O pai de Vinícius aproveitou que o filho tinha ido pro hospital para converçar com sua adivogada. Ela era uma mulher muito eficiente e certamente poderia ajudá-lo a conseguir a guarda de seu filho.

A questão é que ele teria que contar toda a situação pro garoto, pois precisaria do presença dele diante do jure. Seria algo um tanto estressante.

De repente, Vinicius entrou em casa altamente irritado.

– Vinicius, o que houve?

Ele não respondeu, foi direto pro seu quarto bateu a porta.

– Que barulho foi esse? - perguntou a adivogada no outro lado da linha.

– Meu filho, alguma coisa aconteceu. Vou falar com ele, conversamos mais tarde.

Ele desligou o celular e foi para a porta do quarto do garoto.

– Vinicius, o que aconteceu?

– Me deixe sozinho!

– Está bem. Mas tem algo sério que preciso falar contigo. Depois, quando estiver melhor, converssamos.

O adulto se afastou. Vinicus ficou encostado na porta se segurando pra não chorar, não perder a cabeça. Tudo caiu em cima dele, da pior maneira possível. Ele nunca sentiu tanta dor, tanta raiva.

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– Ha ha ha! Não acredito! - diz Julia totalmente empolgada - Finalmente um fim posto em Near e Zeta com um tiro só, uhu! Agora ninguém poderá nos deter! Exceto que... Hum... Vini saber de tudo pode ser um problema. O que será que devo fazer com ele?

– Quanto a isso, não precisa se preocupar.

– An?

– Ele não durará muito.

– O quê? Você escreveu o nome dele no caderno?

– Hu, claro que não. As regras dizem que não devo dizer quanto tempo determinado humano tem, mas não sou punido por isso. Posso dizer que "De hoje ele não passa".

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Sua respiração era ofegante e o seu corpo tremia. O seu corpo estava pedindo o que ele não tem consumido faz tempo. Ele precisava disso, ele não vai conseguir se acalmar se não fumar ou beber alguma coisa.

– Não... Não... - ele sussurava pra si mesmo.

Ele queria se segurar, queria evitar, mas nada apagaria suas mágoas, sua dor. Ele se levantou, pegou numa caixa todo o dinheiro que ele tinha escondido e foi para a janela.

O apartamento fica no primeiro andar e logo do lado tem um muro. Ele pulou e conseguiu se segurar no muro pra logo em seguida se soltar e aterrisar no chão.

Ele foi para um mercado próximo e comprou uma garafa de vodika.

– Você tem 18? - pergutou o caixa.

– E eu lá tenho cara de quem tem menos que isso?

– Não, mas tem muito moleque de 16 anos que parece ter 18 ou 19.

– Ha! Vai pedir minha identidade? Vai preferir deixar de ganhar uma porra de grana que vale essa merda de vodika só por que "não pode vender pra menores"?!

– Tá, calma aí! Vou passar isso aqui.

Depois de ter pago ele sair com a garrafa na mão. Ele andou até onde ficava um viaduto. Lá os carros passamvam tão rápido que ele era quase imperceptível.

Ele abriu a garrafa e começou a beber. Ele sentia uma pequena queimação na garganta e aos poucos sentia o efeito da álcool. Ele bebia como se tivesse emgolindo gasolina pura, querendo morrer mesmo.

Pra ele não importava mais nada. Ele queria parar de fumar, de beber por causa da Julia. Ele gostava dela, mesmo não tendo chance queria ficar junto dela ou ao menos paarar para ela ficar orgulhosa por ele largar seus vícios, mas do que adianta agora? Não vale a pena tentar melhorar por ela, nada mais vale a pena.

Estando totalmente bêbado e com a garrafa faltando apenas dois dedos de bebida, ele andou quase que cambaleando ao lado do viaduto. Seria divertido se equilibrar na beirada, não é?

Vinicius subiu na beirada e foi andando se equilibrando.

– Xi... Vou acabar caindo... Opa! Hu hu. Tou um pouco tonto. Ju, por que você fez isso comigo? Você beijou o Leo só por que ele é o perfeitinho? O seu heroi? E por que? Por que você é R-Kira? Por que matar todas essas pessoas? Não pensa que um acusado ou outro pode ser incente? Isso não resolveria nada, você só causaria medo, Ju, e se você parasse ia ficar tudo a mesma coisa...

– Ei! O que você tá fazendo? - gritou um homem ruivo (Rony Weasley? Is you?).

– Você não concorda? He he. Não dá pra parar os crimes assim... Medo não é solução, huhu.

– Por favor, saia daí.

– Por quê? Tá tão legal. E eu não ligo se eu cair.

– Você está totalmente bêbado, por favor, desça daí.

– Não! Não quero sair! Não tou afim!

– Por que você tá fazendo isso?

– Tou chateado... Ela é R-Kira...

– Ela?

– Engraçado, né? Ninguém nunca pensaria que R-Kira é uma muher e logo Ju! Ela se importa tanto com as pessoas, até mesmo comigo, mesmo eu sendo um imprestável...

– Espere um pouco...

– E eles escrevem num tal "Death Note", "caderno da morte". Pelo o que entendi é isso. Escreve e morre... Escreve, morre...

– Cuidado!

Vinicius faz um passo em falso e ele perde o equilíbrio, porém o homem segura o seu pulso, impedindo-o de cair.

– Opa...

– Suba, Por favor! Eu te ajudo a subir!

– Não quero...

– Por favor!

– Você pra um estranho parece legal, mas não quero...

– Não desista de viver, por favor!

– Olha... Não fale pra ninguém o que eu disse... É nosso segredo, ok?

– Eu já sabia de tudo antes de você me contar.

– Você é o Near ou o Zeta?

– A.

– Então pare Ju, mas não a sentencie a morte, ok?

Vinicius dá um meio sorriso e sede a mão. "A" tenta segurá-lo, mas sua mão escorrega e Vinicius termina caindo.

– Desculpa Allen - falou a shinigami Shini - Eu queria falar que não tinha jeito, mas da maneira como você reagiu...

– Acho que mesmo se você tivesse falado eu iria tentar impedi-lo. Então esse garoto conhecia Julia e descobriu que ela é a R-Kira original.... Devo supor que ela acordou do coma. Bem, apesar de saber que ele deve ter morrido por causa dessa queda, vou ligar pra ambulância.

– E depois você vai tentar achar aquela pessoa, né?

– Por hoje não, já está bem tarde.