Jack acabara de tomar, saiu do banheiro enrolado na toalha e assobiava Royals - Lorde. Começou a dançar no meio do corredor, enquanto molhava o mesmo.

Myle levanta da cama ao ouvir o assovio de Jack e vai até o corredor.

– Jack... - Ela fala com a voz embargada pelo choro.

Jack vê a expressão de Myle.

– Myle? - ele vai até ela e a abraça sem pensar duas vezes.

– Acabou Jack... - Ela sussurra abraçando ele. - Adam me odeia.

– Você? Ah! Seriously?! Calma... Não diga nada... - Jack abraça ela de maneira acolhedora, fazendo carinhos em seus cabelos.

– Ele estava decepcionado. Eu vi no olhar dele. - Myle volta a chorar. - Eu errei feio com ele.

– Myle se há algo em que aprendi em todos esses anos é que o que nos move é o que sentimos. E geralmente o amor prevalece sobre os outros. Acho que você não pode mais negar... Você ama o Duncan, Myle. - Jack fala para ela sinceramente.

Myle olha para ele e limpa seu rosto.

– Será que eu amo mesmo Jay?

– Seu coração vai dizer no momento certo, como o meu disse em relação a Li. - Jack olha ela e limpa seu rosto.

– Tem razão Jack. - Myle sorri. - Que animação toda é essa?

– Sabe que eu não sei, mas você vai me acompanhar... - Jack pega na mão dela e vai arrastando ela até seu quarto, ele veste uma cueca e pega seu I-pod.

– Eu acompanho, mas desnecessário me fazer ver sua bunda. - Myle ri e se joga na cama dele.

– Queria ver o Great? - ele faz uma careta a ela e liga seu celular na música Treasure - Bruno Mars.

– Nop. - Myle ri.

– Vem! - Jack começa a dançar - Vamos acordar a novata.

– Você não pode ser acordado cedo, mas ela pode? - Myle ri e levanta da cama

– Digamos que é trote de calouro. - Jack pega na mão da Myle e gira ela para ela começar a dançar também.

Myle ri e dança do Jack.

– Louco!

– Você precisa disso, rir um pouco, então... - Jack bateu palma no ritmo da música e dançava engraçadamente.

Myle continua rindo e dança com ele.

– Vem. - Ela vai caminhando pelo corredor até o quarto de Blair.

Jack abre a porta sorridente e aumenta o volume do I-pod.

– Pretty girl, pretty girl, pretty girl, you should be smiling. A girl like you should never look so blue... (Gatinha, gatinha, gatinha, você deveria estar sorrindo. Uma garota como você nunca deveria parecer tão triste)– Jack canta com a música.

Blair escuta a música e coloca o travesseiro sobre a cabeça.

– Me deixem dormir!

– Tá na hora da novata pular da cama! - Jack ri e começa a dançar na frente da cama dela.

– Vamo acordar Blair. - Myle balança a garota na cama e ri.

– Não! - Blair resmunga e joga o travesseiro neles.

– Bora levantar e dançar. - Jack gargalha e deixando o I-Pod na cômoda, puxa os edredons que a cobriam - Oh, whoa. I know that you don’t know it, but you're fine, so fine... (Oh, whoa. Eu sei que você não sabe, mas você é linda, tão linda)

– Oh, whoa. Oh, girl, I’m gonna show you when you're mine, oh, mine. Mine, oh, mine. (Oh, whoa. Oh, garota, vou te mostrar quando você for minha, oh, minha. Minha, oh, minha)– Myle canta animada e dança.

Blair gargalha e levanta da cama dancando com os dois.

– Treasure, that is what you are. Honey, you're my golden star. I know you could make my wish come true... (Tesouro, é isso o que você é. Querida, você é a minha estrela dourada. Sei que você pode realizar meu desejo.)– Os 3 cantam com a música.

Jack dança no meio das 2 numa espécie de sanduíche.

– If you let me treasure you. If you let me treasure you, uh, uh.( Se me deixar te valorizar. Se me deixar te valorizar, uh, uh)– Blair rebola com Myle e passa a mão pelo tórax de Jack.

– Eita gostei da novatas, prevejo muitas aventuras colegiais. - Jack sorri maliciosamente.

– Menos aí vai. - Myle faz careta e aperta a bunda de Jack.

Jack dá um pulo assustado e sorri, voltando a dançar, agora descendo até o chão.

Blair dança com Jack e morde o lábio.

Myle revira os olhos e se afasta deles.

– Vou fazer algo pra gente comer.

