Couples on Fire escrita por Vanessa Morgado, Celo Dos Santos


Capítulo 91
Capítulo 91


Notas iniciais do capítulo

Desculpem pela demora e pra compensar, capítulo grande!

~Enjoy~



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O sol invade uma pequena brecha na janela e ilumina o rosto de Niky. Ele se incomoda e acaba despertando. Havia tido uma noite intensa numa balada de alto requinte, lá conheceu uma garota e havia dormido com ela num hotel.

Ele não se recorda de todos os detalhes, mas reconhece que a noite foi maravilhosa e que não pensou em Blair em nenhum momento.

Na tentativa de se espriguiçar ele colide sua mão no rosto da bela mulher.

– Hey. - A garota resmunga e se afasta de Niky. - Uma boa maneira de falar bom dia.

– E essa? - ele morde o lábio e se aproxima dela.

– Melhor ainda. - Ela sorri de lado.

Ele se posiciona sobre ela e a beija safadamente.

Ela retribui ao beijo e cruza as pernas na cintura dele.

Niky morde o lábio dela e o puxa excitantemente.

– Isso é bom demais. - Ela sorri.

– É? - ele fala fazendo uma cara de safado.

– Sim. - Ela pisca a ele.

Niky volta a beijá-la percorrendo o busto dela com uma das mãos.

Ela morde o lábio e fecha os olhos gostando da carícia.

Ele persiste e geme próximo ao ouvido dela.

Ela sorri e vira a cabeça, olhando o relógio.

– Droga! - Ela se assusta com a hora.

– Mordi muito forte? - ele estranha.

– Não. Eu tenho uma reunião em 1 hora. - Ela olha para ele.

– Entendido. Foi bom estar com você. - ele sorri.

– É, foi. - Ela fala esnobe e levanta da cama, começando a se vestir.

– Não falou dessa forma quando estava aqui. - ele olha ela de maneira safada.

– Acredite, isso não vai se repetir. Nunca mais. - Ela olha para ele ao abotoar sua blusa.

– Até parece que eu queria que se repetisse. - ele se levanta e abaixa um pouco a cueca deixando o desenho de sua pelve amostra para provocá-la.

– Eu tenho certeza que sim, mas não vai rolar.

– Será que você pode ser mais rápida então. Tenho um quarto caro de hotel para aproveitar. - ele começa a agir como ela.

– Acho que não vai aproveitar nada, já que eu estou pagando e assim que passar pela recepção, pedirei para que te expulsem daqui. - Ela pega sua bolsa e seus sapatos e caminha para a porta.

– Ri-dí-cu-la. - ele vai até seus trajes e veste a calça.

– Se olhe mais no espelho. - Ela pisca para ele e sai dali.

Niky ignora o comentário e termina de se trocar, apesar da garota ser extremamente indigerível a noite havia sido maravilhosa.

Myle desce a escada da república e vai até a cozinha.

– Ah, Anne, oi. - Ela sorri.

– Bom dia My, tudo bem?

– Estou sim. Vou pra academia.

– My, sobre o Dun...

– Não Anne, eu não estou preparada para falar sobre ele, desculpe.

– Eu entendo, apenas quero que saiba que estarei do seu lado, sempre que precisar.

– Obrigada Anne, de verdade. E desculpe por ontem, acabei descontando minha frustração em você. - Myle suspira.

– Tudo bem My, fique bem. - Anne sorri.

– Obrigada. - Myle sorri e sai dali, indo para a academia.

Jack dormia tranquilamente com Lia, eles haviam tido uma noite perfeita o que trouxe um pouco de paz para o casal.

Jack emitia os famosos ronco-assobios e tinha o corpo de Lia junto ao seu.

Lia resmungava algumas coisas sem muito sentido, ela se revira algumas vezes e acaba acordando.

– Que droga...

Jack rola para o lado, o barman tinha um sono bastante pesado.

Lia olha para o namorado e sorri.

– Jay?

Jack rola mais uma vez quase derrubando Lia da cama. Ele estava levemente cômico daquele jeito.

– Hey! - Lia joga um travesseiro nele.

– Ai! - Jack ri e agora sim desperta.

– Bom dia. - Lia sorri.

– Bom dia. - ele fala de maneira dengosa e rola para perto dela.

– Dormiu bem? - Ela faz carinho no rosto dele.

– Perfeitamente e continuaria dormindo se... - ele joga a almofada nela.

– Hey! - Ela ri. - Você quase me jogou pra fora da cama, Sr. espaçoso.

– E você geme demais durante a noite. - ele mostra a língua a ela.

– Tive uns pesadelos essa noite. - Ela suspira.

– Seriously!? - ele se senta e vira de frente a ela, como se dissesse para ela contar.

– Sim. - Lia olha para ele. - Não sei se devo te contar, dizem que quando se conta seu pesadelo ele se torna real.

– Cruzes. - Jack faz uma careta.

– É, pois é. - Lia se vira e se levanta. - Vamos descer? Estou com fome, pra variar um pouco. - Ela ri.

– E o tubarão acorda. - Jack caçoa.

– Quieto. - Ela faz careta. - E vem logo, se não eu como tudo. - Ela abre a porta e caminha para a cozinha.

– Myle acorda que o tubarão está indo pra cozinha! - Jack berra e segue a namorada.

– Ela saiu faz tempo. - Anne ri ao ver Jack e Lia descerem.

– Oxe. Para onde mesmo? - o barman indaga.

– Academia, eu acho.

