Evolet Potter II escrita por Victorie


Capítulo 3
Capítulo 2


Notas iniciais do capítulo

Alguém ai tem noção de como eu fiquei feliz com tanto comentário no último capítulo? Foram 18 comentários em um só capítulo, DEZOITO!
Obrigada a todas vocês que comentaram e continuem assim meninas, eu aprovo u.u
E sabe o que eu também aprovo e muito? Recomendações!
HIPER OBRIGADA a MasquecoisaMan que recomendou a fanfic com só dois capítulos postados, obrigada, obrigada, obrigada.
Bom, é isso, beijos.



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Iria embora daqui mesmo que o próprio Merlin resolvesse levantar dos mortos e me mandar ficar!

Não estava nem ai para o que Harry dissera.

Olhei para o meu irmão idiota dormindo e babando com a cabeça encostada no vidro da janela, Harry achava que era boa demais a ideia de que Dumbledore viesse nos buscar só com duas semanas trancados na casa dos Dursley e não se deu nem ao trabalho de fazer a mala.

Diferente de mim que, sendo idiota, tive esperanças e arrumei todas as minhas coisas no malão, coloquei o Boris na gaiola, arrumei minha bolsa e fiquei pronta para ir embora desde as dez da noite.

Só que Dumbledore era um velho caduco que tinha se esquecido de vir nos buscar.

E já era quase meia-noite.

MEIA-NOITE!

Levantei da cama e guardei o livro que estava lendo na bolsa, coloquei minha sapatilha vermelha que eu tinha jogado para o lado depois de meia-hora esperando e peguei minha jaqueta.

_Harry, acorde! - mandei enquanto vestia a jaqueta.

Harry nem se mexeu.

_LEVANTA - gritei e chacoalhei seu braço sem paciência.

_O que foi? - Harry perguntou com a varinha na mão procurando alguma coisa que estivesse errada.

_Não foi nada - respondi e rolei os olhos - Guarde essa varinha, Harry.

Harry olhou para os lados se certificando de que eu estava falando a verdade e então guardou a varinha no bolso da calça larga.

_Então o que foi? - perguntou confuso arrumando os óculos.

_Dumbledore não vem. - disse - Mas mesmo assim eu estou indo embora.

_Não vai, não. - Harry protestou já mais acordado - Evolet, sabe como é perigoso sair sozinho por ai?

_Sei - respondi - Mas eu vou mesmo assim, não arrumei toda essa tralha - apontei para as minhas coisas devidamente organizadas no canto do quarto - para ficar aqui.

Harry ia dizer alguma coisa quando do nada as luzes da rua dos Alfeneiros apagaram.

Olhei para Harry e, como se tivéssemos pensado a mesma coisa, saímos correndo para a janela ver o que tinha acontecido.

Um vulto estava atravessando o jardim.

Harry começou a jogar todas as suas coisas que estavam ao alcance em seu malão aberto em cima do colchão em que ele dormia.

Ajudei-o também jogando as suas coisas lá.

Roupas, livros, sapatos, meias... Tudo o que estivesse na frente.

Merlin, acho que desorganização era coisa de família.

Boris miou ao mesmo tempo em que Edwiges piou, ambos incomodados com toda a agitação.

Segundos depois a campainha tocou.

Escutei tio Valter resmungar alguma coisa irritado e ir atender.

_Avisou a eles de que Dumbledore viria? - perguntei só me lembrando disso agora.

Harry congelou com um telescópio em uma mão e um par de tênis na outra.

_Não. - respondeu e saiu correndo.

Diferente de Harry eu não sai correndo.

Primeiro peguei minha bolsa, a mesma que eu usava na escola, simples, daquelas que tem a alça comprida e que da para usar tanto pendurada no ombro como atravessada no corpo, e a pendurei no ombro. Depois peguei a gaiola do Boris com uma mão e com a outra meu malão.

Desci as escadas com cuidado para não tropeçar carregando tanta coisa e então abandonei tudo no hall de entrada.

Harry, Dumbledore e os outros estavam na sala sentados quando cheguei.

Tia Petúnia, Duda e tio Valter estavam sentados encolhidos em um sofá com copos de alguma bebida cor de mel batendo em suas cabeças insistentemente.