Jack olha Myle e faz uma careta a ela.

– Para de ser fresca.

– Não sou fresca, só estou com fome. Acho que Lia implantou um tubarão aqui também. - Myle aponta para a barriga e ri.

– Credo. - Jack fica receoso de estar passando do limite com Blair, mas ele só estava dançando com a novata.

Myle desce para a cozinha deixando eles no quarto.

– Ela ficou com ciúmes? - Blair olha para Jack.

– Não... Myle é friendzone. - Jack sorri e faz o moon walker do Michael Jackson, dando um sorriso maroto depois.

– Arrasou. - Blair aplaude ele e senta na cama. - O que tenho que saber pra não dar nenhuma bola fora com o pessoal aqui?

– Bom... - Jack senta ao lado dela - Anne odeia que entra no banheiro quando ela está lá e também não gosta que deixamos nossas coisas jogadas por aí e sabe aquela mesinha de centro na sala?

– Certo. Sei. Muito bonita por sinal.

– Nem se atreva a por os pés lá, Anne os deceparia se visse você fazendo isso. - Jack fala de maneira alarmante.

– Ah. Não farei isso. Bom, e quanto a Myle?

– Myle gosta de espaço sabe, ela odeia que desorganizem suas coisas, mas ela ama usar nossas coisas, principalmente shampoos, fique esperta. - Jack gargalha e olha para suas pernas.

Gostara da ideia de Blair não se importar dele estar apenas de cueca.

– Ah, vou esconder meu shampoo então. - Blair ri. - E a Lia?

– Lia, é a general. Ela é super controladora e faz da casa um quartel. Tudo que pegou, devolva, usou, limpe e guarde. Ela come muito e odeia quando não sobra comida prá ela. Não toque, encoste ou respire sobre as coisas dela. - Jack ri, conhecia extremamente seu amor - E... Por último, mas como prioridade... Nunca, ouviu? Nunca, roube os doces ou outras gordices que ela esconde debaixo de seu travesseiro.

– Fiquei com medo, mas pelo jeito que você fala, você é louco por ela certo?

– É tão evidente? - ele olha e suspira.

– Bom, você praticamente descreveu ela, então... - Blair sorri. - Por que vocês não estão juntos?

– Ela meio que foi cachorra comigo, mas... Talvez seja também por que estou descrente do amor.

– Uou! Ou melhor, au au. - Blair tenta fazer ele rir. - Não fique descrente do amor. Não tem sentimento mais lindo e puro que esse Campbell.

– De longe, essa sem dúvidas foi a pior imitação canina que já ouvi. - Jack gargalha - E... Bem, o amor é lindo, mas machuca, no meu caso, ele abusa dessa outra capacidade.

– Mas Jack, assim como o Chris Martin cantou em The Scientist, ninguém disse que seria fácil. E acredite, tudo que vem ou é fácil, vai embora fácil. E eu ainda acho que no momento certo, você vai se entregar cegamente ao amor e vai perceber que estava errado o tempo todo.

– Você é inspiradora, não perca nunca essa doce qualidade. - Jack beija o queixo dela e sorri brilhantemente.

– Ah para. - Blair sente seu rosto corar e sorri. - E quanto a você? O que devo saber?

– Eu amo me sentir livre, então como percebeu, ando sem camisa, de cueca, até nu pela casa. Bem, não gosto que me acordem e que usem minhas coisas sem pedir. No dia da faxina se for ajudar, ajude. Caso o contrário, suma! - ele gargalha - Ah é claro, se gostar de andar nua também, ficarei bastante feliz. - ele sorri de lado a ela.

– Sabe, eu pensei que vocês não iriam me receber.

– Sério? Por que pensou nisso? - Jack olha ela interrogativo.

– Ah sei lá. - Blair levanta os ombros. - Uma novata que vocês nem conhecem, poderia atrapalhar vocês.

– Não, se bem que você é mais uma nesse rodízio de casais que ocorre por aqui. - Jack balança a cabeça e ri.

– Todas aqui já se relacionaram com você?

– Uhum. Vou resumir, Myle me amava, eu amava Anne e Anne o Leon. Adam já teve um caso com Lia e agora namora Myle que virou minha melhor amiga, Lia namorou John e já ficou com meu tio Clark também. Myle apesar de estar com Adam gosta do Duncan e tem o amor de Niky que foi ex da Anne a muito tempo. Anne largou de Leon e ele está com Deborah, que antes teve um caso comigo. E agora eu desencanei da Anne e me vejo amando Lia... Doideira, não?

