Recomeçar escrita por Dricka Macedo


Capítulo 8
Capitulo 8


Notas iniciais do capítulo

Agradecimentos a todos que acompanham essa fic, a Renata Lourdes pelos coments.!
Eu achei esse cap fofinho! ^^
Epero que gostem. Boa leitura!



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Shiryu e Shunrei almoçaram e conversaram normalmente como dois conhecidos. Ela fazia de tudo para deixá-lo à vontade, mas sentia certo desconforto da parte dele, o que era normal na condição em que se encontrava. Depois foram para sala.

_Shiryu, você aceita um café?

_Sim, obrigado!

Shunrei retirou-se e ele ficou olhando para ela. Tão linda e delicada. “... Como uma pétala de rosa branca”. Após esse pensamento, Shiryu sentiu umdor de cabeça e foi logo se sentando no sofá com a cabeça entre as pernas.

_Shiryu, você está bem? Perguntou Shunrei que estava retornando da cozinha com o café.

_Eu estou com dor de cabeça e um pouco zonzo.

_Venha, vou te levar ao seu quarto. Ela falou pegando-o pelo braço.

Shiryu deitou-se enquanto Shunrei pegava um analgésico e um copo d’água. Depois da medicação, ele logo dormiu. Sonhou que estava em uma sala e pela janela via crianças brincando, mas ele não tinha vontade de se juntar a elas, gostava de manter-se isolado, estava lendo.

Shiryu acordou e ficou pensando se seria mesmo um sonho ou uma lembrança de quando era criança. Levantou-se foi até o banheiro tomou um banho. No guarda-roupa tinha muitas peças de roupas que Shunrei deixara arrumadinhas, deduziu logo sendo suas próprias roupas. Vestiu-se e foi até a sala, procurou por Shunrei e não a encontrou. Foi até a cozinha, mas ela também não estava lá. Logo imaginou que ela estivesse no quarto, aproximou-se da porta, ergueu a mão para bater, mas desistiu e retornou ao seu quarto. Antes de chegar, viu um enfeite de boas vindas na porta que dava pra frente do quarto de Shunrei: “Olá! Eu sou ????? , a alegria da mamãe e orgulho do papai!” Shiryu viu que faltava o nome do bebê, mas por quê? Foi para o seu quarto e começou a pensar em Shunrei, como ela era linda, grávida e linda. Shiryu sentia seu coração acelerar toda vez que pensava nela. Shunrei realmente havia saído e o crepúsculo já se fazia presente quando ela chegou em casa e notou que Shiryu ainda estava no quarto. Então, foi até a porta e chamou por ele:

_Shiryu, tudo bem?

_Shunrei! Oi... Procurei por você e como não sabia onde estava, voltei para cá!

_Ah! Eu saí para consulta de rotina com o médico. Pré-natal, sabe... Coisas de grávidas. Como você parecia não se sentir muito bem, achei melhor deixá-lo descansando.

_Ah... Sei... E está tudo bem? Você o bebê?

_Sim, graças a Deus estamos bem! E Você? Melhorou da dor de cabeça?

_Oh sim, estou bem agora.

_Ótimo! Bom, vou fazer o jantar...

_Eu posso te ajudar?

_É... É claro que pode! Enquanto isso na floricultura...

_Kiki vou deixar você e Seika encarregados de fechar a loja hoje, pois o Ikki já está chagando para me buscar. Ok?!

_Pode deixar que a gente dá conta, Minu! Respondeu Seika.

_Olá gente, vim buscar minha noivinha! Saudou Ikki.

_Oi meu AMOR.- Ela dá-lhe um selinho. - Só um momento e já vamos.

Ikki e Minu iam jantar na casa de Shunrei. No apartamento dela, Shiryu estava todo atrapalhado na cozinha, o que a deixava divertida e o clima entre eles mais familiarizado, até que Shunrei sente uma pontada forte na barriga que fez prender a respiração.

_Shunrei você está bem? Perguntou Shiryu conduzindo-a a uma cadeira.

_Estou bem Shiryu, foi só um chute. E que chute! Disse Shunrei rindo da cara preocupada dele.

Ela pegou sua mão e levou até a barriga. Shiryu sentiu seu filho mexendo, ele não resistiu e se ajoelhou diante de Shunrei e deitou a cabeça na sua barriga, abraçando-a e sentindo os chutes do bebê. Foi um momento sensacional para Shiryu. Ele ergueu a cabeça e fitou os olhos de Shunrei que estavam cheios de lágrimas. Ambos se levantaram e Shunrei o abraçou com toda a força.

_Senti tanto sua falta... Disse Shunrei aconchegando-se nos braços de Shiryu.

_Eu sinto muito por tudo isso que está acontecendo, Shunrei.

_Mas agora você está aqui e não vou deixá-lo ir embora outra vez, mesmo que você não se lembre de mim.

_Shunrei...

Shiryu estava confuso com o que Shunrei disse. Por que ele foi embora? Qual terá sido o motivo? Será que realmente amava Shunrei? Ele estava cada vez mais confuso e só tinha certeza de uma coisa: Fazê-la feliz, mas como? Nesse momento a campainha toca fazendo ela se afastar para atender.

_Boa noite, Shunrei! Saudou Minu.

_Boa noite Minu e Ikki. Entrem e fiquem à vontade!

Eles entraram e viram Shiryu parado na sala os olhando como se fossem estranhos.

