*Dois meses depois*

Jack segurava a mão de Lia enquanto corria pela praia. Estava descalço, a calça jeans dobrada até a canela e a camisa aberta e solta.

Lia corria junto com Jack. Ela vestia seu biquíni rosa, e um vestido de crochê na cor branca. Ela sorria radiante e olhava encantada para ele.

– Mais um dia em que faltamos da Faculdade. Estamos verdadeiramente encrencados. - ele ri e gira ela.

– Se for pra ficar assim com você, eu não me importo de perder a aula do Felipe. - Lia ri.

– Tem toda a razão. Anne vai nos matar se reprovarmos nesse semestre. O último. - Jack ri imaginando uma Anne destrutiva.

– Quando chegarmos em casa ouviremos um bom sermão dela. - Lia ri. - Estou gostando de quebrar as regras.

– Bem vinda ao meu mundo. - Jack coloca o braço ao redor do ombro dela.

– Esses meses são um sonho Jack. - Lia coloca a mão na cintura dele. - Que eu não quero acordar nunca mais.

– Não acordaremos, mesmo que Myle esteja num sonho maior e fique roncando. - Jack caçoa e ri.

– Palhaço. - Lia ri e beija Jack.

"PRECISAMOS CONVERSAR, SEI QUE ESTÁ NA AULA, MAS PRECISAMOS CONVERSAR." Deborah envia para Jack, estava aflita e precisava contar para Jack sobre suas suspeitas.

Jack ignora o celular por um tempo. Mas ele acaba pegando-o.

– O que é? - Lia olha para ele.

– Deborah, ela quer me ver. - Jack olha para Lia após ler a mensagem.

– Ah... Pelo desespero dela parece ser algo importante. - Lia lê a mensagem e olha para Jack.

– Sim, note que ela escreveu em tudo em Capslock. - Jack ri.

– É... - Lia faz careta. Estava com ciúmes.

– Quer vir junto? - Jack fala segurando na mão dela novamente.

– Acho que ela não vai gostar muito disso e eu não sou essas namoradas chicletes. - Lia sorri e caminha com ele.

– Ah... E você é qual tipo de namorada? - Jack agarra ela por trás e morde sua orelha.

– Ah... Amiga, companheira, carinhosa, romântica... - Ela morde o lábio.

– Ah é. Parece bom prá mim. - ele a beija, porém acaba caindo com ela na areia - Ai desculpa. - Jack gargalha.

– Só desculpo se me beijar de novo. - Lia ri.

– Nem precisar pedir. - Jack morde o lábio dela e vai beijando-a lentamente.

Lia retribui ao beijo dele e sorri.

– Te amo, muito mais do que eu podia imaginar. - Jack fala.

– Eu te amo Jack, amo tanto. - Lia faz carinho no rosto dele. - Sempre foi você.

– Isso é verdade. Sempre foi você. - Jack retribui ao carinho e exibe seu sorriso branquíssimo.

– Promete que nada e nem ninguém vai nos separar? - Ela olha para ele.

– Nada e ninguém nos separará, tutu. - Jack coloca a cabeça no ombro dela e volta a caminhar para a calçada.

– Sério, aqueles dois estão contando demais com a sorte Jev. O Felipe já veio me perguntar o que está acontecendo, não sei mais o que inventar. - Anne desabafa com o namorado enquanto corre na esteira da academia.

– Eles são loucos. Vou trocar ideia com o Jack e você com a Lia, porque está ofegante? - Ele ri.

– Estou me matando na esteira. - Anne ri. - Perdendo os quilos ganhos.

– Acho melhor eu desligar, num quero que me namorada voe e pare no espelho. - Jev gargalha.

– Seria um desastre, mas não, isso não vai acontecer. - Anne ri. - O que você está fazendo?

– No momento, estou reservando 4 lugares na inauguração de um restaurante. - Jev fala a Anne - Sim, 4 lugares por favor - Jev responde a recepcionista.

– Porque 4? Porque essa reserva? Que restaurante é esse? Qual a comemoração? - Anne ri. - Sim, estou curiosa, embora nem pareça.

