Haru no Tenshi escrita por annaLI


Capítulo 4
Capítulo 4


Notas iniciais do capítulo

Olá! Desculpem a pequena demora em postar o novo cap... Estou indo viajar por uns dias e queria postar o novo cap. antes de ir, mas não tive tempo de revisar muito bem, então desculpem se encontrarem qualquer errinho tbm, por favor ^^'



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– Syaoran! Você deveria ter ficado em casa descansando! Onde já se viu vir trabalhar com esses machucados? Mesmo que não tenha acontecido nada mais grave, um acidente de carro não é pouca coisa...

– Eu estou bem – Syaoran respondeu a sua assistente que chegou mesmo a se aproximar para verificar o braço dele, onde a camisa cobria quase toda a área enfaixada.

– Se estiver com dor, posso arranjar um remédio...

– Não estou com dor, obrigada Aisawa-san.

– Tsc, tsc, Syaoran, preciso dizer pela milésima vez que me sinto ofendida por você ainda me tratar de maneira tão formal? – disse ela num tom de quem está repreendendo uma criança travessa. - Me parece que mesmo que a gente se conheça a tanto tempo, você não me considera muito mais que uma simples conhecida.

– Ah... me desculpe. Eu... não é assim.

Ela deu um risinho.

– Volto num instante com os papéis que você pediu.

– Ok – ele disse.

Syaoran sabia perfeitamente que Hiroko Aisawa era a razão de os negócios não terem ainda desandado completamente. Eles tinham estudado juntos no colegial. Ela era a filha de uma boa família que, por querer seguir carreira em moda se candidatara para trabalhar ali. Ele era bom com números, mas cuidar daquele tipo de negócio exigia muito mais que isso, exigia saber de muitas coisas que não lhe atraiam nem um pouco e que pareciam completamente comuns para pessoas como Hiroko, assim como tinham sido para seu pai e sua avó.

Sim, as pessoas tinham grande respeito por ele, mas quando sua avó e depois seu pai eram os presidentes da Li Xiu Hua, eles eram vistos quase como deuses. Os compradores se interessavam em saber a opinião deles acerca das coisas novas que chegavam na loja e eles apareciam quase toda semana nas colunas sociais. Ele chegara a comentar com o pai que era estranho como ele não conseguia entender ou gostar de nada daquilo. “Não se preocupe, com o tempo você vai acabar gostando. Eu vou ensinar tudo que você precisa saber. Foi com os ensinamentos de sua avó que eu mesmo acabei por gostar de tudo isso” fora a resposta animada dele.

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Ao descobrir que Sakura ia receber roupas de “presente”, Fay se disponibilizou prontamente a ajudá-la a escolhê-las e ela passou uma boa parte daquela manhã experimentando as mais diversas roupas para que ele desse sua opinião. Num dos provadores especiais da loja, uma sala dividida em duas partes com espelhos em todas as paredes, Fay esperava que Sakura aparecesse com mais um modelo quando alguém deu duas batidas na porta antes de entrar.

– Fay-san – era Syaoran.

– Ah, chefinho! – Fay saudou-o com seu bom humor habitual.

– Eu liguei para a gerente Okabe e ela me contou que você decidiu...

Nesse momento a porta que dava para a outra sala foi aberta e Sakura apareceu com um vestido de pregas cor de rosa.

– O que acha desse, Fay-san?... Ah, Syaoran!

Fay bateu palmas declarando que estava perfeito.

– Esse combina perfeitamente com você, Sakura-chan! Você não acha, Li-san?

– Eu... eh... está muito bom, acho – respondeu ele, parecendo desconcertado por ter de expressar uma opinião.

– Você acha mesmo? Eu também gostei muito... – ela disse, dando um giro para apreciar o interessante efeito produzido pela grande quantidade de espelhos.

Syaoran acompanhou o efeito antes de lembrar-se do porquê de ter ido ali atrás do dois e voltar a falar depois de um pigarro.

