Aventuras no tempo escrita por Sophie Valdez


Capítulo 47
Mansão Malfoy part. I


Notas iniciais do capítulo

Olá potterheads!

Desculpe demorar a postar, mas meu tempo tá corrido.
Estou prestes a sair de viajem então vou postar esse caps rapidinho.
Li todos os comentários mais não tive tempo de responder, juro que respondo desse capitulo e me desculpem.... Obrigada a todos que comentaram e esperaram com paciencia pelo capitulo.

Boa leitura!



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POV ALVO

_ Wow! Isso é... sinistro.

Era estranho pensar que Scorpius estava se referindo a sua própria casa no futuro, mas realmente a Mansão Malfoy era sinistra nesse tempo. As paredes eram mais escuras, os arbustos em volta eram mais altos e os seis comensais postos na porta da frente passavam uma mensagem nada reconfortante.

_ Não vamos seguir o plano a risca, sem desvios. – Snape murmura andando imponente a nossa frente, por mais que ele parecesse um anão ao lado daqueles comensais gigantes que estavam de guarda.

_ E se o plano der errado? – Scorpius pergunta encarando os arbustos ao redor da casa com a testa frazida.

_ Partimos pro plano B. – Victorie responde no lugar de Snape, passamos pelos guardas que nos acompanharam com o olhar e a porta da frente foi aberta sozinha quando nos aproximamos o suficiente para entrar na casa.

_ E se o plano B der errado? – Scorpius insiste entrando ao meu lado no hall da mansão, o cômodo estava ocupado apenas por uma dupla de homem de preto que conversavam em cochichos, e assim que nos viram entrar saíram sorrateiramente dali.

_ Partimos para o plano C. – Victorie responde ajeitando o vestido e adquirindo uma postura mais ereta enquanto seguíamos Snape pela escada que daria para a sala e o salão de festas.

_ Nós temos um plano C? - indago confuso olhando para a decoração bizarra daquele lugar, realmente a Sra. Malfoy da minha época, mãe de Scorpius, tinha feito um milagre naquela mansão no futuro.

_ O plano C é improvisar e tentar não morrer. – Victorie diz. Nos últimos degraus já era possível ouvir a música clássica abafada que se tocava no salão, bem a frente das portas tinha alguns grupos de homens e mulheres vestidos elegantemente conversando, sempre baixinho. E como o esperado todos eles se falaram e nos encararam quando chegamos a frente da porta.

_ Snape. – uma voz arrastada disse e vi Yaxley se aproximando de nós, seu cabelo desbotado estava penteado com gel para trás e seus olhos nos fulminavam. – O que é isso? – perguntou secamente.

_ Eles estão comigo Yaxley. Os três tem interesses em comum conosco que eu acredito que isso será de interesse do Lorde das Trevas. – Snape responde sem hesitar, e Yaxley empina seu nariz de uma maneira meio suspeita.

_ Não nego que o Lord se interessará. – Yaxley responde colocando a mão na porta e girando a maçaneta. – Só na acho que será da maneira possitiva. – e com esse comentário ele abre a porta e entra no salão nos deixando espaço para segui-lo. O salão de festas estava decorado com luzes nas paredes e uma enorme arvore de Natal que relava no teto. Um grande número de pessoas estava ali conversando e segurando taças ou comendo coisas que eram servidos por dezenas de sujos elfos que transitavam pelas pernas dos convidados sendo chutados de vez em quando – minha Tia Hermione teria um treco se visse isso. – Logo de inicio se percebia uma certa divisão entre os convidados, alguns ficavam perto das paredes conversando entre si enquanto alguns poucos, de aparência mais chique, ficavam no centro. O número de pessoas ia raleando até chegar próximo a lareira onde apenas sete pessoas estavam, e de frente a lareira, sentado na poltrona estava ele.

Voldemort realmente mudou com os anos, a sua forma reptiliana, magra e pálida não estava ali. Ele era pálido, sem dúvida, e tinha os mesmos olhos malignos apesar de eu estar vendo de longe. Mas ele não era careca, tinha um cabelo negro penteado para trás com algumas entradas e tinha nariz... e Cara! Que coisa estranha era ver o seu nariz.

Quando entramos algumas pessoas nos olharam torto ou até com desprezo, mas não todas, porque não nos perceberam entrar. Reconheci alguns adolescentes que estavam ali, já que eram estudantes de Hogwarts, mas apenas Bellatriz estava entre o grupo seleto perto de Voldemort.