– Mas e você como está? - Jack se senta de frente a Anne.

– Com muita coisa na cabeça. - Ela ri. - Faculdade, o CD, a Fire, meus novos pais...

– Como se sente em relação a eles Anne? - Lia olha para a amiga.

– Confusa. Ta um pouco complicado assimilar tudo isso, mas to tentando e o Damien até que está ajudando.

– Ele é um cara legal. - Jack comenta e mordisca uma torrada.

– Ele é e quer que eu aceite a Joanne, mas ta difícil ainda sabe. Eu não sei o que fazer.

– Já foi um grande passo conversar com o John, Anne. Você superou uma barreira e eu sei que na hora certa, você conseguirá conversar com a Jo. - Lia sorri a amiga.

– É, talvez você tenha razão.

– Já que estamos só os 3, precisamos conversar. - Jack olha para Lia dando dica do que se tratava.

– Sobre o que Jay? - Anne come um pedaço de panqueca.

– Precisamos te contar uma coisa Anne.

– O que Lia? Vocês estão me assustando, cheios de mistérios.

– Bom Anne mais uma vez ficamos sabendo algo antes de você. - Jack olha para ela aflito.

– O que? - Anne olha para eles.

– Ficamos sabendo que John e Joanne são seus pais antes de você. - Lia olha ela da mesma forma que Jack.

– Ah... - Anne fica sem saber o que falar.

– Por favor, não nos mate. - Jack remove as facas de perto dela, tentando dar um alívio cômico.

– Não. - Ela ri. - Acho que vocês fizeram o certo. Eu deveria ficar sabendo por eles. Se vocês me contassem eu acharia que era piada.

– Espera, você está bem? - Lia coloca a mão na testa dela.

– Hey! Eu estou e estou falando a verdade. - Anne ri da amiga.

– Chamem os bombeiros nossa pirralha está amadurecendo. - Jack riu.

– Quieto. - Anne ri.

– Que bom que nos entende Anne. - Lia sorri.

– E foi exatamente o que pensamos. Eles é quem deveriam contar. - ele continua rindo.

– E como vocês acham que eu devo agir agora?

– Não agir impulsivamente. - Jack fala sinceramente.

– Saber ouvir e tentar entender o lado da Jo, já que o do John você já entendeu. - Lia sorri.

– Mas no momento certo. Jo esperará o tempo que for. - Jack complementa.

– Farei isso. Obrigada casal. - Anne sorri. - E como vocês estão?

– Muito bem. - Lia fala apaixonada.

– Melhor do que perfeitos. - ele fala da mesma forma.

– Ah como são fofos!- Anne sorri. - Mas, e o baby da Debs? Faz tempo que não falo com eles.

– Está bem. Valentina é forte. - Jack sorri orgulhoso.

– Valentina? É uma menina?

– Sim Anne, uma menina.

– Uma linda menina, corrijo. - Jack levanta as sobrancelhas.

– Ah, vou mimá-la. Com toda certeza. - Anne ri.

– Parece que você disputará com Blair. - Jack ri - Falando nela... Como pode dormir mais que eu? - Jack balança a cabeça negativamente.

– Você só acordou porque eu te acordei Jay, se não você ainda estaria dormindo.

– Por isso vou acordar nossa mascote. - Jack se levanta.

– Não, deixa ela dormir. - Lia olha para ele.

– É, e você não vai gostar do que vai encontrar lá. - Anne sorri de lado.

– Seriously!? Minha adoção está com um homem lá em cima? - Jack fica boquiaberto.

– Com meu irmão na verdade. - Anne revira os olhos enciumada.

– Espero que ele não peque com ela.

– E eu espero que ela não peque com ele.

– Nossa, é ciúme demais aqui... - Lia olha para eles.

Jack olha para elas e ri da conversa.

– E vocês não vão voltar pra faculdade não? - Anne olha para eles. - Amanhã acompanharemos um julgamento.

– Sério? - Lia olha surpresa para Anne. - Você tem o resumo do caso?

– Eu tenho o caso todo. - Anne ri. - O professor deu uma cópia para todos, menos pra vocês.

– Eu não estava numa fase boa, em relação a Faculdade. - Jack confessa a Anne.

– Crise existencial?

– Um pouco. Mas só em relação a faculdade, entende. - Jack explica.

– Entendo. Bom, se tiver passado, empresto o caso pra vocês e amanhã vamos junto ao tribunal.

– Faremos exatamente isso. - Jack diz decidido.

– Combinado então. Lia, a pasta está em cima da minha mesa, pode pegar lá para que vocês leiam. Eu vou sair, preciso encontrar o Hale pra finalizar meu CD e fazermos uma sessão de fotos.

– Olha só, popstar. - Lia sorri. - Pode deixar. Divirta-se Anne.

– Obrigado, An, divirta-se mesmo. E Anne... - Jack dá a entender que falaria mais.

– Sim? - Anne olha pra ele.

– Amamos muito você, nunca esqueça disso. - Jack abraça Lia e fica olhando a loira.

– Também amo vocês. Minha eterna família. - Anne sorri a eles.

– Ah para, vou chorar. - Lia sorri emocionada.

– Choremos todos. - Jack beija a testa de Lia e sorri lindamente.

– Sem choro. - Anne ri e acena para eles, saindo dali.

– Ela mudou. - Lia sorri ao olhar para Jack.

– Pra melhor. - Jack conclui - Nosso bebê cresceu.

