Pov’s Rapunzel

ever m

NÃO ACREDITO QUE FIQUEI DESCONFIADA DO JACK! Por um momento deixei aqueles pesadelos me dominarem! Acho que deve ter sido meu instinto de proteção, ainda não acredito em tudo que me aconteceu! Jack, os personagens mitos e lendários tudo isso me parece tão maluco! Seria mesmo que Breu me atacara com tais pesadelos? Se Jack disse que sim acredito, agora devo confiar nele. Depois da minha conversa com Norte, tive certeza que ele é confiável.

– Interessante Norte. – respondei a Norte depois de ter me contado sobre o globo de luzes – Posso te fazer uma pergunta?

– Claro, pergunte menina

– Não é verdade que os sonhos são reflexo do que pensamos, do que sentimos e do que nosso subconsciente quer nos falar?

– Dos adultos sim, mas as das crianças não

– Não? Então é por que?

– Por causa do Sandman, ele é o responsável pelos sonhos delas.

– Só os das crianças? E por que os dos adultos não?

– Entenda, é preciso acreditar em nós para isso. As crianças são inocentes e tem coração puro por isso acreditam em Páscoa, Natal, Fada dos Dentes, etc.

– E os pesadelos?

– São por conta de Breu

– Breu? Então foi ele que...

– Que?

– Nada não – tentei inutilmente encerrar a dúvida

– Pode falar agora – Norte falou curioso

– Ah tudo bem! Tive dois pesadelos com o Jack e estou com medo de acontecer

– Como eram?

– Ele queria meu cabelo! Ele queria meu cabelo a força e...

– Calma Rapunzel – Fada me disse ao perceber minha raiva

– Desculpe é que... só de pensar que seria uma presa tão fácil me dá raiva! Eu simplesmente odeio ser a mocinha indefesa!

– E será se acreditar nesses pesadelos. Breu manipula muita gente com eles, não caia na deles

– Está desconfiada de Jack? – Fada me perguntou

– Admito – suspirei – Sim estou, eu, eu, eu... sou muito tola não sou? Digo, Jack me ajudou e, e eu sou uma ingrata!

– Rapunzel, escuta, Jack é uma excelente pessoa, conheci ele hoje mas já confio nele – Fada me aconselhou

– autinjimbukum? – um yeti apareceu com um robô azul nas mãos

– Não está muito azul! Pinte de vermelho

– antincakakarum? – ele perguntou nervoso apontando uma pirâmide de robôs azul

– É, pinte todos de vermelho

– austnzuzulam! – ele resmungou como se dissesse “todos? É agora que você diz?”

– Desculpe me intrometer mas, e se você jogasse um balde de tinta vermelha em cima deles e depois desse o acabamento? Seria bem mais prático não?

– hum shinshuniaram! – ele sorriu pra mim (eu acho)

– Boa ideia Rapunzel, esses yetis são muito resmungões!

– Mais alguma dúvida? – Fada perguntou depois que o yeti saiu

– Não, era só isso mesmo – olhei de leve para o lado e vi Jack olhando pra mim

– Fique tranquila. Breu será derrotado, só pare de acreditar nele ok?

– Ok

Depois da conversa, decidi pedir desculpas a Jack só que deixar os pesadelos de lado, pra que ele precisava saber? Ele iria poderia pensar mal de mim. Mas Norte acabou me denunciando e não teve jeito, tive que contar a verdade.

Puxa vida! Como o dia foi cheio de surpresas! Conheci os lendários guardiões e fui na Toca do Coelho da Páscoa! Que dia emocionante!

– Muito bem Rapunzel, já está ficando tarde, vá para casa e descanse, dessa vez não terá pesadelos garanto. Sandman cuidará disso

– Tenho certeza que não

Saímos da Toca por outro dos túneis de Coelhão para a Oficina. De lá, eles me deram uma carona de volta até minha torre. Rapidinho chegamos

– De volta sã e salva – Jack fez questão de me ajudar a descer do trenó

– Ham hum – Coelhão deu uma falsa tosse, não sei o que ele quis dizer com isso mas acho que foi para Jack

– A gente se vê amanhã hein moça

– Pode deixar Norte. Até amanhã – me despedi de Norte e Coelhão; abracei Jack e ele me levou até a janela da torre; abri delicadamente a janela

– Até amanhã Rapunzel

– Até amanhã Jack – eu o abracei, ele me lançou uma piscada e saiu; dei um último aceno antes de entrar na torre

– Como aqui está escuro! – falei acendendo a luz da lamparina que iluminou toda a torre. Minha mãe permanecia adormecida no sofá.