– Enfim, eu vim porque fiquei sabendo do arranjo que vocês dois fizeram... Fay-san, acha mesmo que Sakura será uma boa assistente para você?

– Absolutamente! Nós já estamos grandes amigos, ela inclusive me fez ter uma grande ideia para uma nova campanha publicitária. Vou preparar o projeto.

– Certo então... – e passou a se dirigir a Sakura - Eh... Vocês já terminaram? Eu estou indo almoçar... você está com fome?

– Eu quero almoçar também! – ela respondeu prontamente – Fay-san vai com a gente?

– Ah, não se preocupem comigo, eu trouxe um bentou e vou comer com alguns outros colegas de trabalho. Coma bem, Sakura-chan!

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O lugar era a apenas um quarteirão de distância. Quando entraram no restaurante, Sakura reconheceu o homem que estivera com Syaoran no dia anterior sentado numa das mesas com um braço levantado, chamando-os.

– Olá – ele cumprimentou Sakura, com um sorriso. – Vestido bonito.

– Obrigada.

– Syaoran me contou que você se chama Sakura... É um belo nome também.

– Você é muito gentil! – Sakura disse, sentindo as bochechas arderem, o que era uma sensação completamente nova para ela. – Ehh... vocês dois são amigos há muito tempo?

– Ah, sim... eu venho tendo que aguentá-lo há mais de dez anos... – Eriol respondeu.

Graças à presença de Eriol, o almoço foi muito agradável. Sakura sentia que ele fazia bem para Syaoran. Ela agora começava a achar que Wei estava certo, Syaoran não era sempre carrancudo. Ele até aceitou comprar-lhe sorvete no caminho de volta, depois de ela quase chorar implorando quando percebeu do que se tratava aquele lugar tão colorido na esquina pela qual passaram.

Alguém veio ao encontro deles logo que estavam de volta ao último andar da Li Xiu Hua. Com seu andar altivo, o cabelo castanho escuro perfeitamente arrumado e suas roupas elegantes, ela lhes lançava um olhar de desagrado.

– Então é essa a nova funcionária de quem Eri não parava de falar no almoço?

– Sakura, esta é Hiroko Aisawa, minha assistente... – Syaoran tentou apresentá-las, mas foi interrompido por Hiroko que estivera observando Sakura de alto a baixo e seu olhar tornou-se ainda mais desagradável depois de alguns segundos no vestido que ela estava usando e que era o último que ela tinha mostrado a Fay.

– Mulberry!... Eu mesma o trouxe de Londres... – Ela então olhou para Syaoran, como se pedisse uma explicação.

– Ehh... a gerente Okabe deve ter mencionado que eu convidei Sakura a escolher um presente... Minha mãe insistiu que...

– Por acaso Sakura não teria um sobrenome? – ela novamente o interrompeu, olhando diretamente para Sakura, esperando uma resposta dela.

– Eh..ehh... – Antes que ela conseguisse pensar em algum sobrenome para dizer que era seu, Syaoran voltou a falar, dirigindo-se a ela.

– Sakura, você pode voltar para suas tarefas agora.

Sakura se sentiu aliviada por poder se afastar dali. Não sabia porquê, mas a assistente de Syaoran parecia estar muito irritada.

Ele sabia que era inútil insistir na história de que Sakura era uma amiga da sua família com Hiroko, simplesmente porque ela parecia saber tudo sobre qualquer família remotamente importante em boa parte da Ásia, então ele acabou contando-lhe a verdade, de um jeito que parecesse o menos estranho possível, mas não teve jeito.

– Syaoran! Você ficou louco? Você sabe que ela com certeza tem um plano, não sabe? Ela deve estar preparando algum golpe... e está se saindo muito bem, diga-se de passagem. Em um dia já conseguiu se infiltrar na sua casa e na sua empresa.

– È claro que eu pensei nisso, mas não acho mais que seja o caso. Sakura não me parece perigosa, na verdade acho que ela demanda cuidados...

