Os Marotos - The Bodyguards escrita por Nina Black


Capítulo 1
It's My Life


Notas iniciais do capítulo

Primeiro capitulo da fanfic!! EBA!! Espero que gostem, e eu não tenho muita coisa pra falar... Enfim, se puderem comentar sobre o que acharam do primeiro capitulo, fiquem a vontade. Também quero falar que eu já tenho uma fanfic dos Marotos: Entra lá no meu parfil ok?? Love Is In The Air é o nome dela. Beijos e espero que gostem.



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/463018/chapter/1

Acho que você não me conhece. E, se me conhece, já me viu fazendo muitas coisas pelas ruas de Londres, mas não sozinho. Sirius Black e Remo Lupin que sempre estão ao meu lado me acompanham em tudo o que penso em fazer. Muito prazer, meu nome é James Potter.

Mas hoje, com 22 anos, já temos um emprego fixo, e batalhamos todos os dias para colocar comida na mesa. Claro que nem tudo seria flores, bem que queríamos apenas festejar e comemorar, mas meus pais precisam de ajuda financeira mais do que qualquer um. Se você pensa que somos ricos, está muito enganado.

Sirius, aos dezenove anos, conseguiu uma vaga de emprego para trabalhar com os cavalos do "Mckinnon Haras Hotel", e está lá desde então, ele adora o emprego dele, por mais que ele reclame de voltar fedendo cocô de cavalo de vez em quando. Remo trabalha como assistente da bibliotecária na biblioteca municipal, coisa que ele particularmente gosta, pois, de nós trÊs, ele sempre foi o mais "centrado", vamos dizer assim, e desde o ano passado, seu amor por livros aumentara ainda mais naquele lugar. Queria saber gostar de ler como o Remo, mas não tenho essa qualidade. E eu, desempacoto caixas cheias de roupas de grife para a loja "Evans Fashion and Beauty". Consegui esse trabalho desde quando saí da escola, e parece que a Sra. Evans gosta de mim, já que estou a quase seis anos trabalhando naquele lugar.

Mas não se engane, nós três somos o que, bem, somos o que você não quer que seus filhos sejam. Pessoas podem fazer coisas inimagináveis por dinheiro, e fizemos algumas delas, não que nos orgulhamos disso. Mas depois da escola, acho que tomamos jeito e começamos a trabalhar. Percebemos que não valia a pena, nada daquilo que deixamos para trás vale a pena.

Na minha casa, moram meus pais, minha irmã Poliana e Sirius. Sim, ele mora aqui. Foi adotado pela minha mãe, na verdade, ela o achou na rua quando ainda era um bebê, e apenas sabe o nome completo dele graças á uma espécie de gargantilha que ele estava usando quando parou aqui na porta do prédio onde moramos, no Hackney. Estava escrito “Sirius Black, my prince”. Não fazemos a menor ideia de onde ele veio, e desde que ele soube que era adotado, nunca teve muito interesse em descobrir quem eram seus pais. Remo mora no andar de cima com sua irmã Isabelle, a que se diz melhor amiga da minha irmã.

Mas não reclamo, pois as duas distraem uma a outra quando estamos fora de casa. Meus pais trabalham em um Buffet e de vez em sempre eu e os meninos damos uma força para eles. Tudo estava muito normal, sempre foi desde então. Mas o que ninguém sabia, era que tudo, absolutamente tudo, iria mudar.

Era uma fria manhã, dia 20 de março. Acordei às cinco horas da manhã, como sempre, e depois acordei, ou melhor, tentei acordar, Sirius, que dorme no mesmo quarto que eu.

— Mais cinco minutos, por favor. – Ele resmungou com a cara no travesseiro, nem se dando ao trabalho de se mover quando eu o cutuquei.

— Temos que pegar o ônibus daqui a meia hora. – Disse sonolento tentando me desviar das bonecas de Poliana que estavam jogadas no chão. Bem que eu queria dormir até tarde. Bons tempos quando eu tinha férias da escola.

Depois de lavar o rosto e colocar meu uniforme, uma camiseta jeans dobrada até os cotovelos, como o logo da loja "Evans Fashion and Beauty" em branco na altura do peito, do lado direito, fui para a cozinha onde minha mãe estava fazendo café. No meio do caminho, me olhei em um pequeno espelho na saída do banheiro. Meus cabelos todos bagunçados, que há anos já havia desistido de penteá-los da forma certa, e meus olhos castanhos por trás da lente dos meus óculos ainda estavam meio vermelhos devido ao sono. Ah, como eu queria ter dormido mais.

