Olá meus amores ♥ Como estão vocês?

Quero primeiramente agradecer aos comentários que recebi no capítulo anterior, gostaria muito de recebe-los neste também.

Quem vocês apostam que passará por conflito interno intenso? Só lendo pra saber néeh?!

Então tenham uma boa leitura.

Rose procurava um livro na grande biblioteca, ela estava submersa em seus pensamentos, sentia-se livre naquele lugar. Ali, ao menos, ninguém perguntava á ela como era ser filha de Rony e Hermione. Fazia frio naquele dia, ela estava coberta da cabeça aos pés. A calça preta estava tão apertada que chegava a beliscar as pernas da ruiva, usava uma blusa de lã que ganhara da avó e seus amados all star.

A ruiva procurava nas prateleiras algum livro que a interessasse, mas a impressão que ela tinha é que já havia lido todos os livros daquela prateleira.

–Procurando alguma coisa Weasley? –Scorpius estava de braços cruzados no final da prateleira, apenas a poucos metros de Rose.

–Você não tem coisa melhor pra fazer não? Só sabe me perseguir o dia inteiro? –Disse ainda mantendo seus olhos nos livros.

–Na verdade tenho, mas tenho uma pergunta pra te fazer. –Sorriu de canto.

–Prossiga seu imprestável. –Enquanto lia a primeira página de um livro que lhe parecia familiar.

–Gilbert tem namorado? –Caminhou até mais perto dela.

–Mantenha-se afastado da Hellen. –Rose encaixou o livro na prateleira e encarou Scorpius. –Olha pra ela e eu não me chamo Rose, se eu não estourar a sua cabeça. –Colocou o dedo indicador no peito do ruivo.

–Isso tudo foi ciúmes? –Scorpius provocou e a ruiva ficou vermelha de raiva e de vergonha.

–Eu estou começando a rever os meus conceitos e acho que vou estourar sua cabeça aqui e agora. –Vociferou.

–Não perguntei aquilo por mim, mas por Daniel. Achei que eles tivessem algo. –Explicou.

–Se tiverem Hellen ainda não me contou. –Passou pelo loiro.

–Mas ela é gata. –Scorpius provocou novamente a ruiva.

–E não é para o seu bico. –Rose jogou um livro nas costas de Scorpius.

–Doeu. –Gritou.

–Essa era a real intenção. –Zombou e saiu rindo.

–Rose, o que aconteceu de tão bom? –Hermione a encontrou no meio do corredor.

–Joguei um livro nas costas do Malfoy. –Disse ainda rindo.

–Por que ele te incomoda tanto? –Perguntou curiosa.

–Não sei, está no meu sangue. –Respondeu e deu de ombros.

–Você já falou com a sua mãe sobre Malfoy? –Ela precisava saber.

–Sempre que eu a vejo falo tudo o que ele fez comigo e ela fica brava e às vezes ri. Ela tem uma ideia maluca de que ele sinta algo por... –Ela corou dos pés a cabeça.

–Você. –Hermione completou.

–Eu não acho que ele tenha sentimentos. –Confessou.

–Por você? –Hermione arqueou a sobrancelha.

–Por qualquer pessoa que não seja os pais dele. –Respondeu.

As duas estavam entrando no quarto quando Rose respirou fundo e gesticulava que queria falar algo, mas desistia, até que conseguiu falar.

–Malfoy me irrita só em eu saber que ele existe. Isso não é normal, não é?! –Fechou a porta atrás de si.

–Acredite, é. –Respondeu enquanto sentava na cama.

–Mitchell. Você sente por ele a mesma coisa que sinto por Malfoy. –Deduziu.

–Exatamente. –Hermione respondeu. –Odeio quando ele me chama de sangue ruim, machuca. –Abaixou a cabeça.

–Sabe, o pai de Scorpius costumava chamar a minha mãe assim. –Rose citou.

–Ele devia ser um idiota. –Hermione revirou os olhos.

–Sendo pai de quem é. –Rose olhou para as unhas e viu que as mesmas estavam com o esmalte vermelho na metade da unha.

–Acho que Scorpius não é tão idiota quanto parece ser. –Hermione surpreendeu Rose.

–Qual é Hellen? Ele é o idiota. –Rose pegou uma almofada e jogou em Hermione.

–Mas ele é gato. –Sorriu de canto.

–Queria o Mitchell tivesse ouvido isso. Ele é um gato também. –Provocou. Ela era mestre em fazer isso.

–Mitchell é... Ah ele é... Idiota. Não um gato. –Hermione recusava-se a admitir.

–Ele é lindo e admita isso. –A ruiva sorriu para Hermione.

–Ele é detestável. –Manteve-se firme á sua teoria.

–Então eu vou te apresentar alguém. –Rose levantou-se da cama e estendeu mão para Hermione fazendo-a se levantar. –Venha. –Saiu puxando-a.

De longe a ruiva avistou seu primo, Albus, ele estava caminhando sozinho.

–Albus. –Rose gritou e o rapaz parou. –Eu queria te apresentar a minha nova amiga Hellen Gilbert. –Rose deu um leve empurrão em Hermione que estendeu a mão.

