My Idiot Cousin escrita por maynis


Capítulo 20
Capítulo 21 - La Push




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Ver Ângela. Conversar com ela. Era isso que eu queria fazer.

Eu não sabia aonde Ângela morava, e muito menos como se fazia para chegar a La Push.

 

Perguntei a um homem no ponto de ônibus e ele me indicou o caminho

Então eu peguei o ônibus que me deixou perto da primeira praia de La Push.

 

A praia. O mar.

Há muito tempo eu não o via.

Então fiquei sentada na areia, sentindo a brisa do mar no meu rosto. Pensando na vida.

Era delicioso.

Atrás de mim havia umas casinhas simples de madeira.

Resolvi andar pela cidade.

Era ótimo estar sozinha num lugar como aquele. As pessoas pareciam tão familiares. Eu gostaria de morar em La Push.

Havia uma pequena lojinha de doces na esquina de uma ruela.

Em cima havia uma casa verde, de aparentemente dois quartos.

Havia um homem varrendo a frente da lojinha.

Ele olhou pra mim, e depois entrou novamente na loja. Disse alguma coisa que eu não entendi.

Uma menininha desceu as escadas. Ela parecia ter uns dois anos e eu fiquei realmente encantada com ela. Ela tinha os cabelos escuros, era branca como a neve. Realmente eu fiquei deslumbrada com ela.

A lojinha estava vazia e só a menina estava lá dentro.

Ela me viu.

- Oi moça – ela disse com uma voz infantil bem fofa.

- Oi linda – respondi.

- O que você quer moça? Quer que eu chame a mamãe? Ela ta lá em c-cima conversando com papai.

Sorri em resposta.

- Marie! Eu já disse pra não conversar com estranhos e... OMG.

Eu que olhava para a menina levantei o rosto.

Ela estava lá, bem na minha frente, com aquele sorriso de moça de sempre. Ângela.

- Você esta linda. – ela me disse serenamente e nos finalmente nos abraçamos.

- Eu senti tanto sua falta – eu disse a ela, chorando – eu me preocupei dia e noite com você.

Ela não disse nada, mais ela também chorava.

- Você viu Ben? – ela me perguntou.

Balancei a cabeça positivamente.

- Esta é Marie, minha filha, sua afilhada.

Ela apresentou a menina.

- Ela é linda demais! Estou encantada! – respondi, e abracei Marie.

- Vá ficar com seu pai meu amor, tenho que conversar com a Bella.

A menina saiu correndo até o pai, e eu e Ângela fomos até o andar de cima.

A casa era pequena era pequena e aconchegante, as paredes da sala eram verdes, havia poucos moveis, um sofá de dois lugares, uma mesinha de canto e uma estante com uma televisão pequena.

- Sente-se – ela disse.

Sentei-me no sofá.

- Você tem muita coisa pra me contar – eu disse

- Eu sei. Alguém sabe que você esta aqui?

- Não, eu vim escondida. – respondi.

Ela sorriu.

- Marie é encantadora.

- Ela é o maior tesouro da minha vida, eu morreria por ela.

- O que você faz em La Push? – perguntei.

- Melhor eu começar do começo, como eu vim parar em La Push. Você sabe, como meus pais são. Eu consegui guardar segredo da gravidez até o quinto mês de gestação.

- Como?

- Só Deus sabe! Mais uma hora ela descobriu. Minha mãe descobriu tudo, e ela disse coisas horríveis pra mim. Ela disse que o que estava dentro de mim era o demônio. Que eu não devia ter nascido, já que eu só nasci pra carregar o filho do diabo no ventre. Ela é louca.

- OMG! – eu estava com raiva da mãe dela, raiva extrema.

- Pois é, e ela contou pro meu pai, e a reação dele me assustou.

- Ele fez alguma coisa com você?

- Não – ela riu – ele foi tudo que eu pensei que não seria. Enquanto eu chorava pelas palavras que minha mãe disse a mim, ele me abraçou, e me consolou perfeitamente. Eu nunca pensei que ele iria fazer isso. Ele foi ótimo. Minha mãe me expulsou de casa, mais meu pai não queria que eu fosse embora. Ele queria me mandar pra casa de uns parentes em outra cidade e ter o bebe lá. Mais eu não queria me distanciar de Ben. Então eu fugi mesmo. Eu não queria aceitar o que meu pai dizia, porque ele na verdade estava com medo de que vissem que a única filha deles estava grávida aos quinze anos.

- E todas as vezes que eu ligava na sua casa ele desligava na minha cara. – eu disse.

- Era minha mãe que mandava fazer isso. E também o fato de meu pai dizer que esta tudo bem pra mim mais por dentro ele esta se sentindo como minha mãe se sentia. Então ele agia assim, eu sinto muito se ele lhe faltou com respeito.

- Tudo bem, continue, por favor.

- Então, um certo dia eu sai de casa. Simplesmente fiz as malas e fugi com Ben. E então quando nos percebemos a burrada que nos fizemos e ficamos perdidos. Porque os pais de Ben também não aceitaram tão bem assim.Na primeira noite, dormimos no carro dele. Não foi nada bom, mais eu estava com ele, e estava feliz.

“Minha mãe me mandou um bilhete, dizendo que nunca mais queria ver minha cara, queria que meu bebê morresse. Os pais de Ben ficaram chocados com a noticia da gravidez, mais foram mais compreensivos do que os meus pais.

