Felipe Luiz

Era uma tarde como outra qualquer no D1. Felipe, estava saindo com sua “noiva” para comprar um novo anel para ela. Ele odiava ela. Sasha McKibben, pior pessoa do mundo. Como os pais de Felipe eram vitoriosos e de Sasha também, eles resolveram que seus filhos iriam casar. Só que ninguém sabia que Felipe odiava Sasha. Na verdade, o distrito todo odiava Sasha, menos seus pais e os pais de Felipe.

– Estúpidos – murmurou para si mesmo.

– O quê, amor? – perguntou Sasha.

– Nada, Sasha. – mentiu.

O loiro já estava cansado dessa tarde com Sasha ao seu lado. Ele não o deixava respirar! Ele queria pensar. Seus pais estavam o obrigando a se voluntariar. Ele não queria, mas teve que aceitar.

Quando Sasha escolheu seu anel, ele agradeceu á Deus.

– Bom, o que vamos fazer agora? – quis saber Sasha.

– Você, eu não sei. Mas eu vou sair com Arthur. – respondeu Felipe.

– Fel! Você nem fica mais comigo! Só com esses seus amiguinhos nojentos e ridículos! Já estou cansada disso! – disse Sasha.

– Escuta aqui... – Felipe já ia xingá-la, quando uma menina de cabelos pretos e olhos azuis brilhantes esbarrou nele.

– Me desculpe... – ela disse baixinho.

– O quê? Não precisa se desculpar. Eu estava no seu caminho mesmo. – ele deu um sorriso.

– Vamos, Felipe. Deixe essa idiota para trás! – disse a, repugnante, Sasha.

– Tem como você calar a boca um segundo?! – disse Felipe, puxando ela para outro lado. – Cansei, Sasha. Vou me encontrar com Arthur!

E o garoto loiro saiu de lá, com uma cara não muito boa.

...

– Então, foi isso – disse Felipe. Ele estava contando para Arthur as coisas que Sasha falará mais cedo.

– Que merda! Quando você vai largar essa menina? – indagou Arthur.

– Quando eu voltar como vencedor dos Jogos! – ele disse e Arthur bufou. – Eu também odeio os Jogos, okay?! Mas esse é o único jeito.

– Mas que jeito horrível – disse Arthur. – Você vai destruir famílias, matar crianças inocentes! Felipe, é seu último ano! Você poderia ter saído ileso!

– Eu sei! Okay, eu sei! Mas eu estou sendo obrigado! Você acha que eu gostaria de fazer isso? Destruir famílias? Eu não gosto! Meus pais estão me obrigando a fazer isso! Mesmo se eu não me voluntariar, eles vão me colocar lá.

– Felipe, me prometa uma coisa. Tente não matar ninguém. Por favor.

– Eu vou tentar, eu juro! Até amanhã – Felipe disse isso e seguiu para sua casa.

...

– Felipe! – quando ele abriu a porta, encontrou uma criatura loira na sua frente.

– Você só pode estar de brincadeira! – ele murmurou.

– Seus pais me convidaram para celebrar seu último jantar antes dos Jogos! – disse Sasha

– Eba! – disse ele. – Quando você vai embora?

– Depois do jantar. Por quê?

– Vamos jantar, família!

Anna Sater

Anna ainda estava pensando no seu esbarrão com o famoso Felipe Luiz. Ela era apaixonada por ele desde que se entendia de gente. Mas ele só ficava com Sasha, o que fazia ela ficar triste pois percebia que ele não era feliz com ela.

Ela sabia que ele iria se voluntariar amanhã, todo distrito sabia. Mas para ela era diferente, pois ela amava ele e se ele morresse na Arena, ela não conseguiria viver.

Com esses pensamentos, ela decidiu que iria se voluntariar também e iria protegê-lo na Arena, custe o que custar. E isso custaria sua vida.

“Mas não importa, se for para Felipe sobreviver, eu faço de tudo!” ela disse para si mesma. Não contaria para sua mãe, pois a mesma não concordaria. Sua mãe abominava os Jogos. Isso era estranho para uma habitante do D1.

Anna foi para o Centro de Treinamento pensar um pouco. Ela estava treinando com as adagas, quando ouviu:

– Tem certeza que quer isso? – era Mike. Seu melhor amigo.

– Como ficou sabendo? – ela perguntou, curiosa.

– Anna, eu te conheço. Ele vale mesmo apena? – ele perguntou.

– Sim, Mike. Você sabe que eu o amo e faria de tudo para ele voltar vivo.

– Anna, por favor, não faça isso. Pense em mim, em sua mãe. Não faça isso com nós. – suplicou Mike.

– Mike...

– Você venceria! Você é a melhor daqui! Não deixe que ele estrague tudo. – Mike falou.

– Mike, droga. Me escute. Eu amo ele, e nada, nada que você vá falar vai me fazer mudar de idéia. – Ela disse, com confiança.

– Okay. – ele disse e pegou uma adaga e atirou. Bem no alvo. – Mas saiba que eu te amei. Eu te amei de um jeito que ele nunca vai te amar!

– Mike! – gritou Anna, mas ele já havia ido embora.

...

Anna foi para casa com culpa. Mike amava ela. Durante todos esses anos, e ela nunca havia percebido isso. Agora, ela iria morrer e deixar ele, e os outros, para trás. Ele iria sentir o quê ela sentiria se visse Felipe morrer. Droga! O que ela estava fazendo?

“Ele vale mesmo apena?” as palavras de Mike voltavam aos seus pensamentos.

– Ele vale mesmo apena? – ela se perguntou. Sim, ele valia mesmo apena. Mas Mike também.

Quando ela chegou em casa, sua mãe não estava, algo que era estranho. Ela subiu para seu quarto e se olhou em seu espelho cheio de diamantes.

Estava horrível. Olhos inchados, rosto manchado de maquiagem. Mas mesmo assim, Mike achava ela linda. Será que Felipe também?

Ela encheu a banheira e se lavou. Vestiu uma roupa simples e foi esperar sua mãe.

Poucos minutos se passaram e ela chegou.

– Oi, filha. – disse a Senhora Sater.

– Oi, mãe – ela respondeu desanimada.

– Aconteceu alguma coisa? – indagou.

– Nada – Anna mentiu. – Na verdade, sim.

– O quê? – perguntou a Senhora, já se sentando na mesa.

– Descobri que Mike sempre foi apaixonado por mim. – Disse a morena e Senhora Sater fez uma cara de surpresa. – E tem mais.

– O quê foi, minha filha?

– Vou me voluntariar como Tributo!