Harry Potter - A História de Ellie escrita por Bia


Capítulo 20
Terceiro Ano em Hogwarts


Notas iniciais do capítulo

Textos em negrito são do livro.
Enjoy xx



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–Como vai Harry? – Ellie entrou acompanhada de Wood na enfermaria, ela estava sorridente, mas Wood andava emburrado.

–Horrível – Harry disse sem animo.

–Mas você melhorou não melhorou?

–Ah bem um pouco, está sendo difícil de esquecer – Wood deu uma tremida e Ellie apenas revirou os olhos – mas você está melhor? Fiquei sabendo de Draco.

–Ah aquilo, já passou – Wood se mexia inquieto – já esqueci.

–Mas não devia – Wood finalmente falou – O Malfoy não presta Ell.

–Wood tem razão – Harry odiou ter que concorda com ele – Draco já tivera chamado Hermione ano passado assim.

–Sabe qual é o problema, vocês se importam muito com o Draco, ele é um idiota concordo, mas vocês acabam sendo idiotas com ele, quando aceitam suas provocações, façam que nem eu apenas ria delas, você vão ver como é engraçado apreciar Draco, ele não é tão mal assim, só se sente menor ao seu lado Harry.

–As vezes não dá Ell – Wood pegou em sua mão entrelaçando-as – não permito que ele te chame assim.

–Não, é que vocês adoram se meter em briga – Ellie disse por fim, pondo um ponto final na conversa – Harry você já foi liberado, é por isso que viemos, madame Pomfrey pediu para que eu viesse avisar, ela está tendo problemas com o professor Lupin, hoje é dia de passeio em Hogsmead.

–E oque adianta? Não posso ir mesmo – Harry se sentou – oque aconteceu com o professor Lupin?

–Não sei dizer – Mas estava na cara que sabia – bem eu e Wood vamos indo – Wood deu um último aceno para Harry – Ei Harry só tente ficar invisível.

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–Agora voce – Wood disse sorrindo acariciando o rosto de Ellie – já gostou de outra pessoa além de mim?

–Ei! Isso não vale, eu só perguntei coisas bobas, como, qual é a sua cor favorita, ou qual é o seu seriado favorito!

–Responde!

–Não gostei de ninguém além de você Olívio – Ellie encarou-o apaixonada, mas ele não parecia satisfeito.

–Nem do Jorge Weasley? – Ele ergueu uma sobrancelha.

–De onde você tirou isso?

–É que vocês não se desgrudam.

–Somos amigos.

–Ás vezes a amizade pode se transformar em outra coisa.

–Para Wood, estou achando que é você que está apaixonado por Jorge.

–Ok, e Harry?

–Que Harry?

–Harry da banquinha de sapos de chocolate! Harry Potter ora bolas!

Ellie caiu na gargalhada até Wood riu junto.

–Me pergunto de novo de onde você tirou isso?

–Ellie, eu reparo nos garotos te encarando.

–Que nem a Angelina te encara?

–Exato.

–Então você admite que ela dê em cima de você?

–Não disse isso, enfim – ele deu um selinho em Ellie – como vai com o seu pai?

–Vai nada – Ellie se mexeu inquieta no abraço de Wood – Não sei nada, não sei onde ele está, Harry não é burro daqui a pouco descobre.

–Ok vamos mudar de assunto? Já sei quero tomar cerveja amanteigada você vem?

–Claro – Ellie sorriu bobo.

Wood a puxou mais para perto, eles começaram a se beijar, dessa vez com mais desespero, sem perceber Ellie estava com uma perna em cima de Wood que apertava sua cintura e Ellie segurava em seus ombros, estava tudo perfeito, nem a falta de ar parecia atrapalha-los, até que Ellie sentiu um empurrão em seu quadril e foi encontro do chão junto com Wood, que caiu ao seu lado.

–Oque foi isso? – Wood perguntou ofegante.

–Acho que Fred.

–Talvez eu tenha errado o gêmeo então – ele se deitou com as mãos no peito – Ellie foi mal por isso.

–Não foi você que me empurrou foi?

