Pov’s Jace

O dia tava ensolarado e lindo, e ela estava do meu lado, deitada na canga que estava estirada na areia, os cabelos ruivos presos em um coque e os óculos de sol aviador que de acordo com ela deixavam ‘’ com cara de má’’, o biquini dela era de tirar o folego, tomara que caia, preto, com umas franjas. Estávamos eu e ela na praia, eu sentado ao lado dela, vendo o mar, olhando pra ela, só apreciando o momento, fazia tempo que eu queria tirar uma férias e ainda mais com a pessoa que eu amo do meu lado.

– Um beijo pelos seus pensamentos – ela sentou, tirou os óculos e olhou para mim.

– É só pedir que eu te dou beijos, na preciso de nada em troca. – me aproximei dela e dei-lhe um selinho.

– Mas serio, o que estava pensando? – ela tirou o chapéu da minha cabeça e colocou na dela.

– Como as nossas férias estão fantásticas – abri um sorriso.

– Nunca imaginei que ia tirar férias com você...

– Muito menos eu, mas fala serio, ta muito bom...- eu a puxei para o meu colo. Ela passou as mãos pelos meus cabelos e as parou na nuca fazendo carinho ali, fechei os olhos para aproveitar o momento, como eu amava ela, finalmente estávamos aqui, juntos, sem tem quer esconder nada. Ela abaixa e morde o meu lábio.

– Estou preocupada, você ta pensando demais, daqui a pouco o seu cérebro vai explodir, amor, você não esta acostumado com isso... – ela falou olhando nos meus olhos se segurando para não rir, mas ela não consegue e cai do meu colo dando risada – Ai Deus!!!! Você perdeu a sua cara!!! – ela dava uma risada gostosa.

– É assim, srt. White?? Vai ter vingança! – fui indo para cima dela e ameacei a começar a fazer cócegas.

– Não! Jace! Para... isso é golpe baixo... sai... serio – ela virou de barriga pra cima e ficou apoiada nos cotovelos, enquanto os cabelos ruivos caiam pra traz.

– Você pode me chamar de burro e eu não posso te fazer cócegas?

– Basicamente isso...

– Vou ser legal e dar um tempo para você correr, ta?

– Para Jace, eu to com preguiça...

– 1...

– Eu vou ficar aqui... – dei um sorriso malicioso para ela.

– 2...

– Você não vai fazer isso mesmo né, amor? – ela ficou de joelhos.

– 3... – eu olhei pra ela que estava assustada.

– Jace... – ela se levantou.

– Já!!!!!

Eu sai correndo atrás dela que gritava e tentava amarrar os cabelos ao mesmo tempo que corria, então eu a alcancei e a peguei pelas pernas colocando-a nos ombros.

– Jace!! ME solta!!! Agora !!! – ela se debatia.

– Não! Agora vai ser a minha vingança! – corri em direção ao mar.

– Eu não quero me molhar!!! – de alguma forma a minha assassina voltou átona mostrando a sua habilidade em lutas. Agarrou a minha cintura, soltou suas pernas e as passou por trás da minha cabeça, caindo de pé atrás de mim. – Eu não vou me molhar – ela ergueu as sobrancelhas e colocou as mãos na cintura em sinal de vitória.

– É o que vamos ver ... – me aproximei dela, quase colando os nossos corpos, ela ainda era baixinha perto de mim, seu rosto batia no meu peito.

– Apesar de ser mais alto que eu, Ruskova, você não me intimida...- ela me puxou pelo cós da bermuda, então dei alguns passos para frente, eu estava de frente para ela e ela de costas para o mar, ela me acompanhou.

– Quem disse que eu quero te intimidar? – dei um sorriso maligno e ela sentiu a onda gelada nos pés e me olhou com os olhos arregalados. – Aprendi com você...

Eu a peguei no colo e a levei para o mar, ela gritava, esperneava, e dava risada, jogávamos água um no outro. Já estávamos molhados por inteiro e saindo do mar, com ela nas minhas costas, mordendo o meu pescoço, quando já estávamos no raso ela pulou das minhas costas e parou na minha frente.