“A minha mãe e a mãe dele se uniram, pra tentar fazer eu dar a criança pra adoção, ou dar meu bebe simplesmente para um estranho. Mais eu disse que não. Eu e Ben conseguimos ficar numa casa abandonada no final da cidade, não tínhamos luz, nem água quente.

“Ele arranjou um emprego três semanas depois. Ele trabalhava feito condenado, e eu, com sete meses, me sentia uma baleia, mais era maravilhoso, cada vez que o bebe chutava, cada vez que eu imaginava seu rostinho, eu sorria e sabia que tudo ficaria bem, apesar da dificuldade.Ben arranjou mais um emprego, e então ele trabalhava dia e noite, ele mal dormia.

“Quando eu fiz dezesseis anos, ele estava trabalhando, juntando economias, e já tínhamos bastante. O bastante pra se mudar daquela casa horrível. Como já era de se esperar, o bebe nasceu de oito meses. Foi numa noite fria de inverno, estava nevando. Ela nasceu no hospital publico de Forks, e não chorou, ela sorriu lindamente, e dês de então eu vivo por ela.

“Quando eu voltei pra casa do hospital, praquela casa ridícula e nojenta, eu não queria mais viver ali com meu bebe, e Ben percebeu isso,e então passamos a viver em hotéis baratos, o que era melhor do que aquela casa horrível,mais viver mudando de hotel por sete meses, com uma criança pequena era muito difícil. Até que, Ben já tinha realmente dinheiro e um bom emprego pra conseguirmos uma casa, e de repente estávamos aqui, em La Push. Ele pegou um empréstimo, que não pagamos todo ainda, pra pagar o aluguel da casa por dois meses, e estamos aqui dês de então. Fazem quase dois anos, você sabe, Marie tem um ano dois meses... então estamos aqui a cinco meses. E ele conseguiu montar uma lojinha na garagem, e estamos aqui. Exatamente dois anos,que você foi embora. – ela disse, e sorriu, e eu, abracei-a com ternura, e entendi que ela não era uma garota qualquer, sem interesses, sem um porque de viver, ela era uma mulher guerreira, batalhadora, com uma filha linda, com uma família linda.

- Eu me preocupava com você, como você conseguiria sobreviver a tudo isso, como você conseguiu estudar desse jeito? Você não teve medo de engravidar novamente? – eu queria perguntar mais e mais.

- Não acho que eu seja tão burra assim, eu amo Marie, e penso em ter mais filhos, mais não agora, eu ainda não terminei os estudos, estou um ano atrasada.

- Você continuou os estudos? – eu perguntei

- Claro, faz três meses, agora estamos de férias, na escola da reserva.

- Por que não vai pra escola de Forks?

- Não posso, minha vida esta aqui agora.

- E os seus pais?

- Minha mãe finge que eu não existo. Já meu pai, descobriu onde eu moro, e vem sempre aqui, ele é apaixonado por Marie, você viu só como ela é inteligente? Ela até fala – ela falava da filha como se fosse uma boneca de porcelana, e os olhos dela brilhavam ao dizer ‘Marie’. Eu sorri. – Ele vem sempre que pode, e se minha mãe descobrisse, ela morreria, até hoje ela tem vergonha de mim.

- Ela não te odeia, ela só tem...

- Vergonha, ela não aceita. – ela disse rude

Marie subiu as escadas, sorrindo e fui até Ângela.

Observei as duas, e não pude deixar de sorrir.

Era lindo, era intenso, e eu esqueci de todos os problemas dês de então.

- E então, por que voltou? – ela perguntou.

- Meu pai morreu.

- Eu sinto muito – ela disse, e eu sorri. Na verdade eu não estava me importando com isso, com a morte dele.

- Quando você volta às aulas? – eu perguntei

- Daqui a duas semanas, e as suas?

- Também.

- Agora me conte, como foi no tal internato. – ela perguntou, e eu sorri, comecei a contar tudo.

Conversamos muitos, e foi extremamente agradável.

Rimos, choramos, gritamos e nos assustamos, e foi a tarde mais agradável dês de que cheguei em Forks.

Quando dei por mim, eram nove da noite.

Estava escuro e frio lá fora, e eu não sabia como voltar para casa.

Ângela disse simplesmente pra dormir lá, mais eu não podia, eu não tinha avisado a ninguém aonde eu iria, e pensei que talvez estivessem preocupados. Ou talvez não.

Despedi-me de Ângela, que me disse onde pegar o ônibus e voltar para cidade.

 

Estava frio, e escuro.

E eu me sentindo uma tonta, procurando o tal do ponto de ônibus.

E pra ajudar, começou a chover.

Minha calça jeans ficou alagada, e meus tênis já estavam decadentes, e instintivamente eu me arrependi de ter saído de casa. Mais esse pensamento me fugiu a cabeça, quando eu o vi.

 

Lá estava, era só atravessar a rua, e eu estaria sentada no ponto, esperando só o ônibus chegar.

Perfeito. Sou muito inteligente!

Então, corri até o ponto, já ensopada, sem olhar para os lados.

O que eu não esperava, era que iria passar um carro naquele momento. Eu não esperava que fosse morrer naquele momento.

- O que foi isso? – eu ouvi a voz do cara, enquanto estava atirada no chão. Na verdade, ele não me atropelou, foi quase, mais eu ouvir dizer que da uma boa grana se você colocar o caso na justiça...

- Edward, você matou uma pessoa! – gritou uma outra voz. ESPERA AI, ele disse Edward?

Então, eu vi quem eram os caras. Meus primos.


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