–Estou falando antes disso – Ellie corou violentamente – estamos indo rápido demais, é que eu fico louco ao seu lado, às vezes perco o controle, desculpa tenho que me controlar.

–Está tudo bem – Ellie disse ainda respirando pesado.

–Bem Sunshine você aceita a companhia desse humilde goleiro para tomar um pouco de cerveja amanteigada?

–Humilde goleiro?

–Namorado? – Ellie se sentou rapidamente.

–Não recebi nenhum pedido de namoro.

–Pois bem, Ellie Helen Avery aceita namorar comigo?

–Aceito – Ellie sorriu bobamente.

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–HÁ! Agora quem está sujo – Ellie caiu na gargalhada.

–Isso não vale, você me sujou inteiro.

–Mione!

–Alô Ell – Hermione se aproximou junto a Rony, que aparentemente conversava sozinho.

–Estão indo aos três vassouras? – perguntou Wood, enquanto se limpava.

–Estamos.

–Desculpa Hermione, mas Rony está falando com quem?

–Com ninguém Wood – Ellie limpou as bochechas dele – está pensando num jeito de se declarar para Hermione.

–Finalmente – brincou Wood, deixando Hermione vermelha.

–Para Ell! – os três riram – vamos Ronald!

#

A sala estava cheíssima, barulhenta, quente e enfumaçada.
Uma mulher tipo violão, com um rosto bonito, estava servindo um grupo de bruxos desordeiros no bar.
— Aquela é a Madame Rosmerta — disse Rony. — Vou pegar as bebidas, está bem? — acrescentou, corando ligeiramente.
Harry e Hermione foram até o fundo do salão, onde havia uma mesinha desocupada entre uma janela e uma bela árvore de Natal próxima à lareira. Rony voltou em cinco minutos, trazendo três canecas espumantes de cerveja amanteigada.
— Feliz Natal! — desejou ele alegremente, erguendo a caneca.
Harry bebeu com gosto. Era a coisa mais deliciosa que já provara e parecia aquecer cada pedacinho dele, de dentro para fora.
Uma brisa repentina despenteou seus cabelos. A porta do Três Vassouras tornou a se abrir. Harry olhou por cima da borda da caneca e se engasgou.
Os professores McGonagall e Flitwick tinham acabado de entrar no bar em meio a uma rajada de flocos de neve, seguidos de perto por Hagrid, que vinha absorto em uma conversa com um homem corpulento de chapéu-coco verde-limão e uma capa de risca de giz — Cornélio Fudge, Ministro da Magia.
Numa fração de segundo, Rony e Hermione, ao mesmo tempo, tinham posto as mãos na cabeça de Harry e feito o amigo escorregar do banquinho para baixo da mesa.
Pingando cerveja amanteigada e se encolhendo para sumir de vista, Harry, agarrado à caneca, espiou os pés dos professores e de Fudge caminharem até o bar, pararem e, em seguida, darem meia-volta e se dirigirem para onde ele estava.
Em algum lugar acima de sua cabeça, Hermione sussurrou:
Mobiliarbus!
A árvore de Natal ao lado da mesa se ergueu alguns centímetros do chão, flutuou de lado e desceu com um baque suave bem diante da mesa dos garotos, escondendo-os dos professores. Espiando por entre os ramos mais baixos e densos, Harry viu quatro conjuntos de pés de cadeira se afastarem da mesa bem ao lado, depois ouviu os resmungos e suspiros dos professores e do ministro ao se sentarem.
