Angel whitout wings escrita por Ká Agron


Capítulo 31
Capítulo 31


Notas iniciais do capítulo

Olá pessoas,
Voltei, e dessa vez até que não demorei né?! XP
Espero que gostem.
Até as notas finais.



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Capítulo 31

Quinn estava no sétimo mês de gestação. A barriga já incomodava. E, quanto mais próximas estavam da chegada de Ethan, mais irritadiça a loira ficava. Rachel tentava manter a calma, estar sempre ao lado da noiva.

Certa noite, após mais um surto sem motivação de Quinn, a morena sentou-se ao seu lado para conversar.

— O que está te deixando assim, baby? Sei que não faz de propósito. Mas preciso saber o que está acontecendo para poder te ajudar. – pediu, segurando as mãos da loira entre as suas.

Quinn respirou fundo, tentando acalmar seus batimentos. Não queria fazer mal a Ethan e Rachel. Mas o medo vinha tomando conta dela a algum tempo.

— Desculpe, meu amor. – pediu, baixinho – É que, falta pouco para o Ethan chegar.

— Sim.

— E não consigo deixar o medo de lado. Tenho pesadelos.

— Por que, amor?

— Não pude ficar com a Beth. Tenho tanto medo... – a voz da loira saiu engasgada, encostou a cabeça no ombro da noiva – Tanto medo de, não sei bem... Ficar sem nosso filho, de algo acontecer e... – não conteve as lagrimas.

— Hey, te acalma. – a puxou para mais perto – Não vou deixar que nada aconteça com você ou com o Ethan. Confia em mim?

— Sim.

—Vai ficar tudo bem, my queen. Daqui a pouco nosso pequeno príncipe vai estar nos nossos braços. E nossa família vai estar completa. E vai ser tão incrível, meu amor.

— Obrigada – agradeceu – Obrigada por estar do meu lado. Por não desistir de mim. Eu te amo.

— Amo vocês, baby

—x-

Poucos dias depois, durante o almoço, Quinn sentiu uma pontada forte na barriga.

— Oh, meu Deus. – gritou.

— O que foi? – Rachel assustou-se.

A loira não conseguiu responder, até que a dor passasse. Hiram correu até Quinn, alarmado.

— Querida, o que está sentido? – perguntou, abaixando-se ao lado da loira.

— Está doendo. Tem alguma coisa errada – Quinn estava entrando em pânico.

— Leroy, ligue para o Hudson. Agora – pediu – Rachel vá pegar a bolsa da Quinn.

Rachel estava assustada, sentia o mundo girar e não conseguia sair do lugar.

— Acho que ela travou – preocupou-se.

— Eu vou buscar as coisas da Quinn – Mercedes tomou a frente – Faça-a voltar – e saiu apresada.

Quinn estava com a respiração entrecortada.

— Rachel, amor – chamou – Respira fundo. Precisamos de você.

A morena piscou algumas vezes até voltar ao normal.

— Desculpem. Tudo bem – segurou a mão da loira – Estou aqui. O que devemos fazer papai?

— Manter a calma. Me ajude a levar a Quinn para o carro. Mercedes já foi buscar as coisas dela. Leroy já avisou seu padrinho. Quando chegarmos ao hospital ele já vai estar lá nos esperando e...

Hiram foi interrompido por outro grito de Quinn. A loira sentia a dor ficar mais intensa. O pânico estava prestes a domina-la. Tinha algo errado com seu bebê

—x-

Ao chegarem ao hospital, Dr Hudson já os esperava na entrada da emergência. Hiram parecia visivelmente preocupado, o que deixou Rachel aflita. Desceram do carro e colocaram a loira na cadeira de rodas.

— O que aconteceu? – o obstetra questionou.

— Ela está sentindo contrações há pouco mais de vinte minutos. Reclamando de muita dor nas costas. – os dois médicos se entreolharam.

— Tem alguma coisa errada com o Ethan, dr. Eu sinto – Quinn falou desesperada.

— Tente se acalmar, querida – pediu – Nós já vamos ver o que esse garotão está aprontando. Vamos.