Finalmente eu iria dormir sem pesadelos ou algum pressentimento ruim. Deitei na minha cama e o sono logo veio

...

Acordei com o barulho de pratos caindo no chão.

– Droga! – desci imediatamente para ver o que estava acontecendo

– Bom dia mãe!

– Bom dia? Boa tarde dorminhoca!

– Mau humor mãe?

– Mas é claro, jamais dormi tão mau em toda minha vida! Estou morrendo de dor nas costas. Vou descansar um pouco, a comida está pronta. Se continuar em pé acho que vou travar. – ela foi andando curvado até o andar de cima.

– Pascoal, sabe que dia é hoje? PÁSCOA! – sussurrei para ele – Agora é só esperar um sinal deles!

Depois de almoçar fui ler uns livros enquanto esperava ansiosa um sinal de vida de Jack ou de Coelhão. Já estava entediada quando uma bola de neve atingiu a vidraça de janela. E depois um coelho de neve apareceu na torre e se desfez, isso só poderia significar uma coisa: Jack!

– Até que em fim! Estava achando que você não vinha!

– Ui quanta pressa! Coelhão está estressado é melhor irmos logo antes que ele dê seus chiliques

– Espera, minha mãe...

– Oras, é rapidinho! – ele piscou pra mim

– Ah! Eu vou me arrepender disso! – desci da torre (já estava dominando essa arte)

Fomos até Corona, perto do Palácio. Coelhão estava agoniado andando de um lado para o outro em um beco.

– ATÉ QUE EM FIM! Frost, se perdeu? A Páscoa quase foi perdida por sua culpa!

– Calma Fofinho! O importante é que estamos aqui agora.

– Ok rapaz – ele respirou fundo para não brigar com Jack – Rapunzel, está pronta?

– Sim estou, poderia me dar uma pista de onde está o primeiro?

– Atrás daquela árvore – fui lá e o encontrei e sorri

– Oi meninas, me ajudam a procurar os ovos de Páscoa?

– Ovos de Páscoa?

– Vocês não sabem o que são ovos de Páscoa?

– Não

– Olhe aqui um – mostrei a duas meninas o ovo que acabara de encontrar

– Que lindo!

– Eu o achei, então ele é meu.

– Eu quero um

– Eu também, tem mais?

– Se vocês acharem podem ficar com eles – as duas se olharam e sorriram

– onde estão?

– Espalhados por aqui

– Que legal! Vamos Bete, vamos atrás dos ovos! – elas foram procurar.

– ACHEI! ACHEI! – uma menina ruiva gritou

– Olha o meu! Olha Ana! – a outra também gritou

– Olha moça, achamos

– Muito bem meninas! – outras cinco crianças se aproximaram

– Ei, o que é isso que vocês estão segurando?

– Os Ovos da Páscoa que achamos!

– Opa, eu também quero! Onde vocês conseguiram?

– Ela nos contou que há ovos desses espalhados por aqui – eles foram a procura dos ovos

– Olha aqui, eu achei um!

– EU ACHEI DOIS!

– Moça, você é quem faz esses ovos?

– Eu? Não, sabe quem faz esses ovos?

– não, quem – eles perguntaram curiosos

– O Coelho da Páscoa

– O Coelho da Páscoa? Existe?

– É claro que existe! Só precisa acreditar

– Vamos gente, vamos procurar mais ovos! – a turma saiu em disparada pelos cantos de Corona. Outras crianças iam vendo e iam atrás dos ovos também. Os adultos não entendiam o que era aquela agitação toda mas não quiseram saber o que era.

Ali perto...

– Fique longe dela Breu! Eu não respondo por mim!

– Vai fazer o que Frost?

...