Blair olha para ele surpresa tentando assimilar tudo.

– É bem confuso.... Bom, se você ama mesmo a Lia, porque não esquecer que ela beijou seu tio e se entregar a esse amor? Talvez assim você acredite nesse sentimento. Se bem que, quem sou eu pra te dar um conselho desse? - Ela fala sem graça.

– Meu Deus! Abaixem esse som! - Lia grita do quarto dela.

– Eu sei, mas preciso de um tempo, sei lá, é tudo tão difícil. - Jack explica e sorri ao ouvir a voz de Lia.

– Imagino que seja. - Blair faz carinho no braço dele. - Vamos descer?

– Vamos e acho melhor desligar isso. - ele tira o som e sorri.

– É, ela parece estar de mau humor. - Blair ri e levanta da cama.

Lia sai do seu quarto desarrumada e vai até o banheiro batendo a porta ao entrar.

– Olha, não é só você que não gosta de ser acordado. - Blair ri.

– Relaxe, ela está querendo me dizer que está em casa. - Jack revira os olhos - Fico feliz por estar aqui, tenho mais uma para me apoiar nas crises.

– Entendi. Bom, pode contar comigo Jack. - Blair sorri e desce com ele. - Que cheiro bom!

– Panquecas e bacon baby! - Myle ri.

– Se está em alguma dieta desista, a comida da Myle é extremamente irresistível só não é mais que a própria Myle. - Jack brinca e ri.

– Dieta pra que? Amo comer! - Blair senta em uma das cadeiras.

– Essa é das minhas! - Myle ri e senta de frente para Blair.

– Digam olá para a mais nova contratada da Houston Music! - Anne entra na cozinha animada.

– Seriously?! Parabéns An! - Jack vai até ela e a levanta em seus braços,

– Jack! - Anne ri. - Sim!

– Parabéns Anne! - Blair e Myle falam ao mesmo tempo.

– Obrigada meninas. - A loira sorri a elas.

– Você merece, sempre soube que teria um futuro brilhante! - Jack libera Anne.

– Ah para Jay. - Anne fala sem graça. - Hum... Panquecas! - Anne deixa sua bolsa de lado e senta ao lado de Blair.

– Bora comer! - Jack aumenta um pouco o tom esperando que Lia ouvisse e descesse as escadas esfomeada.

– Alguém disse panquecas? - Lia desce a escada e vai para a cozinha.

– E não são panquecas qualquer, são panquecas da Myle! - Anne ri.

– As melhores panquecas do mundo! - Lia senta ao lado de Myle.

– E a mesa tá completa... Claro, se não tiver algum ficante da Anne embutido embaixo da cama... - Jack ri.

– Me ama menos Jack. - Anne mostra a língua pra ele.

Blair ri e se serve, sendo seguida por Lia e Myle.

Jack se serve e Anne termina.

– Gostando do primeiro café na república, B? - Jack olha ela, falando de boca cheia.

– Estava até você falar de boca cheia. - Blair brinca com ele.

– My? Você já falou com o Adam depois de ontem?

– Não Anne. - Myle suspira. - Por quê?

– Por nada. - Anne bebe um pouco se suco e come um pedaço de panqueca.

Jack olha Lia quase dizendo a ela que captou algo diferente no tom de Anne. Eles tinham esse costume de se comunicar com olhares em muitas ocasiões.

Lia olha para Jack e levanta uma sobrancelha. "Tem alguma coisa aí."

– Certeza? - Myle insiste.

– Sim. Só perguntei por perguntar.

Jack pigarreia.

– Falando em Adam, precisamos apresentar um dos solteiros para Blair. - Jack ri.

– O Adam não está solteiro. - Myle olha para Jack.

– Calma Myle, eu não quero namorar ninguém não. - Blair fala sem graça.

– É que falando em Adam, me lembrei do Niky, estão sempre juntos e ele está solteiro... Quem sabe... - Jack sorri de lado.

– Verdade, Niky é um bom partido e é um gato! - Lia sorri.

– Verdade, tem uma pegada Blair.... - Anne se abana e ri. - Você iria gostar dele.

– Ai gente, para. - Blair fica corada e abaixa a cabeça.

– Licença. - Myle se levanta e vai pra fora da república.

– Falei bobagem... Caramba... - Jack coloca a cabeça na mesa, ele realmente não queria chatear Myle.

– Relaxa Jack. - Anne olha para ele. - Adam vai embora gente. Ele foi convocado pro exército novamente. - Ela fala com a voz falha se emocionando novamente.