— Bom dia, mãe. – Dei um beijo na bochecha dela assim que terminei meu caminho até a cozinha, ela retribuiu com um sorriso.

— O Sirius já acordou? – Ela perguntou e o cidadão apareceu na porta da cozinha carregando Poliana no colo. – Poly! Sabe que já não tem mais idade para que Sirius te pegue no colo! – Minha mãe disse brava e Sirius a colocou no chão.

— Mas eu não estou tão pesada assim, estou Sirius? – Ela perguntou depois de dar um bom dia para mim.

— Não... Mas você já está quase uma moça, e sua mãe tem razão! – Ele disse piscando para ela. - Daqui a alguns dias você já está fazendo 10 anos.

— Vamos logo Sirius! E veste essa camisa! – Joguei a camiseta do uniforme dele para ele, que suspirou fundo.

— Posso pelo menos tomar um café? - Ele resmungou. - Preciso que esse sono passe logo... - Disse enquanto se servia de uma boa xícara de café.

(...)

— Meninos! Vocês estão atrasados! – Minha mãe gritou para nós que estávamos no quarto terminando de arrumar nossas coisas, e corremos para pegar o ônibus. Se demorássemos mais cinco segundos, o perderíamos.

 - Corre, James! - Sirius disse gritando enquanto voava escada abaixo, e eu atrás dele, não conseguindo não rir daquela cena.

Conseguimos entrar no ônibus no último suspiro. Ele estava lotado, mas eu consegui arranjar um lugar para mim, e Sirius preferiu ficar em pé do meu lado. Nesse meio tempo, uma moça de cabelos loiros compridos chegou e se sentou ao meu lado. Ela usava seu celular, mas não podia deixar de notar que de em cinco em cinco segundos ela dava uma olhada discreta para mim. Fingi que não estava vendo. Ao contrário do Sirius, que mal conseguia segurar suas risadinhas maldosas ao me ver naquela situação.

Ela começou a chegar mais perto de mim, até que ficamos encostados um no outro. Claro eu ficou uma situação constrangedora, então resolvi sair.

— Com licença. – Falei pedindo espaço para poder sentar no outro banco.

— Claro. Mas só se você der o seu telefone. – Ela falou maliciosa e eu conclui o que temia. Ela queria confusão. Fiquei espantado com a reação dela.

— Sinto muito, mas não tenho celular. – Menti descaradamente.

— Como assim? – Ela arqueou uma sobrancelha. - Claro que você tem. 

— Infelizmente não... Quem sabe um outro dia. - Eu disse saindo do lado dela e me posicionando atrás de Sirius, de forma que ela não me exergasse mais.

— Está bem, gatinho. Mas você não me escapa da próxima vez. –Ela piscou para mim, e eu fingi que simplesmente não era comigo.

 - Ela não faz o seu tipo, gatinho? - Sirius me provocou, e eu bufei.

 - Deve fazer o seu, por que não se senta onde eu estava?

 - Não gosto. Está fácil demais. - Ele disse dando mais uma olhada rápida na moça perto dele.

 - Não é mais fácil gostar de quem gosta de você? - Eu perguntei.

 - Faço essa mesma pergunta pra você, James.

 - Está bem... - Eu parei pra pensar, se fosse assim, eu teria dado uma chance para aquela garota. - Você venceu. Mas é bem mais difícil você gostar de alguém do que eu, cá entre nós.

 - É inegável, Potter. Mas o que posso fazer? - Ele suspirou fingindo drama, e eu revirei os olhos. Sirius Black era um caso perdido no amor. Nunca gostava de sair mais de uma vez com nenhuma mulher, e isso lhe deu uma fama. - Já está chegando na esquina que você tem que descer. - Ele comentou olhando pela janela.

 - Certo. Te vejo mais tarde. - Eu disse sorrindo e indo para a por de trás do veículo.

 - Até. - Ele disse tirando seus fones da mochila e colocando nos ouvidos. Sirius era considerado um rapaz muito bonito, tinha a pele morena devido ao Sol que o atingia no serviço, seus cabelos iam até os ombros, eram negros e fazia pequenos e suaves cachos nas pontas. Tinha os olhos azuis escuros, quase acinzentados, e seu jeito galante conquistava maior parte das moças que conhecia, se não todas.

