Mermaids escrita por Annabel Lee


Capítulo 15
Capítulo 16




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Alexis observou Marissa entrar em um empresarial. Pegou seu celular e ligou para ela.

– Alexis querida.

– Oi Marissa. Onde você está?

– Ah, desculpe sair sem avisar. Estou em São Francisco resolvendo uns probleminhas do trabalho. Precisa de alguma coisa?

– Não. Nada importante.

– Ok. Tchau querida. Mande um beijo para seu pai.

– Claro. Tchau.

Alexis suspirou e voltou a comer seus waffles, quando seus pensamentos foram tomados por Luke. Ele havia ligado para ela querendo saber como estava. Talvez ele realmente se importasse.

Mas não importava. Ela tinha que esquecê-lo. Nunca se deram bem, e não era agora que isso ia mudar. E, além disso, Luke nunca iria se interessar por ela, apesar de ser bonita e ter um belo corpo. Ela não era o tipo de garota que ele ficava.

Talvez ela nunca fosse encontrar um homem que gostasse dela pelo que ela é. A maioria é atraída pela sua beleza, e mesmo que algum realmente se interessasse, como ela diria que para ele o que realmente era? Uma sereia. Uma criatura, um ser metade peixe. Então lhe veio a cabeça o seu pai, que pelo que Dim Hudson havia dito, ele tinha amado a sua mãe e que fora seu único amor.

Será que ela encontraria um amor assim?

Depois de comer, ela resolveu passear um pouco pela cidade, fazia tempo que não ia a São Francisco, ou qualquer outro lugar. Alexis adorava ir à Paris, principalmente pelos museus de arte. Mas sempre teve vontade de visitar à Itália, e agora mais do que nunca.

Quando já era quase quatro horas, ela resolveu que era hora de voltar.

Já ia dar dez horas da noite, quando ela entrou em casa encontrando seu pai com uma cara nada boa.

– Pai?

– Alexis, onde você se meteu? Marion disse que não dormiu aqui, e quando cheguei do trabalho você não tinha chegado, e não atendia o celular.

– Ele descarregou. E eu dormi na casa da Monique.

– Eu sei que já tem mais de vinte anos, pode fazer o que quiser da vida, mas eu sou seu pai, eu me preocupo com você.

– Desculpa pai.

– Tudo bem. Vem cá me dar um abraço. Eu não tive um dia bom, e gostaria da sua companhia.

– Claro.

–-

Tessa e Alicia haviam chegado ao hotel em Capri. E após se estalarem nos quartos as duas desceram para almoçar.

– Tessa esse hotel é magnífico. A vista da minha varanda é esplendida.

– Eu sei, é incrível. Minha mãe veio para a inauguração e disse a mesma coisa - falou Tessa.

– Sério? Há quanto tempo foi isso?

– Uns sete anos eu acho. Foi bem legal. Passei três dias em Capri. Nadar aqui é incrível. Pena que não pude ver a lua cheia aqui.

– Minha mãe disse que não tem nada que se compare. Ela disse que você pode passar horas cantando e penteando os cabelos, e que renova a beleza.

– Faz tanto tempo que eu não canto.

– Eu também. Que horas podemos ligar para Andrew e o resto?

– Lá ainda está de madrugada, e daqui a três ou quatro horas nos ligamos. Enquanto isso podemos andar por aí ver se encontramos algo.

– Se soubéssemos da informação de Alexis antes podíamos estar no aeroporto de Nápoles só esperando eles chegarem.

– Isso me lembrou de que temos que ver os horários das balsas e alicafis que vem de Nápoles para esperá-los.

– Detesto isso. Esperar, investigar. É nessas horas que eu gosto de ter Alexis por perto. Acho que se ela estivesse conosco já tinha resolvido tudo.

De repente, o celular de Tessa tocou.

– E por falar nela... Oi Alexis.

– Tessa, eu pesquisei os horários do porto de Capri, e as embarcações vinda de Nápoles chegam aí por volta das 14h30min.

– Ótimo, menos trabalho. Você já está em Hollywood?

– Sim, cheguei ontem à noite.

– Você é muito doida. E que horas são aí?

– São quase cinco da manhã.

– Você dormiu?

– Só um pouco, mas não importa. Boa sorte para vocês. Tchau.

– Tchau.

– Então? O que ela disse?

– Tem uma embarcação chegando aqui daqui a quarenta minutos.

– Então é melhor irmos.

– Antes vou passar uma mensagem pra Mô para ficar de olho na Alexis. Ela passou um dia sem dormir e quando chegou em casa dormiu muito pouco.

– Ela não vai aguentar. Quem ela pensa que é?

Monique entrou no escritório de Luke, que estava sentado em sua mesa olhando uma pasta.

– Oi Monique. - Ele levantou-se para cumprimentá-la. - Algum problema?

– Bom, na verdade eu vim te pedir um favor.

– Vá em frente.

– É sobre a Aleixs - ao ouvir o nome dela Luke sentiu seu estomago revirar. O que aconteceu dessa vez?

– Ela está bem?

– Não sei. Ela passou um dia sem dormir e quando voltou de São Francisco não dormiu quase nada. Tenho medo que ela adoeça ou desmaie no meio da rua. Tessa me pediu para ficar de olho nela, mas eu não posso fazer isso o tempo todo. Estou cheia de coisas para estudar, não tenho tempo para nada. Por isso vim pedir sua ajuda. Sei que se importa com ela, apesar de tudo.

– Tudo bem. Eu vou ficar de olho nela, já me acostumei com isso.

Monique riu. - Ela é muito imprevisível.

– Nem me fale.

– Bom, ela deve sair da faculdade daqui a pouco.

– Pode deixar que eu dou uma passadinha na casa dela.

– Obrigada Luke.

–-

– Não acredito que passamos mais de uma hora esperando e nenhum sinal desses caras! - Tessa reclamava enquanto ela e Alicia caminhavam pela ilha.

– Certo, eles talvez venham outra hora. Mas vai ser inútil ficar lá, várias embarcações chegam o tempo todo. E quem sabe eles nem venham agora.

– Tanto faz, eu só quero ir para o hotel.

– Não podemos. Temos que procurar as sereias que vivem aqui.

– E me diz como vamos fazer isso?!

– Acho que eu posso ajudar nisso.


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