Evolet Potter II escrita por Victorie


Capítulo 4
Capítulo 3


Notas iniciais do capítulo

Oooi pessoinhas lindas. Tudo bem?
Nem demorei tanto para postar, né? Me agradeçam u.u
Espero que gostem do capítulo, beijos.



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_Evolet! - Chris gritou quando abriu a porta e me abraçou - Que saudade.

_E ai, Chris? - perguntei o abraçando de volta - Tudo bem?

_Sim, sim. - respondeu ele.

Chris me soltou do abraço e foi até a rua falar com Dumbledore, fiquei esperando na porta.

_Como vai, Dumbledore? - perguntou sorridente estendendo a mão para cumprimenta-lo

_Muito bem Christian, obrigado por perguntar - Dumbledore respondeu apertando a mão de Chris - Espero que não tenhamos feito você esperar muito.

_Na verdade nem reparei na hora, estava lendo um dos livros que Shacklebolt me emprestou - respondeu Chris simpático - E você deve ser o Harry, não é? - Chris também o cumprimento com um aperto de mão.

_Sim, sou eu. - Harry respondeu.

_É bom conhece-lo, Harry. - Chris comentou - Mas eu não vou continuar atrasando vocês, não é bom ficar na porta a essa hora.

Chris se despediu de Harry e de Dumbledore e voltou para a porta onde eu esperava, entramos antes que eles desaparatassem.

Olhei a sala que eu conhecia há anos e procurei alguma coisa fora do lugar como na casa da Laurie.

Não achei nada, as estantes abarrotadas de livros que deixavam a sala menor do que realmente eram estavam como sempre, os milhares de portas retratos que abarrotavam a única parede a vista, perto da porta, também estavam como sempre, o sofá bege com uma colcha vermelha, a mesinha de centro de madeira escura, a lareira com um potinho com pó de flu ao lado, tudo estava como sempre.

Nada que evidenciasse alguma mudança como na casa da Laurie.

Reparei em um livro aberto em cima da mesinha de centro da sala e na pilha de outros livros que estavam ao lado, fui até lá e dei uma olhada nos títulos.

Todos eram relacionados à Defesa Contra as Artes das Trevas.

Comecei a relacionar algumas coisas como o fato de Shacklebolt ser um auror que eu tinha conhecido na casa de Sirius, de Chris e a mãe terem entrado na Ordem da Fênix e de Chris sempre ter tido a vontade de seguir os passos do pai e ser auror.

_Então, Shacklebolt te emprestou alguns livros? - perguntei arqueando a sobrancelha e depois dando uma de Dumbledore - Tem alguma coisa que queria me contar, Sr. Fournier?

Chris deu um sorriso e tirou do bolso um pergaminho amassado que parecia ter sido lido várias e várias vezes.

_Eu fui aceito no curso de auror. - contou e estendeu o pergaminho.

Com os olhos arregalados de surpresa arranquei o papel de sua mão e comece a ler.


Prezado Senhor Fournier,

Nós do Departamento de Treinamento de Aurores do Ministério da Magia de Londres temos o prazer de informarmos que o senhor está entre os aprovados para iniciar o curso preparatório para Aurores.

Gostaríamos de lhe informar que o curso terá inicio na última semana do mês de Agosto e que para inicia-lo será preciso que compareça ao Ministério da Magia até o dia 15 de Julho para que faça a devida matrícula.

Atenciosamente,

Harriet Storm,

Chefe do Departamento de Treinamento de Aurores.



_Oh, meu Merlin. - exclamei depois de ler a carta - Tá falando sério?

_Claro que sim, fui lá essa semana para acertar tudo - contou - Agora você é amiga de um aspirante a auror, Evolet.

_Chris isso é... É... Incrível! - gritei ao final da frase e corri para abraça-lo. - Parabéns, você vai ser um ótimo auror! Ótimo mesmo!

Chris gargalhou com a minha felicidade por ele e me solto.

_Eu sei, é incrível isso - afirmou ele - Eu realmente achei que não iria conseguir entrar, mas tá ai.