– Fizemos um bom trabalho não? - Lia se vira ficando de frente para ele. - Papai.

– Fizemos sim. - ele ri - Agora temos outra para cuidar. - ele assente para os quartos.

– Acredito que a Blair é a mais responsável de todas Jay, quem precisa mesmo da nossa ajuda é a Myle.

– Nem me fale. Qualquer dia desses vou conversar com Duncan. - Jack fala decidido.

– Sobre o que? - Lia beija o pescoço dele e depois volta a olhar o namorado.

– Sobre Myle. - Jack se sentia extremamente incomodado com a situação.

– Ele fez a escolha dele Jay, o que você falar, não fará diferença.

– Talvez tenha razão. - Jack suspira.

– Pense nisso e não sofra tanto assim meu amor. - Lia olha nos olhos dele.

– Vou tentar. - ele pega o celular no bolso - Vou ver como a Deb e a Valentina estão. - ele disca o número da modelo.

– Ah, tudo bem. - Lia sorri e se afasta dele, voltando a sentar na mesa para comer.

– Jack! - Deborah atende a ligação animada.

– Hey ruiva! - Jack também esbanja a mesma animação.

– Tudo bem Jay?!

– Estou sim, tirando alguns problemas envolvendo Myle. - Jack suspira.

– O que aconteceu com ela? - Deborah se preocupa.

– Ela e Duncan terminaram seu relacionamento. - ele relata.

– Nossa! Ela deve estar arrasada! - Deborah suspira. - Mas eles se amavam, porque terminaram?!

– É uma longa história... - Jack suspira - Mas saiba que Duncan tinha fortes motivos para desistir de Myle.

– Nossa, que triste isso. Mas tomara que ela supere então.

– Vamos torcer para isto. Mas como você está?

– Eu estou ótima! Estou vagando um quarto para montarmos o quarto da Valentina. - Deborah sorri.

– Falando nela... Como está? - ele questiona.

Seus olhos brilhavam somente por ouvir o nome da filha.

– Sapeca! Dorme o dia todo e de noite fica me chutando. - Deborah ri. - Antes de nascer, ela já troca o dia pela noite.

– Puxou ao pai. E a mãe também, que sei. - ele não evita um tom safado.

– Hey! - Deborah se finge de ofendida. - Mas é verdade. - Ela morde o lábio ao ver Leon entrar no quarto sem camisa.

– Mais alguma coisa para eu carregar? - Leon questiona um tanto cansado.

– Não amor, o quarto está vazio. - Deborah sussurra para ele. - Jack, compraremos os moveis do quarto da Valentina, quer ir conosco?

– Really!? - Leon fala apenas para que ela ouça.

– Claro! Seria maravilhoso! - Jack num evita a empolgação.

Deborah sorri sem graça para Leon.

– Então a gente se encontra daqui uma hora no shopping Jack.

– Ah! Deborah! Posso levar a Li? - Jack indaga.

– Claro! - Deborah sorri.

– Então perfeito. - Jack sorri - Nos vemos mais tarde. - o barman diz.

– Até mais tarde Jay. - Deborah encerra a ligação e olha para Leon. - Desculpa.

– Tudo bem... Ele deve participar desse momento. - Leon tenta não se equivocar.

– Por isso o chamei, não queria te chatear. Desculpe mesmo.

– O importante é comprar o melhor para Tina. - Leon se aproxima dela.

– Compraremos. - Ela sorri.

– Meus pais ligaram e virão nos ver amanhã. - Leon informa.

– Ah, que tudo! Estou com saudade deles. Podemos preparar um jantar e chamar a Blair e minha mãe também. O que acha?

– Perfeito. - Leon se agrada com a ideia - Perguntaram se Tina e a pimentinha deles estavam bem. - ele ri.

Deborah ri olhando para Leon.

– E o que você disse?

– Disse que estão ótimas.

– Leo, desculpa. - Deborah olha nos olhos dele.

– Pelo o que amor? - Leon se aproxima e coloca a mão no rosto dela.

– Por ter chamado o Jack, por ter te decepcionado, por ter escondido de você um tempo que a Tina não era sua filha. - Ela suspira.

– Deborah não se preocupe com isso. Já te perdoei, amor. - ele abraça ela.

– Mesmo? - Ela abraça ele de volta.

– Sim. Me sinto desconfortável em alguns momentos, sabe, mas acostumarei. - ele faz carinho no cabelo dela.

– Não queria te deixar assim.

– Tudo bem, você não possui culpa de absolutamente nada. - ele mantém as carícias.

– Ok... - Deborah sorri. - Como você quer que esse quarto seja?

– Lilás, amo essa cor. - ele sugere.

– Lilás então. - Deborah sorri.

– Obrigado amor. - Leon sente-se importante por isso.

Ele achava que Deb teve exatamente esta intenção quando deixou que ele escolhesse a cor.

– O que acha de combinarmos o lilás com branco?

– Aprovado. - ele sorri.

– Ótimo. - Ela sorri e beija ele. Queria que Leon fizesse parte das escolhas relacionadas a filha.

Leon retribui ao beijo dela contente pela importância que Deb deu para ele. Talvez isso ajudasse ele a se conformar ainda mais.

– Eu amo você. - Ela sussurra entre o beijo.

– Eu também. Muito muito.

– Depois que sairmos do shopping, temos que ir no mercado e também naquela padaria que Blair e sua mãe tanto amam, e claro, é uma desculpa para que eu compre um pedaço daquela torta de chocolate branco que eu tanto amo. - Deborah fala ao se afastar de Leon.