– Ha! Essa é a prova de que ela sabe muito bem o que está fazendo! Tem certeza de que não foi a batida na sua cabeça que deixou sequelas?

Syaoran não tinha vontade nenhuma de discutir sobre aquilo e agradeceu aos céus que seu telefone começou a tocar. Ele atendeu e depois de autorizar a transferência da ligação, pôs a mão no bocal e disse para a jovem mulher a sua frente:

– Por favor, pode me dar alguns minutos, Aisawa?

Ela saiu bufando de irritação.

A ligação realmente era importante. Syaoran agora tinha um compromisso e sairia mais cedo que o que de costume. Mais tarde ele resolveu ir até a sala de Hiroko, pedir alguns papéis de que estava precisando e ela parecia bem mais calma. Ótimo.

Ao voltar para a própria sala, descobriu Sakura sentada no sofá.

– Fay-san disse que precisava ir para casa para terminar uma coisa que parecia importante e disse que eu podia ir se quisesse... ele me disse onde era sua sala – explicou ela.

– Eu vou ter que sair daqui a pouco, tenho um compromisso importante. Vou arranjar um táxi para levá-la em casa.

Ele foi até a mesa e pegou o telefone, Sakura se levantou e estava pronta para começar a protestar quando a porta abriu. Hiroko entrou.

– Syaoran, faltou eu lhe dar esses aqui – disse ela, estendendo uns papéis a ele.

– Obrigado – Syaoran tinha parado com o telefone na mão, esperando uma reação negativa de sua assistente. Ela deu as costas a ele, voltando-se para Sakura.

– Olá. Me desculpe por não ter agido da forma correta quando fomos apresentadas – ela disse, com uma voz e um sorriso agradáveis. – Como Syaoran já disse, eu me chamo Hiroko Aisawa.

– Muito prazer – Sakura respondeu, retribuindo seu sorriso.

– Syaoran me contou tudo sobre você.

– Contou? – Sakura pareceu preocupada com aquela declaração.

– Contou sim... pobrezinha. Por favor me deixe ajudá-la.

– Ajudar? – perguntou Syaoran.

– Sim. Eu estive pensando e tive uma ideia. Acho que seria muito melhor para Sakura ir ficar comigo no meu apartamento até melhorar.

– O quê? – Sakura e Syaoran perguntaram em uníssono.

– Pense bem, Syaoran – Hiroko virou-se para ele, disposta a convencê-lo. – Não é nada apropriado uma jovem morando sozinha com um homem solteiro e meus pais vivem dizendo que aquele meu apartamento é muito grande para uma pessoa só...

Syaoran olhou atentamente para Hiroko, ela parecia estar falando sério. Pensando no que poderia tê-la feito mudar de idéia, ele começou a achar que ela queria verificar por si mesma as intenções de Sakura. Tinha certeza que se elas passassem algum tempo juntas, Hiroko ia ter certeza de que Sakura não oferecia perigo algum para ninguém além de si mesma. Depois disso a amizade com Hiroko poderia realmente ser boa para ela.

– Ela tem razão, Sakura.

– Syaoran! Eu disse que preciso ficar perto de você! – ela se aproximou dele, agarrou seus dois braços acima dos cotovelos.

– Sakura, se acalme. Esqueceu que agora você trabalha aqui? Vai estar perto de mim todos os dias.

– Não, eu acho que isso não é suficiente...

– Vai ficar tudo bem – ele disse para ela, procurando soar gentil. – Aisawa é uma ótima pessoa.

– Nós vamos nos divertir muito juntas! – Hiroko segurou um dos ombros dela por trás e parecia animada.

– Syaoran! - ele desviou os olhos dos de Sakura e disse:

– Olha, eu preciso ir agora. Vejo vocês duas amanhã – ele colocou todos os papéis de que precisava numa pasta preta e foi até a porta. Quando já estava do lado de fora, hesitou na hora de fechá-la, mas uma olhada no relógio de pulso o fez se apressar a ir embora, não podia chegar atrasado ao compromisso que tinha.

