A Nova Vida escrita por Lua Potter
No caminho de volta para casa, Giovanni e eu elaboramos as mais variadas situações para explicar a nossa demora para a minha mãe. Desde desculpas como "fomos atacados por cachorros" até "fomos abduzidos por OVNIs". É claro que Giovanni estava brincando quando disse essa última desculpa. Decidimos então que o melhor para se falar seria que o professor da última aula ficou conversando um pouco conosco.
Quando chegamos no portão da casa de Giovanni, ele me agarrou e começou a me beijar.
— Giovanni, aqui não! - me afastei, rindo - Minha mãe pode sair de casa a qualquer minuto!
— Ok - ele disse rindo - É que eu não consigo resistir á sua boca.
— Calma, aguente só mais um pouquinho! - eu disse enquanto ele abria o portão.
Quando entramos em casa, minha mãe veio nos abraçar.
— O que aconteceu que vocês demoraram um pouco? - ela perguntou preocupadamente.
Então eu expliquei o que Giovanni e eu tínhamos combinado. Minha mãe pareceu mais aliviada, e nos disse que o almoço iria demorar um pouquinho para ficar pronto. Subi para o meu quarto e coloquei uma roupa de ficar em casa, quando alguém bateu na porta. Fui abrir, era o Giovanni.
Assim que entrou no meu quarto, ele fechou a porta e foi se aproximando de mim, até que me prendeu contra a parede. Seus lábios encontraram os meus, primeiro delicadamente, e depois o beijo foi aumantando a intensidade. Ele colocou as mãos na minha cintura, acariciando minhas costas, e eu coloquei as minhas mãos em seu cabelos pretos, afundando a minha mão neles. Quando perdemos o fôlego, Giovanni me abraçou mais forte e beijou o meu pescoço, aonde era o meu ponto fraco. Me derreti toda em seus braços, quando de repente alguém bateu na porta. Nós nos afastamos em um pulo, muito rapidamente, e eu fui abrir a porta. Era minha mãe.
— Crianças, o almoço está pronto! - ela disse.
Giovanni e eu a acompanhamos até a cozinha, e os sentamos para comer. Arroz, feijão, frango frito e salada, era esse o nosso almoço.
— Mari, tenho boas notícias - disse a minha mãe.
— Ah, sério? - respondi, animada - O que?
— Eu estava pesquisando algumas casas para alugar, porque não poderemos ficar aqui para sempre, e eu achei uma que fica a dois quarteirões daqui. Se o seu pai concordar, nos mudaremos amanhã mesmo!
Fiquei um pouco surpresa. Não achei que sairíamos daquela casa tão cedo.
— Ah, não! - disse Giovanni - Não quero que vocês vão embora, eu terei que ficar sozinho de novo, todos os dias!
— Giovanni, querido - disse minha mãe - O seu pai só fez um favor para a gente nos deixando ficar aqui. Nós temos que seguir nosso rumo.
— Sim, Giovanni - tentei parecer animada com a mudança - E você vai poder nos visitar sempre que quiser, pois pelo que a mamãe disse, a casa é perto daqui.
Passamos o resto do almoço conversando sobre isso. Assim que terminei minha comida, subi para o meu quarto, e Giovanni veio atrás. Nós nos sentamos cada um em uma ponta da minha cama.
— Sabe, Mari - Giovanni começou - Eu não queria que você fosse embora daqui tão cedo.
— Nem eu, Giovanni - eu segurei suas mãos - Você me ajudou muito aqui. Foi o melhor amigo que eu tive até agora aqui em Limeira.
— Só um melhor amigo? - ele esboçou um sorriso.
— É, talvez mais que um melhor amigo - dei um selinho demorado nele.
Então ele me puxou para o seu colo, e eu fiquei deitada nele. Nós ficamos assim durante a tarde toda, conversando, enquanto ele acariciava o meu cabelo.
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