–Prazer Gilbert, Albus Potter. –Pegou a mão dela.

–O prazer é todo meu. –Hermione sorriu para o rapaz.

Do outro lado do corredor Scorpius não estava acreditando que Rose estava empurrando Hellen para o primo. Draco estava possesso, como ela estava sendo capaz de colocar tudo em risco por causa de um par de calças.

–O que ela está fazendo com o Potter? –Draco estava bastante bravo. Sempre se sentia assim ao ver Hermione perto de qualquer rapaz.

–Eu não acredito que os meus dois amigos vão brigar por uma garota. Não me peça para escolher um lado. –Scorpius riu.

Draco nem se deu o trabalho de responder, quando Hermione iria passear com Albus, sentiu uma mão forte segurando seu pulso e puxando-a para longe do Potter.

–O que você está fazendo Draco? –Hermione perguntou baixinho ainda sendo puxada pelo loiro.

–Te impedindo de fazer uma besteira, sua inconsequente. E não me chame pelo meu nome. –Draco imprensou Hermione numa parede longe de todo mundo.

–Não me chame assim, eu não sou inconsequente. –Gritou.

–Chamo porque é isso que você é. Quem já se viu querer se agarrar com um... Moleque. –Draco estava muito bravo.

–Me poupe Malfoy. –Hermione tentou passar pelo loiro, mas ele prontamente a impediu.

–Eu não quero você de namorico com o Potter. –Ordenou.

–Você não manda em mim. –Disse rebelde.

–Você já imaginou se você se apaixona por ele? Isso acabaria com tudo Granger. Como você voltaria para o passado se a droga do seu coração ficasse aqui? –Draco estava tentando se acalmar, mas era quase impossível.

–Tudo bem. Você está um pouco certo. Agora me deixa sair. –Hermione tentou passar, mas ele não permitiu ainda.

–Me prometa que não se envolverá com o filho da sua melhor amiga, sem esquecer que ele é seu sobrinho. –Deu ênfase ao parentesco.

–Eu prometo. –Encarou-o.

Draco quase sorriu, quase. Hermione viu aquilo e era quase um milagre, mas aí ela se perguntou o porquê de Draco ter tido vontade de sorrir.

–Vai ser melhor assim. –Draco assegurou e estava dando espaço para ela sair.

O movimento foi interrompido por um garoto que corria por ali e sem querer trombou em Draco fazendo-o imprensar ainda mais Hermione na parede, ficando perigosamente perto dela. Perto o suficiente para um sentir a respiração do outro, perto o suficiente para Draco sentir o coração de Hermione acelerado batendo contra seu corpo. Se Hermione fosse um pouco mais alta estariam olhos nos olhos, boca na boca. Mas ela era menor que ele, o que, de certa forma, dava um pouco de distância. Ou talvez não, já que o instinto de Hermione fez com que involuntariamente seu corpo ficasse na ponta dos dedos e agora estava praticamente boca na boca, os lábios queriam se tocar. Hermione queria deixar os sentimentos falarem, mas sua razão gritava para que ela corresse para longe dali. Draco queria beija-la, mas seu medo o sufocava dentro, ele não podia simplesmente deixar o sentimento que guardara tanto tempo dentro se si, simplesmente o expusesse dessa maneira.

–Daniel o... –Scorpius parou de falar.

–Eu disse para não vir. –Rose disse morrendo de vergonha.

–Daniel por que você não me contou que vocês estavam... –Brincou com as sobrancelhas.

–Não, nós não... –Hermione deu um pulo para longe de Draco com os olhos quatro vezes maiores.

–Vamos sair daqui Weasley. –Scorpius agarrou a mão da ruiva e saiu andando para longe de Draco e Hermione.

–Tá vendo o que você fez Malfoy? –Hermione gritou com Draco e saiu andando apressadamente.

–Mas o que eu estava fazendo?! –Draco falou consigo mesmo, desarrumou os cabelos e chutou a parede.

Scorpius e Rose estavam no meio do jardim, estavam sozinhos. Scorpius parou de frente a Rose e riu ao pensar que mesmo a garota estando vestida com roupas horrorosas, ele ainda a achava linda. Ele a analisou da cabeça aos pés, a calça preta apertada demais, a blusa de lã folgada demais, os cabelos soltos e totalmente frisados.

–Tá me olhando assim por quê? –Perguntou sem graça.

–Nada. –Scorpius sorriu. –Você viu, eles iam se beijar. –Mudou de assunto. –Ele estava com a mão na cintura dela assim. –O loiro enlaçou a ruiva pela cintura. –Ela estava na ponta dos pés. –Ele esperou que Rose o fizesse, mas ela estava assustada, então ele a suspendeu pela cintura. –Ele estava quase beijando ela, mas por que não beijou? –Perguntou olhando para a boca da ruiva.

–Eles pareciam estar em um conflito interno intenso. –A ruiva mal respirava.

–Ele podia ter beijado ela. –Ainda estava hipnotizado pelos lábios que Rose havia herdado de sua mãe, desenhados, perfeitos e rosados.