Familía Mellark - Momentos de Esperança. escrita por Suelen Luz


Capítulo 8
Capítulo 8


Notas iniciais do capítulo

ATENÇÃO ! LEIA!
Galera primeiramente quero pedir desculpas por não ter postado ontem, deu um problema na minha internet à noite e eu não consegui postar. Este capítulo foi dividido em 3 partes, cada parte é narrada por um personagem, sendo Katniss, Peeta e Haymitch, eu ia fazer 2 capítulos essa semana, mas um ficou muito curto e vocês não gostam, então resolvi juntar os dois neste capítulo. Espero que vocês curtam.



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KATNISS

Sigo pelo caminho de casa à passos rápidos. Peeta está segurando minha mão, esforçando-se ao máximo para acompanhar meu ritmo, ele praticamente arrasta a prótese que completa uma de suas pernas. Nesse momento estou revivendo a dor do abandono, da solidão e outro danos causados por minha mãe. A tristeza me invade.

Adentro em minha casa, corro pelos cômodos à procura dela. A encontro parada de pé no escritório, segurando um livro aberto nas mãos. O meu livro de memórias, encaro-a por algum tempo, minha envelhecera muito, os fios brancos dominavam a sua cabeça e o rosto onde jazia um pele lisa, agora está cheio de rugas.

Quando percebe minha chegada, ela coloca o livro na estante e se aproxima, me abraça, não a afasto, mas também não correspondo o gesto.

– Katniss, como você está? - ela pergunta.

Silêncio.

– Estava bem até você chegar. - digo por fim.

– Katniss eu vim para cuidar de você...

– Cuidar de mim? - grito interrompendo-a. - Não preciso dos cuidados de uma mulher que me abandonou quando eu mais precisava!

– Eu não podia ficar aqui. Não depois do que eu aconteceu com Prim, eu iria enlouquecer. Você preferiu morar aqui. Tive que te deixar, foi um bem que eu te fiz! - retruca ela.

– Abandonar uma filha depressiva é fazer bem. - falo com um sorriso debochado no rosto. - Imagina o que é fazer mal então. Se eu não tivesse Peeta e Haymitch eu já estaria morta ou viciada em morfináceos. Esse é o bem que você me fez? Sua covarde!

– Calma Katniss. - Peeta tenta intervir.

– Calma nada! Esta mulher me abandonou e autorizou minha irmã morrer! É tão culpada quando Gale.

Minha mãe vem até mim e segura fortemente meus braços.

– Eu não deixei Prim morrer! Eu pensei que ela estava no hospital e não no campo de batalha! - ela vocifera.

– Me solte! - grito. Eu a empurro e ela cai sentada do chão. Peeta corre para socorre-la.

– Está tudo bem senhora Everdeen? - ele indaga.

Ela assente com a cabeça. Me viro de costas, não quero observar a cena.

– Quero que você vá embora! Agora! - exijo.

Peeta a ajuda a levantar e ela senta na poltrona.

– Eu não vou embora. Não foi você que me chamou aqui, foi seu marido. Só vou quando ele me mandar ir.

Ela nunca me enfrentou dessa maneira, quis esbofeteia-la mas fui impedida pelos braços de Peeta que me seguraram com força. Minha mãe se levanta da poltrona, antes de sair do cômodo ela sussurra algo no ouvido de Peeta, que mesmo eu estando próxima não consegui ouvir o que dissera.

Alguns minutos se passaram, Peeta ainda me segurava e minha mãe estava de volta ao escritório, dessa vez segurando uma maleta. Ela a abriu e pegou uma seringa e um vidro contendo um líquido azul claro. Quando percebi o que estavam prestes a me fazer comecei a mexer desesperadamente, mas já era tarde de mais. Ela tinha chegado perto e injetado o líquido em uma das veias do meu pescoço.

Meu corpo começou a ficar relaxado, minhas pálpebras pesaram, mas antes de fechar os olhos eu sussurrei:

– Peeta porque fez isso comigo?

– Eu te amo. Me perdoe. - disse ele.

Fechei os olhos e adormeci.

******

PEETA

Levei Katniss para cama, eu beijava delicadamente seus lábios na esperança de que ela acordasse e me perdoasse pelo o que eu acabei de fazer. Eu tinha a magoado, tenho certeza disso, mas eu não podia deixar que ela batesse na senhora Everdeen, ela estava tão nervosa que podia ter perdido o nosso filho, por isso autorizei o calmante.

Desço as escadas e vou até a cozinha, a senhora Everdeen está chorando compulsivamente, vou até ela e coloco as mãos nos seus ombros, confortando-a.

– Não chore, sei que ela vai lhe perdoar. - consolo-a.

– Você entende? - ela pergunta mas não espera a resposta e continua. - Eu não podia ficar aqui, a presença de Prim é muito forte nessa casa, parece que a qualquer momento ela vai entra pela porta e sorrir para mim. Isso ia me deixar louca. Mesmo agora depois de anos ainda sinto isso, mas meu neto e mais importante agora. Vou ser forte por ele.

– Eu te entendo. Obrigado senhora Everdeen.

– Não precisa agradecer, Peeta posso te pedir um favor?

