Aventuras no tempo escrita por Sophie Valdez


Capítulo 46
Natal


Notas iniciais do capítulo

HEY!!!!

Sei que nós estamos nos finalzinho do Natal, muita gente deve estar agora deitado com preguiça e digerindo o peru e o pernil ainda mas.... Esse é um capítulo especial!!!

TEM NATAL EM AVENTURAS DO TEMPO! Uhhuuuu

Espero que gostem do capítulo e entrem no clima.



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POV ALVO

_ Qual é o seu problema?

Eu fechei meus olhos e terminei de escovar meus dentes antes de me virar e encarar James que estava na porta do banheiro com os braços cruzados. Lily Luna estava um pouco atrás olhando apreensiva para nós dois.

_ Pode parar com o show James... Eu já sei o que vai falar. –digo suspirando e passando por ele para ir pro quarto com eles ao encalço. – “ Você não vai Alvo!” “ Nunca vou permitir!” “É muito perigoso.” “Eu sou seu irmão mais velho”. Sabe, às vezes você parece a vovó Molly.

_ Alvo, não é hora para brincadeira! E para eu estar falando isso a coisa é séria. – James exclama alterado. – Snape vai levar vocês pro covil das cobras! Você podem se meter em uma encrenca enorme.

_ E se lhe obrigarem a se tornar um comensal Alvo? – Lily indaga. – Cicatrizes não somem quando voltamos para nosso tempo... A marga negra não via sumir.

_ Eu sei me cuidar. – respondo me sentando na cama e puxando-a para meu lado. – E se eu ter que fingir ser um comensal, não importa. É só uma tatuagem.

_ A marca negra é gravada na sua pele, com fogo. E Voldemort tem uma ligação com cada uma. – James comenta ainda de braços cruzados e em pé.

_ James, se eu não for isso nunca vai acabar. – rebato cansado daquela discussão. – Eu quero mudar o futuro dessas pessoas, mas quero ir para casa também! Temos que acabar com isso logo antes que seja tarde!

_ Ok. Quer saber? Faça o que quiser! – James diz passando a mão no rosto e saindo do quarto, batendo a porta.

_ Ele está... estressado. E preocupado. – Lily explica fazendo uma careta. – Tem mesmo certeza disso Alvo?

_ Vai ficar tudo bem Lilu, eu prometo. – digo usando o antigo apelido que a muitos anos tinha sido esquecido. Lily suspirou e forçou um sorriso e então me abraçou fortemente. Se eu parasse para refletir, minha relação com meus irmão tinha mudado drasticamente com essa acidental viagem no tempo. Mesmo com algumas ideias contrarias eu nunca fui tão próximo de James, e nunca tão carinhoso em relação a Lily.

_ Toc, toc...Desculpa interromper esse lindo momento entre irmãos, mas o jantar está pronto. – Alice diz na porta. Ela estava sorrindo mas eu sabia que algo a incomodava, sua testa estava franzida e os lábios mais apertados do que o normal. Eu conhecia essa princesa...

_ Acho que ninguém está com vontade de jantar... Mas eu vou fingir que estou morrendo de fome e vou deixar vocês a sós. – Lily diz indo até a porta e parando um segundo para me mandar uma piscadela. Balançei a cabeça negativamente e ri da minha irmã enquanto Alice ficava levemente rubra.

_ Bem... – Alice diz andando lentamente até a cama e se sentando ao meu lado. – Como você está?

_ Ótimo. – respondo dando de ombros e Alice me encara como se eu fosse um doente terminal que não via a realidade. – Eu só aceitei uma missão, não é o fim do mundo!

_ Mas não sabe o quão arriscado é? – ela pergunta esganiçada. - Snape vai apresenta-los como comensais em potencial, talvez lhe deem a marca logo no inicio!

_ Eu não ligo muito para...

_ E se eles não acreditarem? – ela pergunta me cortando. – Você-sabe-quem com certeza já sabe tudo sobre nós... Ele provavelmente tirou tudo de Dorcas, torturando-a... E se fizer o mesmo com você?

_ Eu sei me cuidar Alice, e vamos planejar tudo com cuidado. Snape já tem um plano formado. E não é como se eu nunca tivesse sido torturado... Fomos capturados na nossa primeira viagem. – digo tentando acalmá-la mas não deu certo.