_O que a Laurie disse quando você contou? - perguntei - Ficou feliz?

Chris olhou para o lado e antes de responder pegou o pergaminho de volta, o dobrou e colocou no bolso.

_É. - respondeu por fim tentando desviar do assunto.

_É? - perguntei preocupada vendo que tinha alguma coisa errada.

_É. - repetiu.

_Como assim “é”? O que aconteceu, Christian?

_Não aconteceu nada. - afirmou ele desanimado - Tá com fome? Minha mãe falou que tinha uma torta pra você comer se quisesse.

Ele não esperou que eu respondesse e foi para a cozinha.

Não tinha reparado antes que ele perguntasse, mas eu estava sim com fome, deveria ser quase duas da manhã e a última vez que eu tinha comido alguma coisa resistente foi no jantar perto das sete da noite, ou seja, estava com muita fome.

_Sim. - respondi e o segui - Chris, você sempre foi ruim para mudar de assunto, o que aconteceu? Vocês brigaram?

Christian não respondeu.

Resolvi ser paciente e sentei em um dos banquinhos que ficavam em frente ao balcão da cozinha esperando que ele resolvesse falar.

Chris era um pouco diferente de Laurie, se eu quisesse saber alguma coisa eu não precisaria nem perguntar porque ela com certeza falaria na primeira vez que tivesse a oportunidade de abrir a boca, já o Chris tinha que pensar, pensar e pensar toda a vida antes de compartilhar alguma coisa.

Mesmo se essa coisa o estivesse deixando mal como era possível ver agora.

Chris tirou de cima do fogão um refratário de vidro onde a torta estava e o colocou em cima da pia. Foi até um dos armários e pegou uma assadeira pequena, voltou para a pia, cortou metade da torta e a colocou na assadeira.

Levou a assadeira ao forno e o acendeu com a varinha.

Quando percebeu que não tinha mais nada para se ocupar encostou-se a pia que ficava do lado do balcão onde eu estava e suspirou.

Ficou brincando um pouco com a varinha em silêncio até que eu cansei de esperar e perguntei impaciente:

_E então?

Chris bufou e cruzou os braços.

_Laurie enlouqueceu quando soube que eu iria virar um auror e que tinha entrado para a Ordem junto com a minha mãe. - falou finalmente - Primeiro ela ficou feliz mas depois começou a pensar nos riscos que isso traria e implorou para que eu desistisse, disse que eu podia arrumar um emprego bom na França.

“O pai dela vai começar a trabalhar em um escritório bruxo lá que não tem nada relacionado com a guerra e nem com o Ministério Frances, disse que o Sr. Bernard podia arrumar um emprego para mim lá se eu quisesse.”

Chris se virou para encarar o forno mas antes pude ver sua face rígida com a descrença de que Laurie pudesse ter dado uma ideia dessas, dele praticamente depender do pai dela.

_Laurie tem medo de que eu morra como meu pai e a deixe sozinha.

Avaliei Chris com o olhar, ele estava cansado, preocupado e triste com a situação, isso era possível ver de longe, só que tinha uma coisa que se sobressaia mais ainda em sua aparência, determinação.

Christian sempre quis ser auror como o pai e nada iria impedi-lo disso, nem mesmo a Laurie.

_Eu vou falar com ela quando chegarmos lá. - afirmei - Ela sabe que esse é o seu sonho, Chris. Nós duas sempre soubemos, ela não pode resolver interferir.

_Sim - ele concordou - Eu disse isso a ela só que ela não escuta, saímos de Beauxbatons brigados por causa disso, a Sr.ª Bernard também está morrendo de medo de tudo desde que o Profeta Diário confirmou a volta de Você-Sabe-Quem e fica colocando coisas na cabeça da Laurie. A mãe dela está tão assustada que convenceu o Sr. Bernard a voltar a morar na França, por isso a casa está vazia. Acho que você reparou.

_Reparei.

