Legados escrita por PL


Capítulo 1
Capítulo 1 - Espírito Rebelde


Notas iniciais do capítulo

Olá, essa é minha primeira fic. Eu irei recontar de uma forma diferente a vida dos 10 Gardes. Ninguém ainda morreu, todos os 10 Gardes e 10 Cepans estão vivos, entao nao se apeguem muito a eles, pois alguns morreram no decorrer da história. Tente evitar comparações com os Gardes originais, pois eles serão completamente diferentes (Pois essa fic é um reboot hahaha). Espero que gostem.



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Há mais ou menos doze anos atrás meu planeta foi atacado e destruído por alienígenas extremamente poderosos e perigosos. Uma raça cruel e sanguinária conhecida como os Mogadorianos. Eles mataram todos os habitantes de Lorien. Apenas dez crianças e dez adultos conseguiram escapar.

Minha Cepan me disse que chegamos aqui na Terra no ano de 2000 e que a viagem de Lorien para a Terra demorou um ano. Quando chegamos a Terra a ideia era nos separarmos e assimilarmos à cultura humana, desenvolver e treinar nossos legados, nos reunir e destruir os mogadorianos e então finalmente voltar para Lorien.

A principio achava esse plano uma droga. Por que não entendia o porquê tínhamos que ficar separados. Mas era assim que nos protegíamos. Quando partimos de Lorien, um encantamento foi lançado sobre as dez crianças, um feitiço que garante que só poderemos ser mortos na ordem de nossos números, desde que nos mantenhamos separados. Se nos juntarmos, o encantamento se desfaz.

Para minha infelicidade eu sou a Número Um, o que quer dizer que esse feitiço não funciona comigo. Eu estou desprotegida.

Minha Cepan e eu moramos na cidade de Munique, na Alemanha. Meu nome aqui é Evelyn Strobel e de minha Cepan se chama Heike. Ela é muito protetora e não me deixa fazer nada, ela tem medo que algo aconteça comigo, como eu já disse, eu não estou protegida pelo feitiço lórico e ao menos que dois Gardes se juntem, eu sou a única dos dez que pode morrer.

Heike me disse que eu sou a mais velha das dez crianças que vieram para Terra. Eu tenho vinte e um anos e já desenvolvi quatro legados, minha Cepan também é a mais velha de todos os Cepans, ela tem sessenta e um anos. Mas não se enganem. Ela pode ter toda essa idade, mas ninguém queria entrar em uma luta contra ela. Ela é incrível, mas eu não a deixo saber disso.

A superproteção dela me sufoca muito e digamos que eu sou um pouco “rebelde”. Todas as noites eu vou a boate chamada “La Nuit”, onde conheci alguns amigos e um garoto chamado Wagner. Minha Cepan não sabe que saio às noites e muito menos que tenho amigos humanos e pretendo deixar as coisas como estão. Nós já estamos aqui na Terra há onze anos e até agora não tivemos nenhum contato com os mogadorianos e muito menos com os outros Gardes.

Em uma noite eu estava me preparando para ir para a La Nuit com meus amigos. Toda vez que eu saia eu tinha que arrumar uma maneira de escapar de Heike. Essa noite eu decidi fazer algo mais ousado. Eu coloquei sonífero no chá noturno dela e a essas horas ela já deve estar desmaiada.

Desço as escadas devagar e a vejo dormindo no sofá. Faço o cobertor que está caído no chão levitar e a cubro. A televisão está ligada em um canal de noticias esportivas, onde mostra uma noticia de um garoto surfando a maior onda do mundo. Heike odeia esportes, não sei por que ela estava vendo essa noticia. Quando vou desliga-la, a TV mostra um garoto loiro tingido e com olhos verdes dando uma entrevista e de repente ele é arrastado por um outro homem. Quando os vejo sinto um frio na barriga e desligo a TV.