– Proponho a você, Lia e Jack um encontro duplo. Comemoraremos a união de ambos os casais que começou no desfile. - Jev explica e sorri a recepcionista se despedindo e saindo do restaurante.

– Nossa, que romântico! - Anne sorri e diminui a velocidade da esteira. - Amei a idéia Jev.

– Amo surpreendê-la. Sua cara de espanto é fofinha. - Jev fala ao entrar em seu carro.

– Engraçadinho. - Anne ri e desliga a esteira. - Quando será esse encontro?

– Hoje a noite, claro. Só precisamos avisar o casal chiclete.

– Eu aviso. - Anne ri. - Eles são chiclete e nós somos o que?

– Somos sexys, sensuais e mais quentes. - Jev fala e não consegue evitar uma mordida no lábio.

– E eu concordo plenamente com tudo isso. - Anne sorri. - Tchau gente. - Ela acena para os amigos. - Que horas você vai passar lá em casa?

– Bom, a inauguração vai ser as 21. Que tal as 20? - Jev questiona e liga seu carro.

– Perfeito! Ainda bem que não tem Fire hoje. - Anne sorri e começa a correr em direção a republica.

– Amor, vou desligar, trânsito violento. - Jev anuncia.

– Tudo bem amor, até mais tarde. Te amo. - Anne sorri.

– Te amo também. - Jev desliga e sorri. "É bom ter você, loira..."

Niky sai do banheiro da república e enrolado na toalha vai até o quarto de Blair.

– Temos que parar com isso... Jack e Leon vão me capar. - Niky pula na cama.

– Claro que não vão. - Blair olha para ele e morde o lábio. - Jack está na faculdade ou matando aula com a Lia e o Leo, bom, ta babando na minha sobrinha.

– Que mal nasceu, vale ressaltar. Na qual serei padrinho também vale ressaltar. - Niky fala orgulhoso.

– Claro! Você será padrinho junto comigo. - Blair sorri e puxa ele para a cama. - Fica mais...

– Ficarei. Cuidado ai assanhada... Vai tirar minha toalha. - Niky gargalha.

– É o que eu quero. - Blair sorri e morde o lábio.

– Ah é... - Niky beija o abdome dela que estava à mostra pelo top cropped.

– Uhum... - Blair sorri para ele.

Niky vai subindo vagorosamente esses beijos e avança para o pescoço dela.

Blair passa os dedos pelos cabelos dele e o puxa para um beijo intenso.

Niky se entrega ao momento beijando Blair de uma maneira envolvente, em sua mente vem a letra da música Ironic, ele recorda que o primeiro beijo dos dois foi embalado por essa música e sorri.

– Que foi? - Blair nota o sorriso dele e morde o lábio do modelo.

– It's like rain on your wedding day, it's a free ride when you've already paid, it's a good advice that you just didn't take. (É como a chuva no dia do seu casamento, é um passeio grátis quando vocês já pagou, é um bom conselho que você não aceitou.) – Niky canta lindamente, apesar de ter mergulhado de cabeça na vida de modelo, seus dias de cantor ainda estavam fortes nele - And who would've thought? It figures. (E quem poderia imaginar? Só podia mesmo.)

– Nossa música. - Blair sorri olhando nos olhos dele. - Eu te amo Niky. - Ela sorri ainda mais ao vê-lo surpreso, era a primeira vez que ela dizia isso. - Sim, eu te amo.

– Uou. Isso é maravilhoso. E claro que isso é recíproco. - Niky morde a bochecha dela.

– Hey! - Blair ri. - Um bom jeito de dizer que me ama, namorado canibal.

– Meu namorado é um zumbi. - Niky imita um zumbi e morde o ombro dela.

Blair começa a rir.

– Para amor.

– Eu não vou parar até mastigar seu maravilhoso cérebro e adquirir suas habilidades com vestuário. - ele fala num tom anormal e ri de uma forma ainda pior.

– Quem é você e o que fez com o Niky? - Blair ri ainda mais.

– Hey, olá casal. - Anne sorri ao passar pela porta.