Em seguida, ele viu mais um par de pés, usando saltos altos, turquesa, cintilantes, e ouviu uma voz de mulher.
— Uma água de Gilly pequena...
— É minha — disse a voz da Profª. Minerva.
— A jarra de quentão...
— Obrigado — disse Hagrid.
— Soda com xarope de cereja, gelo e guarda-sol...
— Hummm! — exclamou o Profº. Flitwick estalando os lábios.
— Para o senhor é o rum de groselha, ministro.
— Obrigado, Rosmerta, querida — disse a voz de Fudge. — É um prazer revê-la, devo dizer. Não quer nos acompanhar? Venha se sentar conosco...
— Bem, muito obrigada, ministro.
Harry acompanhou os saltos cintilantes se afastarem e retornarem.
Seu coração batia incomodamente na garganta. Por que não lhe ocorrera que este era o último fim de semana do trimestre também para os professores? E quanto tempo eles ficariam sentados ali? Ele precisava de tempo para voltar discretamente à Dedosdemel, se quisesse estar na escola ainda aquela noite... A perna de Hermione deu uma tremida nervosa perto dele.
— Então, o que é que o traz a esse fim de mundo, ministro? — perguntou a voz de Madame Rosmerta.
Harry viu a parte de baixo do corpo de Fudge se virar na cadeira, como se verificasse se havia alguém escutando. Depois respondeu em voz baixa:
— Quem mais se não Sirius Black? Imagino que você deve ter sabido o que houve em Hogwarts no Dia das Bruxas?
— Para falar a verdade, ouvi um boato — admitiu Madame Rosmerta.
— Você contou ao bar inteiro, Hagrid? — perguntou a Profª. Minerva, exasperada.
— O senhor acha que Black continua por aqui, ministro? — perguntou Madame Rosmerta.
— Tenho certeza — respondeu Fudge laconicamente.
— O senhor sabe que os dementadores já revistaram o meu bar duas vezes? — falou Madame Rosmerta, com uma ligeira irritação na voz. — Espantaram todos os meus fregueses... Isto é muito ruim para o comércio, ministro.
— Rosmerta, querida, gosto tanto deles quanto você — disse Fudge, constrangido. — É uma precaução necessária... Infelizmente, mas veja só... Acabei de encontrar alguns. Estão furiosos com Dumbledore porque ele não os deixa entrar nos terrenos da escola.
— É claro que não — disse a Profª. Minerva, rispidamente. — Como é que vamos ensinar com aqueles horrores por todo o lado?
— Apoiado, apoiado! — exclamou o Profº. Flitwick com voz esganiçada, os pés balançando a um palmo do chão.
— Mesmo assim — disse Fudge em tom de dúvida —, eles estão aqui para proteger vocês todos de coisa muito pior... Nós todos sabemos o que Black é capaz de fazer...
— Sabem, eu ainda acho difícil acreditar — disse Madame Rosmerta pensativamente. — De todas as pessoas que passaram para o lado das trevas, Sirius Black é o último em que eu pensaria... Quero dizer, eu me lembro dele quando era garoto em Hogwarts. Se alguém tivesse me dito, então, no que ele iria se transformar, eu teria respondido que a pessoa tinha bebido quentão demais. *E tem a sua filha, duvido que ele faça algum mal á Hogwarts com ela por perto, como ela chama mesmo?