– Meu Deus! Tenho medo dos seus desejos, definitivamente. - ele ri.

– Não tenha. - Ela ri. - Ainda não desejei nada de absurdo, a não ser por aquele da nutella.

– Eca! Num quero nem lembrar. - ele caçoa dela.

– Mas estava bom.

Leon faz uma careta.

– O problema é quando você me faz atravessar a cidade para ir naquele restaurante brasileiro. - ele balança a cabeça negativamente, rindo.

– Ah, mas fala sério, aquela feijoada deles! - Deborah lambe os lábios. - Delícia!

– Quando não é a feijoada é a salada de frutas nativas. - ele continua rindo.

– São gostosas. - Ela ri.

– São distantes, corrijo.

– Chato. - Ela mostra a língua pra ele.

– Também te amo. - ele agarra ela.

– Uou! - Ela ri. - Adoro isso.

Ele vai levando ela para o quarto do casal tomando o devido cuidado.

– O quem tem em mente? - Deborah olha para ele e morde o lábio.

– Uma rapidinha antes de encontrarmos Jack e Li? - ele sorri de lado.

– Era o mesmo que eu queria. - Ela morde o pescoço dele.

Ele geme e repousa ela sobre a cama, ele deita por cima dela e rebola fazendo ela sentir sua ereção.

– Eu amo o que causo em você. - Ela sussurra para ele.

Ele geme próximo ao ouvido dela. Estava ofegante, havia muita tesão em tudo o que ela estava fazendo.

Deborah continua investindo os beijos no pescoço dele, gostava de provocar o modelo.

Leon morde o ombro dela e sua mão penetra por dentro do jeans que ela usava.

– Leon... - Deborah fala ofegante.

– Deb... - ele sorri safadamente.

Os dois se rendem a todo esse fervor e aproveitam o pouco tempo que tem até a chegada de Jack e Lia.

Olav olhava para o relógio posicionado ao fundo da grande sala de reuniões.

Julgando por suas roupas claramente se via que estava na sua empresa. Havia um outro homem ali, este parecia bem mais inconformado do que Olav, era perceptível uma decepção em seu olhar.

"Vamos Genevieve...", o homem matutava.

– Bom dia Srta. Shark. - A recepcionista se levanta ao ver Genevieve entrar no escritório.

– Onde está sendo a reunião? - Ela responde seca.

– Na última sala a esquerda. - A recepcionista indica.

Sem agradecer, Genevieve se vira e segue para a sala de reuniões. "Não me mate papai..."

– Olav peço perdão pelo atraso de minha filha, eu tenho certeza que ela... - o abrir da porta interrompe Brandon.

– Bom dia, perdoem-me pelo atraso. - Genevieve entra na sala. - Tive uns problemas, mas já foram resolvidos.

– Não se preocupe Srta. Shark. - Olav sorri.

Brandon Shark olhava a filha com grande desaprovamento.

– Problemas femininos... Sorte a de vocês serem homens. - Ela sorri. - E então? Onde está o Duncan?

– Ele não foi convocado a esta reunião. - Brandon responde.

– Ah... Então, vamos iniciá-la. - Ela olha para o pai e depois para Olav.

– Primeiramente, estamos oficializando a nossa sociedade. - Olav sorri aos dois - E segundo, mas não menos importante, a Kronus está lançando um novo relógio.

– Ah, isso é ótimo! - Genevieve vibra. - Com toda certeza será vendido com exclusividade nas minhas lojas.

– E já que queremos testar suas capacidades administrativas quero que dirija toda a campanha de vendas deste novo produto. - Olav sorri a ela.

– Tenho certeza que minha filha o agradará, Olav. - Brandon olha para Genevieve como se dissesse que ela tinha a obrigação de cumprir isso.

– Não irei decepcionar. - Ela sorri nervosa com o olhar do pai.

– O relógio está totalmente atualizado com o que há de melhor, além de ser esteticamente bastante privilegiado. - Olav entregue uma pasta a ela.

– Obrigada. - Ela pega a pasta e começa a foleá-la. - Nossa, são lindos.

– Sim. Realmente foram muito bem projetados. - Brandon analisa.

Estava contente com a sociedade, lucraria muito.

– O que acham de fazermos uma campanha pra divulgação dos relógios? - Genevieve olha para eles.

– Uma ótima ideia Genevieve! - Olav exclama.

"Isso, filha...", Brandon Shark comemora.

– Então faremos, entrarei em contato com a Stone Models, que é a melhor agencia de modelos e conversarei com eles. Esses relógios serão um sucesso.

– Gostei da fibra e atitude Genevieve, tenho certeza que deixarei a Kronus em ótimas mãos. - Olav sorri a ela.

Brandon não esconde o orgulho.

– Obrigada Olav, farei o meu melhor. - Ela sorri a ele e olha para o pai.

– Acho que estamos encerrados, não? - Brandon olha para Olav.

– Oh, claro e muito bem encerrados. - o homem tosse algumas vezes e se recompondo sorri.

– Tudo bem Olav? - Genevive se preocupa.

– Estou sim, não se preocupe. - o homem sorri - Obrigado pela preocupação.

– Tudo bem. - Ela sorri. - Bom, se estamos encerrados, eu irei até a agência para conversar com a Carol. Me acompanha papai?

– Sim. É sempre um prazer cuidar dos negócios contigo Olav. - Brandon cumprimenta o sócio.