Adivinhei que aquilo tinha sido obra de Dumbledore já que ele e Harry também estavam com um copo na mão bebendo Merlin sabe o que.

Curiosa, fui até os Dursley para pegar um dos copos.

_Acho que não vai querer isso, não é? - perguntei a Duda.

Ele balançou a cabeça timidamente e eu retirei o copo de cima dele. Experimentei a bebida e vi que era hidromel.

_Evolet, - Dumbledore cumprimentou com um aceno de cabeça - estávamos te esperando.

_Olá, diretor. - cumprimentei e fui me sentar no braço da poltrona em que Harry estava sentado ainda com o telescópio e o par de tênis no colo.

_Bem, surgiu um problema que eu espero que vocês dois possam resolver para nós. - Dumbledore se dirigiu a mim e a Harry - E quando digo nós me refiro à Ordem da Fênix. Antes, porém, - Dumbledore olhou para nos dois parecendo preocupado - preciso lhes dizer que encontraram o testamento do Sirius há uma semana, e ele deixou todos os seus bens para vocês dois.

_Certo. - Harry disse por nos dois.

_É um testamento bem simples - Dumbledore explicou - Será acrescentado uma boa quantidade de ouro à conta de vocês no Gringotes e os bens pessoais poderão ser divididos igualmente entre os dois, como acharem melhor. No entanto, a parte ligeiramente problemática do documento...

_O padrinho deles morreu? - tio Valter interrompeu.

_Não querido, - disse sarcástica - Sirius resolveu virar monge e se livrar de todos os bens materiais para viver de luz.

Tio Valter, ainda com o copinho batendo em sua cabeça, olhou de Harry para Dumbledore como se perguntasse se era verdade.

Rolei os olhos.

_Sim, ele morreu. - Dumbledore confirmou algum tempo depois - Nosso problema - continuou - é que Sirius também deixou para vocês a casa número doze do largo Grimmauld.

_Deixou uma casa para eles? - interrompeu outra vez tio Valter com um olhar ganancioso.

_Sim, para nós. - me dei ao trabalho de responder - Para mim e Harry. - apontei para mim e depois para Harry.

_Podem continuar a usar a casa como quartel general - Harry disse - Se importa, Evolet?

_Não. - respondi e dei de ombros - Não vamos poder fazer muito uso dela por enquanto mesmo.

_É um gesto generoso o de vocês - Dumbledore elogiou - Mas desocupamos o imóvel temporariamente.

_Por quê? - Harry perguntou.

_Bem, segundo a tradição da família Black, a casa passa ao descendente masculino mais próximo, em linha direta que tenha o nome Black. Sirius foi o último da linhagem, pois seu irmão mais novo, Régulo, faleceu antes dele e nenhum deles teve filhos. Embora o testamento deixe claro que Sirius desejava que a casa fosse de vocês, é possível que tenham lançado nela algum encantamento para garantir que não pertença a alguém de sangue impuro.

Eu não duvidava nada de que tivessem feito isso.

_Aposto que lançaram. - Harry comentou.

_Sem dúvida - concordou Dumbledore - E, se tal encantamento existir, é provável que a propriedade passe ao parente vivo mais velho de Sirius, ou seja, sua prima Bellatrix Lestrange.

_Não. - Harry protestou.

_Eu destruo aquela casa se for preciso, mas ela não vai colocar um pé lá dentro. - afirmei trincando os dentes.

_Bem, é óbvio que preferimos que ela não herde a casa. - respondeu Dumbledore calmamente - A situação é bem complicada. Por exemplo, não sabemos se os encantamentos que colocamos na casa ainda estão funcionando agora que Sirius morreu, pode ser que Bellatrix apareça à porta a qualquer momento. É claro que fomos obrigados a nos mudar até termos esclarecido a nossa posição.

_E como vamos saber se a casa é mesmo nossa? - Harry perguntou.

_Felizmente existe um teste bem simples – Dumbledore respondeu.

_Quer tirar essas porcarias de cima da gente? – Tio Valter berrou no sofá.