– Ah Anne... - Niky fica envergonhado por estar apenas de toalha na cama.

– Fechem a porta e vocês tem sorte por ser eu. - Anne ri e encosta a porta deles. - Juízo!

– Juízo? Quem ela pensa que é... - Niky gargalha.

– Não sei, mas ela está certa. - Blair sorri e levanta da cama. - Vamos, temos uma reunião com a Carol.

– Certo. - Niky remove a toalha e pegando sua cueca a veste.

Blair termina de se arrumar e fica observando ele.

Niky também termina de se vestir e olha para ela.

– O que foi?

– Nada. Eu só sou a garota mais sortuda do mundo por ter o namorado mais lindo, desejado e perfeito aqui comigo.

– Eu quem deveria estar falando isso, imitona. - Niky revira os olhos e joga sua camiseta nela.

– Hey! - Blair gargalha e pega sua bolsa e a camiseta. - Vamos vai. - Ela abre a porta e vai saindo do quarto.

– Tá bom. - ele segue ela - A camiseta... - ele afina a voz.

– Pode ficar assim, não ligo não. - Ela desce a escada levando a camiseta consigo.

– Carol também gostará, sei disso. - ele sorri de lado para provocá-la.

Blair joga a camiseta para ele e abre a porta.

– Anda logo.

– Tô logo atrás de você. - Niky ri e segura a camiseta.

– Não ria, engraçadinho. - Ela revira os olhos e para ao lado do carro dele.

– Você é desesperada e super controladora, amo isso. - ele fala bem próximo do rosto dela e desvia abrindo a porta para ela entrar.

– Não brinque comigo Niky... - Blair fala em um tom desafiador e sorri para ele. Ao se virar para entrar no carro ela vê seu vizinho. - Damien! Oi. - Ela acena para ele.

– Hey. - Damien apenas levanta a mão sem olhar para ela.

– O irritadinho... - Niky comenta para si e lembra da noite em que o viu na Fire.

Blair percebe a forma que Damien cumprimenta ela e suspira.

– É... - Ela entra no carro e fecha a porta.

– Senti algo diferente... Diga que é impressão minha. - Niky olha ela.

– Sim, é impressão sua, mas tem algo que você precisa saber. - Blair olha para ele.

– Pode falar. -Niky vira seu corpo na direção dela mostrando total interesse.

– Eu já beijei o Damien. - Ela fala e fecha os olhos.

– Seriously!? - ele fica surpreso.

– Sim...

– Bom, faz tempo né? - Niky liga o veículo.

– Faz, foi no dia em que eu e você nos beijamos pela primeira vez.

– Não vou ficar puto, não vou ficar puto, não vou... - Niky repetia isso em um tom baixíssimo.

– Seria bom se você falasse algo...

– Foi logo depois do nosso beijo com Ironic? - Niky questiona.

– Foi... - Blair suspira.

– Bem... Isso é malz, você sabe? - Niky olha ela.

– Sei e vou entender se quiser terminar comigo.

– Não é prá tanto, mas poxa, eu gosto de sinceridade Blair. - Niky olha ela.

– Eu sei, desculpa Niky.

– Tudo bem. Já foi e sei que não vai se repetir. - Niky suspira.

– Não, não vai. - Blair abaixa a cabeça.

Niky estaciona o carro e virando-se prá ela, ele segura em suas mãos.

– Niky, eu não sei o que dizer, eu, eu... - Blair balança a cabeça negativamente.

– Calma... Parei aqui só prá dizer que o passado não vai apagar tudo que tem feito por mim, eu estou completamente apaixonado por você e isso não mudará. - Niky diz sinceramente, não queria ficar de clima estranho com ela.

– Ah Niky! - Blair olha para ele e sorri. - Eu te amo tanto!

– Eu também. Agora me beija e esqueçamos isso. - Niky sorri lindamente.

Blair se aproxima dele e o beija apaixonadamente.

Ele retribui da mesma forma, ele sabia que o ciúmes poderia atrapalhá-los e ele não queria aquilo naquele momento, de jeito nenhum.

Blair sorri e se afasta dele.

