Remember? escrita por eduarda


Capítulo 6
Remember The "Always"?


Notas iniciais do capítulo

I'mmmmmmmmmmmmmm baaaaaaaaaaaaaaack minha gente!!! E aí? Como é que vocês estão? Aprontando muito? Pegando geral? Na seca como a titia aqui? Curtindo a vida? Então, vários são os motivos da demora, entre eles está aquele mais famoso: Bloqueio Criativo. Isso mermo, mas eu consegui escrever esse capítulozinho aqui, e olha, eu meio que to xonada nele viu u-u
Enjoooooooooooooooooooooooy criaturas mais fodas desse mundo!



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Remember?

Lembrar do dia em que a Ally partiu era de longe uma coisa boa de se fazer. É certo que eu sei, e sabia naquela época, que eu ainda a veria, mas o sentimento, a dor de vê-la partir para longe de mim era muito grande.

Acomodei-me mais ao seu lado, admirando os finos traços de seu rosto pálido. Ela estava ligada a um tubo para que conseguisse respirar, e aquilo me agoniava. O barulhinho que as máquinas ao seu lado faziam já não era mais um problema, depois de tanto tempo aqui dentro desse quarto, cavando as esperanças, eu me acostumei. Olhei para o teto de cor branca, e a minha mente começou a formar as imagens da noite que se seguiu depois da notícia da Ally.

“Acho que eu lhe contei que o meu objetivo era ficar sozinho por um tempo para me conscientizar daquilo, não foi? E acho que você também percebeu que eu não conseguia fazer isso. Eu me sentia um covarde por sentir toda hora vontade de chorar e me entregar assim aos sentimentos, mas eu teria que me acostumar. Eu não falava muito, mas muitas vezes ainda interagia com o pessoal, e eu percebia seus longos olhares em mim. Chegou a fria noite do Domingo, no dia seguinte nós iríamos embora, e no outro dia você voltaria para a Califórnia. Tentava não pensar muito nisso, aquilo me deprimia de uma forma horrenda. Eu me afastei discretamente de todos em volta da fogueira, e caminhei até a caminhonete do Dez. Já ia ligando o carro, quando a porta do carona foi aberta e você entrou normalmente.

– Eu quero ficar sozinho. – disse frio e secamente.

– Certo – você disse e continuou ali, sentada no banco, enquanto eu lhe fitava esperando que você entendesse o que eu quis dizer. No máximo, cinco minutos se passaram e nós continuamos ali, no silêncio – Se você tá achando que eu vou sair, está muito enganado. Podemos ficar a noite toda aqui, eu não me importo, é sério. – você disse. Suspirei e revirei os olhos para a sua teimosia, dando partida no carro.

Vagamos pela praia deserta. Eu não fazia a menor ideia para onde estávamos indo, mas continuei a dirigir, até que você me disse para parar e assim eu fiz. Pus a parte traseira do carro virada para o mar, e descemos. Nós deitamos na caçamba e continuamos no silêncio, dessa vez com a beleza das estrelas sob nós.

– Você está chateado comigo, não é? – a sua voz saiu fraca e embargada e eu temia que você quisesse chorar.

– Não – sua cabeça virou para o lado, seus olhos encontrando os meus – Eu só estou tentando me acostumar com essa ideia, sabe, eu vou ter que conviver com ela por sei lá quanto tempo. – dei de ombros, como se aquilo não fosse nada, sendo que, na verdade, era tudo.

– Me desculpe Austin, eu só fui uma pedra no seu caminho, era para eu ter lhe avisado antes sobre isso, mas eu fui burra e deixei passar e... – avancei aqueles poucos centímetros que nos separam e te calei com um beijo. Você ficou surpresa, mas relaxou logo depois, enredando os dedos em meu cabelo.

– Eu me apaixonei por você – disse-lhe – E tenho quase certeza que isso não foi culpa sua.

– Eu não quero te fazer sofrer, assim como eu sei que ficar longe também vai doer em mim.

– Nós arrumaremos um jeito Ally, não precisa se preocupar.

– Como “não precisa se preocupar”? É lógico que precisa! Austin, eu não sei como eu vou conseguir ficar tão longe de você! Desde o dia na praia em que nos conhecemos que você não sai da minha cabeça, e a sexta, cara, a sexta foi um dos dias mais felizes da minha vida, eu não sei se vou conseguir viver só com as lembranças, e você? Como você vai ficar, eu não quer... – beijei-a novamente. Eu já te disse que você fala demais? Então, você fala demais.

– Você quer parar de fazer isso? Eu to tentan... – beijei-a de novo, sorrindo ainda mais largo para cada vez que você reclamava e se calava de repente.

– Não foi você que quis vir comigo pra cá? – indaguei, observando sua expressão contida. Você soltou o ar pela boca e revirou os olhos, sorrindo irônica.

– Você é incrivelmente... Ah, esquece. – e me beijou mais demoradamente.

Eu mantinha minhas mãos em sua cintura, segurando firmemente. Já você não cansava de puxar meus cabelos na nuca. Era tão, não sei, perfeito talvez, o jeito que nossos lábios se encaixavam de um forma tão... perfeita. O jeito como nossas línguas adquiriam um ritmo constante, como os sorrisos apareciam a cada segundo no beijo.