Outros integrantes do grupo principal eram um casal loiro e seu filho, claramente a família de Scorpius, já que eram muito parecidos. Lúcius Malfoy estava parecendo ainda mais pomposo do que o normal se isso era possível. Olhei para Scorpius para compara-lo com o avo e o bisavo e percebi que ele olhava na mesma direção. Pensei que devia ser estranho ver os familiares, mas ao invés de gostar de conhecê-los como eu, Scorpius via os familiares do lado contrário da batalha.

Yaxley se aproximou do grupo e reverenciou Voldemort em sua poltrona. Snape sem perder tempo ou se importar com os olhares para nós que estavam mais numerosos, cruzou o salão nos levando junto até a ala principal.

Os bruxos que rodeavam Voldemort nos encararam, nos analisando. Minha mão coçava para se enfiar no meu bolso e pegar minha varinha, mas havíamos combinado de não demonstrar nenhum sinal de ataque até ser necessário.

_ Milorde. – Snape diz se reverenciando á Voldemort, mas o bruxo sequer o olhou e fixou os olhos em mim, Scorpius e Victorie.

_ Creio que apesar da sua posição inferior você esteja a par da nossa situação com esses seus... “convidados”. – Voldemort diz acenando com a mão. Sua voz não tinha mudado nada. Fria, cortante, arrastada... como um silvo de cobra. – Portanto, espero uma explicação muito significativa.

_ O senhor está certo Milorde, eu tenho conhecimento sobre quem são essas pessoas. Mas eu sei mais do que ouvi do nosso grupo, porque eles me contam.

_ Desembuche Snape. – Lucius murmura, e percebo que seu pai o olha com orgulho. Aquele cara tinha que aprender o que é prioridade.

_ Foi em uma tarde em Hogwarts. – Snape conta e eu me seguro para revirar os olhos. Já tinha ouvido aquela história milhares de vezes nos últimos dias. – Eu estava andando e a Srta. Weasley me chamou para a sala dela, lá estavam os três e ele me contaram a verdade. Os três, diferente de seus companheiros, não são a favor dessa manifestação contra o Lord das Trevas, e desde então eles vem me ajudando. Foram eles que me deram a informação sobre a fuga de Hogwarts, e agora estão disposto a ajudar ainda mais a nossa causa.

_ Me surpreende ouvir isso. – Voldemort diz lentamente. – Não é segredo que eu torturei uma amiga sua para conseguir informações, eu sei quem são e sei que estão mentindo. E só não os matei ainda porque tenho muita curiosidade por vocês.

_ Dorcas era uma, me desculpem pelo linguajar, uma imbecil. – Victorie diz dando um passo a frente. Reparei que muitos bruxos dali a olharam com desejo, e fechei a cara para aquilo em nome de Teddy, mas se bem que era previsível. Victorie usava um longo vestido preto de gala colado ao corpo, sem detalhes, que nós achamos no guarda-roupa da minha bisavó. Em comparação com a roupa das outras mulheres ali Vic estava simples, mas sua beleza se destacava, e nós contávamos com isso também para abaixar a guarda dos comensais. Quem sabe a veia Vella dela ajudasse.

_ Para começo de conversa Milorde, a histórica contada a tonta da Dorcas e aos outros desse tempo foi uma mentira. Nós não viemos do futuro por acidente, nem decidiram enfrentá-lo do nada. – Victorie começa e começa toda a história ensaiada.

_ Então conte a verdade. – Voldemort diz em um tom claramente mandão.

_ No futuro, diferente do que contaram, o Milorde ganhou a guerra. O mundo bruxo saiu da obscuridade, nós dominamos o mundo trouxa, somos os governantes, os líderes, os reis do mundo. E quando eu digo por bruxos, digo os puros sangues, porque mestiços e sangues-ruins viraram a mais baixa classe, a ralé. – Victorie conseguiu abrir um pequeno sorriso no final e eu quase acreditei no seu papel. – É claro, que apesar de ter ganhado a guerra, a resistência nunca acabou. Infelizmente, minha família era o principal núcleo da resistência contra o Lord das Trevas. Os Weasleys e Potters nunca desistiram de lhe derrotar, apesar das perdas, e num ato de desespero eles inventaram esse plano, mandar dez jovens para o passado para mudarem o futuro que eles não gostavam.

_ Nossa família é um bando de hipócritas. – exclamo no tempo certo, e sinto os olhares se direcionarem a mim. – Se gabam de ter honra, coragem,valores... mas não possam de maus perdedores. E além de pagarem de idiotas ainda nos educaram para seguir seus passos. Mas eu, assim como Victorie, não segui seus ideais. Eu vi, desde pequeno, que eles estavam errados! E como minha família reagiu quando soube que eu tinha opiniões diferentes? Me puniram, tentaram me concertar... E quando eu fui para a Sonserina então...