Não pude evitar lançar um olhar de desprezo ao Tio Valter e a tia Petúnia que estavam encolhidos com os braços para cima tentando afastar os copos que batiam em suas cabeças.

_Ah, sinto muito por isso – Dumbledore disse atencioso – Mas teriam sido mais educados aceitando a bebida.

Dumbledore ergueu a varinha e os dois copos desapareceram. Tio Valter parecia querer ser mais sem educação com Dumbledore e sair xingado-o porém ficou quieto.

_Ok, desculpe diretor, mas será que dá pra acelerar? - perguntei tentando voltar ao assunto principal – Quero ir embora daqui o quanto antes, nada pessoal. - completei olhando para os Dursley.

_Claro, Evolet – Dumbledore concordou – Entendam, se tiverem de fato herdado a casa, também terão herdado...

Dumbledore deu outro aceno com a varinha e depois de um estalo um Elfo Domestico feio e sujo, vestido com um pano velho apareceu em cima do tapete impecavelmente limpo de tia Petúnia.

_... o Monstro. – completou Dumbledore.

Tio Valter e tia Petúnia deram um berro, ele de repugnância e ela de medo, Duda levantou os pés como se Monstro pudesse subir por eles e ataca-lo.

_Monstro não quer. Monstro não quer. - Monstro gritou se jogando no tapete e puxando as orelhas pontudas – Monstro é da senhorita Bellatrix, ah, sim, Monstro é dos Black. Monstro não quer os pirralhos Potter.

_Pirralho é a sua vó. - gritei com o elfo.

Monstro me olhou e gritou mais uma vez “Monstro não quer”, só que dessa vez mais alto.

_Como podem ver, - Dumbledore voltou a falar – Monstro está um pouco relutante em passar para as suas mãos.

_Eu não me importo – disse Harry - Também não o quero.

_Eu quero. - afirmei olhando com raiva para o elfo.

Eu realmente adorava os elfos, tinha certa pena deles e acreditava que eles precisavam ter os seus direitos, só que depois que Harry me contou o que Monstro tinha feito à Sirius, como ele o tinha traído e enganado Harry quando ele tentou falar com Sirius pela lareira do escritório da Umbridge eu tinha decidido que Monstro não merecia direito algum.

Direito e trabalho remunerado aos Elfos? Apoiado.

Direito e trabalho remunerado ao Monstro? Apoio negado.

_Ótimo, então de uma ordem a ele, Evolet.

Olhei para os lados procurando alguma coisa para Monstro fazer e vi o telescópio e o par de tênis no colo de Harry.

_Primeiro, fique quieto. - ordenei com rispidez.

Monstro ficou em silêncio no mesmo instante.

_Agora vá lá para cima e termine de fazer a mala de Harry. E sem birra. - completei quando ele começou a se jogar no chão tentando recusar a ordem.

Monstro foi a passos curtos, puxando as orelhas, em direção as escadas.

_Não o quero mexendo nas minhas coisas. – Harry protestou – Monstro, fique.

Monstro parou perto da porta.

_Isso simplifica a questão – disse Dumbledore animado – Sirius sabia o que estava fazendo. Vocês são os legítimos donos do número doze no Largo Grimmauld e de Monstro.

“E, bem, Harry não o quer, mas Evolet se quiser uma opinião, acho que Monstro ficaria melhor trabalhando nas cozinhas de Hogwarts, assim os outros elfos poderão ficar de olhos nele. Evitaria que ele desse um jeito de fugir para falar com Bellatrix como fez no Natal com Sirius.”

Olhei para Monstro e depois para Dumbledore me lembrando do episódio, realmente, era mais seguro que Monstro ficasse no castelo.

_Tem razão, diretor. – concordei – Monstro, quero que vá trabalhar nas cozinhas de Hogwarts e só saia de lá com ordens minhas ou de Harry.

Monstro nos olhou com desprezo e desapareceu com um estalo.

_Bom, – falou Dumbledore – também temos o problema do Hipogrifo, Hagrid está com ele desde que Sirius morreu, mas o Bicuço agora é de vocês, por isso, se preferirem tomar outras providências...

_Não – Harry respondeu – Ele pode continuar com Hagrid.