– Acho melhor irmos antes que os motoristas saiam de seus carros e batam em nós.

– Tem razão. - ele acelera.

– Carregando peso de novo? - Leon recrima Deborah que trazia sacolas consigo. Estavam morando juntos a 1 mês.

– Ah amor, desculpa. - Deborah olha para ele. - Não estão tão pesadas assim.

Leon sem dizer nada toma as sacolas da mão dela.

– Calma bebezinho. Eu te protejo de sua mãe imprudente. - Leon ri e levantando a blusinha de Deborah beija sua barriga que não estava grande ainda.

– Me protege papai. - Deborah fala com voz de bebê e ri. - Você é exagerado Leo. - A modelo pendura a bolsa na parede da sala e sorri. - E é por isso que eu amo você.

Leon ri e dá um selinho nela.

– Também te amo, mas ainda te acho imprudente. - Leon revira os olhos.

– Ai, ta bom Leo. - Deborah bufa e vai para a cozinha. - Estou com fome.

– Desejos? Por favor, não seja frutas exóticas ou frutos do mar. - Leon faz gestos de oração e segue ela.

– Palhaço, ainda não, mas estou com fome. - Deborah abre a geladeira e pega o pacote de pão integral, queijo branco e um pote de nutella. - Isso vai ficar gostoso... - Ela fecha a geladeira e coloca as coisas sobre o balcão.

Leon reproduz um som de vômito e olha ela.

– Quieto Leon. - Deborah revira os olhos e monta seu lanche. - Perfeito! - Ela lambe os lábios e morde o sanduíche.

A porta é batida duas vezes.

– Vou ir lá, não lambuze a casa. - ele recrimina.

– Ta bom! - Deborah fala de boca cheia e coloca mais nutella no sanduíche.

Leon abre a porta e ao ver Jack força um sorriso.

– Oi Jack. - Leon o cumprimenta.

– Grande Leo. Posso? - ele olha para dentro da casa indicando que queria entrar.

– Claro... - "Não...", Leon pensa e sorri com o pensamento.

– Quem era amor? - Deborah vem da cozinha com uma colher de nutella na boca. - Jack!

– Deborah... Ou melhor Pigborah. - Jack sorri olhando ela.

– Insensível. - Deborah faz careta e um gesto obsceno para ele. - Não imaginei que viria tão rápido.

– Estava perto. Na praia e não na faculdade onde deveria estar. - Jack dá de ombros.

– Nossa, você cabulando aula? Que feio Campbell!

– Menos Stone.

– Será que podemos pular para a parte em que ficarei sabendo o porque de termos Jack conosco? - Leon fuzila ambos.

– Eu o chamei para conversar, estava com saudade do meu amigo. - Deborah olha para Leon. - Amor, pode fazer um favor pra mim?

– Sim, amor. - Leon olha ela.

"Autch", Jack pensa e ri.

– Tem como você comprar aquele sorvete de pistache e aquela torta de chocolate branco que eu tanto amo? - Deborah olha para ele com os olhos brilhando. - Por favor...

– Pistache e nutella? Isso faz bem? - Jack olha eles - Ah, desculpe, desconsiderem isso. - ele sorri amarelo.

Leon reluta por alguns segundos.

– Tudo bem. - ele vai até o chaveiro e pega a do carro.

– Claro que faz! - Deborah sorri e beija Leon. - Obrigada amor.

– Eu já volto. Cuide dela Jack. - "Como se eu confiasse...", Leon suspira e vai saindo dali.

– Tchau amor. - Deborah fecha a porta e olha para Jack. - Aceita alguma coisa Jay?

– Um beijo selvagem? - Jack caçoa.

– Bobo. - Ela caminha até o sofá e se senta. - Eu preciso te contar uma coisa Jack.

– Mas antes... Como anda o bebê? Confesso que torço para ele puxa 90% a você e 10% a Meredith Howell. - Jack ri, ele realmente não deixava de ser palhaço.

– Está ótimo! - Deborah ri. - Palhaço você Jack.

– Cara não gosto mais da Anne e Leo nem está mais com ela e mesmo assim ele mantém uma certa barreira entre nós, então... - Jack dá de ombros.

