A nova garota escrita por Ahelin


Capítulo 14
Capítulo 14


Notas iniciais do capítulo

Quase tive um ataque do coração aqui...
12 pessoas acompanhando, 10 perfeitas favoritaram... Valeu, bolinhos! (S2 Treinador Hedge S2)
Se não fosse por vocês, eu não estaria escrevendo. Fantasminhas, pronunciem-se!
Aqui está mais um capítulo, espero que gostem!



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Nico se aproximou de mim para ver o que eu segurava.

- O que é isso? - Perguntou.

- Meu precioso! - Respondi com voz rouca, afagando o doce. Ele (Nico, não o doce) deu uma gargalhada (n/Aut: Ainda bem que não foi o doce rindo, isso seria um sinal claro de que você está louca.) (n/Julie: Eu nunca pensei que diria isso, mas você está certa.)

Daí eu notei um pequeno bilhete amarelo preso ao pacote, no qual estava escrito "Coma rápido antes que descubram".

Parti ao meio o chocolate e dei a Nico um pedaço.

- Obrigado, Apolo e Hermes. - Ele disse depois que contei meu sonho. - Não sei como conseguiríamos sobreviver a tudo isso comendo apenas frutas. Deméter que me perdoe, mas que papo é esse de prender dois adolescentes no meio do mato sem nenhuma porcaria pra comer? - Nesse ponto eu nem estava mais comendo, estava tendo um ataque de risos. - Sério, acho mesmo é que querem nos matar. O que me lembra... - Ele foi até a fogueira e jogou o quadradinho de chocolate que restava. Fiz o mesmo. - Apolo e Hermes. Desculpem, caras, eu devia ter feito isso antes.

O fogo crepitou alegremente. Então lembrei que eu ainda tinha que interrogar Nico.

- Quem é Bianca? - Perguntei num impulso, e a expressão dele ficou confusa. - Você fala dormindo. - Expliquei.

- Bom... Bianca era minha irmã. - Era? Como assim er... Ah, entendi. (n/Aut: Demorou, hem? Eu falo que você parece filha do tio Popo.) (n/Julie: Não enche!) Eu não devia ter perguntado isso. Não mesmo. Acho que ele percebeu que eu não respondia, pois continuou: - Não se preocupe. Já faz cinco anos. Acho que você queria me perguntar daquela noite do meu pesadelo, certo? - Hesitei, mas assenti. - Não era nada que eu já tivesse visto, mas uma coisa que eu sempre tive medo de ver... O dia em que Bianca morreu.

Ouvi enquanto Nico narrava. Pra encurtar a história, a irmã dele tinha morrido atingida pelos destroços de um robô gigante enquanto tentava salvar a deusa Ártemis da fúria de Atlas. Ah, a propósito, ela era uma caçadora.

- Sinto muito. - Eu disse, sinceramente. - Como ela era?

- Pra falar a verdade... - Ele disse, rindo. - Ela era muito chata.

- Estou falando sério! - Protestei.

- Eu também. Ela nunca me deixava ficar acordado até tarde, implicava com tudo o que eu fazia, me proibia de jogar videogame... Lista infinita. - Comecei a rir, sem acreditar no que estava ouvindo. Ainda arranquei dele muitas outras coisas, como a data do aniversário (19 de julho, alguns dias antes do de Annabeth) e o fato de que ele jogava Mitomagia quando era pequeno. (n/Nico: Nunca vão me deixar esquecer isso?) (n/Todos: Não mesmo.) Eu com certeza ia lembrar dessas duas coisas mais tarde.

Conversamos tanto que eu nem me toquei que estávamos no meio da madrugada.

- Ah, esqueci de uma coisa. Adivinha quem veio falar comigo? - Ele perguntou.

- Hum... Seria o Marty McFly? - (n/Aut: Eu A-M-O De Volta Para o Futuro.) Brinquei.

- Engraçadinha. Foi Atena, mas ela não me deu nenhuma barra de chocolate. - Ele riu inesperadamente. - Sabe o que ela disse? Que ia matar Afrodite por um negócio desses. Dois adolescentes sozinhos no meio do nada... - Terminou, gargalhando.