Harry olhou para mim vendo se eu tinha alguma coisa contra, concordei com a cabeça dizendo que tudo bem. Bicuço ficaria feliz em continuar com Hagrid.

_Ótimo, então isso é tudo. - Dumbledore sorriu – As malas de vocês estão prontas?

_As minhas estão, agora as do bonitinho ai... - dei risada da cara de constrangimento de Harry olhando as coisas que estavam em suas mãos.

_Duvidou de que eu apareceria, Harry? - Dumbledore insinuou astutamente.

_Num minuto... eh... Eu termino – Harry se apressou em dizer e correu para o andar de cima.

Como minhas coisas já estavam prontas e no Hall de entrada só esperando a hora da partida continuei sentada no braço da poltrona.

Tomei o resto do hidromel que tinha no meu copo.

_Então, Evolet, como foi a sua estadia aqui? - Dumbledore perguntou curioso.

_Bem, digamos que não foi das piores – respondi – Pelo menos aqui é mais limpo do que o orfanato – comentei passando a mão sobre a mesinha que ficava ao lado do sofá e levantei o dedo mostrando que não tinha nem uma poeirinha.

_Bom. - Dumbledore disse.

_O senhor não parece ter tido boas férias até agora, não é diretor? - disse olhando diretamente para uma de suas mãos.

Eu tinha já tinha reparado antes mas não tive a oportunidade de comentar até agora. Uma das mãos de Dumbledore parecia que tinha sido queimada ou então que tinha apodrecido. Estava escura e enrugada.

E quando digo enrugada é mais enrugada do que o normal para alguém da idade de Dumbledore.

_Ah, isso foi um pequeno acidente de trabalho, nada de mais, não se preocupe. - o diretor respondeu despreocupado e ao mesmo tempo dando a entender que não queria mais perguntas sobre sua mão.

Ficamos os cinco sentados na sala esperando Harry. Tio Valter, tia Petúnia e Duda abraçados no sofá, eu sentada no braço do sofá analisando atentamente as minhas lindas unhas pintadas de vermelho e Dumbledore cantarolando alegremente alguma musica desconhecida.

Depois de alguns minutos escutei Harry descer correndo pela escada arrastando o malão.

_Pronto, diretor. - disse parando na porta da sala.

_Ótimo, tia Petúnia, vou pegar um lanchinho pra viagem. - avisei e fui para a cozinha.

Tia Petúnia me olhou com raiva, mas não se atreveu a me proibir com Dumbledore na sala.

Ao longe escutei Dumbledore dizer que tinha uma última coisa que precisava falar, não prestei atenção.

Fui até a geladeira e peguei o bolo de chocolate que tia Petúnia tinha feito de tarde e que não tinha deixado que Harry e eu comecemos.

Vaca!

Peguei três guardanapos no armário e cortei três pedaços do bolo, um para mim, um para Harry e outro para Dumbledore porque era falta de educação eu e Harry comermos bolo e deixa-lo olhando.

Larguei o prato com o bolo em cima da mesa só para irritar tia Petúnia e voltei para a sala.

Quando voltei Dumbledore estava em frente aos Dursley falando com eles.

Enquanto Dumbledore falava entreguei um pedaço de bolo a Harry que agradeceu, e comi o meu pedaço.

_A mágica que invoquei há quinze anos significa que Harry contará com uma forte proteção enquanto puder considerar esta casa dele. Por mais infeliz que tenha sido aqui, por mais mal recebido, por mais destratado, os senhores lhe concederam pelo menos abrigo, ainda que de má vontade. A mágica cessará no momento em que Harry fizer dezessete anos; em outras palavras, no momento em que se tornar homem. Então só peço uma coisa; que os senhores deixem Harry voltar mais uma vez a esta casa, antes do seu aniversário de dezessete anos, o que garantirá que a proteção se manterá em vigor até aquela data.

Nenhum dos Dursley disse nada quando Dumbledore terminou de falar.