– Não se preocupe Jack, você e o Leo irão se acertar um dia. - Deborah sorri. - E o namoro com a Lia?

– De longe a melhor coisa que me aconteceu nesses meses. - Jack fala apaixonado

– Fico feliz por isso Jack, você merece ser feliz depois de tantos anos sofrendo. - Deborah sorri e abaixa a cabeça. "Como falar isso pra você?"

– Obrigado mesmo Debs, mas para de enrolar, percebi isso. - Jack sorri de lado.

– Jack, há quanto tempo nos separamos? - Deborah levanta a cabeça e olha para ele.

– Uns 4 meses. - Jack olha ela.

– E eu estou grávida de 4 meses...

– E? - Jack pensava em Lia, momentaneamente não notou o que ela estava supondo.

– Jack, foco. - Deborah estrala os dedos na frente do rosto dele.

– Espere um pouco. Ah! Seriously?! - Jack ficou embasbacado.

– Sim. - Deborah suspira. - Leon e eu transamos quase um mês depois que me separei de você, não tem como esse bebê ser dele.

– Ah caramba! Isso não pode ser verdade! - Jack levanta e começa a pular - Sou pai! - ele estava extremamente feliz - Vou ser pai... Vou ser pai. Aham. Aham. - começou a dançar, os olhos marejaram.

– Não era essa a reação que eu esperava. - Deborah se surpreende.

– Vou ser pai! Deb, vem cá. - Jack a segura e levanta em seus braços.

Deborah ri e olha para ele.

– Acalme-se homem.

– Como vamos chamá-lo, quando nascer é claro. Poderia ser gêmeos. Quadrigêmeos. - Jack se empolga, não dando valor as consequências, afinal era seu sonho.

– Pirou? - Deborah ri. - É só um bebê. Se for menina eu queria que chamasse Valentina e se for menino, bom, deixo por sua conta.

– Jeremy. Desculpa Deb, sei que é muito cedo prá planejar isso e eu nem estou pensando em como Leon, Lia, ou qualquer irá reagir a isso... Mas ter um filho, é mais do que tudo... - Jack derrama as primeiras lágrimas.

Deborah sorri e limpa as lágrimas do rosto dele.

– Eu sei que sempre foi seu sonho, assim como também é o sonho do Leo. Me dê um tempo para que eu possa contar para ele.

– Claro... Poxa, ele vai me odiar... Caramba. - Jack senta ao lado dela.

– Não, mas acho que ele não ficará mais comigo. - Deborah suspira.

– Calma, ele precisa entender... Foi algo que aconteceu antes, você não foi culpada, nem eu. - Jack segura nas mãos dela.

– Eu realmente espero que ele entenda, eu não aguentaria perde-lo novamente. - Deborah olha para Jack e sorri ao sentir as mãos dele nas suas.

– Deborah! Para... Ele seria idiota. – “Como se já não fosse.” Jack pensa e ri do pensamento.

– Não ri. - Deborah joga uma almofada nele e se levanta. - Tenho uma coisa para te dar. - Ela vai até sua bolsa e pega uma foto. - Acho que gostaria de ficar com isso.

– Jeremy, ou Tina? - Jack olha ela sorridente ao ver a foto.

– Descobrirei na sexta feira. - Deborah sorri. - Quero contar ao Leon até lá, assim você poderá nos acompanhar.

– Posso levar a Lia? Se ela quiser ir, claro. - Jack olha ela.

– Se ela não for me matar, pode sim. - Deborah ri. - Já conheci a fúria de uma das garotas da república, não quero conhecer da segunda.

– Aposto que a mais recente republicana supera todas. - Jack sorri ao se lembrar de Blair.

– Sim... Meu Deus, a Blair! Ela vai pirar! E a Meredith? - Deborah coloca a mão na barriga. - Ai, ele ta chutando.

– Seriously?! Calma... Quero... Posso? - ele a interroga.

– Claro. - Deborah sorri e coloca a mão dele em sua barriga, no lugar onde o bebe chutava. - Ta sentindo?