– Ellie – disse Minerva num tom de desânimo – uma menina brilhante, está sofrendo muito com tudo isso.

Harry, estava tremendo, e Hermione deixou escapar um OH, Rony ainda não parecia acreditar.

–Pobrezinha, filha de uma trouxa não? Sirius sempre foi malandro, mas possuía um ótimo coração, não creio que ele tenha feito tantas coisas ruins assim.
— Você não conhece nem metade do que ele fez Rosmerta — disse Fudge com impaciência. — A maioria nem sabe o pior.
— Pior? — exclamou Madame Rosmerta, a voz animada de curiosidade. — O senhor quer dizer pior do que matar todos aqueles coitados?
— Isso mesmo.
— Não posso acreditar. Que poderia ser pior?
— Você diz que se lembra dele em Hogwarts, Rosmerta — murmurou a Profª. Minerva. — Você se lembra quem era o melhor amigo dele?
— Claro — disse Madame Rosmerta, com uma risadinha. — Nunca se via um sem o outro, não é mesmo? O número de vezes que os dois estiveram aqui, ah, me faziam rir o tempo todo. Uma dupla incrível, Sirius Black e Tiago Potter!
Harry deixou cair a caneca com estrépito. Rony deu-lhe um pontapé.
— Exatamente — disse a Profª. Minerva. — Black e Potter líderes de uma turminha. Os dois muito inteligentes, é claro, na verdade excepcionalmente inteligentes, mas acho que nunca tivemos uma dupla de criadores de confusões igual...
— Não sei — disse Hagrid, dando uma risadinha. — Fred e Jorge Weasley seriam páreo duro para os dois.
— Poder-se-ia até pensar que Black e Potter eram irmãos!
O Profº. Flitwick entrou na conversa.
— Inseparáveis!
— Claro que eram — comentou Fudge. — Potter confiava mais em Black do que em qualquer outro amigo. Nada mudou quando os dois terminaram a escola. Black foi o padrinho quando Tiago se casou com Lílian. Depois, eles o escolheram para padrinho de Harry.* E Tiago de Ellie. O garoto nem tem idéia disso, é claro. Vocês podem imaginar como isto o atormentaria.
— Por que Black acabou se aliando a Você-Sabe-Quem? — cochichou Madame Rosmerta.
— Foi muito pior do que isso, minha querida... — Fudge baixou a voz e continuou numa espécie de sussurro grave. — Muita gente desconhece que os Potter sabiam que Você-Sabe-Quem queria pegá-los. Dumbledore, que naturalmente trabalhava sem descanso contra Você-Sabe-Quem, tinha um bom número de espiões úteis. Um deles avisou-o e ele, na mesma hora, alertou Tiago e Lílian, Dumbledore aconselhou os dois a se esconderem. Bem, é claro que não era fácil alguém se esconder de Você-Sabe-Quem.
Dumbledore sugeriu aos dois que teriam maiores chances de escapar se apelassem para o Feitiço Fidelius.
— Como é que é isso? — perguntou Madame Rosmerta, ofegando de interesse, O Profº. Flitwick pigarreou.
— Um feitiço extremamente complexo — explicou com a sua vozinha fina —, que implica esconder o segredo, por meio da magia, em uma única pessoa viva. A informação é guardada no íntimo da pessoa escolhida, ou fiel do segredo, e torna-se impossível encontrá-la, a não ser, é claro, que o fiel do segredo resolva contar a alguém. Enquanto ele se mantiver calado, Você-Sabe-Quem poderia revistar o povoado em que Lílian e Tiago viviam durante anos sem jamais encontrá-los, mesmo que ficasse com o nariz grudado na janela da sala deles!
— Então Black era o fiel do segredo dos Potter? — sussurrou Madame Rosmerta.
