O Inevitável escrita por Sabrina


Capítulo 2
Novo Rumo


Notas iniciais do capítulo

Espero que gostem e por favor comentem se possivel :(



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Conversa iniciada - Domingo

12/1/2014 21:40

Sabrina Fontão

Novo Rumo Em menos de um segundo eu estava de pé na porta da sala.

– Jessi! - Minha irmã, agora, gemia de dor. Eu olhei em sua barriga e notei uma flecha. Uma flecha? Ela estava encostada no sofá e olhava para a porta.

– Sha! - O desespero tomou conta de mim, minha irmã estava sangrando. Logo em seguida veio a raiva e então notei que a porta estava aberta. - O que aconteceu?

– Não sei... - Senti que seu pulso estava fraco e por mais que eu estivesse com raiva precisava cuidar dela.

– Vem aqui! - Peguei-a no colo e a pus em cima do sofá, seu rosto estava pálido, ela estava perdendo muito sangue. Não pensei duas vezes e então mordi meu pulso e coloquei-o em sua boca. Enquanto ela tentava falar algo eu arranquei a flecha de sua barriga e ela gritou de dor.

– Jessi, não! - Natasha não gostava de sangue de vampiro em suas veias, por mais que a coisa toda estivesse fatal ela preferia morrer. Mesmo contra a sua vontade fiz ela tomar do meu sangue.

Ela estava meio inconsciente e então vi que era o suficiente, ela só precisava descansar. Me levantei e tranquei a porta novamente, percebi que naquela noite eu não iria poder descansar então tive de passar a noite sentada na poltrona observando para ver se algo aconteceria.

...

Dez horas da manhã e Natasha continuava capotada no sofá. Eu estava em estado de alerta enquanto segurava a flecha com a letra "I" gravada em sua madeira. Não queria arrumar problemas para a minha irmã - ela deveria estar na faculdade, e não detendo vampiros descontrolados - cheguei a conclusão que aquilo deveria parar. Mas mesmo assim ainda indagava sobre a flecha: com certeza foi um humano, mas quem seria?

Meus inimigos tecnicamente estavam todos mortos e bom... Ja fazia uns quatro anos que eu não me relacionava com alguém, a um ano atrás meu objetivo era encontrar o meu irmão, mas vendo que ele não voltaria decidi deter alguns vampiros descontrolados pelas cidades que eu passava.

Mas a verdade era que em três anos eu estava arrastando a minha irmã e não deixando-a viver. Não é porque ele era uma bruxa que eu deveria tirar as coisas dela, afinal, antes de ser transformada eu também era uma bruxa. Mas existe também um equilibrio para o sobrenatural: não pode-se ser duas coisas ao mesmo tempo, a menos que você fosse um hibrido, coisa muito rara hoje em dia. Encontravam-se apenas alguns hibridos em cada continente, na faixa de dez ou quinze por grupo.

– Jessi? - Minha irmã murmurou e eu a fitei, me levantei e ajoelhei ao seu lado.

– Bom dia Cinderela! - Sorri e ela abriu os olhos.

– Me sinto um pouco tonta... - Disse ela enquanto rodopiava seus olhos pela sala.

– Efeitos colaterais, daqui quinze minutos você vai estar normal! - Sorri acariciando seu cabelo loiro avermelhado.

– Vamos para a casa? - Disse ela sorrindo.

– Sim, vamos! - Engoli seco. - Mas antes... - Ela iria odiar a ideia. - Nós vamos para a faculdade! - Droga, droga, droga, droga, era só ela! Não "nós"!

– O que?!? - Ela sentou-se. - Você só pode estar brincando. - Me abraçou.

Eu definitivamente não queria ir para a faculdade, mas se isso fosse preciso para que ela tivesse uma vida normal... Era isso que eu iria fazer.

– Você não quer ir! - Ela me soltou. - Quero dizer, você nunca quis e agora ta fazendo isso...

– Para de ler meus pensamentos Natasha! - Gritei e em seguida me acalmei. - Você precisa de uma vida normal, e eu também! Vamos para a Universidade de Washington.

– Isso quer dizer que não vamos para Phoenix? - Ela desanimou.

