Sasha corre desesperadamente de volta para a casa de áries, sua cabeça estava a mil, como poderia ter rejeitado aquele beijo? Por que não conseguia se aproximar de Asmita tão facilmente quanto conseguira com El Cid? Ao mesmo tempo o queria tão perto mas mesmo assim longe.

...

Na casa de virgem, Asmita ainda está parado em frente a porta sem entender o que havia acabado de acontecer. Sasha sempre demonstrava certo afeto por ele, e quando ele toma coragem para se aproximar mais, a garota simplesmente se afasta, porque? O virginiano termina de se vestir e decide tirar um cochilo para tentar esfriar a cabeça.

...

É fim de tarde quando Asmita sente uma mão em seus longos cabelos loiros, ao abrir os olhos Sasha está deitada ao seu lado com um grande sorriso no rosto.

—Bom dia meu amor, dormiu bem?

Ele se levanta rapidamente se desvenciliando do toque da ariana e sentando com as pernas cruzadas.

—O que faz aqui? – Ele pergunta assustado.

—Eu só vim... Falar com você. – Ela responde com certa malícia no olhar enquanto passa os dedos sobre o peitoral nú dele.

—Eu... Eu não entendo, há algumas horas você me rejeitou e agora vem até meu quarto e deita na minha cama?

O olhar de Sasha muda completamente e ela o olha nos olhos e logo depois abaixa a cabeça.

—Me desculpe, eu estou com medo...

—Medo? Medo de que?

Nesse momento tudo fica embaçado, Sasha some de sua vista e Asmita se vê completamente sozinho em um lugar escuro. De repente Camus aparece na sua frente.

—Me ajudem por favor, venham logo eu não conseguirei mais por muito tempo.

Asmita começa a correr em direção á Camus mas seus pés não obedecem e parece que quanto mais rápido tenta correr mais difícil se torna.

De repente o virginiano desperta em sua cama completamente suado. O que havia sido tudo aquilo? Eram mensagens de Camus e Sasha? Ou só um sonho? Não era possível saber com certeza. Asmita decidiu então que esclareceria tudo aquilo, na manhã do dia seguinte iria conversar com Sasha e pedir para Atena a permissão de partir em missão.

...

Asmita vai até o santuário de Atena e consegue permissão para partir em sua missão, a deusa também lhe diz para ir com Sasha já que a mesma havia pedido para sair em missão. Asmita concorda, pelo menos já seria um pretexto para ir falar com a Ariana; então assim que se despede da deusa ele caminha até a casa de áries.

—Sasha você está ai?

—Diga...

—Eu preciso falar com você. – Ele se aproxima dela enquanto fala, a garota por sua vez começa a se sentir pressionada com a aproximação e da um passo para trás encostando na porta que dava entrada á pequena casa aos fundos da casa de áries. O virginiano percebe o olhar e respiração tensos da garota. – Porque sempre foge de mim Sasha? – Ele passa então uma das mãos nas bochechas e depois nos cabelos dela.

—Anh... Eu não...

—Shhh, não diga nada agora, só sinta. – Asmita pega a outra mão e desliza suavemente pela cintura de Sasha.

O virginiano aproxima novamente seu rosto do dela, ela por sua vez decide se render, não adiantaria nada viver com medo de amar. Ela fecha os olhos e após breves segundos que pareceram décadas, os labios do loiro finalmente encontram os seus, as línguas no começo tímidas mas depois envolventes, finalmente havia acontecido. O beijo que tanto ela quanto ele desejavam há muito tempo.

—Espere... – Diz Sasha descolando levemente os lábios da boca macia de Asmita, mas ele a puxa pela cintura contra seu corpo e a beija novamente, dessa vez com mais vontade; a ariana não conseguia mais resistir ao charme daquele homem então sem abrir os olhos passa a mão pela maçaneta da porta atrás de si e a abre. O homem passa a mão pelo bumbum dela e a levanta contra a cintura dele, a levando assim até o quarto da jovem.

Os beijos continuam intensos e cada vez mais quentes, Asmita aperta o bumbum de Sasha com uma das mãos e com a outra procura os seios da garota, ao encontra-los sobe a outra mão e abre o sutiã dela enquanto da vários beijos em seu pescoço enquanto ela geme timidamente. De repente escutam um barulho; haviam deixado a porta aberta e de certo alguém havia entrado.

—Sasha? Está tudo bem por ai? A porta estava aberta. – Era Ísis e sua voz se aproximava cada vez mais do quarto. Asmita corre e se esconde dentro do armário enquanto Sasha tenta se recompor; não podia acreditar que aquele momento havia sido estragado por sua melhor amiga.

—Oi Ísis, ta tudo ótimo, valeu!!