_Também peço que deixem que Evolet volte junto com Harry nas próximas férias, ela não faz parte da mágica que invoquei no entanto também corre perigo com a volta de Voldemort e pode usufrui da proteção de Harry enquanto permanece nessa casa. Infelizmente, a proteção não dura quando ela sai daqui. - Dumbledore me olhou como se pedindo desculpa pela minha proteção ser um pouco falha.

Dei de ombros e terminei de comer meu bolo.

Infelizmente ele não era tão bom, os de Hogwarts e de Beauxbatons eram melhores.

_Bem, está na hora de irmos andando. - disse Dumbledore arrumando sua capa de viagem. - Até a próxima - disse alegremente aos Dursley e acenou com o chapéu cônico roxo que usava.

_Titios queridos, obrigada pela estadia. - disse com sarcasmo aos Dursley mais velhos, tio Valter apertou os olhinhos com raiva do meu atrevimento - Até Dudoca. - Duda corou de vergonha pelo apelido ridículo.

_Tchau. - Harry também se despediu só que mais apressado.

Depois de nos despedirmos seguimos Dumbledore até a entrada onde estavam nossas coisas.

_Não queremos nos sobrecarregar com isso tudo. - Dumbledore disse apontando para nossa bagagem - Vou despachar suas coisas, mas, Harry, gostaria que pegasse sua Capa da Invisibilidade... Para o caso de precisar.

_Ah... Diretor? - chamei - Madame Maxime dizia que era falta de educação comer alguma coisa na frente dos outros sem oferecer, então... - estendi o pedaço de bolo no guardanapo.

Por algum motivo, na minha mente nunca que Dumbledore iria comer um bolo em um guardanapo - era muita falta de classe para ele - no entanto, mesmo sendo contra o que a minha mente dizia Dumbledore aceitou o pedaço de bolo sorrindo alegremente.

Aquele velho era esquisito.

E parecia meio bipolar.

Harry tirou a Capa do malão bagunçado e a enfiou enrolada no bolso interior do casaco que usava, era um dos novos que eu o tinha feito comprar.

Dumbledore acenou com a varinha para o meu malão e para a gaiola de Boris fazendo-os desaparecer. Repetiu o mesmo gesto com o malão de Harry e a gaiola de Edwiges.

Logo depois ele abriu a porta com outro gesto com a varinha e enquanto saiamos disse:

_E agora, vamos sair para a noite em busca dessa sedutora volúvel, a aventura.

(...)

Senti pela segunda vez na noite a sensação de aparatar.

Era horrível, Harry e eu tínhamos aparatado acompanhados por Dumbledore e, não sei para Harry, mas para mim tinha sido um horror. Parecia que eu estava sendo sufocada e ao mesmo tempo tento os meus olhos empurrados para dentro da cabeça como se quisessem que minha cabeça explodisse.

Acho que preferia voar de vassoura, de testrálio, andar de trem ou até mesmo andar a pé.

Quando voltei ao normal estávamos há algumas ruas das casas de Christian e Laurie, bem em frente a uma sorveteria da qual eu vinha quando passava as férias na casa da Laurie.

_Vamos visitar mais algum amigo seu, professor? - Harry perguntou sem saber onde estávamos.

Antes de Dumbledore nos levar para onde iriamos passar o resto das férias tínhamos passado na casa de um amigo de Dumbledore e antigo professor de Hogwarts, Horácio Slughorn, para tentar convencê-lo de voltar a dar aulas.

Dumbledore acreditava que a nossa presença iria ajuda-lo a convencer Slughorn.

E convenceu.

_Não, Harry. - explicou Dumbledore - Agora só tenho que deixa-los, você na Toca e Evolet na casa dos Fournier. Resolvi deixar Evolet primeiro.

Ouvindo Dumbledore falar me lembrei de perguntar uma coisa que tinha me deixado confusa quando recebemos a carta do diretor.

_Ah, por que vai me deixar na casa dos Fournier? - perguntei - Normalmente eu fico na casa dos Bernard com minha amiga Laurie e não com o Christian.

Começamos a andar pelas ruas desertas seguindo reto.

_Oh, sim, eu sei. - Dumbledore respondeu - Você ainda vai ficar na casa dos Bernard, no entanto a Sr.ª. Fournier se ofereceu para leva-la à casa dos Bernard na França, onde sua amiga e os pais estão agora.

