My mirror, My opposite... escrita por IndiAna


Capítulo 10
Teste part 2


Notas iniciais do capítulo

Espero que gostem =))



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[Eps narrado por Flame]

Ainda estou meio confusa com tanto barulho me rodeando, com tanta gente me observando e com tantos vultos confusos que me cercam. Minha gaiola começa a subir, me erguendo até bem próximo do palhaço que antes anunciara minha chegada e o inicio do teste. Ele me olhava de modo estranho (era um misto de raiva e curiosidade) sua mão estava suspensa em minha direção como se estivesse me convidando á subir no palco onde ele estava, seus dedos longos estavam cobertos por uma fina camada de tecido, que estava suja e cheia de retalhos, seu rosto pintado apresentara um aspecto cinzento e cheio de marcas, que não consigo distinguir se eram de ácidos, cortes ou somente rugas.

A gaiola se abriu como se fosse uma flor a desabrochar, olhei para cima e o palhaço ainda estava com a mão pacientemente apontada para mim com um sorriso meio sádico, mas não tive muita escolha então segurei aquela mão intensamente gelada. Aquele rosto que antes me pareceu malvado agora sorria intensamente, o sorriso sádico rapidamente se transformou em um sorriso meigo, como se ele almejasse o leve contato de nossas mãos (que não era tão forte por causa de sua luva). Ele me puxou mais para perto, me fazendo dar um passo, e assim que saí da minha ex-gaiola ela se desfez e virou pó. O palhaço tira seu chapéu da cabeça vasculha tudo e tira da cartolinha o caracol, ele coloca-o sobre seu ombro e começa a falar com uma voz estranha e alta.

– Temos mais uma pessoa para participar do teste mental! – As pessoas parecem estar loucas, os berros não param em um mísero segundo – Qual é seu nome minha jovem?

– Hã?! Ah sim, meu nome é Flame.

– E de onde você vem Flame?

– De fora do espelho – Pela primeira vez, desde que eu cheguei aqui, a plateia se calou – estou tentando sair daqui a algum tempo...

– E como você entrou?

– Fui puxada pela Ice...

– E ela saiu??!!

– Sim...

– Então essa é nossa substituta da Ice gente, vamos aplaudi-la. – Não é preciso nem detalhar, todos estavam às loucuras.

Até que me cai à ficha (-mais uma pista!) esse teste será psicológico, tenho que me preparar e não demonstrar nem uma fraqueza.

– Quando será?

– O que?

– O teste.

– Daqui á algumas horas, você ainda vai se arrumar e depois vai para o seu teste.

– Tudo bem, obrigada.

– ...E é isso pessoal, daqui á duas horas todos os jogadores (inclusive a novata) vão entrar no ring.

– Mas não é um teste mental?

– Sim.

– E para quê o ring?

– Você verá.

Uma porta se abre atrás do palhaço e ele me guia até essa porta coloca o caracol no chão e a fecha com muita força, o que me assustou por completo. Olhei com os olhos arregalados para o caracol, que caminhava alegremente e sem nem um sinal de medo, ele revira os olhos e dá um sorriso.

– Novatos são estranhos sabia?

– Como você não se assustou?

– Ele faz isso sempre... Chama atenção da plateia.

– Hm... Vou tentar me acostumar.

– Tentar não, conseguir.

–Mudando de assunto, como será esse teste?

– Não posso dizer, mas você tem que se arrumar, falta pouco tempo. Vamos! Prenda o cabelo e vista essa roupa.

Olhei para o cabide que ele apontou e vi uma tela de ferro muito fina e maleável, isso é muito pouco. Não quero me vestir apenas com essas roupas, não vim para cá nem por conta própria. Então porque estou sendo forçada a ser testada? E porque Marshall não pode vir para cá?

– Não vou usar só isso.

– Bem, se não quiser usar o uniforme será morta e depois devorada pelos cachorros, que pena... Achava que você tinha potencial...

–*murmurando* Vocês são tão abertos a criticas...

– Oi?

– Nada...

– Cuidado com as palavras garota, elas podem te machucar literalmente.

– Tudo bem, desculpa.

– Se vista logo, tem pouco tempo.

Fui me arrumar o mais rápido que pude e fiquei pronta em trinta minutos. Assim que terminei de vestir aquele uniforme tão imoral que me cobria tão pouco o ferro começou a criar uma espécie de gel que me vestia “de verdade” assim me senti menos envergonhada com a estranha situação.

– Você devia ter me contado que a roupa cria esse gel.

– Eu não sou obrigado a lhe contar nada, na verdade conto-te é em excesso. – Ele estava tão grosso, até parece que lhe falei algo inadequado, mas já que esse mundo é tão confuso melhor é eu me desculpar.

– Me desculpe minha intensão não era te chatear.

– Te perdoo, mas nunca mais faça isso. – Eu baixo a cabeça como que fazendo um sinal afirmando – Vamos já está na hora.

A porta é aberta novamente, mas do outro lado não está o circo e sim uma sala pequena, onde há várias camas e uma cadeira, muitos lugares estão ocupados. Mas vi um lugar desocupado e que tinha escrito meu nome completo (o que é estranho porque até agora só disse meu primeiro nome) o caracol mandou eu me deitar lá, então ele colocou um aparelho estranho na minha cabeça e eu fui tele-transportada para um lugar escuro, eu estava com medo. Achei uma pequena lanterna pequena que tinha rolado para perto de minha coxa, isso é minha única chance de enxergar já que está completamente escuro. Quando ligo a luz, todos meus medos (sem nem uma exceção) estão em minha frente, prontos para atacar. O chão está coberto por cobras, aranhas e baratas; a alguns centímetros do meu rosto estão três lobos gigantes e milhares de vozes estão gritando, falando o quanto sou insignificante para o mundo, que não devia ter nascido e muitas outras coisas. Estou completamente sozinha, todos esses horrores que estou vendo e ouvindo estão em minha frente e prestes a atacar. Se eu aumentar meus batimentos cardíacos ou soltar um ruído que demonstre medo... Estou perdida! Tenho que manter a calma e focar no meu objetivo, encontrar um objetivo que me tire daqui para eu passar neste teste para sair do espelho.

Pego minha lanterna e silenciosamente eu ando procurando a parede, eu quero fazer um “reconhecimento” da sala e saber se tem algum interruptor para ligar as luzes.

Acho um volume na parede, parece ser um interruptor, mas não tem botão para apertar, só tem uma seta apontando para o chão, sigo-a com os olhos e vejo um pequeno buraco e sobre ele está escrito: Para ter-se luz, precisa dar-se luz. Sem muita opção coloco minha única fonte de esperança (a lanterna) no buraco, que o suga rapidamente e uma luz começa a brotar do buraco, as letras modificam-se e a frase termina assim: Coragem te define, luz será feita. De repente tudo começa a se iluminar e a sala antes feita de escuridão transformou-se em uma simples sala. Com uma enorme porta de metal, uma chave desenha-se em meu indicador, toco na porta e ela se abre. Consegui!


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Notas finais do capítulo

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