– Você vai para Phoenix... - Me levantei. - Eu vou até a Universidade para ver como é e nos matricular, tenho tudo o que precisamos.

– Mas o que vamos estudar? - Ela se levantou e cambaleou até a mesa.

– Ciências humanas, eu acho. - Fiz uma careta. - Ou você prefere psicologia?

– Psicologia! - Ela colocou a lingua pra fora. - Você sabe que eu não em dou muito bem vendo coisas nojentas.

– O.K. - Passei meu braço por suas costas e fui ajudando ela ir até o quarto.

– Eu estou bem! - Disse ela quando entramos no quarto. - Vá fazer as suas malas!

– Se sentir qualquer movimento, por favor Natasha, grite! - Ela assentiu com a cabeça e eu fui ao meu quarto.

Meu corpo estava extremamente cansado e eu notei que teria um longo dia pela frente. Notei que alguém se aproximava da porta da entrada, não pensei duas vezes e o que aconteceu foi em menos de meio minuto.

– Ei! - Um segundo atrás eu estava no quarto e agora estava em cima de um garoto rosnando para ele na mesa da sala. - Calma! - Ele tentava dizer enquanto eu apertava seu pescoço.

– Quem é você? - Rosnei.

– Jessica! - Natasha surgiu na sala. - O que? Jessica solte ele!

– Quem é você! - Gritei e o joguei contra a parede. Percebi que eu estava descontrolada, meu coração batia tão rápido e eu estava em posição de ataque.

Natasha provavelmente viu que eu iria ataca-lo e me prendeu em uma parede. Eu não conseguia me mover de jeito algum.

– Me solte! - Rosnei.

– Você nem sabe quem é ele! - Natasha foi até o garoto e sentiu seu pulso. - Você esta completamente fora de controle Jessica, o que ta acontecendo? Mas que merda!

– Você se esqueceu que foi atacada ontem de noite? - Rebati.

– Sim, eu me lembro muito bem! - Ela se levantou e me fitou. - Mas você não pode matar um garoto sem saber quem é!

Em um segundo o menino estava no chão e no outro ele estava em pé, eu sabia que tinha alguma coisa errada. Rosnei e Natasha sem entender bateu o pé.

– Definitivamente não fui eu! - Senti que Natasha gelou enquanto ouvia a voz do garoto moreno.

– Natasha me solte! - Rosnei e natasha me soltou.

– Vai me matar e não vai ouvir o que eu tenho a dizer? - Ele indagou. - Posso ter certeza de que é do seu interesse!

– Você tem cinco minutos! - Disse e Natasha se juntou ao meu lado observando cada passo do garoto. Ele sentou-se no sofá e me olhou, sorridente.

– Vocês não podem ir para a faculdade pelo simples motivo: existem caçadores e eles estão atrás de todos os vampiros e lobos. - Ele disse e eu não queria perguntar como ele sabia daquilo, queria saber quem eram os caçadores.

– E quem são os caçadores? - Perguntei.

– Bom, eu estava atrás deles ontem até que você resolveu tentar me matar! - Disse ele sorridente ainda.

– Você tinha acabado de matar uma mulher na minha frente! - Falei.

– Era uma caçadora e ela estava me caçando! - Ele fez um gesto colocando suas mãos para cima, como quem diz "não é obvio?"

– Como eu posso ter certeza disso? - Semicerrei os olhos. - Você é apenas um lobisomem que entrou pela minha porta.

– E não é todo dia que isso acontece! - Natasha me olhou. - Ele esta falando a verdade.

– Como você tem certeza? - Olhei para Natasha de volta. - Sou eu a vampira aqui, não você.

– Sou eu quem observa as pessoas, você é a que parte pra agressão! - Ela sorriu. - Pelo jeito ele deve ser novo, uns dezenove anos humanos e quatro em lobo. E quando alguém mente sempre levanta a sobrancelha.

– Que seja! - Revirei os olhos e fitei o garoto. - Qual o seu nome?

– Alexander. - Ele olhou para a minha irmã. - Mas pode me chamar de Alex.

– Sem gracinha pra cima da minha irmã! - Minha expressão voltou a ficar séria. - Vamos fazer nossas malas e você vem comigo Alexander, não confio em você!

– Sem problemas! - Ele disse e levantou-se me seguindo.


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