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Sakura estava desolada. Hiroko falava empolgada enquanto dirigia até o lugar em que levaria Sakura para jantar e tudo que ela conseguia fazer era fingir que estava prestando atenção. Por sorte Hiroko gostava muito de falar de si mesma e não ligou muito para o silêncio da outra.

Já no apartamento da assistente de Syaoran, Sakura foi mais uma vez direcionada a um amplo quarto de hóspedes.

– Tome. Esta camisola é nova, eu nunca usei – disse Hiroko estendo para Sakura uma peça de seda lilás dobrada. – Aceite como um presente meu.

– Muito obrigada, Aisawa-san – Sakura agradeceu, inclinando a cabeça educadamente.

– Amanhã eu lhe emprestarei alguma coisa para irmos para o trabalho – a outra respondeu, parecendo satisfeita. – Ah, eu estou indo lá em baixo buscar meu notebook que esqueci no carro. Mais uma vez, sinta-se a vontade.

Depois que ela saiu, Sakura se levantou e seguiu para a sala de estar, dali aproximou de uma das paredes de vidro de onde se tinha uma vista espetacular da cidade ao redor com todas as suas luzes. Ela queria muito estar agora vendo tudo aquilo como sempre fizera: de cima, leve como o ar. Dois dias estavam prestes a se completar e sua missão já parecia fadada ao fracasso.

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Syaoran não se demorara muito no banco, onde tinha uma reunião com o gerente. Mais um empréstimo para Li Xiu Hua. Procurou falar com Hiroko pelo celular, mas tudo que conseguiu foi entender que estava tudo bem, pois segundo ela a ligação estava péssima e teria que desligar. Ele chegou em casa e, com uma xícara de chá preparada por Wei, passou longo tempo analisando papéis. Antes que se desse conta, acabou adormecendo ali mesmo, no sofá da sala.

Quase instantaneamente, como se as lâmpadas tivessem ficado fracas, o ambiente começou a ficar escuro. Um homem todo vestido de preto e com enormes asas igualmente negras materializou-se ali. Primeiro parecia só um borrão, mas suas asas foram desaparecendo a medida que o corpo do homem tornava-se mais nítido. Seus olhos observavam o homem adormecido demonstrando ameaça. Estes logo foram atraídos pelo objeto que pendia no peito de Syaoran. Nenhum humano podia enxergá-lo ainda, mas estava ali o cordão celestial que anjo S havia colocado. Seu brilho dourado continuava opaco. O homem que ali chegara deu uma risadinha.

– Eu sabia que não devia me apressar para vir buscar essa alma. Aquele anjo bobo não é de nada mesmo – pensou ele em voz alta, a voz expressando a mesma maldade que se via nos olhos. Depois de torcer o pescoço para um lado e outro, acrescentou: - Vai ser rápido.

Em seguida, estendeu as duas mãos acima da cabeça de Syaoran.

– Não posso tocá-lo, mas nem vai ser preciso.

De suas mãos começou a sair o que parecia uma fumaça, muito espessa e escura. Com aquilo o sono de Syaoran tornou-se visivelmente agitado. As palavras seguintes do anjo negro que fora ali pela sua alma começaram a penetrar seus pensamentos.

– Vamos lá, Li Syaoran. Por que você não termina o que começou? Você sabe que esse é o jeito mais fácil de acabar com seus problemas!... A empresa do seu pai... você sabe que não é capaz de salvá-la... Desista! Na verdade você já deveria está morto há muito tempo! Você mesmo acha isso, não é?... No lugar de seu pai... no lugar de Sakura...

Ainda de olhos fechados, Syaoran soltava gemidos de desespero. A luz opaca do cordão de anjo em seu pescoço estava se apagando.

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Sakura ainda observava a cidade através do vidro quando sentiu uma pontada em seu peito e uma dor forte se instalou ali.

– Syaoran! Syaoran está em perigo! – ela sussurrou, percebendo logo o que significava.