– Estou adorado as minhas férias... – ela se aproximou de mim e passou os dedos pelos meus lábios.

– Eu mais ainda, com você tudo parece melhor... – passo o braço por sua cintura.

– Digo o mesmo de você, sr. Ruskova – ela passa o braço pelo me pescoço e me beija, mas no fundo, começa um barulho de telefone, bato nos meus bolsos, nada, o barulho fica mais alto, mas Lola não percebe... ah! Não! De novo não!!

Acordei todo suado com o telefone tocando. Abri os olhos e sai correndo tentando achar o maldito aparelho, ele esta de baixo da pilha de roupas sujas do meu quarto.

– Alo? – falo ofegando.

– Jace? – como eu amava aquela voz falando o meu nome.

– Lola? – perguntei.

– Eu mesma... Jace preciso de um favor... – ela disse envergonhada, posso apostar que estava corada.

– Diga. – seco.

– Vocês vão para a Alemanha e vão levar praticamente todas as armas, queria saber se você não pode ceder mais algumas para mim e para as meninas já que vamos ficar sozinhas – sua voz estava mais doce, parecia mais fraca também.

Não sei ela, mas eu passei esse dias muito apurado, eu não dormia e raramente comia, as garotas que vinham frequentemente aqui eu até apaguei o numero do meu celular, passava o dia todo na empresa e quando não estou lá, estou correndo ou treinando boxe, eu não podia parar que na minha cabeça vinham aqueles olhos castanhos avermelhados totalmente irônicos.

– Jace? – ela falou de novo. Eu estava quase não respondendo só para ouvir meu nome saindo de sua boca de novo.

– Desculpe... é claro... sim, sim... eu só preciso de ajuda para ir buscar... – falei confuso, estava entorpecido só com a idéia de vê-la de novo.

– Você se importa se eu for? Nick e Els estão muito ocupadas... – a voz dela estava baixa mesmo, era quase um pedido de desculpas. Bem que ela podia ser mancinha assim na cama. Ah! Só de pensar nela na minha cama!

– Não! – falai meio desesperado, estava louco para encontra-la, só precisava de uma desculpa- Quer dizer! Claro que você pode ir!

– Podemos ir hoje? É que estamos meio carentes... – Carencia de que anjo? Amor? Sexo? Carinho? Eu te dou! - ... de armas, então...

– Passo pegar você em 20 minutos, pode ser?

– Estou no meu apartamento.

[20 minutos...]

Eu toquei a campanhia. E ela apareceu. E eu morri. Ela vestia um top preto simples, que deixavam os seus seios mais a vista, por cima uma jaqueta de couro preta também, a calça deixava todas as suas curvas a vista, para que eu pudesse apreciar tudo e mais um pouco, e faria qualquer coisa para poder tocar tudo novamente. Os cabelos dela estavam soltos e nas pontas faziam leves cachos, o vermelhos estava mais vivo, os olhos maquiados de preto, o que chamava mais atenção e a sua boca destacada por um batom vermelho, foi por esses e outros motivos que eu quase agarrei ela ali mesmo, eu disse QUASE.

– Jace? – pode falar mais alto, anjo, bem mais alto

– Sim?- ainda meio bobo.

– Vai ficar parado ai? Precisamos ir! – ela passou por mim e fechou a porta, como um bom cavalheiro deixei ela ir na frente, ta bom, não era só por puro cavalheirismo, eu também queria dar uma conferida de como a sua bunda ficava naquela calça, tenho que dizer que tava sensacional.

Entramos no carro, um silencio sepulcral, a minha vontade era de parar aquele carro num lugar escondido, arrancar a roupa dela e fazer tudo o que tinha para fazer naquele carro mesmo. Eu apertava o volante com força até os nóz dos meus dedos ficarem brancos, sacudi a cabeça para afastar os pensamentos antes que eu ficasse duro aqui mesmo.

Quando chegamos no reservatório Lola já saiu do carro, parecia que ficava desconfortável na minha presença e eu gostava disso, de sentir que ela ainda sentia algo por mim, parecia que ela estava disposta a ter tudo de volta, e eu também, afinal fui eu que terminei com ela, eu estava disposto a voltar com tudo!