Subo outra vez as escadas e entro no banheiro. Pego meu babyliss e começo fazer meus cachos no meu cabelo loiro natural. Passo um pouco de pó no rosto e um batom não muito chamativo. Passo o delineador sobre meus olhos azuis claros. Caminho até o quarto onde visto um vestido azul bebê e calço um solto alto.

Escuto uma buzina do lado de fora. Olho por entre a cortina do quarto e vejo Wagner, um garoto que conheci nessa mesma boate que vamos agora. Fecho as cortinas e vou correndo até as escadas, onde desço com cuidado para não acordar Heike. Passo por ela e tenho uma sensação ruim. Culpa. Não queria droga-la, mas ela nunca me deixa fazer nada divertido. Caminho até a porta e saio.

Wagner está usando uma camiseta vermelha e calca jeans, ele dirige um carro conversível prateado que provavelmente roubou de alguém.

– Gute Nacht. (Boa Noite, em alemão) – ele diz, com seu sorriso branco.

– Boa noite. – respondo entrando no carro.

– E a velha?

– Dormindo... – respondo me sentindo culpada

Wagner acelera pela avenida principal até o centro da cidade. Ele pega um cigarro e acende e logo depois me oferece. Eu nunca gostei de cigarro, mas todos meus amigos fumam. Essa é a primeira vez em muitos anos que tenho amigos e não quero perde-los. Estendo minha mão e pego um cigarro da mão de Wagner. Pego um isqueiro e o acendo, vejo a pequena chama dançar na ponta do isqueiro. Um dos meus legados é a Pirocinese, eu posso manipular as chamas. Faço-a aumentar e diminuir.

– O que está fazendo? – diz Wagner intercalando o olhar entre a avenida e a mim – Acende logo isso.

Aproximo o cigarro do isqueiro e ele começa a queimar. Dou a primeira tragada e começo a tossir. Sinto meu pulmão queimar e minha garganta seca. Wagner começa a rir e pega meu cigarro.

– Você é muito menininha para isso ainda. – ele diz com ar de deboche.

Sinto vergonha com o que ele disse, não quero parecer uma garotinha para ele. Eu gosto dele. Gosto de estar com ele. Ele começa a acelerar mais o carro e avança alguns sinais vermelhos.

– Cuidado. – digo.

– Medrosa!

Ele acelera mais até chegar a um cruzamento. Por ser de madrugada não há muitos carros e ele mais uma vez avança no sinal vermelho e sem que ele perceba um caminhão vem na outra direção.

– Wagner cuidado!

Os olhos azuis de Wagner ficam pequenos ao ver o caminhão e ele pisa no freio. O caminhão também começa a frear, mas nenhum dos dois vai parar a tempo. Estendo minha mão para o caminhão e com minha telecinese faço o caminhão parar mais rápido e ele para a poucos centímetros do nosso carro. Wagner está com as mãos grudadas no volante. Sinto que meu celular vibra. O motorista do caminhão desce, ele veste um sobretudo preto e tem um ar sombrio. Ele tem um bigode grande e vem em minha direção. Meu celular vibra outra vez.

Pego meu celular do bolso e vejo que recebi duas mensagens de texto de um número desconhecido. Quando abro a primeira mensagem meus olhos se arregalam.

Corra Número Um! Eles te acharam!

Começo a tremer e abro a segunda mensagem.

Não volte para casa! Dirija, eu vou te ajudar!

Olho para os lados tentando encontrar a pessoa que está me enviando as mensagens, mas não consigo ver nada. Olho outra vez para o motorista e ele tem nas mãos um arma que nunca vi na minha vida.

Não era uma arma humana.

Eles estavam aqui.

Eles me encontram.

Eram os Mogadorianos.


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Notas finais do capítulo

Bem esse é somente o primeiro capitulo. O próximo será narrado por outro Garde. Se vocês gostaram deixem um review contando o que acharam (Bem ou Mal) estou aberto a sugestões e correções. Muito Obrigado por lerem e até o próximo.



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