– O prazer é meu, grande amigo. - Olav dá tapinhas nas costas de Shark.

– Olav, mais uma vez, me perdoe pelo atraso. Mande lembranças a Nat e a Carmem. - Ela abraça o senhor.

– Fique tranquila quanto a isso. - ele abraça ela - Ah! Pode deixar.

– Qualquer novidade ligue e assim que eu tiver uma posição da Carol, eu entro em contato. - Ela diz ao se afastar.

– Perfeito. - Olav assente a jovem.

– Vamos, filha? - Shark olha para ela.

– Vamos. Tchau Olav. - Ela sorri e pega sua bolsa saindo da sala de reuniões.

Eles saem da sala e caminham pelo corredor.

– Posso saber o por que do atraso? - ele encara a filha.

– Eu estava em um hotel, passei a noite fora, aproveitando enquanto tenho minha liberdade. - Ela olha para ele. - Talvez algum paparazzi tenha me flagrado... - Ela dá de ombros.

– Genevieve Shark! - o pai para - O que exatamente você está me dizendo?

– O que papai? Acha mesmo que eu iria parar de viver a minha vida só por causa desse acordo com o Olav?!

– Na verdade você VAI parar de viver sua vida por que irá casar-se com o filho de Olav Feelings. - o pai fica furioso com a ousadia da filha.

– Enquanto esse casamento não acontece, eu continuarei vivendo a minha vida. - Ela se vira e caminha para sair dali.

O pai segura em seu braço e puxa para perto brutamente.

– Me solte! - Genevieve protesta.

– Se você conseguir destruir esse casamento e a nossa chance de sociedade com os Feelings eu juro, Genevieve Shark, que... Que... Que te deserdo. - ele fala em fúria.

– Não será necessário tudo isso e vamos logo embora se não o Olav vem aqui e nos flagra assim.

– Não abuse, minha filha. - ele força um sorriso e sai dali com ela.

"Não me provoque, papai." Ela pensa revirando os olhos e o acompanha.

– Hey Myle! - Luke grita por ela ao vê-la sair da academia.

O rapaz corre e alcança-a.

– Ah, hey. - Ela sorri para ele.

– Tá tudo bem? - ele se aproxima e começa a caminhar com ela.

– Está... Bom, não, não está. - Ela suspira.

– Sei que não sou um Jack, mas pode me procurar caso precise de algo. - ele sorri a ela.

– Obrigada Luke. - Ela sorri. - Eu estou tentando lidar com isso tudo, mas está difícil.

– A saída dele da Fire... Te deixou ainda pior? - ele olha ela.

– Estou sem chão. - Ela suspira.

– Você não merecia passar por isso. Mas... - ele reflete - Você precisa ouvir isso!

– O que?

– Minha vó sempre dizia... Não deparamos com uma luta na qual não temos força para superá-la. - Luke fala com bastante afinco.

– Nossa, que forte isso. - Ela sorri gostando do que ouvira.

– Forte. - ele concorda - E ai? Confia nisso?

– Confio. Obrigada Luke. - Ela abraça ele.

Ao abraçá-lo Myle enxerga ao fundo algo que lhe chama a atenção. Uma estrutura que lhe parece familiar.

– Luke! - Ela se afasta e olha para o prédio surpresa.

– Oi? - ele estranha.

– A escola, onde eu estudava antes de ir pra boate! - Ela sorri. - A escola de culinária!

– Você fazia culinária, really?! - ele fica boquiaberto.

– Eu estudava, mas meus pais não conseguiram mais pagar a escola e eu comecei a trabalhar, então abandonei. - Ela fala sem graça.

– Mas por que você não retorna? - ele arqueia uma sobrancelha a ela.

– Farei isso, seguirei o seu conselho e o do Jack. - Ela sorri animada.

– Por que num se inscreve agora? - ele incentiva.

– Vem comigo. - Ela puxa ele em direção ao prédio.

– Tenho escolha? - ele brinca ao ser puxado.

– Não. - Ela ri e entra no prédio.

O lugar já exalava uma diversidade de cheiros, a recepção exibia vários diplomas e trofeis, mostrando como o local qualificava seus estudantes.

– Bom dia. - disse uma garota de aparência asiática que estava atrás do balcão.

– Bom dia. - Myle sorri. - Eu gostaria de reabrir minha matrícula.

– Oh! Claro! Me fale seus dados, por favor. - a moça mexe no computador.

– Myle Bodegard. - Myle olha para a garota e entrega seu RG para ela.

Luke fica ao lado da amiga para dar aquele apoio.

– Encontrei. - a moça se anima - Srta. Bodegard suas notas estavam indo muito bem pelo que vejo, será um prazer tê-la de volta. - o sorriso da atendente era tão bonito que parecia estar convidando Myle ainda mais para retornar ao lugar.

– Ah, obrigada. Será ótimo voltar. - Ela sorri a garota.

– Tem mais algo em que posso ajudar. O seu amigo... Ele vai se inscrever também?

– Eu? - Luke fala distraidamente.

– Sim, o sr. - ela ri dele.

– Ah... Na verdade não, eu estou acompanhando-a. - Luke gosta da aparência da garota.

– Não, obrigada. Ele na verdade gostaria de conhecer a escola. - Myle sorri a garota.

– Oh! Seria um enorme prazer. - a asiática sorri.

– Eu... Eu... - Luke fica sem reação.

– Você vai curtir esse passeio. - Myle cochicha para ele. - Aliás, de nada. - Ela ri e sai da escola.