_ Eles não são os heróis que bancam ser. – Scorpius diz bufando e devo dizer, meu amigo é bom ator. – E eu sou a prova. Meu nome verdadeiro é Scorpius Hyperion Malfoy, sou filho de Draco Malfoy, neto de Lucius Malfoy. – os loiros do canto se aprumam observando Scorpius. – Eu nasci no meio da minha família, mas quando tinha cinco anos os Weasleys e Potters vieram até nossa casa, atacaram meu pai alegando que ele era um inimigo e depois de tudo isso me levaram de lá. Me colocaram em uma casa totalmente diferente, ignoraram meus choros, praticamente me sequestraram.

_Meu Tio Rony Weasley costumava dizer que Scorpius era como um teste, uma cobaia... Ele tinha a esperança de que se criasse Scorpius longe da família dele poderia moldá-lo como bem quisesse. – Victorie narra. – Eu me lembro de quando trouxeram ele, meu tio fazia planos de criá-lo e usá-lo contra os comensais da Morte. Até arrumar um casamento ele arrumou, queria que Scorpius se casasse com a filha dele, Rose.

_ No meio deles, do futuro, nós não tínhamos voz, então nos reuníamos em segredo. – digo tentando me concentrar. A parte de Scorpius ser prometido a casamento para Rose não era parte do texto ensaiado e minhas costelas doíam com a força que fazia para não rir e estragar tudo. – Scorpius se aproximou de mim, fazíamos planos para fugir, nos aliar aos comensais.

_ Então eles vieram com esse plano. Mandar jovens para o passado, fingindo ser um acidente, para que pudéssemos aqui nesse tempo matá-lo. – Victorie afirma. – Uma besteira, uma idiotice! E eles nem sequer nos perguntaram se queríamos vir, simplesmente nos jogaram em um túnel do tempo!

_ Essa história simplesmente me espanta, considerando o fato de que-pelas minha informações- vocês são o oposto do que dizem aqui. – Voldemort diz estreitando os olhos para nós em um perfeito cosplay de cobra. – Minhas fontes dizem por exemplo que a senhorita é noiva de Teddy Lupin, o líder de vocês.

_ Sim, eu sou. – Victorie retruca fechando ainda mais a cara. – Mas não por escolha própria. Fui prometida a ele ainda bebe. Para conservar nossa família. – ela revira os olhos. – Mas Teddy na minha opinião é um grandessíssimo idiota.

Troquei um olhar com Scorpius. Victorie não parecia estar fingindo na última parte.

_ Seu irmão nos atacou, depois de termos te batido. – Nott disse olhando para mim e saindo detrás dos seus pais que estavam ali.

_ Eu não posso controlar as ações do meu irmão, e você recebeu o certo por ter sido um covarde daquele porte. – rosno para ele.

_ Se tivesse dito que era contra sua família, talvez não tivéssemos feito o que fizemos. Não íamos ter chutado sua bunda. – Lestrange diz, percebo que Bellatriz está com o braço entrelaçado ao dele, mas ela não está com uma cara feliz, na verdade parece que vai vomitar encima dele.

_ E arriscar que meu irmão descobrisse que eu não concordo com ele? James e Teddy me mandariam para o futuro sem pestanejar idiota! – exclamo me irritando com ele.

_ Vocês sabem como voltar? – Bellatriz indaga curiosa, cortando uns murmúrios que surgiram. – As fontes diziam que estavam presos aqui.

_ Como eu disse antes, as suas informações estão erradas. – Victorie responde. – Enfim, há algum tempo nós decidimos fazer algo e entramos em contato com Snape...

_ Porque Snape? – Yaxley pergunta franzindo o nariz.

_ Nós achamos que ele era o ideal. – Victorie diz simplesmente. – Mas o caso é contamos a ele que não éramos a favor de nossa família, e que queríamos ajudá-los a acabar com eles.

_ Então estão aqui, traindo sua família, querendo de aliar a mim, impedindo que eles mudem o futuro onde eu saí vitorioso. – Voldemort diz lentamente, batendo os dedos no braço da poltrona. – Devo dizer que a coragem de estar aqui essa noite é impressionante, já que eu posso muito bem não acreditar nessa historinha e simplesmente matá-los.

_ Mas se nos matar vai perder a oportunidade de ter espiões no meio do grupo que lhe apresenta mais perigo ultimamente. – rebato me forçando a olhar nos olhos de Voldemort sem vomitar.