— Naturalmente — respondeu a Profª. Minerva. — Tiago Potter contou a Dumbledore que Black preferiria morrer a contar onde eles estavam, que Black estava pensando em se esconder também... Mesmo assim, Dumbledore continuou preocupado. Eu me lembro que ele próprio se ofereceu para ser o fiel do segredo dos Potter.
— Ele suspeitava de Black? — exclamou Madame Rosmerta.
— Ele tinha certeza de que alguém intimo dos Potter tinha mantido Você-Sabe-Quem informado dos movimentos do casal — respondeu a Profª. Minerva sombriamente.
— De fato, ele vinha suspeitando havia algum tempo de que alguém do nosso lado virara traidor e estava passando muita informação para Você-Sabe-Quem.
— Mas Tiago Potter insistiu em usar Black?
— Insistiu — disse Fudge com a voz carregada. — E então, pouco mais de uma semana depois de terem realizado o Feitiço Fidelius...
— Black traiu os Potter? — murmurou Madame Rosmerta.
— Traiu. Black estava cansado do papel de agente duplo, estava pronto a declarar abertamente o seu apoio a Você-Sabe-Quem, e parece que planejou fazer isso assim que os Potter morressem. Mas, como todos sabem,
Você-Sabe-Quem encontrou sua perdição no pequeno Harry Potter. Despojado de poderes, extremamente enfraquecido, ele fugiu. E isto deixou Black numa posição realmente muito difícil. Seu mestre caíra no exato momento em que ele, Black, mostrara quem de fato era, um traidor. Não teve outra escolha senão fugir...
— Vira-casaca imundo e podre! — exclamou Hagrid tão alto que metade do bar se calou.
— Psiu! — fez a Profª. Minerva.
— Eu o encontrei! — rosnou Hagrid, — Devo ter sido a última pessoa que viu Black antes de ele matar toda aquela gente! Fui eu que salvei Harry da casa de Lílian e Tiago depois que o casal morreu! Tirei o garoto das ruínas, coitadinho, com um grande corte na testa, e os pais mortos... E Sirius Black aparece naquela moto voadora que ele costumava usar. Nunca me ocorreu o que ele estava fazendo ali. Eu não sabia que ele era o fiel do segredo de Lílian e Tiago. Pensei que tivesse acabado de saber da notícia do ataque de Você-Sabe-Quem e vindo ver o que era possível fazer. Estava tremendo, branco. E vocês sabem o que eu fiz? EU CONSOLEI O TRAIDOR ASSASSINO! — bradou Hagrid.
— Hagrid, por favor! — pediu a Profª. Minerva. — Fale baixo!
— Como é que eu ia saber que ele não estava abalado com a morte de Lílian e Tiago? Que estava preocupado era com Você-Sabe-Quem!
Então ele disse:
— "Me dá o Harry, Hagrid. Sou o padrinho dele, vou cuidar dele”... Ah! Mas eu tinha recebido ordens de Dumbledore, e disse não, Dumbledore tinha me mandado levar Harry para a casa dos tios. Black discordou, mas no fim cedeu. Me disse, então, que eu podia pegar a moto dele para levar Harry. "Não vou precisar mais dela", falou. Eu devia ter percebido, naquela hora, que alguma coisa não estava cheirando bem. Black adorava a moto. Por que estava dando ela para mim? Por que não ia precisar mais da moto? A questão é que a moto era muito fácil de localizar. Dumbledore sabia que ele tinha sido o fiel do segredo dos Potter. Black sabia que ia ter que se mandar àquela noite, sabia que era uma questão de horas até o Ministério sair à procura dele. Mas e se eu tivesse entregado Harry a Black, hein? Aposto como ele teria jogado o garoto no mar no meio do caminho. O filho dos melhores amigos dele! Mas quando um bruxo se alia ao lado das trevas, não tem mais nada nem ninguém que tenha importância para ele...
A história de Hagrid seguiu-se um longo silêncio. Então, Madame Rosmerta falou com uma certa satisfação.