– Nossa. A My vai ficar devastada. - Lia coloca a mão na boca.

Blair olha para eles sem saber o que dizer.

– Ah meu Deus, não, minha amiga... - Jack enche seus olhos de lágrimas pensando em como Myle ficaria.

Blair vai até Jack e o abraça. Lia por estar perto de Anne abraça a amiga que já chorava intensamente.

Myle estava sentada na frente da república olhando para a casa de Adam. Ela queria falar com ele, mas estava com medo de ser expulsa da casa dele novamente.

Adam saiu da casa com 2 sacos de lixos em mãos, de primeira vista não visualizou Myle. Após depositar o lixo, deu uma olhada na rua. "Foi maravilhoso morar aqui."

– Adam? - Myle olha para ele e se levanta.

– Myle... - ele segura o choro da maneira mais intensa.

– Ta tudo bem? - Ela pergunta ao se aproximar e ver ele com os olhos marejados.

– Precisamos nos acertar definitivamente, ok. - a voz dele está um tanto chorosa.

– Tudo bem, como você quiser. - Myle suspira.

– Vem... - ele estende a mão para que ela segure.

Myle segura a mão dele e olha para o chão. Ela sabia que o que eles tinham iria acabar e ela não queria isso.

Ao sentir o toque da mão de Myle, Adam desaba começa a chorar amargamente, no entanto continua andando na direção da casa.

Myle para de andar e abraça ele.

– Não chora Adam, por favor.

– Myle... Myle, Myle, Myle... - ele abraça ela fortemente, não sabia como dizer.

– Adam eu to preocupada, o que está acontecendo?

– Vamos entrar... - ele fala com dificuldade e abre a porta.

Myle entra e vai até o sofá. Ela vê umas caixas fechadas e olha para Adam confusa.

Adam respira demoradamente, combinando isso à um bom preparo psicológico, seria forte essa conversa com Myle.

– Por que está quase tudo encaixotado? - Ela olha para ele limpando umas lágrimas que escorriam pelo rosto dela.

– Myle... Eu, eu vou embora. - Adam engole em seco tais palavras.

– Co... Como é que é? - Myle olha pra ele sem acreditar no que ouviu.

– Eu sei... É muito louco. Mas, recebi uma carta do exército. Eles estão me convocando para servir. - Adam abaixa a cabeça.

– Não, não, não... É mentira, fala que você está mentindo e que é uma desculpa pra terminar de vez comigo. - Myle olha pra ele nervosa e confusa. Não podia ser verdade o que ele estava falando.

– Myle... - Adam olhou ela em descontrole e chorou.

– Adam fica, não vai... - Ela sussurra e senta no sofá chorando.

Adam vai até a amada e abraça ela, os dois acabam deitando no sofá.

– Sinto muito meu amor.

– Eu to acabada. Aconteceu aquilo e agora você ta indo embora, com certeza pensando que sou uma vadia. Meu Deus, isso é um pesadelo. Me perdoa por tudo Adam.

– Não Myle... Eu estava disposto a passar por cima daquilo e recomeçar com você, por que amo você e amo sinceramente. - Adam fala abraçado a ela.

– Eu te amo também Adam. - Myle se levanta um pouco e olha para ele.

– Eu não deveria ter te expulsado daquela forma ontem, mas sei lá... Desculpa. - Adam respira de maneira forte.

– No seu lugar, acho que eu o faria o mesmo.

– Esqueça isso... Vamos aproveitar o tempo que temos. Preciso de você, do seu amor. - Adam olha ela penetrantemente.

– Como eu queria ouvir isso novamente. - Myle olha nos olhos dele e o beija.

Adam retribui ao beijo dela empolgantemente. Há um gosto salgado nos lábios de ambos por conta das lágrimas incessantes, mas eles mereciam isso, mereciam a intensidade desse sentimento. Adam preferiu passar uma borracha no que acontecera e se entregar a esse momento em que ambos era um.

Myle abraça ele e continua o beijando. Não queria perder Adam, não queria que ele fosse embora. Várias coisas passavam pela mente da garota, mas ela só queria aproveitar aquele momento, que provavelmente não iria se repetir nunca mais.

Leon sai de seu carro e entra no hospital, precisava de uma opinião profissional sobre o que achava estar passando com Deborah. Talvez Maggie a enfermeira que os ajudou no acidente de Lia e Jack pudesse ajudar ele novamente.