Rachel empurrou Quinn hospital adentro. Foram direto para a sala do médico. Hudson colocou-a deitada na maca, levantou sua blusa, passou o gel e iniciou o ultrassom. Hiram estava com as duas garotas e não gostou do que viu. E quis ele mesmo dar a notícia.

— Quinn, querida. Vamos ter que fazer o parto do Ethan. Agora.

— O que? – Rachel exaltou-se.

— Mas, Hiram... Ainda não está na hora... Não... – a garota estava em pânico,

— Quinn, precisamos fazer uma cesariana. E não podemos nos demorar. Caso contrário o Ethan pode começar a sofrer. Entende o que eu estou dizendo? – Hudson perguntou, paternal.

— Sim, entendo. – tentou manter a calma e pensar racionalmente.

— Mas eu não entendo. – Rachel estava nervosa – O que está acontecendo?

— Calma, baby. – foi Quinn quem tentou acalmar a noiva – O Ethan resolveu ser apressadinho. Então, daqui a pouco, nosso príncipe estará nos nossos braços – tentou sorrir – Preciso que faça algo por nós. Tudo bem?

— Ok.

— Vá lá fora. Avise o Kurt e a Mercedes e peça a eles que avisem o pessoal em Lima. Eles vão ter que ir até em casa buscar as coisinhas do Ethan. Enquanto isso nos preparamos para o parto.

— Está bem. – lhe deu um beijo no rosto – Mas eu vou poder vê-lo nascer? Não vou, padrinho?

— Claro, Rach. Agora vá logo fazer o que sua noiva pediu – sorriu, cordial.

Quinn observou a morena sair, respirou fundo e olhou para o sogro e o obstetra. Precisava perguntar algo, mas não queria que Rachel estivesse lá para ouvir a resposta.

— Sejam sinceros comigo. Quais as chances de o Ethan nascer com alguma complicação? – quis saber – E não tentem me enganar, eu vou saber se o fizerem.

— A chance existe, Quinn – Hiram foi sincero com a nora – Mas o Ethan está grande e forte. Se algo aparecer, ele vai ter forças para lutar. Sabe disso, não sabe?

— Eu sei. – respirou fundo – Vamos lá então. Está na hora.

—x-

Quinn já estava pronta quando Rachel entrou na sala de parto. Hiram iria acompanhar todo o processo.

Rachel estava tensa. Seu filho estava prestes a nascer e não estava em seus planos estar se sentindo tão angustiada naquele momento.

— Tudo bem meninas. Vamos lá. Vamos trazer o apressadinho ao mundo.

Estava tudo correndo normalmente. O obstetra fez a incisão, toda a equipe médica estava ali a postos para receber Ethan.

Vinte minutos depois, Rachel viu o padrinho erguer Ethan. Não conteve a emoção, mas percebeu que o bebê não estava chorando como deveria. Foi quando notou que seu pai estava com ele no colo, o levando para o outro lado da sala.

Hiram estava com o neto. Pegou o estetoscópio e auscultou a respiração do pequeno. Rapidamente, pediu à enfermeira uma dose de surfactante e a administrou.

Rachel assistia a tudo em pânico, sem saber o que estava acontecendo com o filho. Olhou para a noiva, que lhe parecia ainda mais assustada que ela.

— O que foi? O que está acontecendo, amor? O que estão fazendo com o Ethan? Não entendo.

— Tem algo de errado com os pulmões dele, Rach. – explicou, sem tirar os olhos de onde o bebê estava.

Dr Hudson terminou o procedimento em Quinn e se juntou a Hiram.

— Preciso entuba-lo. – Hiram falou assim que o obstetra se aproximou – E de uma incubadora. – Hudson concordou.

— Enfermeira – chamou – Leve as meninas para o pós-operatório.

— Padrinho, não... Queremos ver o Ethan – Rachel pediu chorosa.

— Agora nós precisamos cuidar dele, querida. Fique com a Quinn, cuide dela. Logo vou falar com vocês.

Rachel não teve tempo para retrucar. A enfermeira já empurrava a maca de Quinn e só lhe restou acompanhar.

—x-

A equipe de enfermeiros acomodou Quinn no pós-operatório. Rachel andava de um lado para o outro.

