Okay? Okay. escrita por AgathadeLima


Capítulo 9
Pós - Hospital e Recuperação.


Notas iniciais do capítulo

Espero que gostem e sorry pela demora! gente acho que já está na hora de pedir comentários em troca de capítulos, como qualquer outra fic, então próximo cap. com 1 coment, por que está só começando.



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Pov. Hazel

Eu estava flutuando. Flutuando em um mar negro e delicioso, e eu conseguia respirar. Teve então uma hora em que eu pensei: Isso é tudo. Vou morrer. Eu não conseguia sentir nada, dormente. Então, tive a certeza de que morri. E eu não vi luz nenhuma, nem uma porta branca se abrindo para mim nem uma mão gigantesca se estendendo em minha direção.

Eu só vi um vazio negro e o animado som da minha música que eu sempre escutava quando estava com medo:

Because i'am happy...

Come along if you feel like a room without the roof

Because i'am happy...

Clap along if you feel like a happiness is the truth

Because i'am happy...

Então, a dor voltou. E eu soube que estava viva. A dor pertence somente e apenas aos vivos. E era uma dor forte, como se eu estivesse acabado de ser atropelada por um caminhão. Com 16 rodas de cada lado.

E senti uma coisa diferente. A falta dos meus aparelhos para respirar. Cheiros novos. Mais oxigênio que o normal. E lembrei. De tudo. Eu não estava só viva. Eu estava curada. Eu renasci. Eu estou, provavelmente, SEC. E vou continuar. Vou aumentar meu infinito com meus pais e Augustus, meu Augustus. Vou poder ser normal... ser feliz de verdade. Deixar meu cabelo crescer, subir em um salto. Escadas não serão problema. Não serei mais uma granada.

Não serei nunca mais uma granada.

Nunca mais.

Pov. Autora

Hazel acordou três dias depois da cirurgia, e "recebida de volta" com uma comemoração de todo o hospital. Virou xodó de todos os médicos e enfermeiros, até o dos chatos. Deixaram ela tomar champanhe duas vezes. A "história de superação" dela foi parar no jornal e logo a cidade toda estava sabendo. Mas depois de um pedido prontamente atendido por ser um "privilégio do câncer", ninguém procurou entrevistá-la ou tirar fotos ou qualquer coisa do tipo. Ainda assim, foi o assunto da semana.

Augustus não se importou com os apelos dela de não vê-la daquela forma usando a desculpa "você estava lá até nos meus piores dias" e a visitou todos os dias, 24 h por dia, as vezes dormia lá mesmo. Ele foi a alegria dela pelo tempo que ela permaneceu no hospital.

Emily, mãe de Hazel (N/A:Ela vai começar a ter POV's, então memorizem quem ela é), ficou mais próxima da filha do que nunca, a perdoou por ter fugido e começou a trabalhar fora em uma instituição que paga para cuidar de idosos e bebês, e ocasionalmente, crianças com problemas de saúde especiais, porque Hazel não precisaria mais dos seus cuidados.

Roberto, pai da Hazel (N/A: Ele só vai ter, pelo menos nos meus planos, 1 POV, mas memorizem assim mesmo), ficou desempregado mas logo conseguiu um emprego em uma empresa de Imóveis.

Mais rápido do que qualquer um poderia imaginar, o dia de Hazel ir embora chegou.

Pov. Hazel

No primeiro dia que acordei e me vi sem o BiPAP, eu chorei de felicidade. Eu estou LIVRE!!!!!!!! Então decidi uma coisa. Pedi á mamãe que tirasse foto de cada peça de roupa que eu tivesse separadamente. Ela fez, mesmo achando estranho. Depois disse á ela que desse as roupas cujas fotos eu excluísse, porque queria mudar. Nunca vi ela sorrindo tanto. Perguntou:

–Mas, o que eu compro?

–Espere, eu vou com você!

Rimos muito e fui dormir tarde excluindo fotos. Deixei todas as roupas de Amsterdã, não queria esquecer daquilo, e outras de outros momentos incríveis. Mas a maioria iria para outras pessoas. Finalmente, chegou o dia.