Fiquei vermelha na mesma hora, mas acabei rindo também. Sério, Atena pensando que... Oh meus deuses, ela tem que parar de ler certos livros... (n/Aut: Será que Atena anda lendo 50 Tons de Cinza?) (n/Julie: 50 tons de ROXO é o que eu vou deixar na sua cara se não parar de me interromper!) (n/Aut: Tá certo, vou parar. Mas não reclame depois.) (n/Julie: Com certeza, não vou reclamar.)

Depois de cerca de duas horas conversando, mandei Nico dormir. Ele reclamou, mas acabou deitando. E assim passei o resto da noite refletindo sobre como íamos procurar o tesouro no fim do arco-íris.

*****

Quando o sol estava nascendo, acordei Nico. Ele levantou resmungando.

- Espero que seja importante, Megan Fox estava na palma da minha mão. - Ele disse.

- Se quiser sair daqui, Megan Fox vai ter que esperar. - Retruquei, pegando a mochila. Bebi um pouco de néctar para ver se meu pulso melhorava, e a dor diminuiu um pouco. Eu teria bebido mais, só que não sabia se precisaríamos daquilo mais tarde. Correção: Eu sabia que precisaríamos muito daquilo mais tarde.

Juntos, Nico e eu seguimos o curso do rio e entramos ainda mais na escuridão da caverna. O silêncio era desconfortável, tudo o que eu ouvia era a nossa respiração. Estava ficando cada vez mais quente. Oh meus deuses, Nico tirou a camisa. Preciso respirar... Calma, Julie. Inspire. Expire. Inspire. Expire. Expire. Inspire. Oh meus deuses, estou invertendo a ordem! Calma, Julie. Mas por que estou falando sozinha mesmo?

(n/Aut: Falei que você ia sentir falta dos meus comentários. Mas se prefere se virar sozinha...) (n/Julie: Tá, pode voltar a fazer seus comentários ridículos sobre a minha história, sua besta.) (n/Aut: Me ame menos.) (n/Nico: Julie, ainda estamos andando sem rumo numa caverna, dá pra parar de conversar? Foco!) (n/Aut: Agora é o Nikito que implica comigo então? Okay.) (n/Nico: Não me chame de Nikito. Nunca mais.) (n/Aut: Irritadinho. Já fui.)

Seguimos uns três quilômetros sem ninguém falar nada. Quase não dava pra ver onde estávamos indo. Pra quebrar o silêncio, perguntei:

- Dá pra saber quando uma pessoa vai para o Elíseo?

Apesar da escuridão, eu poderia jurar que ele estava sorrindo.

- Está falando do David, não é? - Ele devolveu minha pergunta. - Depende. Acha que teria conseguido escapar se ele não estivesse lá?

Pensei por um momento. Se David não estivesse lá, os dois ciclopes teriam se concentrado em mim de uma vez só e eu com toda certeza teria morrido. Balancei a cabeça em sinal de negação, mas Nico não disse nada. Daí lembrei que estávamos no escuro, e ele provavelmente não tinha visto. (n/Aut: Como você é burra.) (n/Julie: Como eu sou burra.) (n/Nico: Hey, vamos continuar?) (n/Julie: Como assim, Nico, se EU é que estou contando a história?) (n/Nico: Mas agora é a parte legal!) (n/Julie: Tá, tá, posso continuar se você ficar quieto.) (n/Aut: Com ele é ficar quieto, comigo é calar a boca? Okay.)

- Não. - Falei por fim. - Não teria.

- Então, tecnicamente, ele salvou sua vida. Tem carta branca, Elíseo.

Fiquei muito aliviada ao ouvir aquilo. Nico tinha razão, David havia salvado minha vida... E eu nem agradeci.

- Valeu por me dizer, Nico. Acho que... - Não pude terminar a frase, pois ele colocou o dedo nos meus lábios num gesto claro de "Silêncio". - Se gosta desse dedo, é melhor tirá-lo daqui. - Ameacei.

- Psiu! - Sussurrou. - Ouvi alguma coisa. Vamos ver se conseguimos escapar ilesos dessa.


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Notas finais do capítulo

O que vocês acham que ele ouviu?
Eu sou muito má hahaha
Gostaram? Comentem!
Beijos.