Apenas, Catherine escrita por A pequena sonhadora


Capítulo 7
Sexta Parte




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Desde quando eu era pequena sempre fui apaixonada por histórias de romance, um pouco por culpa da minha mãe que sempre me incentivou contando os mais diversos contos de fadas em suas diversas versões, me levando no cinema pra ver os mais diversos filmes infantis e por todas as vezes que ela me levava no teatro para ver peças como o Rei leão. Acho que por isso acabei virando fã de Nicholas sparks e da Gayle Forman, e ficando fissurada por aqueles filmes onde sempre há um protagonista que morre especialmente aqueles que sofriam acidente de carro e detalhavam como tudo acontecia, mas em uma coisa eu sempre fui contra: a parte que eles contam que tudo aconteceu em poucos segundos. Fala serio, como um acidente pode acontecer em míseros segundos?

Mas eu estava enganada...

Depois que o gu me explicou tudo, eu fiquei um pouco desorientada, até porque eu e ele nunca fomos de ficar fazendo planos para o futuro; nós tínhamos consciência que nossa relação era séria e mesmo sendo um pouco clichê, eu já sonhava com a gente se casando. Mas nesse momento a gente tinha que se abrir, falar dos nossos planos pra vida, e se a gente ia continuar junto, mesmo com a repreensão dos pais dele. Não conseguimos nos imaginar separados. Depois de um tempo conversando o Pedro chegou chamando a gente pra voltar para a pousada. E foi ai que tudo aconteceu.

Quando estávamos parados no sinal, um carro veio desordenado invadindo a nossa faixa e bateu na nossa traseira, causando um efeito dominó, assim nosso carro bateu no da frente, e o da frente bateu no que estava na sua frente. Tudo aconteceu em segundos, como dizia nos livros, eu que estava sentada atrás do banco do motorista, acabei batendo a cabeça com muita intensidade na janela e acabei desmaiando, depois disso não vi mais nada.

Quando acordei, fui me despertando aos poucos, até que reconheci que estava em um hospital, vendo que eu havia acordado uma enfermeira que estava perto da minha maca se aproximou para fazer um curativo no meu machucado na testa, ela parecia ser simpática, conversou um pouco comigo, perguntou se estava tudo bem, se estava com fome e nessa hora que senti um embrulho na barriga e só deu tempo de perguntar onde era o banheiro, acabei vomitando todo o álcool de ontem; Quando sai do banheiro o gu estava lá conversando com a enfermeira veio correndo me abraçar, ele estava sem camisa, um um roxo na barriga e pela primeira vez eu reparei na barriga dele, e era bem sexy, cheia de gominhos, resultado de quase um ano de academia, e ele também era bem musculoso; E também estava com uma cara de cansado, com as bochechas vermelhas e um olhar assustado.

– Eu estava preocupado, já vai dar 8 horas da manhã e até agora você não tinha acordado. Eu nem sei o que seu pai ia fazer se acontecesse alguma coisa com você! Eu já passei aqui umas três vezes pra ver como que você estava, ainda bem que você acordou! E você está bem? Está tudo certo? - Ele disse isso me abraçando.

– Calma gu! Tá tudo bem! Eu estou ótima! Mas e você? Aconteceu alguma coisa? Tá inteiro? - Eu disse isso apalpando ele.

Ele riu, e me chamou pra ir ver a Bia no andar de cima, que ainda estava desmaiada, pelo visto a pancada dela foi bem forte. Quando chegamos lá ela já estava acordada e em observação e o Pedro estava conversando com o médico que estava atendendo ela, ele tinha acabado de voltar da oficina onde o carro estava e nos comunicou que o rapaz que causou acidente ia arcar com o prejuízo, mas o carro só ia ficar pronto em dois dias, e até lá íamos ter que ficar na pousada. Assim que a Bia saiu da observação, fomos tomar café na lanchonete do hospital e de lá fomos a pé até a pousada que era a poucos quarteirões dali. Assim que chegamos, passamos na recepção e secretária nos informou que como chegamos um dia depois do combinado nossos quartos separados tinham sido ocupados e só tinha sobrado um apartamento com duas suítes e aceitamos ficar com ela, o que acabou causando problema, como só tinham dois quartos com camas de casal e os meninos queriam que cada casal ficasse com um quarto, mas eu e a Bia, que não éramos bobas, preferíamos ficar no mesmo quarto e os meninos em outros e acabamos vencendo. Depois tomei um banho pra tirar o cheiro do hospital e fui me deitar, já que nenhum de nós conseguiu dormir essa noite.

