Baby Avengers - Os Bebês Vingadores escrita por Epic Annah


Capítulo 5
Capítulo 5: Bebês Vingadores


Notas iniciais do capítulo

Pessoal,como podem ter percebido,estou postando semanalmente os capítulos da fic.Bom,vou continuar adotando esse método,já que segunda-feira começam minhas aulas,então não vai ter jeito.Mas eu estou bem adiantada com a história :D

Quanto à capa,comentem o que acharam!Eu não especifiquei com toodos os detalhes que eu queria no N!C,mas acho que ficou legal,né?

Aqui está o que aconteceu na manhã seguinte:



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Fui deitar pensando em bebês. Sonhei com bebês.

Já falei que amo bebês? Para mim, são as coisas mais fofas no universo – aquelas risadinhas gostosas acompanhadas de bochechinhas gordas e macias que te deixam com vontade de apertá-los até estourarem! Claro que tem toda aquela questão de cuidados com eles, das fraldas às mamadeiras, dos banhinhos às sonecas. Mas, como minha mãe diz, tudo isso vale muito a pena.

Não sei o que me deu para sonhar com bebês, tanto que ao abrir os olhos na manhã seguinte eu jurava que ainda estava sonhando com eles. Meus ouvidos captaram um choro intenso de bebê vindo do andar de baixo do apartamento. Um choro não, um aglomerado de choros.

Levantei ainda sonolenta da cama e fui verificar o que estava acontecendo. Prometi a mim mesma que tentaria me conter mais quanto a fofura de bebês, assim eu não teria mais sonhos que parecessem reais.

Chegando quase ao pé da escada, meus olhos venceram a areia que pesava nas pálpebras e quase saltaram para fora ao ver o que estava acontecendo: assim como no sonho que tive, haviam bebês na sala de estar! Mas não era uma daquelas visões fofas que se tem, por exemplo, de um berçário, mas sim um mini caos. Sofás desalinhados e com as almofadas espalhadas, poltronas derrubadas... até a mesa de centro!

Eu me pergunto se houve uma Terceira Guerra Mundial por aqui, pois seria impossível aqueles bebês terem feito tudo aquilo. Fui até o local onde estavam. Eles vestiam uniformes de super heroi, os mesmos dos Vingadores. Isso me assombrou com um pensamento:

Seriam eles mesmo?

Senti a barra da minha calça ser puxada levemente. Virei-me para ver o quê ou quem o fazia e lá estava um bebê de cabelos levemente espetados me olhando com olhinhos castanhos suplicantes. Eu reconheci aqueles olhos, e levei um susto ao perceber que ele usava uma camiseta do Black Sabbath.

– Tio Stark! – exclamei desesperada, me ajoelhando ao seu lado. Sem dúvidas era ele.

Ao contrário dos outros, ele não chorava. Parecia estar mais sob controle de suas ações e ter consciência da situação em si. Ele tentou me dizer alguma coisa, mas só conseguia balbuciar sílabas sem conexão ou sentido. Como ele poderia me dizer o que havia acontecido se nem ao menos podia se comunicar direito?

– Ai, o que eu faço agora? – perguntei, mais para mim mesma, pois nenhum deles poderia me responder. – Vocês não podem ficar assim! Não com a Iniciativa Vingadores na ativa!

Olhei ao meu redor. Thor brincava com as almofadas espalhadas pelo chão, girando-as no ar como se pesassem pouco menos que uma pena; Bruce mechia nos óculos como se fossem aqueles chocalhos de brinquedo e o único choro, no momento, havia se reduzido a um choramingo do Steve.

Clint e Natasha estavam brigando pela posse de algo – um castiçal de vidro. Desesperada e com medo de que eles o quebrassem e se machucassem, corri o mais rápido que pude para tirá-lo de suas mãos. Natasha bufou e Clint pôs-se a choramingar e brigar com ela, enquanto eu ia em direção ao bar que ficava do outro lado da sala. Lá eu tinha certeza de que ninguém o pegaria.

Se tudo continuasse nesse ritmo, eu não sei o que seria de mim ou do apartamento. E o que diria ao Fury?

Srta. Hop – ouvi a voz de J.A.R.V.I.S. – ,acho que você deve dar uma olhada nisso aqui.

Na telona onde ocorrera a vídeo transmissão do Fury ontem à tarde, uma imagem de um dos andares de pesquisa apareceu, adornada por outros visores menores, mostrando diversos ângulos de câmera. A imagem principal mostrava uma pessoa pequena se debatendo contra as paredes de uma cela de vidro. Cheguei mais perto da tela e notei que o sujeito não era uma “pessoa pequena”.

Era um bebê.

~POV de Loki

Esta manhã aconteceu a coisa mais estranha que eu poderia imaginar.

Depois do tremor repentino e da luz forte não me lembro de mais nada, devia ter desmaiado. Acordei me sentindo pequeno e levemente frágil, mas não com falta de poderes. Deitado no chão da cela, tudo parecia enorme para mim.

