Always by your Side escrita por Jules


Capítulo 36
Ajude-nos - Parte Final




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"Aquilo que se faz por amor está sempre além do bem e do mal".

Friedrich Nietzsche

 

 

Com a chegada dos vampiros mais Quileutes eram compelidos a se transformarem, basicamente tínhamos um surto de jovens perdendo o controle do seu estado normal. Segundo Suplicia, os Volturi estavam se movendo de forma estratégica e ordenada. Muitos aliados de Carlisle haviam sido mortos, sendo acusados de traição.

— Você poderia me contar quem é o seu informante. – Alec pediu me observando, ele trajava uma camisa preta com um sobretudo da mesma cor. Ele estava mais estressado que o normal, a verdade era que todos estávamos.

— Não posso dizer você sabe que minha mente é a única segura dos pensamentos de Aro. – Alec bufou, caminhei em sua direção levando minha mão até seu rosto e dando-lhe um beijo em seus lábios macios.

— Compreendo. – disse por fim, dado por vencido.

— Você sabe que eu te contaria se eu pudesse. – sussurrei por ultimo.

            Desde que sairá de Volterra Suplicia não havia mais entrado em contato comigo, mas por algum motivo nessa semana ela havia me enviado uma carta escondida. A qual chegou ao endereço dos Cullen, na carta apenas dizia que Aro estava preparando a guarda e mais suas testemunhas, além de que também estava eliminando os colegas de Carlisle. Após essa breve conversa com Alec resolvi que deveria treinar, Alec resolveu que deveria passar um tempo com as crianças e as levou até o shopping com Edward e Renesmee

            Levei certo tempo até sair da mansão e chegar até o meio da floresta, seria bem interessante aprimorar minhas habilidades em um ambiente afastado. Parei próximo ao riacho, fechando meus olhos e controlando minha respiração. Em segundos senti um cheiro de cachorro molhado, abri um sorriso de lado.

— O que faz aqui fora? – virei-me para fitar Jacob, estava sem camisa e usava apenas sua velha bermuda bege.

— Vim treinar. – respondi.

— Okay, vamos lá. – Jake disse, arquei uma sobrancelha e o fitei.

— Não me lembro de ter te convidado, alias você pode se machucar. – disse um tanto séria, de fato eu gostaria de estar sozinha.

— Qual é Becca? Quer treinar ou não? – então o quileute cruzou os braços.

            Nada disse apenas me afastei ficando a uma distância razoável, não sabia o que fazer ao certo nunca estive em uma luta ou briga.

— Você nunca fez isso, certo? – perguntou o moreno, apenas concordei e ele levou a mão até seus cabelos os coçando. – Basicamente, você tem que seguir seu instinto e deixar seu corpo fazer o mesmo.

            Em questão de segundos Jacob estava a minha frente, seu punho fechado e por milésimos o mesmo não se chocou contra minha face. Acabei me desviando, afastando meu corpo e o empurrando para longe. Seu corpo foi afastado, fazendo um caminho no chão de terra e mesmo sorriu.

— Isso mesmo, mas agora tenta me acertar. Não se preocupe com a força, qualquer coisa eu me curo rápido. – Jake disse, balancei a cabeça de um lado para o outro.

— Eu não vou me segurar. – anunciei.

— É assim que eu quero. – respondeu se colocando de forma como se estivesse pronto.

            Abaixei meu tronco, senti meus pés contra o chão e corri em direção a Jacob. O primeiro golpe foi uma joelhada contra seu estômago, o vi cuspir e levar mão contra seu abdômen. Levei minha mão até seu braço esquerdo, porém o mesmo virou meu braço prendendo-o em minhas costas. Deferindo um chute contra minha coxa, fazendo-me soltar um gemido. Sem delicadeza nenhuma puxei meu braço, sentindo o mesmo sair do lugar e deferi um chute contra o peito de Jacob o afastando. Em caiu no chão e levou a mão até seu coração, nesse momento acabei por ficar um tanto preocupada.

— Jake... – o chamei.

            Foi quando o vi saltar, ficando em pé e seu corpo tremer. Em questão de segundos o enorme lobo castanho avermelhado estava a minha frente, nesse momento já não sabia se estávamos treinando ou se Jacob havia realmente perdido o controle. Ele uivou preparando-se para vir em minha direção, o tempo parou e vi momento que Jake se jogou com boca aberta para me apanhar. Saltei o mais alto que pude, seus dentes afiados rasgaram minha camiseta enquanto estava no ar. Cai em pé há alguns metros de distância, comecei a correr e podia ouvir o som de suas patas tocarem o chão com força.

— Jacob... – o chamei mais uma vez.

            Corri pela floresta com o enorme lobo atrás de mim, em um momento travei minhas pernas contra o solo e me preparei para encara-lo. Podia sentir meu peito se acelerar, ele também havia parado e me encarava como se fosse me devorar.