Desci na esquina do quarteirão da loja que eu trabalhava, e caminhei rapidamente, de forma a desviar dos ventos frios que batiam em mim. Apertei-me mais contra meu próprio casaco, e logo cheguei na fachada do comércio. Era uma loja chique, de paredes brancas do lado de fora, e com flores espalhadas pela entrada. Logo acima, o nome da loja em dourado, bem chamativo.

 Entrei sem mais delongas, e logo vi a dona do lugar, a Sra. Daisy Evans. Uma mulher mais velha, com seus quase cinquenta e cinco anos, ruiva e com os olhos castanhos. Sempre estava em forma, e adorava andar por sua loja, dando palpite e tudo que achava pertinente. Daquela vez, estava falando onde poderiam colocar um sofá de veludo vermelho que viera de Paris para ela.

— Bom dia, Sra. Evans, me desculpe pelo atraso, eu... – Comecei a me explicar, mas ela me calou.

— Bom dia, James! - Sua energia era contagiante. - Pela milésima vez, pode me chamar de Daisy! Sorte sua que estou de bom humor, - Ela sempre estava de bom humor - e sabe por quê? – Perguntou-me ela enquanto se certificava que todas as roupas tinham chegado intactas em outra caixa no canto do sofá.

— Por quê? – Perguntei. Acho que a Sra. Evans tem certo afeto por mim, pois ela nunca me tratou com indiferença, e eu era um dos funcionários que estava ali por mais tempo.

— Minha filha vai voltar! – Ela falou quase pulando de alegria.

A filha a que estamos referindo é Lilian Evans, filha dela com o empresário Charles Evans. Ela e algumas amigas, filhas de homens de grande poder em Londres foram estudar em um colégio particular em Paris há alguns anos atrás, quando eu ainda estava começando no meu serviço por aqui. Pelo que sei, elas só vem visitar os pais no aniversário e Natal. Mas dessa vez elas vieram para ficar, já que terminaram a escola, ou o que tinham de fazer por lá.

— Que bom. – Falei com indiferença. Não conhecia muito bem a menina, e o pouco que me lembrava dela, parecia ser como uma boneca. Não conversava direito com ninguém aqui, seja por vergonha ou qualquer outra coisa.

— Ela está tão linda! Cresceu muito rápido! - Comentou comigo. - Ah, e falando disso, queria perguntar uma coisa.

— Aconteceu alguma coisa?

— Você conhece alguém que saiba trabalhar em festas? – Bem, na verdade, eu sabia.

— Bem, tem os meus pais, eles trabalham em um buffet. Mas se quiser que eles trabalhem de garçons, eles trabalham. Na verdade, eu e meus amigos também fazemos um bico como garçons às vezes.

— Que ótimo, James! Eu darei uma festa daqui três dias na minha casa. Já tenho a comida toda pronta, já sei quem vai fazer ela, mas os garçons estão em falta, vai ser tanta gente... Será que poderiam me ajudar? Claro, eu pagarei pelos seus serviços. – Ela disse frustrada.

— Posso ver com eles, mas quase certeza que sim, pois estamos precisando de dinheiro nesses últimos dias... - E foi ai que eu me lembrei de uma coisa. - Mas, daqui a três dias vai ser o aniversário da minha irmã, e não podemos deixá-la sozinha em casa... – Disse.

— Bom, se vocês quiserem levá-la até minha casa, ela pode ficar brincando com as crianças da idade dela, enquanto vocês trabalham. Sem nenhum problema.

— Bom... De todo jeito, vou ter que conversar com eles, amanhã eu lhe confirmo, Sra. Evans.

— Daisy! – Ela insistiu.

— Está bem, Daisy. - Eu sorri.

 - Pode ir trabalhar agora, James. Eu já tomei bastante do seu tempo. - Ela sorriu e foi para o seu escritório. A obedeci e fui guardar minhas coisas, para me preparar para desempacotar mais caixas.

(...)

— Tchau, pessoal. – Falei para as poucas pessoas que ainda estavam na loja. Já passava das sete horas da noite e eu estava indo pegar o ônibus para ir para casa.

 No caminho, fiquei pensando no que minha mãe poderia dizer quando eu contasse sobre a proposta da Sra. Evans.