Afastamo-nos finalmente, e nos ajeitamos para olhar as estrelas. Eu mexia em seus cabelos, a maciez deles enrolados em meus dedos. E você deitada em meu peito, a respiração leve alcançando minha pele através da camisa.

– Elas são lindas, né? – você disse, referindo-se às estrelas.

– Não tanto quanto você. – respondi e você virou a cabeça, olhando para mim.

– Isso foi ridículo. – você disse com um sorrisinho de canto.

– É crime agora dizer a verdade, é? – respondi.

– Você é um bobo, sabia? – riu sem graça.

– E eu te amo, sabia?

– Sabia!

– Ai Deus, mais uma convencida no mundo, tá bem Senhor, acho que eu aguento. – você riu da minha idiotice e me abraçou bem apertado, fazendo com que tudo simplesmente desaparecesse, e só sobrasse eu e você.

– Eu também te amo seu bobo. – É, depois daí eu só lembro de um leve ronco adentrar meus ouvidos e eu te carregando para dentro da caminhonete, não desfazendo nem por um segundo aquele sorriso que só aparece quando eu estou assim, pertinho de você.

Mas o infeliz dia de sua partida chegou, e eu acordei implorando para continuar na cama, mas eu não podia fazer isso. Aquele dia não foi muito produtivo para mim, porque só para ressaltar, eu não consegui nem sair de casa. Seu voo partiria ás dez e meia, e eu ainda nem tinha falado com você. Minha mente estava a mil e eu estava com medo de desabar em lágrimas se ouvisse a tua voz. Cogitei a ideia de não te ver mais naquele dia, e até esquecer do que tivemos, mas aquela foi a pior ideia que eu já tive na minha vida! Enfim, eu peguei as chaves do carro da minha mãe “emprestado” e fui diretamente para o aeroporto de Miami.

Eram dez e vinte, e eu corria feito um louco pelo aeroporto à procura de uma morena baixinha. Me confundi várias vezes com outras garotas, a impaciência já tomando conta de mim, mas a esperança sempre na cola, afinal, a esperança é a última que morre, não é? Mas não tinha mais jeito, eu não conseguia de jeito nenhum te encontrar, e faltava muito pouco para o avião decolar, ou seja, você já deveria estar dentro do avião. Sentei-me desolado em uma cadeira do imenso salão, e não percebi quando alguém sentou ao meu lado.

– Você parece triste – a voz, acho que feminina, eu mal conseguia distinguir quem era, se eu conhecia, se não conhecia, se era homem ou mulher, nada.

– E eu estou.

– O que aconteceu?

– Deixei a garota que eu amo partir.

– Nossa, que triste. Mas você falou com ela ainda hoje?

– Não, e esse é o pior. Eu nem me despedi dela. – Inclinei-me para frente, apoiando os cotovelos nos joelhos e escondendo meu rosto em minhas mãos.

– Então por que não aproveita e faz isso agora? – a voz disse mais uma vez. Levei um minuto para lembrar que o mundo é mundo e tentar reconhecer aquela voz, ou pelo menos entender o que ela dizia. Retirei minhas mãos do rosto e olhei para o lado, vendo a criatura que eu mais amava naquele mundo vestindo aquele sorriso que eu sentiria tantas saudades de apreciar. – Oi, Austin. – minha primeira reação eu não lembro bem qual foi, mas a segunda foi pular da cadeira e tira-la para um abraço, o abraço mais reconfortante que eu já dei em minha vida.

– O que você tá fazendo aqui? Seu voo não partia ás dez e meia?

– Atrasou, só sai ás onze. – você sorriu novamente para mim, abraçando-me mais apertado. – Eu pensei que você não viria, pensei que não se importasse, eu...

– Eu to aqui. E eu me importo mais que tudo. Eu te amo.

– Eu vou sentir muitas saudades, Austin.

– Ally, olhe pra mim – nos afastamos o bastante para que você pudesse olhar em meus olhos – eu vou sentir tantas saudades quanto você, pode ter certeza, mas eu realmente aprendi nesses dezessete anos que nada é como queremos. Arranjaremos mil formas de conversarmos, de nos vermos, de tudo, e pra qualquer coisa e em qualquer situação, saiba, eu vou sempre estar aqui – pus meu dedo indicador firmemente em seu peito, movendo ele delicadamente, desenhando um coração invisível. – Sempre.


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Notas finais do capítulo

E aí? Quem gostou dá um "YAY!"
YAY!!
E ah, antes que eu me esqueça, as recomendações! SIX FUCKING RECOMMENDETIONS! Meu Deus cara, pirandooO! Anônima fofa, Sweety Boy e Purple, meus anjos, obg mesmo, viu? Vocês conseguiram deixar o dia dessa criatura aqui mais emocionante (apesar disso ter sido a mil anos atrás, pq né Cynthia...). Obg de verdade meninas!!!
É isso aí gente, obrigadão a todos vocês pelos comments perfeitos, por acompanharem a estória, por serem essas pessoas maravilhosas e até o próximo porque a vida não tá fácil pra ninguém U.U Mil beijos, Até :**



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