Luke segue a garota um tanto sem graça.

Na saída Myle acaba esbarrando em um rapaz que tinha os olhos bastante escuros e interessantes.

– Ah, desculpe. - Myle olha para ele sem graça.

– Me desculpa eu. - ele sorri amistosamente.

Ele se encanta pela beleza dela.

– Estuda aqui? - Ela olha para ele.

– Na verdade estou indo fazer minha matrícula. - o rapaz sorri.

– Ah... Você vai gostar. É uma boa escola.

– Então estuda aqui? - o rapaz indaga.

– Acabei de reabrir minha matricula. - Ela sorri.

– Que maravilha! - o homem nota que havia uma certa empolgação em suas palavras - Quero dizer... Gabriel. Meu nome é Gabriel.

Ela ri e estende a mão para ele.

– Myle.

– Muito prazer. - ele a cumprimenta.

– O prazer é meu.

– Você reabriu em qual semestre? - Gabriel questiona.

– Terceiro. Já tinha feito um ano, mas por problemas pessoais ti e que parar por um tempo.

– Você entrará na minha turma! - Gabriel sorri.

– Ah, que ótimo! - Myle sorri.

– Prometo não te deixar perdida. - Gabriel pisca lançando um pouco de seu charme.

– Cumpra com sua promessa então. - Myle sorri ficando corada. - Até amanhã?

– Até. - Gabriel se aproxima e beija o rosto dela.

– Tchau. - Ela retribui ao beijo e sai da escola. "Hora de seguir com a vida My."

– Perfeito. - Hale aplaude.

Jev e Anne estavam oficializando a carreira em dupla e gravavam mais uma música do repertório de seu CD.

– Você arrasa amor. - Anne sorri para ele.

– Eu? Claro que não. É você sua linda! - ele agarra ela contentíssimo.

– Te amo. - Anne ri e beija o namorado.

– Que lindos... Mas será que vocês poderiam passar a parte final mais uma vez? - Hale fala seguindo as intruções do treinador vocal da dupla que estava ao seu lado.

– Claro! Sem problemas. - Anne fala ao se afastar de Jev.

– Iniciando em... - o homem dá um sinal - Agora!

Assim que ouve os acordes, Anne começa a cantar junto com Jev, a música era especial, escrita pelo casal.

Se chama Belong e a letra conta história de duas pessoas recém-casadas que apesar das diferenças sabem que pertence um ao outro.

Anne sorri apaixonada para Jev, amava ele e tentava expressar isso nesse olhar.

Jev entende o olhar dela e se sente privilegiado por isso. O rapaz sorri lindamente e juntos encerram a música como foi pedido.

– Muito melhor! - o treinador aplaude.

– Obrigada! - Anne sorri para ele.

– Acho que terminamos por hoje. E não se esqueçam do ensaio de fotos, se bem que será no seu aniversário Anne, impossível esquecer. - Hale sorri e sai da sala onde ele e o treinador editavam a gravação.

– Estou contando os minutos Hale. - Anne fala animada.

– Hale muito obrigado mesmo, por tudo! - Jev abraça o empresário.

Anne observa os dois sorrindo e assim que eles se separam, ela abraça Hale.

– Você é incrível e mudou a minha vida.

– Trabalhar com vocês está sendo gratificante demais. - ele sorri após encerrar o abraço em Anne.

– Ficamos felizes por isso Hale. - Anne sorri e fica ao lado de Jev.

– E assim que terminar as edicões mandarei um exemplar das faixas gravadas até agora no e-mail de cada um. - o treinador explica.

– Uou! Isso é demais! - Anne vibra.

– Não vejo a hora de ouvir nosso trabalho nas rádios. - o homem prossegue.

– Sem querer ser convencida, mas tenho certeza que será o mais divulgado e o que fará mais sucesso. - Anne sorri.

– Sem sombra de dúvidas! - Hale sorri.

– Então terminamos por hoje? - Jev questiona.

– Sim, bom, eu acho que sim. - Anne olha para Hale.

– Terminamos. - Hale assente.

– Vamos amor? - Jev olha para a namorada.

– Vamos. - Anne pega sua bolsa e acena para Hale. - Tchau Hale.

– Tchau An! Jev. - Hale acena também.

– Obrigado Rory, até mais. E obrigado de novo Hale. - Jev fala.

– Tchau Rory. - Anne acena para ele também e aguarda o namorado.

Jev sai com ela da gravadora e não consegue esconder o sorriso.

– Foi tudo perfeito né...

– Sim. Nosso CD será maravilhoso como você.

– Não mais do que você. - Anne fala apaixonada.

– Boba. - ele atravessa a rua com ela.

– Também te amo. - Ela ri.

– Mas me conta... Como está esse lance entre você e Damien?

– Está sendo incrível! Nunca imaginei que amaria ter um irmão.

– Parece que reobteve uma cunhada? - Jev brinca.

– Verdade. Ele e Blair se amam, embora eu morra de ciúmes, eu apoio a relação deles.

– Já tem ciúmes dele? - Jev ri e entra no carro.

– Já e não ria de mim.

– Desculpe. - ele segura, porém não por muito tempo - Que fofa amor.

Anne ri e beija ele.

– Não sei o que seria da minha vida sem você.

– Eu também não sei. - ele debocha.

– Estou criando um monstro!

– Este monstro teve uma ideia fantástica. - ele sorri empolgado.

– Conte-me. - Ela sorri.

