Ainda desacordado, Ray foi levado pra uma casa pelo ser que havia visto e posto em um tipo de casulo mecânico onde tinha uma tampa de vidro e em torno parecia altamente tecnológico.

O nome do ser era Crad e pelo que parecia, o único ser vivo naquela dimensão antes de Ray. Depois de dar uma olhada onde Ray estava e de trocar uma espécie de tanque da parte robótica que flutuava atrás dele, saiu em direção a rua, passando por um beco estreito e escuro que havia ali perto e entrando em uma casa pequena mais espaçosa. Entrou nela e foi sentar-se em uma cadeira com rodas que tinha no meio da sala envolta de computadores que pareciam ligados por milhares de fios que percorriam as paredes. Agilmente teclava em mais de cinco computadores ao mesmo tempo com uma mão em dois e o auxilio dos dedos gigantes em suas costas para os outros onde trocava de computador toda hora para poder ver o que aparecia no monitor.

Com Crad fora de casa, Ray acorda. Um desespero passa pelo seu corpo quando vê que está preso dentro de algo que além dele não conhecer, ainda estava difícil respirar, foi ficando sem fôlego e sem forças, antes de desmaiar novamente, Crad o tira de dentro da máquina.

– Parece que você não está acostumado com oxigênio puro, pegue isto!- Disse entregando uma mascara de gás para Ray que logo colocou e disse em resposta ainda tentando voltar a respirar direito:

– De onde eu vim... só temos 20% de oxigê...nio em nosso ar.

Então você vai demorar a se acostumar com isso...- Olhou para um lado, para o outro e de volta para Ray.- Vamos!

– Para onde?

– Você vai me ajudar em algo, sei que você é de outra dimensão...

– Ótimo! Nem preciso falar nada agora, todo mundo sabe.

– Pelo menos os mais inteligentes.

Puxou Ray pelo braço até a casa com os computadores, o que foi uma tarefa difícil para Ray por ainda está se acostumando a respirar oxigênio puro e ainda ter de carregar o tanque de oxigênio que estava ligado a sua máscara. Ainda no caminho até a casa...

– Espera um pouco...- Fala Ray.

– O que foi?

– Era possível mesmo isso acontecer com o mundo em 2014?

– Isso o que?

– Tudo! A poluição, o Mundo...

– Nós não estamos em 2014.

– Como não?

– Nós estamos em 3100!

– Como assim? Não era para todos os universos estarem em 2014 por serem do mesmo número?

– Pela contagem comum era pra estarmos em 2014. Mais isso não funciona com o mundo, cada ser vivo tem seu próprio relógio, ninguém está no mesmo momento do tempo, tanto que o futuro, o presente, e o passado estão conectados. São a mesma coisa!

– Explique melhor.

– Einstein! Ele disse que o tempo é uma ilusão, e o futuro já aconteceu ou está acontecendo dependendo do ponto de vista. E isso de acordo com a lei da relatividade geral, e está correto desde que descobriram as outras dimensões através de uma pesquisa feita com fótons, o que me possibilita deixar essa mão robótica flutuando, fótons com uma maior potência de eletromagnetismo!

– Não entendi nada!

– Depois vai entender!

Quando chegou lá, Ray ficou um tempo parado olhando para todos aqueles computadores maravilhado.

– Uoooo...

– Legal né?- Perguntou Crad sorrindo com orgulho.

– Muuuito.- Correu para tela de um computador perto de onde estava.- O que é isto?

– São as minhas pesquisas. Falam o que eu tentei te explicar na vinda. Que os universos, e os seres vivos envelhecem o seu próprio tempo, o tempo deles são extremamente diferentes. Pra você, eu posso estar assim: Com a aparência de um adulto. Mais para mim, eu posso já estar velho, e você presenciando o meu passado.

– Aaaa sim, e isso tem algo haver com só ter você nesse mundo?

– Uma parte sim. Eu descobri que tem um modo mais fácil de se chegar em um mundo paralelo sem precisar de glatons!

– Como?

– Viagem espacial! Bem... Isso já existia, mais eu sei como fazer isso. O que ninguém deve saber... Eu espero.

– Ah! Procurando um mundo idêntico ao nosso, até as pessoas?

– Sim.- Crad sorriu com orgulho de si mesmo.

– Só por causa dos padrões universais e a alta possibilidade de haver um mundo igual á esse mais em uma época um pouco mais antes ao apocalipse mais a uma distância absurda para a tecnologia comum?

Crad já começou a ficar com uma expressão de tédio.

– Vamos parar de enrolação e ir ao que interessa... Você me ajudar a achar esse outro mundo!