Apesar de serem altas horas da madrugada, Near ainda estava pesquisando sobre o suposto Shi, Sayko Yamamoto.

Ele morava no Japão, em Osaka, passou uma temporada no Brasil, voltou ao Japão e voltou ao Brasil de novo. No Facebook ele tinha uma relação com uma garota chamado Cho, que está desaparecida desde pouco antes de Shi dar o seu primeiro contato.

O nome dele também aparece num site ligado ao Kira, uma espécie de ceita. Ele tinha ligação com o raquer o ajudando a conseguir raquear os computadores das polícias. Shi atualmente está no Brasil, em São Paulo, onde a concentração das mortes causadas por Shi é maior.

"Podemos conseguir um meio para investigar o local onde ele deve estar morando agora. Apesar de as chances de Shi ser realmente essa pessoa serem mínimas, poderemos ter a confirmação se os assassinatos se cessarem após ele ser preso por mais de 23 dias ou encontrarmos seu Death Note" Near pensou.

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No dia seguinte, Leo acordou meio cansado e percebeu que dormiu no sofá.

– Que bom que você acordou seu dorminhoco!

– Mãe?!

Ela o abraçou tão forte que só faltava ela quebrar seu ossos (no exagero meu, kkk).

– Não tive coragem de te acordar quando cheguei, tava tão fofo você dormindo.

– Oh, Mãe!

– Hu, hu, olha só quem acordou.

– Bom dia, pai.

– Ah, eu e o seu pai discutimos um pouco sobre isso, mas eu queria muito te dar logo, espere um minuto.

Ela se separou dele e foi para o corredor.

– "What the fuck?" - sussurrou Leo pra si mesmo.

– Aqui! - ela chegou com um presente.

– An? Mas todo ano vocês não me dão no Natal?

– Sua mãe que insistiu muito, de qualquer modo, já tem um outro presente pra você, mas este só a meia-noite.

– Tá...

O embrulho tinha um formato retangular, Leo rasgou o papel e revelou-se um caderno junto com um pequeno estojo de metal. O caderno era um caderno de desenho e dentro do estojo tinha uma caneta-bico-de-pena.

– Feliz aniversário, Léo! - disse sua mão com um enorme sorriso no rosto.

Leo também sorriu e disse "eu adorei".

Depois de definitivamente ter tomado o café-da-manhã, Leo pensou um pouco, então finalmente disse:

– Hum... Mãe, pai... Uns amigos tavam me chamando para ir ao shopping jogar no Game Station hoje, pra comemorar o meu aniversário.

– Mas a sua mãe acabou de chegar.

– Por favooor...

– Hum, não pode ter muito problema ele sair com os amigos hoje. Por favor, deixe, ele não é mais uma criança.

Depois de pensar por alguns segundos, ele cedeu.

– Certo, mas vá apenas ao shopping, não quero saber de você indo pra qualquer outro lugar sem me ligar.

– Combinado! (Valeu, meus 18 anos!!) Hum... - olhando pro relógio - posso ir agora? Fico no máximo até umas, seu lá 8, 9 horas da noite, das 10 eu não passo.

– Pode.

– Não passe das dez se não eu vou jogar suas revistinhas no lixo.

– Mangá, pai! (Não faria isso!!)

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O pai de Leonardo o deixou num dos portões de entrada do shopping, Leo saiu colocando sua máscara de hockey (*Jason? Is you?).

– Onde você arrumou essa máscara?

– Internet. Usei numa festa de Hallowen ano retrasado.

– Hu, hu, meu Deus... Quando for pra voltar pra casa me ligue pra eu te buscar, combinado?

– Certo, até.

O pai dele segui em frente com o carro e Leo entrou no shopping. Havia tanto pessoas com máscaras quanto sem máscaras. Principalmente crianças usavam, parecia até que um bloco de carnaval estava no shopping.

Ele, perto do Game Station, mandou um torpedo para Gabriel perguntando onde ele estava. Ele respondeu: Atrás do Jason.

–AAH!! - Leo se virou num susto.

– Ha ha! Achei que você não ia usar essa máscara, tem crianças aqui, hehe.

– Aff! Foda-se.

– E aí, Leo!

– Fala, Alex.

– Tá massa, daqui a pouco chaga mais parte da galera, vamo jogar logo.

– Por conta do Leo!

– Mas nem fudendo!!

Eles entraram no fliperama e começaram a jogar vários tipos de jogos. O favorito deles era justo os de tiro que tinham que atirar em vários zumbis e dava pra jogar em dupla e ganha quem tiver mais pontos, aí o perdedor tem que passar a vez.

Terminou que o grupo de apenas 3 pessoas passou a ser de quase 10, até mesmo Vinicius estava incluído.

– An? O que você está fazendo aqui? - Leonardo perguntou a ele.

– Tive alta ontem e Gabriel me chamou.

– Atá...

– Hu, sério mesmo que você está usando essa máscara?

– (*levanta a máscara) Eu tenho alguém pra ficar no meu pé.

– Hu, hu.

Depois disso Vinicius ficou sério. Quem dera se ele tivesse alguém pra ficar "no seu pé". O pai dele está solto agora, mas passar praticamente toda a adolescência longe dele foi duro. Não tinha ninguém dizendo a ele pra não fazer isso, não fazer aquilo, prestar atenção nos estudos, não chegar em casa tão tarde... Sua madrasta não tava nem aí pra ele. Leonardo não faz ideia de como é a vida dele, ele sempre teve tudo.

– Epa! O que está acontecendo ali? - disse um dos jovens.

Eles se aproximaram da confusão. O fliperama ficava perto de uma das saídas e a porta de abertura automática não estava abrindo.

– Que estranho, será um defeito?

– Não é possível! Essa também!

– Nenhuma saída está abrindo!

As pessoas ficavam assutadas e desesperadas com a situação, o que afinal estava acontecendo?

De repente ouve-se uma risada maligna vinda dos alto-falantes do shopping:

– He he he he he ha ha ha ha ha! Caros clientes, parece que as portas de saída estão com defeito, não é mesmo? Não se preocupem, elas não estão, apenas eu as tranquei.

"Essa voz..." pensou Leo.

– Aqui quem está falando é o Shi e vocês são como os meus reféns.