Levantei-me com dificuldade, mas consegui ficar em pé. Ainda estva algemado e a sala onde estava permanecia vazia e calma. Qualquer que fosse o motivo daquele tremor, não pareceu ter sido tão trágico a ponto de arruinar o local. Notei que o painel que mantinha a porta da cela trancada localizava-se mais alto do que no dia ateriror... assim como o teto.

Ponderei por alguns instantes sobre o que poderia ter causado isso, quando meu reflexo em umas das paredes de vidro me chamou a atenção: eu não via mais o deus alto e esbelto que eu costumava ser até algumas horas atrás, mas sim uma miniatura dele. Não devia ter nem meio metro de altura, minhas feições eram infinitas vezes mais infantis e meus membros haviam encurtado... exatamente do jeito de quando eu era um bebê!

Não, isso não podia estar acontecendo. Ninguém pode voltar a ser tão jovem assim da noite para o dia! Nós deuses temos nossa juventude graças às maçãs de Iduna, mas nunca antes seu efeito foi tão forte a ponto de um deus regressar à uma forma tão jovial. Isso só pode ter sido causado por outra coisa...

Um desespero enorme tomou conta de mim, sem nenhum motivo aparente. Se não me engano, era o mesmo sentimento que tinha quando ficava sozinho em meu berço, em Asgard, sem ninguém para me ajudar. Involuntariamente, meus olhos começaram a marear e olhei em volta na falsa esperança de encontrar alguém. Eu sentia que deveria sair dali o quanto antes.

Sem parar para raciocinar, comecei a me debater contra a parede de vidro. Não sei o que me deu na cabeça – se pensei que aquele era o melhor jeito de tentar escapar, quebrando o vidro, ou se havia ficado louco. Meu corpo doía com o impacto, mas mesmo assim eu continuava a fazê-lo.

De repente, ouvi uma voz na sala:

– Ei, pare com isso!

Impactei-me pela última vez contra a parede antes de poder olhar para a porta da cela: lá estava em pé uma garota - talvez nos seus 15 anos, mas sua aparência sugeria menos – que me olhava preocupada e ao mesmo tempo firme.

– Não há como escapar daí, essa cela foi projetada para aguentar o Hulk.

Hulk? Ouvi aquele homem de tapa-olho mencioná-lo enquanto me traziam para este lugar. Ela se ajoelhou em frente à porta e eu me aproximei, hesitante.

– Você é o Loki, não é? – ela perguntou, calma e cautelosa. Tentei reponder-lhe, mas apenas consegui balbuciar algumas sílabas sem sentido. Não consigo falar!

– Vou tomá-lo como um sim – disse,franzindo o cenho. Olhou o chão com um ar de incerteza e, coçando a cabeça, tornou a falar: - Essa forma é bem estranha para você, não é?

Assenti com a cabeça, não estava em condições de estragar sua tentativa de dialogar comigo. E sim, eu não me acostumara ainda com minha nova forma.

– Que droga... – após uma pausa, pôs-se a se apresentar - Eu sou Anne, sobrinha do Stark! Bem, não de verdade, ele é só o meu tio de coração. Olha, sei que pode parecer estranho, mas você não está sozinho nessa, os Vingadores também viraram bebês.

Bebês, os Vingadores?

– É... Pela sua cara, você deve ser o vilão – ela me olhou mais de perto e pude notar que seus olhos eram lilases. – Bom, agora que ambos os lados da história estão quites, seria melhor que dessem um tempo, não acha?

Essa garota, Anne, falava como se quisesse me ajudar. Mas por quê? Se ela diz ser sobrinha do Homem de Ferro, provavelmente soube de meus planos para com Midgard e o Tesseract. Acabara de dizer que eu era o vilão!

Entretanto, havia algo em seu semblante que me dava tranquilidade. Assim... assim como o de Frigga.

Anne levantou-se e digitou alguns números no painel ao lado da porta, abrindo-a. Me surpreendi com um pensamento que me veio em mente: ela iria de fato me ajudar. Não com meus planos originais, presumo, mas a retornar à minha forma original. Ao agachar-se novamente, pegou uma espécie de chave e destrancou minhas algemas.

Com cuidado – talvez medo de me machucar – ,ela me pegou no colo enquanto saíamos da sala. Há anos ninguém me carregava assim, a sensação de proteção me tranquilizou consideravelmente.

Vi que ela tirou um aparelho do bolso e levou-o ao ouvido, após tocar algumas vezes a tela.

– Darcy, preciso de reforços. Agora!


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Notas finais do capítulo

Será que teremos mais personagens na história?Descubram isso na próxima sexta!

Maçãs de Iduna: na mitologia nórdica,elas eram as responsáveis pela juventude e longevidade dos deuses.Informação pega de GabiLuz na fic Dentro de um filme.