_ No futuro eu visito meus avos no hospital. Eles sequer sabem quem eu sou, porque foram torturados até perderem a sanidade! – ela exclama com os olhos marejados. Eu simplesmente odiava vê-la naquele estado. Ela parecia tão frágil, delicada... desprotegida. – Teddy disse que não podemos morrer aqui no passado... Mas eu não ia suportar de ver como meus... m-meus avos...

_ Isso não vai acontecer. – digo com a voz mais firme possível e diminuo e espaço entre nós a abraçando. – Eu prometo.

Alice me abraçou de volta e soltou a ar em um grande suspiro. Com essa eram duas promessas que eu fiz. Prometi que tudo ia dar certo para Lily e Alice... Mas nem eu sabia se ia cumprir essas promessas.

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POV VICTORIE

_ Dois dias. Já se passaram dois dias Teddy! Vai continuar com essa birra infantil e não conversar comigo?

Ele continuou de pé em frente a janela olhando para o jardim. Bati meu pé no chão frustrada e soltei um grunhido. Desde que Snape fez sua primeira proposta já haviam se passado dois dias em que eu, Alvo e Scorpius nos preparávamos para a festa de Natal na Mansão dos Malfoy que aconteceria amanhã a noite. Alguns estavam tentando nos ajudar com a preparação do plano. Rose, Hugo e os marotos tinham conseguido montar um mapa da Mansão com a ajuda de Scorpius e toda noite fazíamos um pequeno treinamento em duelo, assim como passávamos a história que contaríamos diversas vezes procurando falhas.

James Sirius não havia aceitado bem nossa ideia, tampouco a maioria, mas ainda assim Teddy era o pior do grupo. Depois de pegar as presas de basilisco no castelo ele tinha destruído o medalhão de Sonserina e se afastado de todos e principalmente de mim.

_ O que você quer que eu diga? – ele indaga com sua voz rouca ainda sem me olhar. Teddy sempre foi meu amigo e o cara mais gentil e amoroso do mundo para mim, mas quando ficava chateado era terrível.

_ Qualquer coisa. – respondo suspirando cansada. – Amanhã a noite eu vou para lá e... Vai ser perigoso. Eu só não queria ter que ir brigada com você.

_ Não estamos brigados.

_ Não? Estamos o que então? Brincando de não olhar nem falar com o outro? – rebato com sarcasmo e chego ao meu limite de paciência avançando em sua direção e virando seu corpo para o meu lado. É claro que Teddy não resistiu porque ele é incrivelmente mais forte do que eu.

_ Você sabe o que eu acho dessa história toda. – Teddy exclama esfregando os olhos exasperado. – Você não devia ter aceitado isso, não é certo! E além do mais se ofereceu para ir sem nem ao menos pedir minha opinião!

_ Talvez porque eu já soubesse sua opinião. –respondo cruzando os braços. – Teddy esse plano é necessário, é nossa única chance de pegar o Horcrux que está dentro do cofre dos Malfoy... e eu não poderia deixar os meninos irem sozinhos! Alvo e Scorpius são ótimos mas ainda são muito jovens...

_ Eu iria...

_ Fala sério Teddy! – exclamo cortando-o. – Você é provavelmente conhecido pelo grupo dos comensais como um dos líderes da oposição. Eles já sabem quem somos, de onde e quando somos.

_ Isso também se aplica a você. – ele afirma apontando para mim em um gesto desengonçado.

_ Mas eu posso apelar para outras coisas. – digo tentando voltar minha voz para um tom calmo. – Vou usar como argumento meu sangue materno. Minha família na França é importante, quanto mais nessa época! Alvo e Scorpius são da Sonserina, usarão isso a seu favor... Mas e você? Futuro filho de um lobisomem e ex-integrante da Grifinória.

_ Fala como se fosse algo ruim. – ele acusa entre dentes.

_ E é! Para eles! – respondo soltando um suspiro pesado em seguida. – Olha Teddy, eu vou você queira ou não. Então, por favor, eu só te peço que... confie em mim.

_ Eu confio em você. Mas tudo isso é muito! Toda a responsabilidade vai cair em você, se algo der errado...

_ Você não confia em mim. – afirma balançando a cabeça. – Sempre me trata como se eu fosse mais frágil e delicada e pedindo por proteção! Mas eu sou tão capacitada quanto você, e vou lhe provar isso. – dou alguns passos para trás e vou em direção a porta parando com a mão na maçaneta. – Todo relacionamento tem que ser baseado em confiança Teddy, e um casamento, principalmente, no companheirismo. – giro meus calcanhares e volto a encará-lo. Teddy agora me olhava com o cenho franzido e as mãos na cintura. – E se você não consegue me ver como uma parceira, uma companheira e sim como uma boneca precisando de proteção... então talvez não seja uma boa ideia nós nos casarmos.