– Como esta o meu marido? – disse me referindo a James, já que ele passou a morar na casa das meninas.

– Ahn? James?

– Claro néh! Aquele Gos- to-so! – ela deu uma risada gostosa enquanto eu destravava a porta.

– Ah! Ele ta bem, a Nick cuida bem dele, MUITO bem – ela encostou na parede ao meu lado.

– Aquela vaca quer roubar o meu homem! Vê se pode! – forcei uma voz de gay e ela soltou uma gargalhada.- Brincadeira. Brincadeira. Se ela ficar sabendo que eu chamei ela de vaca ela corta o meu pecoço. – abro a porta e deixo ela passar. Aquela bunda! Meu deus!

Eu não sinto só essa atração por Lola, é que ela faz questão que eu repare nisso, ela provoca, mas o pouco tempo que a gente ficou junto ela sempre cuidou de mim, me deu carinho e atenção, coisa que eu nunca recebi a minha vida inteira, meus pais passavam o dia inteiro fora e eu sempre vivi no meu dos empregados. A Lola sempre foi muito amorosa, apesar de não parecer. Bom ela ainda era Miriska, filha do empresário rico russo, como eu pude cair tão fácil naquela teia d fios vermelhos?

Flashback

Eu liguei para ela, não estava agüentando de saudade.

– Oi ruiva – disse me jogando no sofá, já era 18h.

– Fala. – falou com uma voz manhosa.

– Eu to com saudade... – minha vez de fazer manha.

– Nos vimos ontem a noite, Jace!!

– Eu sei! Mas não to agüentando!! Não quer vir pra casa, tipo, agora?

– Jace!! Tenho trabalho para fazer! Minhas amigas vão me matar se eu deixar elas fazendo tudo sozinhas!

– Da um perdido nelas, fala que você tem uma reunião com o seu chefe, por favor.

– Jace...

– Vamos! Pedimos uma pizza, vemos um filme qualquer, estou com saudade de você enrolada nos meus cobertores... – ela deu uma risadinha envergonhada, mas era verdade, adorava quando eu acordava mais cedo e ia preparar o café e depois voltava para acorda-la e ela estava enrolada nos lençóis.

– Parece quase irrecusável... – a voz dela estava tão mansinha, que parecia quando ela acordava.

– E é irrecusável!

– Tudo bem, mas só porque vai ter algo para comer, estou faminta!

– Eu também vou ter bastante coisa para comer... – dei um sorriso malicioso.

– Jace!!!

– Pegue as suas roupas e venha tomar banho aqui em casa, vai rápido antes que as suas amigas cheguem ai no seu ape. To te esperando. Besos Miriska..

– Potselui Ruskova – ela disse com uma voz sexy.

– Adoro quando você fala em russo.

[...]

Lola ou Miriska estava só com a minha camiseta e com calcinha, lavando a louça da nossa pizza.

– Eu realmente acho que as minhas roupas ficam muito melhores em você... – me debruço na bancada para observar tudo com atenção. Podia ver aquela cena todos os dias. Ela. De calcinha e a minha camiseta. E só.

– Eu acho que você fica melhor sem roupa...- adorava a boca sem filtros dela.

Vou ate ela e abraço por traz, respirando fundo o perfume do seu cabelo.

– Podia ver isso todo dia...

– O que?

– Você lavando a louça na minha casa, ando por ela vestida só com as minhas roupas...- ela riu um pouco.

– Quem sabe...

[...]

Estava eu e ela deitados no sofá, ou melhor, eu deitado no colo dela, fazendo desenhos invisíveis nas suas coxas e ela passava as mãos nos meus cabelos, bagunçando e ajeitando.

– Você pensa em ter filhos ? – perguntei

– Sim e você? – ela disse ainda distraída com os meus cabelos.

– Também... Quantos?

– Não sei, uns 3, acho... e você?