_Shiryu, meu amigo. É tão bom ver que você está bem! Disse Ikki se aproximando.

_Oi... Ikki. Falou Shiryu.

_Você se lembra de mim?

_Bom, a Shunrei me mostrou algumas fotos e você estava na maioria delas.

_Ah! Nós éramos, ou melhor, somos grandes amigos, desde a infância. Disse Ikki.

_Sinto muito Ikki, mas realmente não me lembro de nada.

_Fica assim não. Eu nunca vou esquecer que você é meu grande amigo!

_ A não ser que você sofra de amnésia! Disse Shiryu fazendo todos na sala rirem.

_Shiryu, você está muito engraçadinho para um convalescente! Disse Ikki.

_ Mas ele não é um convalescente, Ikki. Apenas um desmemoriado! Corrigiu Minu.

As moças foram até a cozinha para terminarem os detalhes do jantar e os rapazes permaneceram na sala.

_Ikki, eu tive um sonho estranho, em que eu era uma criança e morava num orfanato, mas num era nada legal.

_Terá sido uma lembrança? Perguntou Ikki.

_Eu não sei. A Shunrei disse que eu era órfão e quando criança você e eu morávamos em um orfanato.

_É verdade Shiryu, mas não tenho lembranças boas desse lugar. - Disse.

– Mas mudando de assunto, como estão vocês dois? Cortou Ikki.

_Normal.

_Normal? Cara, esse é o Shiryu de sempre. Disse Ikki sorrindo.

_Por que você diz isso? Acaso eu não amava a Shunrei?

_É claro que sim! Mas é que você sempre foi muito cauteloso em seus relacionamentos. Não tenha medo de se entregar ao AMOR, Shiryu, você não é mais um garoto órfão, você tem uma mulher e vai ser pai! Se entregue a essa felicidade sem se importar com mais nada.

_Acho que você tem razão, Ikki.

_Bom, agora que você voltou, a Minu e eu vamos marcar a data do casamento para logo depois do nascimento do seu bebê, e, por falar em bebê... Vocês já deveriam dar um nome a ele.

_Eu sei, é que ainda estou me acostumando com a idéia de ter um filho, sabe?

Os rapazes ainda conversaram mais um pouco sobre o passado de Shiryu, quando Shunrei anunciou que o jantar estava pronto. Jantaram, conversaram e beberam, até que os convidados se despediram e foram embora.

_O que você achou do Shiryu, meu AMOR? Perguntou Minu ao chegar a sua casa.

_Ele realmente ama a Shunrei, Minu, isso nem a amnésia foi capaz de apagar do seu coração! Mas está confuso, na verdade, acho que ele está bloqueado...

_Bloqueado? Como assim?

_Acho que no subconsciente, ele não quer lembrar-se de nada. Lá no orfanato onde fomos criados, eles mostravam imagens horríveis de crianças abandonadas, às vezes com os pais, mas em miséria total... Era horrível, principalmente para o Shiryu, que desde pequeno era um garoto reservado em si mesmo. Imagino o quanto aquelas palavras e imagens o afetaram psicologicamente.

Minu ficou horrorizada com o que Ikki falou e egoisticamente feliz, porque o Ikki não se deixara levar por esses maus tratos psicológicos.

No dia seguinte Shunrei levantara cedo e estava preparando o café, quando Shiryu adentrou a cozinha.

_Bom dia! Disse Shiryu.

_Bom dia, querido. Eu vou á floricultura agora pela manhã. Depois do almoço podíamos ir ao seu antigo trabalho?

_Acho uma boa idéia! Gostaria de ir à floricultura com você, posso?

_Oh, é claro que sim! Disse Shunrei admirada com o pedido dele.

Tomaram café e seguiram para floricultura no carro de Shunrei, que por sinal dirigia devagar e pacificamente. Ao chegarem lá, foram logo recebidos por Kiki que estava abrindo a loja.

_Bom dia! Disse Shunrei

_Bom dia, Kiki! Disse Shiryu, o que fez Shunrei virar-se rapidamente para ele com a boquiaberta de espanto.

_Vo...Vo...Você lembra do Kiki? Perguntou espantada.

_Eu acho que sim! Respondeu Shiryu que no mesmo momento levou as mãos à cabeça, estava sentindo muita dor e imagens vinham à sua mente. Já havia estado ali e lembrava-se perfeitamente daquele rapazinho. Shunrei muito apreensiva o ajudou a entrar e pediu a Kiki para trazer um como d’água enquanto tirava os comprimidos receitados pelo médico, da bolsa.

Shiryu sentindo-se um pouco melhor, relatou à Shunrei que se lembrara de uma vez que esteve na loja.

_E você não lembra o que foi que aconteceu? Perguntou Shunrei na esperança de que ele se lembrasse que ali foi a primeira que se viram e se apaixonaram.

_Infelizmente não! Respondeu Shiryu.

Shunrei fechou os olhos temendo alguma lágrima, estava feliz porque ele, aos poucos, estava lembrando-se das coisas e triste porque não se lembrou dela.

Continua...


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Notas finais do capítulo

Gentemmmm! A fic tá chegando ao fim, será que ele não vai lembrar da Shu? :(
Nos veremos nos próximo caps. Já aviso que talvez vá demorar um pouco, pois estou de mudança.
Agradeço muitíssimo a Renata Fagundes que me ajudou muiiito! ^^
Beijos a todos!!