Sai dali o mais rápido possível para evitar prolongamentos. Nem eu sabia o porque de ter dito aquilo, talvez tivesse sido dura demais, mas infelizmente é a pura verdade. Por mais que eu me esforçasse e lutasse ao seu lado Teddy ia sempre me ver como alguém mais frágil, e isso não era mais uma opção para mim.

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POV SCORPIUS

Contrariando minhas expectativas eu não tive problemas para dormir aquela noite. Provavelmente meu corpo e minha mente tinham concordado com o fato de eu precisar descansar, afinal na próxima noite não ia ter tempo para esse tipo de coisa.

Praticamente todos que estavam na casa acordaram em um clima estranho naquele 24 de dezembro. O tempo não ajudava muito com toda aquela neve e ventos gelados. A tarde inteira se resumiu a mim debruçado sobre o mapa da minha casa repassando o plano com Victorie, Alvo e os marotos. James, Sirius e Remo eram realmente ótimos em traçar rotas de fugas e planos B, e algo me dizia que teríamos que usar muitos desses.

Dos outros, Hugo foi o que eu mais vi naquela tarde. Teddy e James Sirius estavam em algum lugar emburrados por terem sido excluídos do plano suicida e as meninas praticamente sumiram.

_ Não sei porque, mas quanto mais eu repasso esse plano mais impossível ele me parece. – Alvo diz animando a todos com seu incrível otimismo.

_ Só porque é cheio de falhas não quer dizer que não vai dar certo. – Sirius afirma dedilhando o mapa como se estivesse tocando um piano.

_ Na verdade, é exatamente isso que quer dizer. – Victorie resmunga bem baixinho ao meu lado. Ela parecia apreensiva mas não demonstrava medo, e eu tentava seguir seu exemplo.

Nesses últimos dias sempre que nos reunimos nos tínhamos que aguentar os olhares e frases nada animados dos outros. Todos pareciam duvidar de eficácia do plano e eu era um dos mais descrentes, mas isso era a famosa medida desesperada da situação desesperada.

Meus pensamentos pessimistas porém foram cortados por um barulho de sino que ecoou pela casa. A melodia estridentes mas familiar chamou a atenção de todos para a porta de onde entrou Rose com um sorriso sapeca que eu aprendi a desconfiar.

_ Desculpe interrompe-los, mas suas presenças são requisitadas na sala de jantar. – Rose diz juntando as mãos na frente do corpo de uma maneira inocente que não me engana. Eu sei que minha ruiva está aprontando algo.

_ O que é Rose? – indago no seu ouvido assim que os outros saem curiosos da sala se espreguiçando. Rose inclina a cabeça na minha direção segurando o sorriso e fazendo uma expressão confusa. – O que está aprontando ruiva?

_ Porque você não faz como os outros e descobre por si só? – ela indaga dando palmadinhas no meu peito e indo para o corredor. Solto um riso seco com sua ousadia e a sigo pelo corredor até a sala de jantar. Os marotos, Alvo, James Sirius, Hugo, Teddy, Victorie estavam parados na frente da porta que estava fechada. Rose então se esgueirou por eles e parou em frente a porta abrindo um sorriso enorme para todos antes de abrir as portas.

O cheiro que me atingiu quase me fez desmaiar e meu estomago roncou imediatamente reclamando pelas quase dez horas de jejum. Os outros aspiraram o cheiro delicioso quase que em sintonia. A sala de jantar da casa estava toda enfeitada com luzes e guirlandas. Uma grande arvore de Natal tinha sido montada no fundo da sala com milhares de enfeites e uma estrela que quase tocava o teto. Pequenos anjinhos de louça estavam presos na parede cantando músicas natalinas e desejando um Feliz Natal.

A mesa no centro porém era o que mais chamava a atenção. Perus, pernis, saladas, cozidos, macarronada, pudins, frutas.... Era o paraíso na Terra.