(...)

— Mãe? – Perguntei abrindo a porta, e encontrei ela sentada no sofá com uma carta na mão, provavelmente era mais uma conta que chegou. Com certeza era, pois Dorea parecia mais abatida. - Tudo bem?

 - Chegou mais uma conta. Os impostos aumentaram esse mês de novo. - Ela disse suspirando. - Por que tudo está tão difícil assim?

— Calma, mãe. - Eu me agachei perto dela e peguei sua mãe. Dorea Potter era uma mulher baixa, com seus cabelos já meio grisalhos, apesar de ter a mesma idade da Sra. Evans. Seus olhos eram azuis, mas estavam muito cansados para terem a mesma beleza de tempos atrás. A vida foi difícil para ela desde sempre. Mas eu sempre me orgulhei dela. Mesmo em todas as dificuldades, ela sempre quis o melhor para mim, Poliana e Sirius. - As coisas vão melhorar para nós. Eu ou o Sirius podemos fazer horas extras, ou até mesmo pediremos um aumento... 

 - É pedir demais de vocês... - Ela apertou minhas mãos.

 - Vamos dar um jeito. Tudo bem? - Eu perguntei, e ela acenou positivamente com a cabeça. - Onde o Sirius está?

 - Estava tomando um banho, chegou agora a pouco. Ele aproveitou e pegou Poly na escola para mim, ela está no quarto fazendo a lição de casa. Remo está aqui também, ele está ajudando sua irmã.

 - Eu tenho uma coisa para te contar. Uma coisa muito interessante. - Eu disse, me lembrando da minha conversa com a Sra. Evans. - A Sra. Evans veio conversar comigo hoje.

 - O que ela queria?

 - Perguntou para mim se eu conhecia alguém que pudesse ajudar ela em uma festa que dará daqui há três dias. Na parte de garçom. - Eu comentei. - Falei sobre nós, que poderíamos ajuda-la, e ela disse que pagaria pelo serviço de cada um. Parece ser uma boa ideia, não?

 Minha mãe ficou parada me olhando, estupefata.

— Isso é... Maravilhoso! Precisamos desse dinheiro. Ah, James, que notícia boa! – Ela disse mais alto que o normal e me abraçou. Logo Sirius, Remo e Poliana chegaram para ver o que está acontecendo.

 - O que aconteceu, Jay? - A menina perguntou. Poliana era bem parecida comigo, exceto que puxara os olhos azuis de nossa mãe, mas também tinha os mesmos cabelos castanhos que eu.

 - O que foi? - Sirius perguntou. Percebi que ele acabara de sair do chuveiro, pois seus cabelos estavam molhados.

 - A Sra. Evans me chamou para trabalhar na festa que ela dará daqui a três dias. Na verdade, chamou todos nós.

 - Isso é ótimo. - Remo disse sorrindo. Era um dos meus melhores amigos, quase parte da família. Era magro e tinha os cabelos castanho claros, devidamente arrumados. Seus rosto transpassava bondade e calma, uma coisa admirável dele. Mesmo que ás vezes ele mesmo tinha seus segredos. – Podemos ganhar um bom dinheiro, pelo que eu ouvi vai ser uma festa de gala e com muitos convidados. – Ele disse. – O prefeito estava lá e ele disse que a filha dele iria voltar no mesmo avião que a filha dos Evans, por isso que eu sei.

— Mas... – Poliana começou. – Daqui a três dias é meu aniversário!

— Eu falei isso para a Sra. Evans, e ela disse que se você quisesse ficar na festa brincando com os outros garotos enquanto trabalhamos, ela deixa. Mas se você não quiser, nós daremos um jeito... - Eu disse preocupado com a reação negativa dela. Aniversários sempre são uma data muito importante para Poly, e eu tinha medo de ter estragado tudo.

— O quê!? Tá brincando!? Vai ser o melhor aniversário de todos! Ai Meu Deus! Eu vou á uma festa de gala na mansão dos Evans! E no meu aniversário! – Ela saiu pulando de alegria em direção ao seu quarto.

— Bom, agora, temos que ir! Senão vamos estragar com o aniversário da Poly, não é mesmo? - Sirius disse gargalhando.

— Então, mãe... Aceita? - Perguntei.

— E ainda pergunta, filho! Claro que aceito! – Ela falou sorridente.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado. Beijos e até o próximo capitulo!