_Ah... - murmurei ainda confusa - Quando falou com ela?

_Eu me esqueci de lhe contar, desculpe - pediu - Christian e a Sr.ª. Fournier agora fazem parte da Ordem da Fênix, mas eles podem te contar isso mais tarde.

Tenho certeza que se alguém pudesse ver meu rosto no escuro daria risada pela minha cara de surpresa com a notícia.

_Agora, quero falar com vocês antes de se separarem. - avisou Dumbledore - Este ano quero lhes dar aulas particulares.

_Com o senhor? - perguntou Harry surpreso.

_É, acho que está na hora de participar mais da educação de vocês.

_O que vai nos ensinar? - perguntei curiosa.

_Uma coisa aqui, outra ali. - Dumbledore respondeu vagamente.

Eu ia pedir mais detalhes, no entanto tínhamos chegado à porta da casa do Christian, todas as luzes estavam acessas.

Olhei para o outro lado da rua, onde ficava a casa da Laurie.

Tudo escuro, as cadeiras que ficavam na varanda não estavam e as plantas que a Sr.ª Bernard tinha tanto cuidado estavam secas.

A casa estava abandonada.

Arqueei a sobrancelha, confusa.

_Bem, aqui estamos, acho que estão te esperando Evolet. - Dumbledore comentou olhando as luzes acessas.

_Ok... Tchau, Harry. - Me despedi e o abracei rapidamente.

_Tchau, Eve.

_Não me chame de Eve. - mandei irritada.

Dumbledore riu discretamente com a briguinha de irmãos, Harry sorriu e não disse nada.

_Tchau, diretor - me despedi também de Dumbledore - Obrigada por ter me trazido aqui.

_Não por isso. - disse ele - Mas antes Evolet, tem mais uma coisa que eu gostaria de lhe dizer, em particular se não se importa.

Estranhei mas andei junto com Dumbledore alguns passos para longe de Harry.

_Serei breve, não posso me demorar muito mais. - disse Dumbledore - É sobre o seu relacionamento com o senhor Malfoy, eu reparei durante o ano que vocês estão bem próximos e gostaria de saber se tem certeza do que está fazendo.

_Eu e Draco estamos namorando - ergui a mão para mostrar a aliança prateada que estava no meu dedo - E sim, eu tenho certeza do que estou fazendo, Draco não é como o pai, não é um Comensal da Morte.

Abaixei a mão.

_E, me desculpe diretor, mas o senhor não tem absolutamente nada a ver com o meu relacionamento com Draco, portanto não tem que se meter nele. - conclui rude.

_Mas é claro, não estou querendo me intrometer, Evolet - explicou calmamente - Longe disso, só queria saber se tem certeza disso pois sei que o senhor Malfoy não é a melhor pessoa do mundo, mas acredito que você possa ser uma boa influência para ele.

“Só quero dizer que se realmente gosta de Draco vai precisar ter paciência com ele este ano, Evolet, paciência. É só isso.”

Franzi a testa e serrei os olhos tentando ver Dumbledore melhor no escuro.

_Não entendo onde o senhor quer chegar. - falei.

_Mas entenderá no futuro. - respondeu ele - Agora vamos, não é bom ficar aqui fora por muito tempo a essa hora da noite.

Concordei com a cabeça sabendo que não adiantava perguntar mais nada.

Me despedi outra vez de Harry e fui até a porta, bati três vezes e esperei que viessem abrir.


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Notas finais do capítulo

Gente, eu realmente não gosto de escrever quando eu tenho que pegar essas partezinhas dos livros como eu fiz nesse capítulo, fico me sentindo meio mal então desculpem por não ter colocado a parte que eles vão falar com o Sloughorn mas não acho importante o bastante e iria deixar o capítulo muito grande. Espero que entendam.
E outro recadinho que eu preciso dar, minhas aulas começam essa semana então é provável que eu demore um pouco mais para postar os próximos capítulos, já sou lerda pra escrever quando não faço nada e quando estou em época escolar sou pior ainda, sinto muito.
Espero que tenham gostado do capítulo, beijos e QUALQUER ERRO AVISEM.