Hiroko acabava de retornar e Sakura correu para ela na porta que ainda estava aberta.

– Eu preciso ir! – ela gritou.

– Ah, não me diga que você se lembrou onde mora! Vamos, eu posso levá-la até lá.

– Syaoran! Eu preciso ver Syaoran! Me leve até ele por favor! – ela disse com extrema urgência na voz.

O sorriso que Hiroko vinha mantendo no rosto sumiu. Ela segurou um dos pulsos de Sakura e disse, séria:

– O que é que você está tramando, afinal? Hein? O que está pretendendo com Syaoran?

Sakura se assustou com o olhar raivoso dela.

– Me solte! – ela puxou o pulso do aperto de Hiroko e saiu correndo por muitos andares de escada.

Antes que alguém tentasse impedi-la ela já estava na rua, por onde continuou correndo, fazendo muitos carros buzinarem, tendo sorte por não ser atropelada e atraindo olhares espantados. Ela só parou quando deu um encontrão num guarda.

– O que houve? Você está bem? – perguntou o homem, reparando que ela apertava o peito enquanto arfava. – Precisa de ajuda?

– Sim! Por favor... Eu preciso chegar a um lugar!

– Está perdida? Qual o endereço desse lugar?

– Eu não sei!... mas preciso muito chegar lá! É um prédio bem alto, com vidros meio esverdeados e a parte que não é de vidro, é cinza... – Sakura se engasgava com as próprias palavras, falando muito rápido.

– Olhe, eu não tenho como ajuda-la assim... – disse o guarda, coçando a cabeça. – Você não sabe nem o nome desse prédio? Não seria melhor ir para um hospital?

– Não!... – ela estava prestes a chorar. - Ah, espere! Na frente tem uma fonte onde está escrito... está escrito... Moriko! É! É isso! Acho que esse é o nome, não? O senhor conhece?

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A cor do cristal no colar de anjo agora era definitivamente preta e um pequeno ponto de luz vermelha acabava de surgir. O rosto contraído de Syaoran estava quase completamente encoberto pela espessa fumaça negra.

– Vai ser rápido. Só um segundo e tudo estará acabado – o anjo negro continuava a falar. Um sorriso de pura satisfação apareceu em seu rosto quando viu Syaoran agarrar o cristal do cordão em seu peito.

– Isso mesmo. Tire isso daí! Desista!

Ele parecia estar pronto para dar um puxão e arrancar o objeto de seu pescoço quando alguém começou a dar batidas impacientes na porta.

– Syaoran! – A voz de Sakura vinha do outro lado da porta – Syaoraaan!

O anjo negro desviou o olhar furioso para a porta, mas no instante seguinte só teve tempo de correr para se esconder antes que Syaoran abrisse os olhos, sua testa ensopada de um suor frio e a mão ainda no peito.

Demorou um tempinho para ele perceber onde estava e o que era aquele barulho que o salvara de um terrível pesadelo, então levantou e foi até a porta, onde as batidas estavam mais fortes e insistentes e Sakura tinha começado a berrar.

Assim que ele abriu a porta ela se atirou em seus braços, agora definitivamente derramando lágrimas pela primeira vez em sua existência.

– Syaoran!

Ele teve a clara sensação de que a presença dela parecia estar trazendo um sopro de brisa suave a sua mente enevoada, aliviando a opressão em seu peito. Assim ele acabou retribuindo seu abraço, querendo muito esquecer tudo que estivera sentindo há poucos instantes.

– Sakura... Sakura, o que aconteceu? Você está bem? – ele perguntou, se afastando para olhá-la.

– Syaoran, se você quiser mesmo me ver bem, você tem que estar bem! Não queira se deixar vencer pela tristeza! Nunca mais!... Está me ouvindo? - ela disse entre as lágrimas, puxando-o novamente para um abraço e ele se viu novamente abraçando-a de volta.


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Notas finais do capítulo

Brigadão pelos comentários! Continuem me dizendo o que estão achando ;***