– Que tal chamarmos Blair e Damien para almoçar conosco? - ele se anima.

– Super apoio essa ideia! Será incrível!

– Sério? Ligue para ele. - Jev sorri e para num farol.

– Em um minuto. - Ela pega o celular e disca para o irmão.

– Ok.

– Ele deve estar ocupado, não atende.... - Anne liga novamente e coloca o celular no viva-voz.

– Alô, Anne? - a voz do rapaz ecoa no carro.

– Damien! Tudo bem?

– Estou sim, maninha. E você? - Damien olha para Blair animado.

– Estou ótima! Jev e eu finalizamos a gravação do nosso CD e queremos comemorar. - Anne sorri.

– Hum... E querem me incluir nisto? - ele sorri de lado - Estou sorrindo de lado.

– Claro! Você e a Blair. O que acha?

– Demais! Claro que iremos. - Damien olha para a namorada.

– Ótimo! Nos encontrem na praia em 20 minutos?

– Perfeito! - Damien sorri - Vou conversar com Blair.

– Ótimo! Espero vocês lá. Tchau Damien. - Anne encerra a ligação.

– E ai? - Jev olha para a namorada.

– Ele vai falar com a Blair, mas eles irão, tenho certeza que sim. - Anne sorri.

– Ótimo. O lugar escolhido foi a praia? - ele indaga.

– Sim. Espero que você não se importe. - Anne olha para ele.

– Claro que não, meu amor.Todo lugar fica perfeito com você. - ele pisca.

– Ah, que fofo! - Anne sorri apaixonada.

– E então? Onde vamos? - Blair olha para Damien.

– Anne nos chamou para irmos comemorar com ela e Jev a finalização de seu CD. Na praia. Vamos? - ele arqueia uma sobrancelha a ela.

– Claro! - Blair sorri animada.

– Então vamos nos vestir. Te encontro no carro da minha mãe.

– Combinado, não demoro. - Blair sorri e vai para a república.

O silêncio no veículo estava drástico. Jack suspirava a cada minuto, ele queria quebrar isso, contudo de que maneira.

Leon conduzia o veículo e vez ou outra olhava pelo espelinho o rosto do casal no banco de trás.

– Então... Como vai as coisas na faculdade? - Deborah olha para Jack e Lia e sorri.

– Estamos faltando mais do que indo... - Lia fala sem graça.

– No entanto, retomaremos enquanto ainda há tempo. - Jack olha para Deb e agradece ela mentalmente por puxar um assunto.

– Vocês conseguiram, acreditem. - Leon fala.

– Vocês serão ótimos profissionais. - Deborah sorri.

– Obrigada. - Lia sorri.

– E os desfiles e campanhas como vão? - Jack pergunta.

– Leon está trabalhando mais, ele não tem uma melancia na barriga. - Deborah ri.

– Deb. - Leon repreende depois de rir.

– Mas é verdade, porém é uma melancia amada. - Deborah ri.

– Por todos. - Jack olha para Lia.

– Sem duvidas. - Lia sorri.

– Chegamos. - Leon alerta ao visualizar a loja.

– Ótimo! - Deborah fala animada.

– Já decidiram a cor do quarto da Tina? - Jack questiona - Por que acho lilás uma boa sugestão... Oh! Me desculpem. Me empolguei. - Jack sabia que isso irritaria Leon por isso decidiu não optar mais.

– Na verdade ele será branco e lilás mesmo, Leon e eu concordamos hoje de manhã. - Deborah sorri.

– Hum, vocês tem gostos parecidos. - Lia sorri para Leon.

Leon estranha que Jack teve uma escolha em comum e sorri amarelo a Lia pelo espelinho.

O modelo entra no estacionamento.

– Bom, o que vamos comprar? - Lia olha para eles.

– Todos os moveis, decorações, as roupas, tudo. - Deborah fala animada.

Leon coloca o veículo numa vaga e sai dele, aguardando os outros.

Lia sai do carro logo depois de Deborah. A garçonete olha para a modelo e sorri.

– Obrigada por estar aqui Lia.

– Obrigada você por não se incomodar pela minha presença.

Jack é o último a sair e fica contente por Lia e Deb não apresentarem nenhum tipo de clima estranho.

– Bom, vamos entrar? - Deborah segura na mão de Leon.

– Vamos. - Lia segura na mão de Jack e segue o casal de amigos.

– Caramba! Tudo aqui é muito lindo. - Jack admira a loja ao entrar nela.

– Carol que nos indicou-a. - Leon informa.

– Ela tem um ótimo gosto. - Lia sorri olhando em volta.

– Sou Carol Stone, querida. - Leon imita a sogra e balança a cabeça negativamente.

– Se ela vê essa imitação, ela ficaria bem irritada. - Deborah ri.

– Eu já volto. - Lia se afasta deles e caminha em direção a sessão de roupas, tinha visto algo que lhe chamou atenção.

– Não demore, amor. - Jack fala a Li. - Por onde começaremos? - Jack olha Deb e Leon.

– Com os móveis! - Deborah fala animada. - Venham, vamos escolher o berço dela. - Deborah sorri e caminha até a sessão de móveis.

– E é só isso que eu preciso aprender sobre a empresa? - Duncan fala ironicamente, afinal haviam 3 enormes pastas sobre a mesa do escritório da mansão Feelings.

Natalie não deixaria nada passar abatido.

– Só tudo isso, caro irmão. - Ela ri. - Logo você pega o jeito.