– Mas ele não teve nenhuma compaixão? Ele tinha uma filha para criar! E a mãe dessa menina como ficou?

–Estava muito doente, tinha câncer, só piorou depois do ocorrido de Black, morreu depois de alguns meses, a menina nem imagina o pai que tem, é extremamente inteligente, uma ótima garota – contou Flitwick – está sendo criada pela avó desde então.

–Sirius a amava – Minerva disse cabisbaixa – dava para ver em seus olhos, ele sofreu tanto ao se separar da menina! Queria um último adeus, deixou um colar com ela, a forma de seu animago.

–Que aliás Ellie tem uma forma parecida não é mesmo? Um cachorro grande branco? Não é Minerva? – disse Hagrid animado.

–Sim Hagrid, foi difícil esconder isso dela, afinal não tem como alguém virar animago do nada, herdou do pai.

–Do pai que tentou desaparecer logo depois dos ocorridos! – esbravejou Fudje.
— Mas ele não conseguiu desaparecer, não foi? O Ministério da Magia o agarrou no dia seguinte!
— Ah, se ao menos isso fosse verdade — lamentou Fudge com amargura. — Não fomos nós que o encontramos. Foi o pequeno Pedro Pettigrew, outro amigo dos Potter. Com certeza, enlouquecido de pesar e sabendo que Black fora o fiel do segredo dos Potter, Pedro foi pessoalmente atrás dele.
— Pettigrew... Aquele gordinho que sempre andava atrás dos dois em Hogwarts? — perguntou Madame Rosmerta.
— Ele venerava Black e Potter como se fossem heróis — disse a Profª. Minerva. — Não estava bem à altura deles em termos de talento. Muitas vezes fui severa demais com ele. Podem imaginar agora como me... Como me arrependo disso... — Sua voz parecia a de alguém que apanhara de repente um resfriado.
— Vamos, Minerva — consolou-a Fudge, com bondade. — Pettigrew teve uma morte de herói. Testemunhas oculares, trouxas, é claro, depois limpamos a memória deles, nos contaram como Pettigrew encurralou Black. Dizem que ele soluçava: "Lílian e Tiago, Sirius! Como é que você pôde?" Então fez menção de apanhar a varinha. Bem, naturalmente, Black foi mais rápido. Fez Pettigrew em pedacinhos...
A Profª. Minerva assoou o nariz e disse com a voz embargada:
— Menino burro... Menino tolo... Nunca teve jeito para duelar... Deveria ter deixado isso para o ministério...
— E vou dizer uma coisa, se eu tivesse chegado ao Black antes de Pettigrew, não teria apelado para varinhas, eu teria despedaçado ele aos bocadinhos — rosnou Hagrid.
— Você não sabe o que está dizendo, Hagrid — disse Fudge com severidade. — Ninguém, a não ser bruxos de elite do Esquadrão de Execução das Leis da Magia, teria tido uma chance contra Black depois que ele foi encurralado. Na época, eu era ministro júnior no Departamento de Catástrofes Mágicas, e fui um dos primeiros a chegar à cena depois que Black liquidou aquelas pessoas, nunca vou me esquecer. Ainda sonho com o que vi, às vezes. Uma cratera no meio da rua, tão funda que rachou a tubulação de esgoto embaixo. Cadáveres por toda a parte. Trouxas berrando. E Black parado ali, dando gargalhadas, diante do que restava de Pettigrew... Um monte de vestes ensangüentadas e uns poucos, uns poucos fragmentos...
A voz de Fudge parou abruptamente. Ouviu-se o barulho de cinco narizes sendo assoados.
— Bem, aí tem você, Rosmerta — disse Fudge com a voz carregada. — Black foi levado por vinte policiais do Esquadrão de Execução das Leis da Magia e Pettigrew recebeu a Ordem de Merlim, Primeira Classe, o que acho que foi algum consolo para a coitada da mãe dele. Black tem estado preso em Azkaban desde então.
Madame Rosmerta deu um longo suspiro.
— É verdade que ele é doido, ministro?
— Eu gostaria de poder dizer que é — disse Fudge lentamente. — Acredito que é certo que a derrota do mestre o desequilibrou por algum tempo. O assassinato de Pettigrew e de todos aqueles trouxas foi trabalho de um homem desesperado e acuado, cruel... Sem sentido. Mas eu encontrei Black na última inspeção que fiz à Azkaban. Vocês sabem que a maioria dos prisioneiros lá ficam sentados no escuro resmungando; não dizem coisa com coisa... Mas fiquei chocado com a aparência normal de Black. Conversou comigo muito racionalmente. Perguntou a respeito de sua filha. Me deixou nervoso. Deu a impressão de estar meramente entediado, perguntou se eu já tinha acabado de ler o meu jornal, com toda a tranqüilidade, disse que sentia falta das palavras cruzadas. Fiquei realmente espantado de ver o pouco efeito que os dementadores estavam causando nele, e, vejam, ele era um dos prisioneiros mais fortemente guardados do lugar. Dementadores à porta da cela dia e noite.
— Mas para que o senhor acha que ele fugiu? — perguntou Madame Rosmerta. — Por Deus, ministro, ele não está tentando se juntar a Você-Sabe-Quem, está?
— Eu diria que esse é o plano dele, hum, a longo prazo — disse Fudge evasivamente. — Mas temos esperança de pegar Black bem antes disso. Devo dizer que Você-Sabe-Quem sozinho e sem amigos é uma coisa... Mas se tiver de volta o seu serviçal mais dedicado, estremeço só em pensar na rapidez com que se reergueria...

–Por falar na garota, eu a vi aqui, pensei que tivessem fazendo segurança sobre ela Minerva. É perigoso pra ela andar assim desacompanhada – continuou Fudge

–Ela não está desacompanha ministro eu a vi com o namorado – disse Madame Rosmerta.