_ Bom argumento. – Voldemort silva cruzando as mãos na frente do corpo, ele nada disse além disso, e ninguém mais ousou abrir a boca também apenas continuamos assim, calados, até que Voldemort acenasse para um dos jovens que estava perto dele indicando que queria um copo de bebida. – Alvo Potter e Scorpius Malfoy... nomes importantes do mundo bruxo, sonserinos. – ele comenta girando o copo, fazendo que os gelos batessem no vidro. – E a senhorita Weasley?

_ Por favor, me chame pelo nome de minha mãe, Delacuor. – Victorie diz rapidamente. – Prefiro responder a essa parte de minha família. E, se isso importa, eu fui da Corvinal nos meus tempos de escola.

_ Delacuor? Da França? – o Sr. Malfoy, bisavo de Scorpis, perguntou interessado. – São uma antiga família, muito respeitada.

_ Certamente. –Victorie diz abrindo um sorrisinho convencido. – Os Delacuor são a família mais importante da França.

_ Aproveitem a festa. – Voldemort diz brevemente, não dava para saber se ele tinha caído no nosso papo, ou se estava armando o bote, mas o resto das pessoas tomou essa última frase dele com “assunto encerrado”. Alguns homens se agruparam em montinhos para conversarem, possivelmente o assunto éramos nós. A música que tinha sido interrompida com o inicio de nossa conversa recomeçou, e alguns casais começaram a dançar em uma parte bem afastada da de onde Voldemort estava.

_ Deu certo? – Scorpius pergunta baixinho se aproximando de mim.

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POV SCORPIUS

_ Não faço a menor ideia. – Alvo murmura em resposta. – Quer uma bebida?

_ Hm? Ah, claro. – digo ainda meio atordoado. Sinceramente, eu nunca fui do tipo otimista, então achava que nós não íamos passar nem da porta, muito menos que estaríamos vivos depois de contar nossa mentira. Na minha cabeça nós éramos atacados assim que Voldemort nos visse.

_ Se misturem. – Snape diz chegando junto conosco na mesa de bebidas e se servindo. – Tentem conquistar a confiança de alguém.

_ AH claro, porque são todos tão simpáticos! – comento pegando um copo de Hidromel.

_ Não fique tonto Scorpius. – Alvo diz olhando para meu copo com um riso debochado. – Sabe que é fraco para esse tipo de coisa.

_ Cala a boca imbecil! – retruco dando um soco no seu ombro. – Foi só uma vez.

_ Você bebeu tanto que até admitiu gostar da Rose. – ele diz abafando o riso no copo de ponche que ele tomava. – A propósito, como vai o casamento arranjado de vocês?

_ Eu acho que vou vomitar. – Victorie sussurra se aproximando de nós. – Todos esses idiotas comensais...

_ Calma Victorie, você foi ótima. – Alvo sussurra em resposta. – Quase acreditei em tudo que disse.

_ Nem tudo era...

Victorie parou de falar, e como eu estava de costas para ela me virei. Meu futuro avô Lucius Malfoy estava na nossa frente, sorrindo para Victorie, e lhe tomou a mão dando-lhe um beijo galanteador.

_ Me concede a dança Srta. Delacuor? – ele diz pomposo.

_ A...Ah, mas é claro Sr. Malfoy. – Victorie responde forçando um sorriso e é arrastada para o meio do salão, atraindo bastante olhares.

_ Pobre Vic. – Alvo murmura ao meu lado. – Imagine se Teddy estivesse aqui...

Passei meus olhos pelo salão e localizei a família loira que estava em um canto perto de Voldemort. Minha família era tão estranha quanto nas fotos que eu via, certamente meus bisavos não iriam gostar nada de ver como é minha família ultimamente. Reparei que meu bisavô olhava Lucius e Victorie e exibia um sorriso de satisfação. Ao lado dele minha bisavó conversava com um mulher de cabelos negros, e ao lado dessa mulher, encolhida em um canto com um cara muito infeliz, estava minha avó.

A jovem Nascisa Malfoy, Black nesse tempo, não parecia nada contente e encarava o salão, mas precisamente ela olhava para meu avô que rodava com Victorie. Minha família nunca foi a melhor do mundo, principalmente aqui no passado, mas minha avó por mais rígida e preconceituosa era uma ótima avó. Ela tinha me criado junto com meus pais e me dado carinho.

Por isso eu cruzei o salão ignorando os olhares tortos que recebia e me aproximei deles. Meu bisavô, que agora fumava um cachimbo, me olhou de cima a baixo e me barrou antes que me aproximasse de Narcisa.

_ Então, o Sr. é um Malfoy no futuro... – ele comenta me analisando. – Eu ainda acho essa história de viagem no tempo uma asneira.