– Quantos você quiser ter... – olhei para ela e seu rosto estava da cor dos seus cabelos, adorava quando causava isso nela. Me sentei e puxei ela para o meu colo, e ela escondeu o rosto na curva do meu ombro.

– Te deixei vermelhinha foi?? – perguntei zoando dela.

– Você é um chato!

– Fala serio que você não vai querer um Jace Jr?? Ou uma MiniKat? – eu arrumei os cabelos dela.( querido leitor lembre-se que nessa época ela ainda usava o nome falso, Katherine Miriska)

– Duas pestes...

– Quem disse que vão ser só dois?? Quero pelo menos uns cinco!! Jace 2, Kat 2, Jace 3, Kat 3, Jace 4!

– Você vai enumerar os nossos filhos????

– Quer dizer que você quer ter filhos comigo então??

– Jace?? Oii? Ta viajando ai?? – ela estralava os dedos na minha frente. Ela já estava carregando uma metralhadora, já tinha tirado a jaqueta e ficado só de top, acho que foi nesse momento que eu viajei. – Jace anda logo!! Já carreguei 3 armas grandes para o carro e você ta ai morgando!!!

Eu estava morgando mesmo, mas para não perceber que era por ela que eu estava babando resolvi brincar.

– Estava pensando no meu homem! Desculpe ele faz eu perder a cabeça! – forcei a voz de gay novamente.

– Jace melhor você parar de brincar com isso, você tem muitos trejeitos de gay, vai que você vira mesmo, ou você resolveu virar mesmo?

Aquilo me deixou pasmo, ela saiu deixar mais algumas coisas no carro. Ela falou que eu tenho trejeitos de gay?? Gay?? Depois de tantas vezes que ela gemeu meu nome?? Eu sou gay?? Essa garota não sabe que não se brinca com a masculinidade de um homem??

Quando ela voltou eu estava com um olhar assassino, sem sorriso no rosto com os braços cruzados, não deixando ela passar.

– Jace? Ta tudo bem? – ela me olhava preocupada e recosa.

– Acha que eu sou gay? – dei alguns passos em sua direção.

– Serio? Você esta putinho por causa disso?? – ela andou para trás e tentava desviar do assunto.

– Serio mesmo, Lola, eu sou gay? Você acha isso? – andei mais um pouco. Ela ia sair pela porta, mas antes dela pensar em virar pra trás eu fechei a mesma e prensei o seu corpo nela.- Lola Me responde.

– Jace, eu acho que você é... – ela não conseguiu terminar pois um gemido interrompeu quando fiz ela sentir a minha ereção.

– o que você dizia, ruiva? – dei um sorriso e mordi o seu pescoço.

– Jace... Jace...

– Pode repetir meu nome quantas vezes que você quiser anjo.

Então eu a beijei, beijei como se a minha vida dependesse daquilo e ela correspondia do mesmo jeito, ela arranhava as minhas costas quase rasgando a minha camiseta junto. Peguei ela no colo fazendo ela passar as pernas pela minha cintura.

Como eu estava com saudade dela. Do corpo dela. Do toque. Do jeito que ela mordia o meu lábio.

Fiz ela sentar em um dos caixote e me coloquei entre suas pernas e a beijei ainda mais.

– Como eu estava com saudade... – disse mordiscando o seu pescoço.

– Eu também... – ela passava as mãos desesperadas pelo meus cabelos.

No embalo de mais alguns beijos e algumas mãos bobas o telefone dela começa a tocar.

– Jace... preciso atender... – ela dizia de olhos fechados erguendo o pescoço.

– Deixa tocar, anjo – eu apertava as suas coxas. Ela atende.

– Alo? – com a voz rouca e respiração cortada.

– Lola? – a voz de Els.

– Eu mesma. – ela não conseguia falar direito.

– Lola? Cadê as armas? Você não ia pedir ao...Jace... ele esta ai não esta? – a voz de segundas inteções de Els estava ótima.

– Claro que não... eu estou brigada com ele lembra? – ela estava se esforçando mas não estava conseguindo enganar ninguém.

– Jace? Se você esta me ouvindo traga a Lola pra casa o mais rápido possível precisamos conversar...