Rachel acordou extremamente cedo no sábado. Estava ansiosa para buscar Quinn. Fez seu ritual matinal mais rápido que de costume e desceu para o café da manhã. Encontrou Leroy já à mesa. Jô, a governanta da casa, já tinha servido a mesa.

– Bom dia, papai. Bom dia, Jô. – desejou animada.

– Bom dia, estrelinha – Leroy divertiu-se – Caiu da cama?

– Muitas coisas a fazer hoje, papai.

– Estou sabendo.

Kurt e Mercedes entraram na cozinha naquele instante, ambos com cara de sono. Deram um bom dia mudo e começaram a comer desanimados.

– Nossa, que caras são essas, crianças? – Jô perguntou.

– A Rachel derrubou a gente da cama – Mercedes respondeu.

– De um jeito nada sutil, por sinal – Kurt completou.

Rachel sorriu culpada. Queria deixar tudo arrumado para quando chegasse com Quinn.

– Desculpem meus amores. Prometo recompensá-los.

– É o que esperamos, Berry.

– O pai ainda está dormindo, papai? – Rachel notou a ausência de Hiram.

– Não, ele foi até o campus. Tinha alguma coisa para resolver. Mas prometeu estar aqui quando vocês chegarem – explicou.

– Ok. Kurt, será que pode me emprestar seu carro? Pode usar o meu se precisar.

O rapaz concordou. Mercedes prometeu fazer o bolo assim que acordasse direito. Rachel saiu para pegar o carro, tinha marcado com Quinn na hora do almoço, mas não agüentaria ficar parada em casa esperando.

Iria até o campus e ajudaria a loira caso precisasse. Pelo menos estaria com ela.

Quinn estava terminando de encaixotar suas coisas. Não tinha muito que levar, mas queria fazer de um jeito que fosse mais simples para arrumar no novo quarto.

Em uma caixa colocou seus livros, em outras seus pertences trazidos de casa. Estava acabado de fechar a ultima mala com seus sapatos quando o celular tocou.

– Bom dia, princesa.

– Bom dia, morena. – Quinn sorriu ao ouvir a voz da garota.

– Sei que ainda está cedo, mas já estou aqui embaixo. Se quiser posso te ajudar.

– Na verdade acabei de fechar a ultima mala. Só falta lacras as caixas. Vou destravar o portão.

A loira correu até a porta do dormitório e apertou o botão para abrir o portão de entrada. Ouviu o clique pelo fone.

– Pode subir, segundo andar, quarto 201.

E desligou. Deixou a porta aberta e voltou à atenção para suas coisas.

Rachel entrou em seguida. Observou o pequeno dormitório: duas camas de solteiro, uma de cada lado, um guarda-roupas e uma escrivaninha.

– Algo me diz que vai adorar seu quarto novo – comentou.

– Tenho certeza. Oi – adiantou-se, dando um abraço em Rachel

– Oi – Rachel foi pega de surpresa, e adorou – O que falta?

– Só lacrar aquela caixa, com os livros – apontou.

As duas desceram as coisas de Quinn e arrumaram na caminhonete de Kurt. A loura tinha três malas e quatro caixas com suas coisas.

– Já tomou café, princesa? – a loira assentiu – Então, vamos para casa.

Quinn gostou de como aquela frase soou.

–x-

As duas chegaram à mansão dos Berry. Quinn ficou impressionada com o tamanho do lugar. O portão preto se abriu, dando uma vista melhor da casa. Era um sobrado de dois andares e parecia ter um sótão.

Tinha mais três carros parados no jardim, além do Lexus de Rachel. Dava para ver uma piscina enorme na lateral da casa e o resto do terreno era todo murado.

Rachel estacionou a caminhonete na porta da frente da casa, buzinando uma vez. Viu Jô aparecer quase que imediatamente.

Desceu do carro e deu a volta, abrindo a porta para Quinn sair. A loira desceu, olhando tudo a sua volta.

– Seja bem vinda, Srta Fabray – Jô desejou.

A governanta de meia idade deu uma ótima impressão a Quinn. Era morena, um tanto robusta, do tamanho de Rachel. Lembrava-lhe muito a senhora que tomara conta dela quando era criança.

– Quinn, essa é a Jô. Nossa governanta e anjo da guarda – Rachel apresentou.

– Precisando de alguma coisa, é só me chamar Srta. Rach, seus pais e as crianças estão esperando na sala de estar.

Rachel agradeceu e levou Quinn porta a dentro.

– Crianças? – a loira questionou confusa.

– Kurt e Mercedes. Logo vai perceber que a Jô trata a gente feito criança. É bom. – sorriu.

Passaram pelo hall de entrada e chegaram a sala de estar. Os dois Berry e seus amigos estavam ali, sorrindo para elas. Quinn sentiu-se tímida diante o olhar de todos.

– Seja bem vinda, Quinn – Hiram desejou – Este é meu marido, Leroy – apresentou o homem ao seu lado.

– É um prazer conhecê-lo, Sr Berry.

– Sem tanta formalidade, querida – Leroy pediu.

Quinn sentia-se estranhamente em casa ali. As pessoas lhe sorriam e pareciam amáveis. Tão diferente do lugar onde crescera.

– Rach, já podem subir – Jô apareceu na sala, chamando a atenção de todos.

– Obrigada Jô. – Rachel agradeceu animada.

Pegou Quinn pela mão e a puxou em direção às escadas. Subiram correndo, Kurt e Mercedes vindo atrás das duas.

Pararam na porta com o nome da Quinn. Rachel tinha o maior sorriso do mundo.

– Espero que goste, Quinn.

E abriu a porta.