_ Bom, como todos sabem hoje é vinte e quatro de dezembro, noite de Natal. – Lily Evans disse chamando nossa atenção da comida para ela. Hugo só faltava babar no tapete. – Os últimos acontecimentos porém quase camuflaram essa data, mas eu não podia deixar que isso acontecesse. Estamos vivendo tempos terríveis, essa é a verdade. Mas o Natal é nada mais do que a celebração da esperança, do amor, e da união... E eu acredito que nós precisamos disso mais do que nunca. Há uma passagem na bíblia que diz : “(...)E a luz brilha nas trevas, e as trevas não conseguiram dominá-la.” Acho que isso se aplica muito bem a nós nesse momento. Não podemos perder a esperança nunca durante essa batalha, e sempre se basear no amor por nós e pelos outros. E assim, as trevas nunca venceram.

_ Isso é realmente perfeito. – James diz com a voz um tanto embargada abraçando a namorada.

_ Nós meninas preparamos tudo o dia inteiro. Espero que esteja tudo bom. – Alice comenta entortando um pouco a boca. – Algumas de nós não éramos exímias cozinheiras...

_ Eu ajudei a cortar tudo Lice, não reclame! – Rose diz estreitando os olhos de brincadeira e então soltando uma risada.

_ Bom... Isso tudo é muito lindo, mas... Podemos comer? – Hugo indaga coçando a nuca e encarando as comidas.

_ Cruzes Hugo! Você é tam esfomeado! – Dominique exclama negando com a cabeça.

_ Fique a vontade Hugo, não acho que seja preciso esperar até a meia-noite. – Rose diz suspirando e olhando para o relógio.

O jantar seguiu normal, o clima estava um pouco mais descontraído do que os dias anteriores. James Sirius estava trocando algumas palavras educadamente com Alvo e Teddy soltava algumas frases. A comida estava ótima, e todos os legumes cortados com perfeição, afinal foi Rose que os cortou, e ela não consegue fazer nada imperfeito.

Alguns pernis, pudins, bolos e garrafas de vinho e hidromel depois e clima começou a voltar a pesar. Snape havia combinado de nos buscar as dez horas da noite para a festa portanto Victorie, Alvo e eu subimos para os quartos para trocar de roupa.

Eu estava vestindo um traje de gala preto que James havia desenterrado de algum lugar da casa. Meus cabelos estavam penteados para trás com gel a fim de mostrar mais seriedade e deixando eu rosto mais marcado no maxilar. Minha varinha estava guardada no bolso da calça junto com um mapa da casa e um dispositivo que a apitava para o caso de precisar causar alguma distração.

_ Posso entrar? – pelo espelho consigo ver Rose entrar no quarto com a mão tampando os olhos.

_ Você está espiando por entre os dedos. – percebo rindo malicioso e ela tira a mão cruzando os braços e dando um sorriso sutil.

_ Aprendeu a me ler bem Sr. Malfoy. – ela afirma suspirando e parando perto de mim. – E então? Pronto?

_ Sim. – respondo ajeitando meu traje e dando uma voltinha. – Como estou?

_ Odeio admitir, mas as comensais vão babar por você. –ela responde fazendo uma careta.

_ Tomara que nenhumas delas seja minha avó. – comento me sentando na cama e calçando os sapatos. Sinto o colchão se agachar onde Rose se sentou ao meu lado.

_ Deve ser estranho para você. Isso tudo acontecerá na casa que você vive... ou viverá. Seus avos estarão lá, e seus bisavos. – ela murmura enquanto eu enlaço o cadarço.

_ Estou fazendo isso justamente para tentar pagar pela merda que eles fazem nessa época. – digo ajeitando a barra da calça. Eu sentia um gosto amargo na minha boca e meu coração estava começando a bater mais rápido de ansiedade.

_ Se houver duelo, eles não podem morrer. – Rose diz meio apreensiva. – Seus avos.

_ Sei disso. Eu vou protegê-los se for o caso, já deixei combinado com os outros. - digo me endireitando na cama e olhando para um ponto a minha frente. – Eu só não queria que minha avó estivesse lá.

_ Narcisa?

_ Sim. Meu avô é... bem, meu avô. – digo dando de ombros e bufando. – Mas minha avó é diferente. Acho que foi a primeira pessoa da minha família a querer mudar de alguma forma.

_ Mas... mesmo se ela estiver lá, provavelmente vai dar tudo certo. – Rose diz depois de alguns minutos de silencio, com um tom nervoso. Percebi que a ruiva torcia as mãos sobre o colo e por impulso as segurei com as minhas. Rose soltou o ar e balançou a cabeça com um movimento rápido se levantando bruscamente da cama e eu a acompanhei.

_ Tenha cuidado Malfoy! – ela diz me olhando nos olhos e aquilo soou como uma ordem. – Nem pense em voltar machucado ou... o-ou algo do tipo...