— Venha! – gritei.

            Ambos corremos em direção ao outro, suas presas saltavam para fora de sua boca. Senti uma corrente elétrica passar por meu corpo, energizando-me e então os meus membros formigarem. Uma barreira invisível envolveu todo o meu corpo, quando Jacob entrou em contato comigo um enorme estrondo preencheu a floresta vazia. Ao abrir meus olhos vi algumas árvores caídas, e o corpo de Jacob agora humano caído no chão.

 - Jacob... – gritei.

            Corri até seu lado, me certificando que o mesmo estava desacordado. Levei minha mão até seu pulso carotídeo sentindo o mesmo pulsar, meus olhos percorreram seu corpo e pude ver um enorme galho enfiado em sua perna, algumas feridas aberta e um corte em sua testa. Cobrindo-o com o meu sobretudo, o apanhei em meu colo e me dirigi em direção à mansão Cullen. Não demorei muito já que não estávamos tão longe, pude avistar Bella que correu em nossa direção.

— O que houve? – perguntou preocupada.

— Estávamos treinando, mas acho que ele perdeu o controle e acabei o ferindo. – respondi rápido, vi que Carlisle já estava na frente da varanda com Edward ao seu lado.

— Mas, como? – não consegui finalizar a frase, quando Carlisle o apanhou levando-o para dentro.

— Alice... – Bella respondeu.

            Entrei na mansão deparando-me com Alec, seus braços estravam cruzados e aparentava estar de mal humor. Procurei pelas crianças, mas aparentemente elas não estavam aqui. Alec se afastou, indo em direção à varanda e o segui. Suas mãos estavam encostas sobre o corrimão, estando de costas para mim ao me aproximar suspirei de leve.

— O que foi? – questionei.

— O que foi? – perguntou debochado. – Você ainda tem a coragem de perguntar? – soltou uma risada irônica.

— Eu estava treinando, para um possível extermínio que se aproxima. – disse um tanto chateada.

— Você não consegue pensar uma vez Rebecca, uma vez? – Alec virou-se para mim, sua expressão era de fúria. Acabei por me encolher, era um habito que trouxera como humana para a vida imortal.

— Mas... – tentei falar, mas fui interrompida.

— Se algo acontecesse, e se Jacob acidentalmente te machucasse ou te matasse? Você consegue pensar na dor física que isso iria me causar? – de certo modo Alec estava certo, não sabia o que havia passado em minha mente.

— Você está certo Alec, sim eu errei. Mas, não me arrependo e faria de novo se preciso. – disse séria, fechando minhas mãos em punhos. – Eu não pensaria duas vezes para arriscar a minha vida para salvar aqueles que amo, até porque eu sei que você faria o mesmo. – me afastei, era horrível sentir as lagrimas em meus olhos e não poder derrama-las.

            Foi quando senti seus braços abraçar meu corpo, envolvendo-o de forma protetora e amorosa. Seus lábios foram até minha testa, dando-me um beijo forte e sua mão levantou meu queixo. Fitei seus olhos agora negros, ele deveria estar faminto. Na verdade, sentia minha garganta queimar.

— Eu te amo, Rebecca. – disse baixo, um tanto rouco. – Não me assuste assim, essas suas atitudes rebeldes suas me assustam. – falou por fim, levei minha mão até a sua segurando a mesma com delicadeza.

— Eu também te amo Alec, me desculpe. – sussurrei.

            Seus lábios foram ao encontro dos meus selando-os, senti sua boca iniciar um movimento sutil e delicado. Tentei o acompanhar, todos os movimentos que Alec fazia eram tão perfeitos e isso não mudará. O beijo se aprofundou e pude sentir sua língua explorar minha boca, acabei por ficar na ponta dos pés e levei minha mão até seus cabelos. Acabamos por nos afastar, já que alguém se aproximava. Era Carlisle.

— Jacob está bem, teve uma leve fratura no braço esquerdo e os ferimentos estão se curando de forma rápida. – disse o loiro de forma bondosa.

— Obrigada, Carlisle. – agradeci, vendo-o se afastar.

            Voltei-me para Alec dando-lhe um beijo em seus lábios e acabei por me questionar onde estariam nossos filhos.

— Cadê as crianças? – perguntei, vi que o mesmo abriu um sorriso de lado.

— Estão no chalé da Bella, achei que hoje poderíamos ter uma noite apenas nossa. – Alec disse, dando-me um beijo em meu pescoço.

— Mas... – novamente fui interrompida, senti seus lábios cobrir os meus.

— Nada de “mas”, apenas me siga. – ordenou.

— Está certo.


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Notas finais do capítulo

Olá, espero que tenham gostado.
Desculpe a demora, estou meio ocupada essa semana.

Beijos, até o próximo!



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