– Precisarei de você. - ele segura na mão dela.

– Estarei do seu lado Duncan. - Natalie sorri ao irmão. - Sempre.

– E é isso que ainda me leva a crer que não afundarei a Kronus. - Duncan confessa.

– Não deixarei você fazer isso. Uma porque eu não me vejo pobre e outra porque sempre estarei do seu lado. - Natalie sorri. - Bom, mas não agora, eu marquei um almoço com uns acionistas da empresa e como você ainda está por fora, acho melhor que fique em casa lendo essas pastas e marcando suas dúvidas para que eu possa te explicar depois.

– Farei isso. E eu torço para que sejam apenas acionistas... - Duncan insinua algo - O que? Ainda tenho ciúmes de você.

– Não tenha bobão. - Natalie ri. - São acionistas, velhos babões. - Ela revira os olhos.

– Prefiro acreditar que são mesmo. - ele cruza os braços.

– Ai, para. - Natalie faz careta. - Boa leitura. - Ela se aproxima do irmão e beija o rosto dele.

– Obrigado Nat. Bom almoço. - ele sorri ao ser beijado e começa a folear.

– Boa sorte. - Natalie acena para o irmão e ao pegar sua bolsa ela sai do escritório.

Duncan lia e relia e anotava as dúvidas, até o momento que ele esgotou-se daquilo. Ele realmente não gostava da administração, ele sabia de seu sonho e não tinha nenhuma semelhança com aquilo.

– Esse não pode ser meu destino. - Duncan repetiu isso mais vezes na mente. Mas em contraponto uma voz em sua consciência o chamou de egoísta.

O conflito interno só o fez ficar ainda pior. Então "Myle" veio na sua mente.

– Sei que estou errado, mas preciso de você. - Duncan pega o celular e liga para Myle que estava na discagem rápida.

Myle estava deitada em sua cama, ela foleava as apostilas do curso para relembrar as matérias. Queria aproveitar a folga da Fire para repor o tempo que ficou afastada. Ela vira mais uma folha, porém sua atenção se volta ao seu celular. Chasing Cars tocava incansavelmente. "Não pode ser você." Ela pega o aparelho e suspira ao ver a foto de Duncan. "Coragem Myle."

– Hey. - Ela atende a ligação, mas se arrepende no mesmo segundo.

– My. - ele fala ofegantemente.

– Ta tudo bem? - Ela estranha a respiração dele.

– Tô, meu coração que acelerou. - ele se justifica - Bom... Não estou totalmente bem pra ser sincero.

– Ah entendi... Aconteceu alguma coisa?

– Primeiro falemos sobre você. - ele sugere.

– Hum... Voltei pro meu curso de gastronomia. - Ela fala animada.

– Sério? - ele se empolga.

– Sim. Jack me convenceu, e bem, eu precisava fazer algo pra não pensar... É, hum... - Ela gagueja.

– Em mim? Pois eu também preciso arranjar algo parecido para não pensar em você. - ele não esconde.

– É, mas por mais que eu ocupe a minha mente, ela sempre divaga nas lembranças de nós dois.

– Eu ainda torço para que consigamos encontrar um jeito de sermos felizes com isso.

– Talvez no fim, seremos.

– O "meio" me preocupa. - ele suspira.

– Bom, desabafa, o que está acontecendo?

– Eu não consigo me ver administrando uma empresa.

– Está tentando sozinho? Eu pensei que a Natalie te ajudaria.

– Ela vai me ajudar em tudo. Mas ela tem os próprios problemas, entende. - ele explana.

– Entendo. Mas e seu pai? Ele não pode te ajudar?

– Este é o problema. Ele pode e muito. Mas eu não quero. O que quero pro meu pai agora é que ele viva.

– Ah... Desculpe pela sugestão indelicada. - Myle faz careta. - Bom, você terá que aprender sozinho então.

– Não se preocupe. - ele respira - Vou tentar fielmente.

– Queria saber como ajudá-lo, mas administração não é o meu forte. - Ela ri.

– Essa convesa está me ajudando, acredite. - ele sorri ao ouvir o riso dela.

– Menos mal então. - Ela sorri.

– Sei que não é o certo ficar te ligando.

– Apesar de tudo, somos amigos Duncan, se precisar, estarei aqui.

– Então só posso te dizer o mesmo. Estou aqui My, sempre estarei. - essa frase corta seu coração.

– Obrigada Duncan.

– Eu... Eu te amo. - ele não consegue evitar.

– Dun... - Myle suspira. - Eu também.

– Desculpa, mas vou desligar. - ele sente os olhos transbordarem em lágrimas.

– Ah... Tudo bem. Fique bem Duncan. - Myle engole seco, segurando as lágrimas.

– Fique bem My. - Duncan desliga.

Seria melhor se ele fizesse isso logo, os dois só iriam se machucar ainda mais.

Myle fica encarando o celular por um tempo, ela sabia que tudo tinha acabado, mas ainda desejava que fosse um pesadelo, não queria ficar longe de Duncan, mas ele havia tomado sua decisão. Ela se levanta da cama e se encara no espelho. "Bola pra frente Myle, acabou."


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Notas finais do capítulo

Gostaram? Reviews? Favoritos? Recomendação? #FaçamOsAutoresFelizes

Só eu que ainda sofro pela separação de Mycan? E Lack e Debon? O que será que vai acontecer nessas compras? E a Genevieve?! Safada não?!

Conta pra gente o que estão achando ;)



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