Sentada na minha cadeira de rodas (ainda tinha de me recuperar), mas com uma roupa que eu escolhi (http://www.polyvore.com/look_hazel_grace/set?id=114784213), levemente maquiada, com o cabelo maior, porque eu estava deixando crescer, e usando algumas joias (porque eu estou ficando muito mais vaidosa e mandei mamãe comprar)que não combinavam, mas todas representavam liberdade, que é o que importa, me preparei para a liberdade. Assim que eu saí do quarto até a porta, pessoas aplaudindo em todas as direções. Ainda não entendo quando isso aconteceu.

Finalmente, fiquei em frente á porta. Cada minuto dentro daquele hospital parecia doer. Mas, ainda assim, quando deu uma última olhada no lugar em, eu espero, muito tempo, todas as cores e imagens de desenhos para crianças só me deixaram feliz. Então abri a porta e passei para fora, para o sol.

Para minha vida nova.

Pov. Augustus

Eu estava esperando do lado de fora, como Hazel mandou. Eu ainda lembro do que ela disse antes de eu sair:

Flashback on

–Sabe Augustus, eu quero mudar, quero um cabelo grande, roupas estilosas, saltos altos sem o risco de morrer, quero correr e ser uma adolescente normal. Você conhece a Hazel doente, a que era um efeito colateral deprimido por se achar uma granada. Agora, eu vou ter o maior prazer de lhe mostrar a Hazel em seu estado "efeito colateral feliz e bobo".

–Mas, caso não tenha notado, está me assustando. Eu me apaixonei pela Hazel deprimida. Eu vou te reconhecer? -Respondi, o que é verdade. Ela estava, diferente. Eu não sei. Talvez fosse eu.

Ela olhou para mim, com a primeira cara triste em dias. Depois, deu um sorriso carinhoso e falou:

–Uma vez eu li a maior verdade do mundo: "Se você ama, você ama, não importa se ou quanto essa pessoa mudou. Para falar a verdade, você só a ama mais."

–Filosófica ao extremo hoje, você.

–Aproveite enquanto ainda estou. -Retrucou rindo, me deu um beijo rápido e me expulsou.

Flashback off

A porta se abriu revelando-a. Tenho quase certeza de meu queixo arranhou no chão. Ela estava fabulosa. E cheia de razão. Não tenho nem um pouco mais de medo. Eu só a amo mais. Acho que preciso de uma transformação assim.

Ela me viu e o sorriso cresceu ainda mais.

–Eu preciso fazer isso mais vezes. Mãe me passe uma câmera, essa expressão tem de ser registrada! -Falou, rindo. Eu não me movi, então deu para ela tirar a foto mesmo.

Ela tentou se levantar. Consegui me mover. Ajudei-a, e ela me beijou como nunca antes. E retribui, óbvio. Só paramos quando perdemos o fôlego. E nos beijamos de novo e de novo, até o pai dela me cutucar. Rimos e fomos para o carro, ela a pé por insistência.

Foi quando ela pediu para irmos até os Ossos Maneiros. Eu concordei e fomos de carro. Ficamos lá, conversando, e depois ligamos o rádio do celular dela e dançamos um pouco.

–Sério, você está incrível. -Consegui falar, finalmente, enquanto dançávamos.

–Obrigada. Obrigada, obrigada, obrigada. Obrigada por tudo.

–Eu tenho o maior prazer em ter te ajudado, srta. Hazel Grace Waters.

Ela travou. Depois levantou a cabeça para me olhar.

–Waters?

–Waters. -Me ajoelhei. -Srta Hazel Grace, aceita se casar comigo?

Eu juro que as lágrimas dela foram a coisa mais incrível que eu já vi. E tudo por causa de uma frase.

–Não somos muitos novos?

–Para noivar não. E assim vamos ter mais tempo para planejar.

–Eu aceito, Augustus. Eu aceito.

Me levantei, e aquele foi o melhor beijo da minha vida.


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Notas finais do capítulo

GOSTARAM? LEVANTE A MÃO QUEM GOSTOU PARA A TITIA AGATHAAAAAAAAAAAAA!