Familía Mellark - Momentos de Esperança. escrita por Suelen Luz


Capítulo 6
Capítulo 6


Notas iniciais do capítulo

Tudo bem com vocês galera? Espero que esteja. Então a partir dessa semana postarei os capítulos todas as quintas à noite.



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Na manhã seguinte, percebo que Peeta está sentado na cama, inexpressivo, encarando a parede. Me lembro parcialmente da noite anterior, devo ter desmaiado, meu corpo está dolorido. Mas de uma coisa tenha certeza, os pesadelos voltaram. Mais reias do que antes. Ele levanta os olhos para mim, tem um olhar preocupado.

– Vou ligar para sua mãe Katniss. - Ele diz de repente.

– Eu não quero ela aqui. Não preciso dela.

– Katniss , eu não sei cuidar de você, ela vai nos ajudar.

– Por favor Peeta, não.

– Não seja egoísta. Pense na criança, se você não se preocupa com ela, eu me importo por nós dois.

Ele se levanta rápido da cama e bate forte a porta ao sair do quarto, não hesito e vou atrás dele. Já estava descendo as escadas quando o alcanço. Agarro sua camisa e o faço esperar.

– Por que você agindo desta maneira? - Pergunto.

Ele me encara, lágrimas brotam dos meus olhos.

– Ontem quando você desmaiou, fiquei desesperado - ele faz uma pausa - minhas mãos tremiam tanto, tive que pedir para o Haymitch te colocar na cama. Você sabe que o meu único medo é te perder.

– Desmaios são comuns na gravidez. - Minha voz sai mais ríspida do que eu gostaria.

– Eu sei, mas não quero que se machuque ou sofra. Minha decisão está tomada.

– Não, por favor... Não. - Sussurro.

Peeta já está na entrada do escritório, eu continuo na inerte na escada. Me sinto cansada, então volto para quarto e adormeço.

Quando acordo novamente, vejo que Peeta deixou uma bandeja com pães, frutas e chá ainda quente em cima do criado mudo, ele esteve aqui a pouco tempo. Pego um pão com cobertura de queijo, coloco delicadamente na boca, aprecio cada mordida. Já estou terminado o segundo quando ele entra pela porta.

– Me desculpe por hoje. Não quis te magoar. - Ele disse.

Faço um gesto para ele se aproximar, ele se deita ao meu lado, eu acaricio seus cabelos.

– Não tenho nada para perdoar - digo - você só quer cuidar de mim.

– Sua mãe chegará esta semana, não me deu um dia certo.

– Tudo bem. - É tudo o que eu consegui dizer.

Peeta se vira e me olha nos olhos, segura meu rosto e me beija intensamente. Esqueço de tudo, só quero que meu corpo e o dele sejam um só. Tiro sua camisa e deslizo minhas mãos pela suas costas. Ele começa a me despir, beija cada parte do meu corpo nu. Arranho sua pele macia, nossas pélvis tem um encaixe perfeito, ele nasceu pra mim e eu para ele.

Ele agarra minha cintura enquanto subo e desço em cima dele, depois toca meus seios suavemente, os beija. Nesses momentos, não penso em mais nada, me concentro no vai e vem dos nossos corpos. Com Peeta ao meu lado posso enfrentar o mundo.

Depois de um longo tempo de sexo intenso, eu e Peeta caímos no colchão, rindo.

– Devíamos brigar mais vezes. - Ele brinca, posso sentir o sorriso na voz dele.

– Concordo. - Digo, também sorrindo.

******

Os dias seguintes correram bem, nada de desmaios ou pesadelos. Minha mãe ainda não havia chegado, eu me apegava na esperança de que ela não viesse. Peeta saiu pela manhã, me deixou um bilhete dizendo que só voltaria à noite, vou aproveitar a tarde livre para dar um passeio na floresta.

Me aproximo da cerca e atravesso com facilidade, noto que daqui a alguns meses, quando minha barriga crescer, isso não será tão fácil. A cada dia que passa me sinto um pouco mais feliz por estar grávida, não tão feliz quanto Peeta, mesmo assim feliz. Até este bebê nascer sinto que estarei pronta para ser mãe.

O dia está frio, aperto meu casaco contra corpo. Sinto um enjoo forte, o vômito está subindo pela minha garganta. Me agacho para vomitar, vejo algo prendeu minha calça. Me assusto com armadilha montada a centímetros de mim, os meus pés vacilam, caio moro abaixo.

Meus braços estão arranhados, tem gosto de sangue em minha boca, sinto frio. Escuto algo se aproximar, tento me levantar mas não consigo. O barulho está cada vez mais próximo de mim, deve ser algum animal que veio comer minha carcaça. Minha visão está turva, mas logo noto que não é nenhum bicho selvagem que se aproximava e sim uma garota, não consigo identificar o rosto dela.

A menina me segura delicadamente e iça meu corpo, ela fala, mas não presto atenção em suas palavras. Está me guiando pelo caminho de casa.

******

– Ai meu Deus Katniss! Achei que você estava com o Haymitch! - Peeta grita aflito.

Ele me pega no colo e me coloca no sofá. A garota o segue.

– Eu a encontrei caída no chão da floresta, ela deve ter tropeçado em uma das minhas armadilhas, consegui seguir o rastro.

– Como posso agradece-la Posy? - Ele pergunta.

– Não precisa agradecer Peeta. Foi minha culpa. Passo aqui amanhã para vê -la. Tudo bem?

– Sim, mas não foi culpa sua. Foi um acidente.

– Até amanhã então. Boa noite.

– Boa noite Posy.

Escuto a porta de entrada bater. Minha salvadora era Posy Hawthorne, irmã mais nova de Gale, ela deve ter voltado para o 12 para ficar com sua mãe Hazelle. A última vez que a vi, ela era uma pequena criança, hoje já é uma mulher. Me pergunto como Peeta a reconhecera. Será que eles já tinham se encontrado pelo Distrito? Porque ele não me disse nada? Amanhã saberei.

Peeta se aproxima, provavelmente está furioso, ele me proibiu de ir na floresta sozinha e eu desobedeci. Ele me pega novamente no colo e me leva até o banheiro, me dá banho, cuida dos meus machucados.

– Pode andar? - Ele me pergunta ao sairmos do banheiro.

Faço que sim com a cabeça. Ando lentamente até o quarto, sento na beirada da cama, ainda tenho a visão um pouco turva. Peeta entra em seguida, está com prato de sopa na mão.

– Obrigada. - Digo erguendo os braços para pegar a comida.

– Não, eu te dou - diz ele - lembra na primeira vez que participamos dos Jogos?

– Claro que sim. - Falo com a voz fraca.

– Então, você me deu me banho e comida na boca. Só estou retribuindo.

Sorrio , mas me lembrar dos Jogos me deixou triste. Ainda bem que tenho Peeta comigo. Me enrosco em seus braços, só assim me sinto segura e feliz. Só assim sinto que posso continuar, nem que seja por pouco tempo.


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Notas finais do capítulo

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