– Sim. - os olhos de Jack brilhavam, talvez não mais que seu sorriso.

– É a primeira vez que ele chuta assim. - Deborah sorri e coloca sua mão sobre a de Jack.

– Ele está sentindo os pais. - Jack segura na mão de Deborah novamente e sorri olhando ela.

– É, tem razão. - Deborah sorri e olha para ele. - Eu pensei que ficaria bravo comigo, sei lá.

– Como disse, nem você, nem eu, nem a criança somos culpados. Fomos escolhidos. Lia e Leon são acréscimos a nossa família, certo? Legal pensar assim, não é? - Jack arqueia uma sobrancelha.

– Sim, eu não tinha parado pra pensar assim, mas você tem razão. - Deborah olha para Jack com os olhos brilhando.

Um pigarreio rompe a cena.

– Posso saber o que está acontecendo? - Leon fala ao vê-los próximos.

– Ah, é... - Deborah olha para Leon. - O bebê está chutando e o Jack pediu pra sentir.

– Sim. Ele tem bons pés, pode ser jogador de futebol no futuro, ou uma bailarina. Quem sabe... - Jack comenta sem graça e se levanta do sofá.

– É. - Deborah sorri e olha para Leon. - Quer sentir?

– Ele ainda... - Leon desmancha o ciúmes imediatamente.

– Sim. - Deborah se levanta e vai até Leon.

O sorriso de Leon fica imenso e contagiante.

Jack suspira. "Pobre Leo... ".

A mão de Leon toca na pele de Deb e rapidamente ele sente um movimento brusco. Ele ri.

– Caraca.

– É, dessa vez foi forte. - Deborah ri.

– Sim. Ele é forte. E vai ser lindo como a mãe. - Leon olha ela.

– Ah Leo. - Deborah fica sem graça.

Jack resolveu processar todas as informações adquiridas nessa conversa, ele seria pai, mas não era de Lia, era da Deborah. Ele não sabia como lidar, mas ele teria que enfrentar isso.

– Agora, porque vocês acham que é menino? - Deborah olha para eles. - Pode muito bem ser uma menina.

– Sei lá, gostaria de um menino.

– Idem. - Jack concorda.

– E se for menina?

– Será amada incondicionalmente Debs. - Jack fala.

– Idem. - Leon concorda e estranha o brilho nos olhos dele.

– Ah vocês dois... - Deborah sorri.

– Acho melhor eu ir... Preciso refletir em algumas coisas... - Jack comenta e respira longamente.

– Obrigada pela visita Jay. - Deborah vai até ele e o abraça. - Eu te ligo para passar o endereço do médico. - Ela sussurra para ele.

– Claro. Ficarei esperando ansiosamente. - Jack sorri depois que ela termina o abraço.

Leon só observa a cena.

– Tchau Jay. - Deborah sorri.

– Tchau Deborah... Falou Leon. - Jack faz um sinal de paz e amor ao virar-se de costas.

– Falou Jack. - Leon espera ele sair - Que história é essa de hospital?

– Oi? - Deborah olha para Leon.

– Jack, hospital... Me explica isso. - Leon cruza os braços.

– Não tem o que explicar, não tem nada de hospital. - Deborah desconversa.

– Deborah Caroline Stone. - Leon quase a interrompe.

– Leon! - Deborah olha para ele irritada. - Da licença. - Ela passa por ele para sair de casa.

– Deb... - Leon vai atrás dela - Deb...

Deborah para de andar e olha para ele.

– Para! Não vem atrás de mim! Me deixe sozinha.

– Eu só quero entender... O que Jack tem haver com tudo isso e por que sinto que essa compra - ele levanta a sacola - foi um jeito de me tirar de cena. - Leon desabafa.

– Você vai entender, mas eu não consigo explicar agora. - Deborah olha para ele. - Por favor, me deixe saber como explicar tudo isso a você, me deixe assimilar tudo o que aconteceu nesse tempo.

– Tudo bem, amor... - Leon suspira.

Deborah olha para Leon e volta a caminhar pela calçada. "Como eu vou te contar isso Leo?"