_ Acredite no que quiser Senhor. – rebato sem abaixar o olhar. – Agora, com licença. – passo por ele antes que abra a boca e vou até Narcisa, que desvia seus olhos para mim com surpresa. – A Srta. Concederia-me a honra? – indago estendendo meu braço e apontando para a pista de dança.

_ Claro. – ela responde sorrindo educada, mas percebo que está contrariada e aceitou só por educação mesmo. Seu olhar corre até a mãe antes de ir comigo até o centro do salão, minha jovem avó se apoia em mim com uma postura perfeita e começamos a dançar.

_ Não precisa ficar nervosa sabe, você vai se casar com ele. – digo enquanto dançávamos e ela olhava discretamente para Lucius.

_ O que disse? – ela indaga fixando os olhos em mim com surpresa.

_ Você vai se casar com Lucius Malfoy. – repito girando-a no ritmo lento da música.

_ Como tem certeza? – ela duvida abaixando o olhar. – Lucius só está comigo porque nossos pais acham que é o melhor, ele não sente nada por mim apesar de eu sentir por ele.

_ Bom, se ele não ficar com você, Draco Malfoy que é meu pai não vai nascer, e então eu também nunca vou existir. – respondo dando de ombros.

_ Espere um segundo. – ela diz balançando a cabeça. – Quer disser que eu... eu sou sua...

_ Avó. – completo seu pensamente e me permito sorrir. – Vovó Ciça.

_ Isso é... – ela respira fundo me encarando. – Estranho.

_ Eu sei. – digo rindo. – Mas devo dizer vovó que para uma velhinha você está muito bonita esta noite.

_ Ora, muito obrigada. – ela responde ainda me encarando assombrada. – Isso é incrível, você é uma confirmação da família que eu poderei ter!

_ Família é uma coisa importante para você certo?

_ É a coisa mais importante do mundo para mim. – ela diz sorrindo. – Eu faria tudo por minha família. Meu grande sonho é me casar e ter filhos... por criá-los, vê-los crescer...

_ Você terá tudo isso. – digo e voltamos a dançar. Eu realmente esperava melhorar a vida na minha avó, quem sabe destruindo Voldemort nesse tempo eu poderei mudar a vida deles, fazer do meu avô um homem menos sedento de poder, fazer a vida do meu pai melhor...

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POV ALVO

Andei por todo salão observando cada detalhe, não somente as pessoas como também as janelas e portas por onde nós poderíamos fugir se algo desse errado. Depois do rodar pelo lugar parei perto da porta por onde entramos e me encostei ali, colocando uma mão no bolso e apertando a pequena bomba caseira que seria uma das distrações para o plano, levei o copo de bebida a boca e tomei um gole, pelo menos a bebida era boa.

_ É de bom tom que um rapaz chame uma moça para dançar. – uma voz irritante diz ao meu lado e demoro uns segundos antes de me virar para Bellatriz. – Mas com não fez isso, eu vou quebrar as regras e lhe chamar para dançar comigo.

_ E desde quando você liga para regras não é? – indago retoricamente e Bellatriz solta uma risadinha que faz meu estomago se embrulhar, ela entrelaça me braço e me leva para a pista onde os outros dançavam e nós começamos a bailar.

Bellatriz era uma jovem bonita, mas só de olhá-la eu me lembrava de cada detalhe. Dela nos torturando, gargalhando, se divertindo com nossa dor, sequestrando minha irmã... Ela matou Sirius no futuro, torturou minha Tia Hermione... Aquela jovem bonita e meio rebelde que dançava comigo era um monstro.

_ Eu não acredito em vocês sabe. – ela murmura ainda sorrindo torto e eu a encaro com atenção. – Eu sei que os vermezinhos estão armando alguma coisa.Mas saiba que não dará certo, e eu vou assistir o Lorde das Trevas despelar vocês, eu vou ouvir seus gritos de agonia... E ainda vou pedir que deixem vocês vivos até que o resto de sua corja seja capturada para todos morrerem juntos.

_ Bellatriz... – murmuro apertando um pouco forte demais sua mão. – Você realmente não sabe bailar como uma verdadeira dama. – digo me soltando dela e cruzando o salão. Encontrei o olhar de Snape na porta e ele acenou para mim.

Era a hora.


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Notas finais do capítulo

Quem gostou????

Sei que ainda não aconteceu muita coisa, mas ficou grandinho né?
O que acharam dos casais de dança? Lucius e Vic, Scorpius e Narcisa e Alvo com Bellatriz?

Comentem please!
Vou postar no final da semana que vem o proximo, beijos