–Olivio Wood, um ótimo rapaz – disse Hagrid – é impressionante como ela lembra o pai, digo não na aparência com exceção de seu nariz, mas sim na personalidade, idêntica ao pai, brilhante, personalidade forte, e muito charmosa.

–Tem um sorriso contagiante igual á Black - disse Minerva.

–E atrai a atenção do sexo oposto que nem ele fazia, os gêmeos Weasley, Harry Potter – Harry se mexeu inquieto e sentiu o olhar de Hermione cair sobre ele – até o garoto Malfoy.

–Oh – riu Fudge – aposto que Lucio não sabe disso!

Ambos riram.


Ouviu-se um leve tilintar de copo em madeira. Alguém pousara o copo.
— Sabe, Cornélio, se você vai jantar com o diretor, é melhor voltarmos para o castelo — sugeriu a Profª. Minerva.
Um por um, os pares de pés à frente de Harry retomaram o peso dos seus donos; barras de capas rodopiaram no ar e os saltos cintilantes de Madame Rosmerta desapareceram atrás do balcão do bar. A porta do Três Vassouras tornou a se abrir, deixando entrar mais uma rajada de flocos de neve e os professores desapareceram.
— Harry?
Os rostos de Rony e Hermione surgiram embaixo da mesa. Os dois o encararam, sem encontrar palavras para falar.

Estava tudo perfeito, à tarde com Wood tinha sido a melhor de sua vida, estavam caminhando de mãos entrelaçadas de volta ao castelo, quando ouviram berros perto da casa dos gritos, Ellie deu um pulo e Wood também assustou, ele apertou a sua mão e a puxou em direção onde tinham ouvido os berros.

Encontraram Harry choramingando sentado em um pedra, Hermione ajoelhada ao seu lado falando palavras de conforto, e Rony pálido um pouco mais distancia, ao verem, Harry os olhou com raiva, Hermione gaguejou um “ah não” e Rony se tornou mais pálido ainda.

–Pensei que não pudesse vir para Hogsmead Harry – Wood disse como se não tivesse percebido a tensão no local.

–Oque aconteceu Mione? –Ellie soltou sua mão de Wood e caminhou em direção a garota, que levantou fazendo não com a cabeça.

–Oque aconteceu Ellie? – Harry tinha raivas nos olhos vermelhos por conta do choro – Aconteceu que seu pai é um assassino! E por culpa dele MEUS PAIS ESTÃO MORTOS!

–Harry – foi à vez de Ellie cair no choro – eu não sabia disso até o começo do ano...

–Então você sabia disso? – ele começou a se aproximar de Ellie – e tem mantido segredo em relação a isso! Sinceramente Ellie!

–Eu não tenho culpa! Harry você não ideia de como eu me senti quando eu descobri isso, meu pai é um monstro eu sei disso – ela fungou tentando limpar as lagrimas que rolavam de seus olhos – se eu pudesse eu teria te contado, mas o senhor Weasley, Minerva e Dumbledore me fizeram prometer! Harry eu sinto muito, muito mesmo...

–Ah voce sente? – Harry berrou, e Ellie começou a chorar mais ainda.

–Ei! – disse Wood se metendo entre os dois – ela não tem culpa.

–Harry, você ouviu oque todos lá falaram, Ellie é tão vitima quanto você – Hermione tentava mostrar tranquilidade, mas também havia lagrimas em seus olhos, ela olhou desesperada para Rony pedindo socorro, que ainda estava estático – temos que voltar para Hogwarts.

Ellie ainda olhava suplicante para Harry, que apenas deu as costas.


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Notas finais do capítulo

Quero pedir novamente desculpas pelo capitulo gigante, e pela grande parte do livro nele, é muito necessário.
Quero novamente pedir que continuem a mandar reviews, porque eu estou sendo boazinha, e postando uma vez por semana, mas se eu não tiver o apoio necessário não irei continuar a postar com essa frequência.
Até o proximo



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