_ Preocupada comigo Weasley? – provoco apesar de sorrir realmente alegre. As bochechas de Rose ficaram levemente rosadas.

Ela não disse nada, apenas se afastou de mim alguns centímetros, me olhou com os olhos semicerrados e então se jogou para mim, abraçando meu pescoço com força. Enlaçei sua cintura com a mesma intensidade e afundei minha cabeça no seu pescoço sentindo o perfume do seu cabelo. O coração de Rose batia tão acelerado quanto o meu junto ao meu corpo.

_ Eu estou com medo. – confesso com os olhos fechados. Sentia que devia confessar aquilo para alguém antes de ir e Rose era a pessoa certa. Ela provavelmente me acharia um tolo por isso, afinal era uma corajosa indomável da Grifinória enquanto eu um pobre covarde da Sonserina.

_ Seria um tolo se não estivesse. – ela murmura próxima ao meu ouvido me surpreendendo. – Mas o segredo é sempre conseguir enfrentar nossos medos... E eu tenho certeza de que você não vai falhar nisso.

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POV ALVO

O aroma na banquete de Natal ainda reinava na casa, mas o clima natalino parecia ter se extinguido completamente agora, principalmente depois da chegada de Snape. Ele estava usando o mesmo tipo de veste que nós, porém um pouco mais surrada e seus cabelos estavam como sempre.

_ Você tentou colocar os cabelos para trás com gel? – James indaga dando uma risada curta. – Meu neto... Isso foi uma batalha inútil.

_ Percebi. – digo passando a mão nos cabelos arrepiados. – Até mais vovô. – acrescento suspirando e ele me dá um abraço.

_ Se cuide. – Lily diz assim que James me solta e me puxa pelos ombros para dar-me um beijo na testa. Dou-lhe um beijo no bochecha e aperto a mão dos outros marotos e de Hugo, abraço Rose e Dominique, e também Lily Luna.

_ Se você morrer lá eu juro que te mato. – Lily Luna murmura no meu ouvido e eu solto uma risada.

_ Isso é impossível maninha. – respondo beliscando seu nariz e ela faz careta. Ouço Scorpius e Rose descendo as escadas e lhes mando um olhar malicioso antes de me virar para Alice. A pequena estava parecendo prestes a surtar, então tratei logo de abraçá-la.

_ Não precisa ficar assim. – sussurro para ela.

_ Tente voltar inteiro. – ela sussurra de volta e eu me afasto arqueando a sobrancelha.

_ Que animador! – digo sarcástico e ela revira os olhos. Antes que Snape surte e nos chame eu puxo Alice pela cintura e lhe beijo. Não um beijo sincero, calmo ou terno. Um beijo desesperado e sorrio internamente ao perceber que ela retribui na mesma intensidade.

_ Até que enfim vocês dois. – escuto a voz de James Sirius ao nosso lado e me separo de Alice que parece buscar ar.

_ Já é hora. – Snape diz um tanto ranzinza. Solto Alice tentando lhe lançar um sorriso encorajador e aceno novamente para todos indo atrás de Snape.

_ Ei! – me viro ao ouvir o chamado do meu irmão. – Tome cuidado.

_ Ok. – respondo encarando ele. James Sirius coloca a mão nos bolsos e eu arqueio as sobrancelhas. – Só isso?

Começo a girar meus calcanhares e então James se aproxima me dando um abraço “quebra- costelas”, retribui e deixei o ar sair mais leve.

_ Tome cuidado. – ele repete me soltando. – Papai me deixa o ano inteiro de castigo se eu voltar só com seus restos.

Dou uma risada incrédula balançando a cabeça e saio logo da casa encontrando Scorpius na porta. Victorie e Snape estavam mais a frente conversando algo.

_ Todas essas despedidas me fizeram sentir como se estivesse indo para a forca. – Scorpius comenta.

_ Concordo. – digo soltando o ar e vendo a fumaça se formar no ar gélido. – Acho que como melhores amigos nós devíamos ter um momento sentimental também.

_ Isso não vai acontecer.

_ Concordo plenamente mais uma vez. Vamos logo resolver isso.


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Notas finais do capítulo

E então meus queridos leitores????

Sim, teve momentos de Scorose e Alvice(estranho esse nome de ship)
Não, Teddy e Victorie não se acertaram..
Sim, o proximo será bombástico.

KK beijos e todos e um FELIZ NATAL PESSOAL!!!!!