Devido a todos os acontecimentos do dia preferíamos ficar na pousada mesmo. À noite pedimos sorvete e enquanto os meninos conversavam com alguns garotos que tínhamos conhecido por ali eu e a bia fomos pro quarto conversar e tomar sorvete. Ficamos horas papeando e eu acabei desabafando muitas coisas com ela. Ficamos tanto tempo conversando que nem vi a hora passar.

– Olha você prometeu que tudo que a gente conversar aqui não irá sair daqui Catherine! Vou te contar a história de vida do Gabrieu!

O Vinicius nasceu já na adolescência da mãe dele, ela estava na faculdade e teve que largar tudo, inclusive sua faculdade de medicina e jogar todos os seus sonhos pelos ares. O pai do Gabrieu teve que arrumar um emprego durante o dia e continuar cursando advocacia pela noite. Já quando o Gabrieu nasceu eles já estavam muito bem estabelecidos, o pai dele havia acabado de ganhar um emprego na empresa do meu pai e assim eles conseguiram ter a vida que sempre sonharão e ainda poder dar tudo do bom e do melhor pro Gabrieu, chance que o Vinicius não teve. O Gabrieu sempre foi o xodó da família, principalmente pela mãe dele, era até chato. Ás vezes eu e o Gabrieu estávamos brincando e ela chegava e pedia pra ele sair, pois ia se sujar e ele tinha que se comportar como um príncipe não ficar brincando por ai. Era horrível. E com o tempo, quando ele foi crescente e mostrando ser independente ela sofreu muito. Quando eu tinha meus 14 anos eu sempre saia no final de semana, sempre tinha alguma festa, nunca ficava em casa, mas a mãe dele nunca o deixava fazer o mesmo. Quando a gente começou a namorar, no começo agente nem saia, ele nem ia à minha casa, que era na mesma rua da casa dele. Mas ela sempre apoiou a relação, já que minha mãe e dela eram amigas de infância e nossos pais trabalhavam juntos, o pai dele já havia até se tornado sócio do meu pai. A ultima coisa que fiquei sabendo é que depois que eu fui embora eles tiveram uma briga feia lá, o Gabrieu queria ser independente, sair das asas da mãe. Ela acabou cedendo aos poucos, ainda mais com a chegada da irmãzinha dele.

– Uau! Isso tudo explica toda essa implicância completamente sem sentido deles para o Gabrieu ir para a faculdade.

– Exatamente! Pela mãe ele iria fazer medicina aqui ou na Bolívia. Já pelo pai ele fazia advocacia também, que é a érea que ele queria exercer. Mas agora ele está casa vez mais sendo cobrado para fazer administração para poder ficar com a empresa do meu pai, que também aposta tudo no Gabrieu, já que a única herdeira de tudo sou eu e ele sabe que meu primeiro passo vai ser vender tudo e torrar o dinheiro todo.

A bia sempre me fazia rir. Eu estava mesma preocupada com aquela história. Apesar de horas de conversa com o Gabrieu, a gente ainda não havia achado uma solução para o problema.

De manhã fomos lanchar na pousada e quando estávamos voltando para o quarto, a bia e o Pedro começaram a brigar, por um motivo besta e quando chegamos eles foram pro nosso quarto e pediram um tempo pra conversar. Eu e o Gu ficamos na sala.

– Amor, lembra-se daquele teste que eu tinha sido aprovado? Semana passada foi à primeira gravação, e todos ficaram bem animados com minha atuação. Mas esta sendo complicado fazer tudo escondido.

– Mas uma hora eles vão descobrir Gabrieu! Nem que seja na hora da estreia, e pode ser que eles se emocionem com seu talento maravilhoso de atuação.

– Não é tão fácil! Eles pensam que isso tudo pode não dar certo, e seria tudo mais fácil se eu tivesse feito faculdade, nem que seja por segunda opção.

– Entendi! Mas gu, e a gente?

– Bom, agora que eu estou virando um astro, eu posso arrumar outra né?!

– Ahh é?! Quem sabe até lá eu vou morar fora e arrumo alguém da Europa! Tenho certeza que eu consigo!

– Mas falando sério agora, eu tenho certeza que eu consigo controlar a faculdade com a atuação e uma namorada.

– Isso quer dizer que mesmo eles te impedindo você não vai me largar?

– NUNCA! A gente ainda vai casar, pode escrever!

– E os nossos filhos?

– Eu quero um casal! A menina vai chamar marina, adoro esse nome...

– Mas é claro que não! Quem escolhe o nome da menina sou eu! Você pode ficar com o menino...

– Fechado! Se você aceitar casar com migo, deixo você escolher até o sobrenome!


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