faca, iria mata-la.

– Não!- gritei. O fantasma me olhou com ódio, posso jurar que vi seus olhos em chamas... não quer dizer... o corpo todo em chamas, ele gritou em meio ao fogo e desapareceu. As luzes do porão se acenderam. Olhei ao redor, vi o cordão de Mary sendo queimado por um homem loiro que me encarou, seu olhar mostrava confusão. O outro cara que estava no chão descordado agora estava sentado me encarando com uma face que eu não consegui decifrar.

– Por favor- pronunciei com dificuldade- Salve-a!

O loiro saiu do transe e logo correu até Mary carregando-a no colo

– Ajude-o- ele disse ao cara que estava sentado. Ele se levantou e caminhou ate mim. Ajudou-me a levantar e serviu como apoio. Subimos as escadas e saímos pela porta da frente. Avistei em frente da minha casa um Impala 67 preto. O homem loiro já tinha colocado Mary no banco de trás e estava ligando o carro. Sentei no banco e coloquei a cabeça de Mary apoiada em meu colo. O loiro logo saiu cantando os pneus.

Olhei para Mary que respirava com dificuldade.

– Por favor, fique comigo minha little Angel– falei baixo perto de seu ouvido, senti as lágrimas descendo pelo meu rosto. Depois de tudo que Mary fez por mim ela não poderia ir assim, não é?

– Cass- ela sussurrou

– Mary- uma pequena esperança me invadiu

– Salve-o- ela sussurrou novamente.

– O que?- respondi não entendendo.

– Salve-o- ela disse novamente agora segurando minha mão e colocando sobre sua barriga. Logo entendi seu recado...

(...)

Entramos no hospital e logo vários enfermeiros vieram nos acudir, percebi que estavam levando Mary pelo outro lado. Olhei para os policiais (bem eu acho que são policiais) confusos não sabendo por onde ir.

– Sam! Dean! Ajudem-na!- gritei, e acabei não percebendo que falei dois nomes automaticamente, o que era aquilo? Eles me olharam confusos principalmente o loiro que eu acho que se chamava Dean, o outro que era moreno e alto, esse deveria ser o Sam. Sam fez Dean se mover e ambos correram na direção onde os médicos levaram Mary. Deitei-me na maca e apaguei.

(...)

Acordei, pareceu que eu tinha dormindo uns 100 anos. Olhei ao redor estava em uma cama de hospital. Logo me lembrei... Mary. Sentei com dificuldade, as costas ainda doía, mas era uma dor suportável. Peguei uma cadeira de rodas que estava do lado da minha cama e sai do quarto em busca de Mary. Depois de um tempo tive um Flash Back.

FLASH BACK ON***

Andava pelo corredor cheio de desenhos para demônios quando vi Dean Winchester tentando me matar, ele atirava com vários tipos de armas. Elas me acertavam, mas não me mataram, eu não podia ser morto por aquilo. Pelo jeito ele não sabia com o que estava lidando. Cheguei mais perto dele, ele avançou com uma faca que reconheci rapidamente. Era bem antiga e matava demônios. Dean Winchester cravou-a em mim. Apenas retirei a faca e olhei em seus olhos humanos assustados.

– O que é você?- ele perguntou agora em pânico.

– Eu sou um anjo do Senhor- um trovão cortou o ar e através da luz, Dean Winchester olhou a sombra de minhas asas.

FLASH BACK OFF***

O que aquilo significava? Pensei quando avistei Mary em uma cama, Sam e Dean estavam ao seu lado. Dean Winchester... pelo jeito da minha visão ele tentava me matar e de alguma forma eu não morria. Será que eu posso confiar?


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

se possuir algum erro de português, por favor avisem. O que acharam? Fui muito malvada? Comentem!!!