P.O.V- Brooke Sullivan

Eu me encontrava em uma floresta. Uma floresta sombria, árvores enormes e com neblina. Não sei o que mais me dava medo, a floresta ou os corpos no chão. Isso mesmo, corpos. Pessoas mortas, com o corpo aberto. Alguns estavam com o órgãos para fora do corpo, uma ânsia de vomito subiu. Não faço ideia de como fui parar ali. Tentei sair logo daquele lugar, mas quanto mais eu andava, mais corpos apareciam.

Entrei em uma clareira iluminada com a luz da lua, hoje era lua cheia. No meio havia um ser abaixado comendo algo, tentei fazer o máximo de silêncio, mas como sou uma pessoa equilibrada, acabei caindo sobre uma poça de sangue. O ser no chão levantou o olhar, então eu percebi que aquilo não era real, e sim um dos meus pesadelos. Seus olhos estavam com um misto de cores entre vermelho e preto, como se as cores estivessem em guerra. Sua estatura alta estava disfarçada por causa de sua posição que se encontrava agachada. O ser olhou para mim e deu um sorriso sombrio, mostrando seus dentes manchados de sangue, tentei correr, mas eu já sabia que não tinha como fugir desse pesadelo. Ele sempre me acha, por mais que eu fuja, ele sempre estará lá me esperando.

— Minha princesinha.

— Não sou sua princesinha.

— Claro que é.

— Por que você não se junta a mim nesse banquete maravilhoso?

— Nunca! Seu monstro! — Gritei

Acordei assustada e com o rosto suado. Não acredito que tive esse pesadelo de novo. Sempre o mesmo. Pensei que mudando de cidade tudo isso resolveria, mas não essa praga me persegue. Cheguei nessa cidade já faz uma semana, não conheço nada e ninguém. Pouco me importo com isso, sempre fui conhecida como a louca. Bando de idiotas. Mudei para cá não só pelos pesadelos, também queria deixar para trás o passado. Se continuasse onde estava não seria bom para mim e nem para minha família.

Sou Brooke Sullivan, tenho uma família conservadora e tradicional. Minha mãe é daquele tipo de pessoa certinha demais, pessoas perfeitas me dão raiva. Sim, me julguem.Continuando, ela é loira dos olhos azuis, tem uma pele um pouco bronzeada e é advogada. Meu pai é um pouco liberal, mas é pau mandado pela minha mãe, então já pode imaginar. Ele tem cabelos e olhos castanhos, alto e é médico.

Podemos dizer que eu sou a ovelha negra da família. A revoltada. Isso é o que dizem, mas na verdade eu sou me recuso a ser fútil, agir por que alguém quer que eu aja daquele modo, que eu saiba o nome disso é personalidade. Posso dizer que não me arrependo por ser desse jeito, não sinto triste por pensar melhor que a maioria das pessoas. Isso pode ter soado egocêntrico, sinto muito é o que penso, espera, na realidade eu não sinto nada.

 Vivo sobre uma armadura que eu mesma criei uma máscara que camufla a verdadeira Brooke Sullivan. Não tem o porque de sair por aí gritando minhas ideologias, por mais que eu queira muito, não dá. Por dois motivo: o primeiro é que ninguém se importa e segundo é que estou com preguiça. Demonstro um poço de frieza e ironia. As pessoas me olham e ver uma menina loira que não economiza no lápis de olho ou no delineador, que usa roupas pretas e não larga seus fones de ouvido.

Amanhã é meu primeiro dia de aula aqui, se estou ansiosa? Não...Sim estou. Claro que estou, quem é que não cria expectativas por entrar em uma escola nova, ainda mais quando é o último ano escolar? Fico pesando se é apenas um colégio típico ou esse tem algumas aventuras.

Eu deveria estar dormindo, mas duvido que vou conseguir depois daquele pesadelo. Posso demonstrar a melhor cara de coragem, mas por dentro sou a maior medrosa existente. E isso tudo por causa daquele imbecil que persegue até nos melhores sonhos. Esse inútil me perturba tanto. Procuro meu IPOD e coloco uma música para dormir. Achei uma ótima música para esse momento : Avenged Sevenfold- Nightmare.

Irônico, eu sei. Mas é o que tem para hoje.