_Eles vão ficar na França agora, Laurie nem veio para a Inglaterra depois de sair de Beauxbatons, já foi direto para a casa de campo deles.

_Eu vou conversar com ela - repeti - Não se preocupe, vou enfiar na cabeça da Laurie que você tem que fazer o que quiser mesmo que seja perigoso.

Chris deu um sorriso fraco em agradecimento, ele sabia que as chances da Laurie me escutar eram boas.

_Não me olhe com essa cara - avisei - Sinceramente, eu também não gosto da ideia de você lutando com bruxos das trevas e Comensais da Morte. Por mim ficaríamos eu, você, a Laurie, o Draco e o Harry em uma redoma de vidro bem longe dessa guerra e esperaríamos tudo isso passar sem nos meter. Só que não dá, parece que todos nós estamos metidos nisso até o pescoço.

Chris balançou a cabeça concordando.

Percebi que ele não queria mais falar no assunto e fiquei quieta no meu canto pensando em como convencer a Laurie que o Chris tinha que fazer o que ele queria.

Seria difícil pois ela também tinha a sua porcentagem de razão. A profissão que o Chris queria seguir era mesmo perigosa ainda mais agora e ela tinha o direito de ficar apavorada com a ideia de acontecer alguma coisa com ele.

Poucos minutos depois Chris tirou a torta do forno e deixei para me preocupar com a situação dos dois outra hora.

Comemos conversando sobre coisas banais e antes de terminarmos Chris já estava sorrindo e rindo outra vez como na hora em que cheguei.

Quando terminamos Chris foi arrumar o sofá da sala para eu poder dormir - a casa dele era pequena e só tinha dois quartos, o dele e o da Sr.ª Fournier - enquanto eu lavava a louça que tínhamos usado.

_Boa noite, Eve. - Chris desejou enquanto subia as escadas para o seu quarto.

_Eve? - perguntei irritada e incrédula - De onde tirou isso, Christian?

Ele riu antes de responder.

_Lupin me contou sobre o seu apelidinho de família. Boa noite.

O fuzilei com o olhar e não respondi.

Era oficial, eu não iria me livrar desse “Eve” nunca mais.

Abri meu malão que Chris tinha deixado na sala e peguei um pijama e a minha nécessaire, fui até o banheiro, troquei de roupa, escovei os dentes e voltei para a sala.

Tirei Boris delicadamente de cima do meu travesseiro para poder deitar, me arrumei no sofá e esperei que ele fizesse o mesmo.

Depois de estarmos os dois acomodados no apertado sofá da sala peguei minha varinha e o falso galeão que eu tinha deixado em cima da mesinha de centro junto com os livros do Shacklebolt e mandei uma mensagem para Draco.

“Ainda sem falar comigo?”

Esperei cerca de vinte minutos antes de mandar outra.

“Sei que não vai responder mas mesmo assim, boa noite.”

Estiquei o braço para colocar o galeão de volta a mesinha mas antes de solta-lo ele esquentou na minha mão.

Me sentei sem me importar em empurrar Boris e olhei a mensagem.

“É para o seu bem, Evolet, entenda. Boa noite.”

Meu coração disparou e tive uma súbita vontade de chorar que veio junto com uma sensação horrível de que alguma coisa estava mais errada do que eu tinha imaginado antes.

Controlei a vontade de chorar e peguei a varinha.

“O que quer dizer com isso?”

Draco demorou um pouco para responder.

“Nada demais, se cuide, boa noite.”

Resolvi não mandar outra mensagem.

Coloquei o galeão no bolso da minha calça de pijama para o caso de ele resolver falar mais alguma coisa e deixei a varinha na mesinha.

Deitei outra vez mas com a certeza que eu não iria dormir tão cedo.

_Por que ele está fazendo isso, bebê? - perguntei a Boris que tinha ido deitar no espaço que sobrava do meu travesseiro.

Boris respondeu com um miado e mais uma vez na minha vida eu quis saber falar a língua dos gatos.


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Notas finais do capítulo

Qualquer erro me avisem, beijos.