— Rach, pare. Está me deixando enjoada. – Quinn pediu.

— Desculpe, amor – parou, e sentou-se ao lado da cabeceira da loira – O que está acontecendo com nosso filho, amor? Não nos deixaram nem mesmo o ver... – a morena não conseguiu segurar as lagrimas.

— Não tenho certeza, baby – Quinn também estava chorando – Só que é algum problema respiratório. É relativamente comum em prematuros – a garota tentava manter a razão.

Poucos minutos depois, Dr Hudson entrou no quarto.

— Como está se sentindo, Quinn?

— Estou bem – respondeu rápido – Como está o Ethan?

— Está sendo muito bem cuidado pelo avô – respondeu – Vamos conversar. – falou, puxando uma cadeira para perto das duas meninas.

— Vamos poder vê-lo? – Rachel quis saber.

— Assim que o efeito da anestesia da Quinn passar e o Ethan for estabilizado sim, Rach.

— O problema do Ethan é respiratório. Certo? Ouvi quando o Hiram pediu o surfactante. – Quinn se adiantou.

— Sim, Quinn. Ele nasceu com Síndrome do Distress Respiratório. – explicou.

— Ele aceitou bem o surfactante? – a loira questionou, segurando as lágrimas.

— Aceitou, sim. O Hiram está monitorando. Fiquem calmas, o Ethan está nas mãos do melhor pediatra do país. E que, por acaso, é o avô dele. – sorriu tranquilizador.

— Eu juro que não estou entendendo uma virgula do que estão dizendo. – Rachel se fez ouvir, aflita – Pelo amor de Deus, o que meu filho tem? É grave?

— Desculpe, Rach – o obstetra pediu – Como o Ethan nasceu prematuro, os pulmões dele não estão completamente formados. Para que o bebe possa respirar sozinho quando nasce o organismo precisa produz surfactante e o do Ethan não está produzindo ainda. Ele vai precisar de ajuda para respirar por um tempo, por isso seu pai o colocou no respirador.

— Entendi.

— E ele vai continuar recebendo surfactante por um tempo, certo? – Quinn ponderou.

— Isso.

— Ele vai ficar bem, né padrinho? – Rachel quis saber.

— O Ethan é um garoto forte. Vai sair dessa e encher vocês duas de alegria – foi Hiram quem respondeu, entrando no quarto. – Nasceu com 1,1kg e 35 centímetros.

— Papai – a morena correu para abraça-lo – Já podemos ver nosso filho?

— Ele está pronto para vocês. – sorriu – Você está pronta, Quinn?

— Estou.

—x-

Rachel ajudou Quinn a sentar na cadeira de rodas, ajeitou o soro que ainda estava em seu braço e seguiram Hiram até a UTI neonatal.

— O Ethan está na incubadora, tem fios ligados nele e o respirador. Não quero que fiquem impressionadas. Ele está fora de perigo, mas requer cuidados. Venham.

Rachel empurrou Quinn até onde Hiram indicou ser a incubadora do filho. Seus olhos se encheram de lágrimas.

Quinn estava na altura do berço do bebe. E também não conteve as lagrimas.

— Ele é tão lindo, tão pequeno – Rachel sussurrou.

— Olha quanto cabelo, amor – Quinn estava encantada com o pequeno – É castanho como os seus.

— Mas é todo você, my queen. Ele é tão perfeito.

Hiram observava as duas garotas. Doía vê-las sofrer, mas sabia que o neto era forte, e logo estaria fora daquela UTI.

— Posso tocar nele, Hiram? – Quinn pediu.

O pediatra assentiu. Quinn colocou as mãos dentro do espaço aberto. Primeiro tocou a cabeça do bebe, depois as mãos, observando cada dedinho. Fez cosquinha de leve na barriga dele, e sorriu. Depois as perninhas e por último os pezinhos e os dedinhos longos.

— Oi, filho. Bem-vindo ao mundo, meu amor. Fica bom logo, para que suas mamães possam te cobrir de beijos.


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Notas finais do capítulo

E então, o que acharam? Espero os comentários...
Até o próximo.
Bjin,
Ká Agron