— Por quê? Não. Deixe. É melhor eu nem saber. — John se sentou em uma poltrona e revirou os olhos. Às vezes se esquecia de como Sherlock podia enlouquecê-lo.

— John. — Holmes se ajoelhou e ficou de frente para o companheiro. — Você sabe como pode ser difícil ser tão inteligente como eu. Às vezes o mundo perde o sentido para mim. E é por isso que eu me entedio tão rápido. Não é minha culpa. — Sherlock deixou as palavras morrerem no ar.

— Sherlock. — John começou a falar mas foi interrompido.

— Eu sei o que você vai falar, “desculpe-me por não ser tão inteligente como você e blá, blá, blá”, num tom raivoso e irônico. — Sherlock deu um leve suspiro, e voltou a encarar o militar que permanecia calado. — Mas não é isso que eu quero dizer, não dessa vez. Eu só quero lhe pedir desculpas por não conseguir viver normalmente, desculpe-me por não conseguir aproveitar todos os momentos com você, e finalmente, desculpe-me por ser tão frio e não conseguir demostrar tudo que eu sinto por você.

Ao escutar tais palavras, Watson retirou sua expressão rancorosa do rosto. Sherlock conseguira desarmá-lo completamente.

— Mas o amor é uma emoção tão nova para mim. — Holmes continuava a se explicar. — Às vezes eu não sei como agir. E isso me deixa triste, porque a última coisa que eu quero fazer é desapontá-lo.

John sorriu e puxou o moreno para um beijo, qualquer sentimento negativo que estava sentido foi esquecido por aquela declaração.

— Não. — O médico falou.

— Não? — Sherlock perguntou.

— Nunca se desculpe. — Watson lhe deu um beijo casto nos lábios voluptuosos do detetive de cabeleira negra. — Eu te amo, ou melhor, você me faz te amar com esse seu jeito excêntrico de ser. E é isso que torna nosso relacionamento tão bom.

— E isso é bom? — O detetive estava surpreso. Quase todos os que o conheciam viviam reclamando dessas atitudes.

— Vamos por quarto e você pode descobrir. — Não tinha nenhum tom de inocência na voz de John.

Sherlock sorriu.