Agora Com Ray morto... O que se esperar? Lia desaparecida, Bombários continuam a matar inocentes, os universos são os mesmos, cada um com o seu tipo de caos. E o tempo completamente mudado, nada mais era certeza.

No local da explosão nada se via além de um buraco no chão onde ela explodira. Nenhum vestígio de sangue, osso ou carne, nada.

O tempo parou.

Nada se movia enquanto uma nuvem de pontos roxos pairava pelo ar se arrastando lentamente pelas ondas de vento que paradas ficavam e paradas estavam, nada se mexia, além da nuvem. A areia no chão era marcada por rastros enquanto a nuvem se arrastava por ela. Criando um tempo depois, pegadas que iam se formando... A nuvem foi tomando forma, ficando mais fina... Até que tomou a forma de um humano

Ray.

Ele estava completamente normal, tirando os seguintes detalhes: Estava descalço, com calça e blusa ainda... Mesmo que cortada e a partir do ombro esquerdo, seu braço ia se desintegrando... Formando uma pequena nuvem de pontos roxos. Estava confuso, porém calmo. Por que estava ali?

Nada o incomodava... Pensava em Lia todo o tempo “onde ela foi parar?”.

Uma súbita lembrança o alertou do que estava por vir. Holf.

Quando estava treinando a viagem no tempo, Ray teve que sair de casa pra comprar algo para comer... E nisso teve um encontro com Holf. Como? Eles se encontraram quando Ray parou o tempo. Não queria que ninguém o visse então parou o tempo, passando despercebido pelas pessoas que ao seu redor estavam. Holf o assustou quando estava voltando para casa, ele estava diferente... Mais calmo...

“- Hey. Á quanto tempo.”

“- Holf? Como?”

“- Como o que?”

“- Você sumiu de repente, onde esteve todo esse tempo?”

“- Estive aqui... Onde mais estaria depois de morrer.

“- Espera... Morrer? Você não era imortal?”

“- Bem... Era.“ Começaram a andar de volta para o apartamento de Ray.

“- Era...?”

“- Sim! Quando eu vim para essa realidade... esse universo... A Terra normal, sem muitas mudanças, ouve um choque de partículas entre as minhas, e as normais do seu mundo... E sim, Grávitons existiram antes da minha intromissão nessa atmosfera.”

Entraram no apartamento de Ray e sentaram-se no sofá, totalmente entretidos na conversa.

“- Esse choque que ocorreu... Criou os Glatons... Usando as partículas diferentes presentes no meu corpo. Então com o tempo meu corpo foi de desfazendo por faltar alguns componentes pegos pela sua atmosfera para criar os Glatons... Só sobrando os Neutrinos em mim.”

“- Espera... Está dizendo que você agora é feito de Neutrinos? A partícula fantasma?” Esse foi o nome utilizado por Ray, partícula fantasma... Uma partícula sem massa e neutra, e difícil de achar, ganhando esse título.

“- Sim... Posso passar entre as coisas sem problemas... E nunca vão me notar por onde for. Só que estou preso. Não consigo voltar ao tempo normal, e só eu posso fazer isso por mim mesmo. Sua ajuda de nada vale.”

“- Ah! Nossa... Muito obrigado!”

“- Pois, tenho uma notícia para você.”

“- O que é?”

“- Vou começar com uma pergunta... Você quer mesmo salvar Lia?”

“- Claro que sim!” Disse Ray com precisão, nada mais iria impedir de fazer isso.

“- Então tenho que te falar...” Chegou mais perto de Ray e então colocou a mão em seu ombro. “– Se você continuar usando os Glatons... Vai ficar preso no tempo. Cedo ou tarde.”

A notícia não abalou Ray o quanto devia, mas causou certo efeito.

“- Então...” Se levantou do sofá e olhando para o nada e continuou:

“- Isso vai ser tarde! Não importa o que aconteça eu vou salvá-la!”