– É claro.

– Pare de me chamar de senhora, me chame de Clara.

– Tudo bem - digo sorrindo - quanto tempo o calmante irá agir?

– Vinte quatros horas. Não se preocupe, vou injetar soro no braço dela, sei que ela não se alimentou.

– Obrigado. - digo novamente. - A senh... Desculpe, você se importa de ficar um tempo sozinha? Eu preciso conversar com Haymitch.

– Pode ir querido, vou desfazer minhas malas e tomar um banho.

– Então eu vou, fique a vontade.

Começo a seguir o caminho para casa de Haymitch, quando chego, nem bato na porta e entro na casa. Ele está no quarto, há roupas espalhadas por todo o chão.

– O que você está fazendo? - pergunto.

– Ah é você, pensei que fosse a Hazelle para me passar mais um sermão. Estou fazendo as malas oras.

Ele estava sóbrio, então não era delírio de bêbado.

– Você tem certeza de que é isso que você quer? Mesmo depois de tudo?

– Eu sei meu caro, já passamos maus bocados, mas eu preciso vê-la, sinto que tem algo de errado.

– Você sempre amou Effie?

– Claro! Eu fui covarde, sempre a amei, desde da primeira vez que vi aquela peruca. - ele ri.

– Se é isso que você quer eu lhe apoio, só te peço uma coisa, não nos deixe aqui sozinhos por muito tempo, nós precisamos de você. Ainda mais agora que a Katniss está grávida.

– Eu voltarei logo. Peeta eu amo você e Katniss como filhos. Jamais te abandonarei. Nunca.

– Obrigado Haymitch, nós também te amamos com um pai.

– Eu sei. Onde está Katniss?

– Dormindo, ela quis bater na senhora Everdeen, tivemos que lhe injetar um calmante. Ela só acordará amanhã.

– Que pena, nós não vamos nos despedir. Partirei hoje.

– Hoje? Como? - indago.

– Vou com trem de carga até o Distrito 6, de lá pegarei um para a Capital.

Distrito 6, o dos transportes , ele tinha planejado tudo.

– Falta muito pra você terminar de arrumar suas coisas?

– Não, só falta fechar a mala, o trem partirá daqui 40 minutos. Você pode me acompanhar até a estação?

– Claro. - respondo.

Fomos até a estação de trem do Distrito 12, esta era uma construção nova, agora as pessoas podiam ir e vir por Panem , mas não era todo dia que tinha o transporte disponível, Haymitch teve que subornar o maquinista para poder entrar no trem de carga. Ele estava disposto a qualquer coisa para ir atrás de Effie.

– Até logo Peeta! Cuide de Katniss!

– Pode deixar! Volte logo.

Ele acenou e partiu.

*******

HAYMITCH

Eu já estava no Distrito 6, acabara de entrar em um trem em direção a Capital, mal podia conter o sorriso no rosto. Eu estava sóbrio, a única coisa que me embriagava nesse momento era a felicidade do meu coração.

Posso parecer piegas, mas eu sonhei durante anos com este momento, o momento que eu reencontraria Effie. O trem partiu a toda velocidade, eu comecei a ser embalado pelo sono e resolvi cochilar.

– Acorda Senhor! Acorde!

Me levantei assustado. Devo ter dormido muito.

– O que foi?

– Chegamos na Capital.

As ruas da Capital estavam igual a última vez que vi, eles devem ter reconstruído após a guerra, a única diferença eram as pessoas, elas tinham mudado. Enfio a mão no bolso da calça e retiro um papel velho e amassado com o endereço de Effie , espero que ela não tenha se mudado.

*******

Estou na frente do prédio dela, começo a me dirigir a recepção.

– Bom dia, Effie Trinket, por favor.

– Bom dia senhor, é o número 56 segundo andar. Gostaria de ser anunciado? - a recepcionista me pergunta.

– Não. Quero fazer uma surpresa. Ela mora sozinha?

– Sim.

– Obrigado, tenha um ótimo dia.

Agradeci mentalmente por Effie não ter casado, entrei no elevador apertei o número dois, o sorriso estava mais uma vez estampado na minha cara. Somente um corredor me separava dela, queria abraça-la, beija-la, não conseguia conter minha ansiedade. Quando cheguei na porta do número 56, hesitei por alguns minutos. Respirei fundo e comecei a bater descontroladamente na porta dela.

– Oh! Haymitch! - ela abriu a porta de repente, minha mão ainda estava no ar.

– Effie!

– Entre, por favor. - ela me convidou. - O que você está fazendo aqui ?

Pensei em ir devagar, mas despejei de uma vez as palavras, eu já tinha esperado muito tempo. Ela estava tão linda.

– Eu vim por que eu te amo. Quero viver ao seu lado.

Ela me olhou desconfiada, se aproximou e envolveu os braços em volta do meu pescoço. Não pude me controlar e a beijei, e ela correspondeu meu beijo com intensidade.

Agora só quero tê-la em meus braços e recuperar o tempo perdido.


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Notas finais do capítulo

Então o que acharam? Posso continuar com as três perspectiva ou vocês preferem somente a Katniss? Deixe sua opinião. Obrigada por ler! Até semana que vem.