—Você está meio eufórica, ta tudo bem mesmo? – Ela perguntou.

Sasha fala com mais calma:

—Sim, com certeza, já pode ir.

—Na verdade eu queria falar com você, Atena me disse que você pediu para partir em missão, e eu estou preocupada com você. O seu objetivo nessa missão é somente vingança por quem matou El Cid ou há mais coisa envolvida?

—Er... olha Ísis agora realmente não é um bom momento para falar sobre isso. Depois eu passo na casa de escorpião e a gente conversa ok?

—Ok... mas toma cuidado amiga, com sentimentos de vingança você nunca será capaz de derrotar Leni ou Minos.

—Eu tomarei, obrigada. – Diz a ariana enquanto praticamente enxota a amiga da casa, ao fechar a porta volta para o quarto e Asmita está sentado na cama com um olhar sério. – O que foi? – Ela pergunta.

—Foi para isso que você pediu para partir em missão? Pelo desejo de vingança?

—Eu não tenho... Espere, como você sabe que eu pedi para partir em missão?

—São muitas as informações. Primeiro responda a minha pergunta e então eu respondo a sua. – A fala do virginiano é extremamente firme e convincente.

—Eu só quero que eles paguem pelo que fizeram!

—Todos queremos, mas também sabemos que vingança é o sentimento errado. Você precisa se afastar disso se quiser vencer.

—Você não pode me dizer o que fazer.

—Eu sei. E nem quero. Só estou tentando ajudar, você é quem escolhe se vai aceitar ou não.

—Ok, tanto faz. Mas responda minha pergunta.

—Atena me disse, mas isso não importa. O motivo pelo qual eu vim aqui foi para te pedir para partir em missão comigo.

—Você também quer partir em missão? Para que? – Sasha pergunta curiosa. – Eu ia te chamar para me acompanhar na minha.

—Então acho que estamos entendidos. Amanhã cedo eu passo aqui e nós vamos.

—Mas qual é o seu motivo Asmita? – A garota pergunta impaciente.

—Amanhã você saberá. – Ele responde calmo como sempre enquanto deixa a casa.

Assim que a porta se fecha Sasha se lembra que vira algo na armadura de El Cid e então corre para a casa de capricórnio rezando para que ainda estivesse lá. Depois de alguns minutos ela finalmente chega lá, mal conseguia respirar de tão rápido que correra, mas seu esforço valera a pena, lá estava o objeto escondido na armadura. Ao pegá-lo ela percebe que é uma carta escrita em um dos lados “Para Sasha.” . milhões de coisas passam pela sua cabeça, e finalmente quando ela termina de abrir a carta sua respiração esta á mil.

“Provavelmente quando você estiver lendo essa carta, eu já não esteja mais usando minha armadura. Quando a guerra começou e os cavaleiros começaram a morrer, eu percebi que precisava deixar algo para você caso o pior acontecesse comigo; então decidi escrever essa carta. Me desculpe por deixa-la sozinha no meio dessa guerra, eu não sei exatamente o que aconteceu comigo mas eu espero que minha morte não tenha sido em vão. Eu sempre tentei permanecer vivo para estar ao seu lado, me desculpe por não conseguir cumprir meu dever de cuidar de você, e acima de tudo me perdoe por ir embora tão cedo. Talvez algum dia nós nos encontremos de novo, meu tempo na Terra já acabou, mas eu continuarei olhando por você daqui de cima. Seja forte e nunca desista. Passe adiante o legado dos cavaleiros de Atena que lutam pelo amor e pela justiça e por favor não sinta raiva ou sede de vingança pelos responsáveis por isso, nós cavaleiros devemos lutar pelos motivos certos, nunca se esqueça disso por mais que seja difícil que pareça ser. Fique viva, vença todos os obstáculos e quando tudo isso acabar, olhe para trás e veja todas as coisas boas que você fez pela Terra. Nós podemos ser apenas poucas pessoas, mas um dia todos nós seremos lembrados.

Com carinho e amor, El Cid.”

Sasha mal havia terminado de ler e as lágrimas escorriam pelo rosto caindo no papel, ela apertava os olhos tentando conter o choro, mas suas tentativas eram inúteis, naquele momento só conseguia se lembrar do amigo e do quanto ela queria que ele estivesse com ela naquele momento. A ariana desce as todas as escadas novamente até a casa de áries, quando chega lá deita na cama e aperta o papel nas mãos enquanto chora; por mais que quisesse parar ela não conseguia. Como ela poderia? Afinal El Cid não voltaria mais para conforta-la, e aquela carta provava tudo o que ela queria que fosse mentira. Até ele aceitara a própria morte, porque então era tão difícil para ela? As lágrimas continuaram a escorrer até que ela pegasse no sono.