Maggie tinha acabado de assumir seu plantão. Estava na recepção olhando as fichas dos pacientes e fazendo algumas anotações.

Leon correu até ela quando a viu lá, ele ajeitou a manga da camisa que usava e falou.

– Hey Maggie!

– Howell! - Maggie sorri. - Tudo bem?

– Tô estou bem sim, a gente pode conversar? - Leon olha ela.

– Claro que podemos. - Maggie sorri para ele e o leva até uma sala reservada.

– Eu sei que você não é médica, mas queria que você me tirasse uma dúvida. Acho que Deborah minha atual namorada está com um distúrbio alimentar. - Leon comenta entrando na sala com ela.

– Nossa, porque acha isso?

– Ela é modelo... E agora está com náuseas e vai ao banheiro vomitar em diversos momentos do dia.

– Isso não me parece distúrbio alimentar não Leon, por que não trouxe ela pra fazer alguns exames?

– É por que você conhece Carol Stone, a mãe dela, ela força a barra e Deb pode estar atormentada com tudo isso.

– É, a Carol sempre foi assim... - Maggie suspira. - Bom, você pode ajudar sua namorada quando ela estiver enjoada. Dê água de coco para ela. Ajuda.

– Sério... Vou fazer isso e vou convencê-la a vir em um médico, ou nutricionista. - Leon suspira.

– Apenas um médico Leon.

– Certo. - Leon sorri - Obrigado.

– Disponha, sempre que quiser me procure. - Maggie sorri e se levanta. - Mais alguma coisa? Preciso distribuir umas rifas.

– Não só isso. Mas... Rifas? - Leon olha ela estranhando.

– Sim, estamos precisando arrecadar dinheiro para a ala oncológica. Esses dias a Kat perguntou de você.

– Katleen, aquela guerreira... Como ela está? Posso vê-la? - Leon ficou feliz em ouvir algo de Katleen, ela foi tão incrível com ele e Anne.

– Ela está bem. Teve umas recaídas, mas como você mesmo disse, ela é uma guerreira. - Maggie sorri e acompanha Leon para fora da sala.

– Ela deve perguntar muito de Anne também, as 2 pareciam irmãs quando estavam juntas. - Leon sorri.

– Sim, ela perguntou de você e da Anne. Disse que viu a loira na internet. - Maggie sorri e para diante do quarto de Kat.

– Sério. Ela é muito esperta mesmo. - Leon sorri e espera Maggie abrir a porta.

– Você não imagina o quanto. - Maggie sorri e abre a porta. - Oi princesa. - A enfermeira sorri.

– Katleen! - Leon sorri animado ao ver a porta se abrindo.

Katleen estava lendo um livro de ilustrações que as enfermeiras lhe deram no final de semana.

– Tia Mags... - ela sorri fofamente a enfermeira, mas ao ver Leon esse sorriso fica ainda maior - Lee, meu namorado.

– Oi minha princesa. - Maggie sorri.

– Hey, sua guerreira. - Leon sorri.

– Estamos juntos! - Katleen sorri e mostra o punho para Leon.

Leon sorri e repete o gesto.

– Bom, hora de ir. Daqui a pouco eu volto, não esquece que você tem quimio hoje ta Kat? - Maggie dá um beijo na testa da garotinha. - Até mais Leon, e tente trazer sua namorada aqui, ok?

– Trarei e obrigado por tudo Maggie. Cuidarei bem da nossa guerreira.

– Eu sei Tia Mags! E hoje eu quero a peruca azul! - Kat sorri animada - Anne está doente?

– Não, Anne não é mais minha namorada. Deborah é quem está doente.

Katleen faz uma cara de espanto ao ouvir isso.

– Peruca azul chegando. - Maggie sorri e acena para eles saindo do quarto.

Leon sentou na beirada da cama e sorriu.

– Como está?

– Estou bem. A Tia Mags disse que apesar das minhas recaídas, sou uma menina super poderosa.

– Sim! - Leon aperta o nariz dela.

– Parece que o hospital está precisando de uma ajuda, né? - Leon olha ela.

– Eu não sei direito, mas tá deixando o tio Arny bastante preocupado. Ele disse que as crianças precisam disso. - Katleen se entristece.

– Que triste, mas sei que algo vai acontecer e tudo vai se resolver. - Leon suspira e faz carinho nela.

– Eu vou fazer algo, meus amiguinhos precisam de minha ajuda. Só não sei o que fazer? Você me ajuda? - Katleen olha ele de maneira meiga.

Katleen transmitia a Leon algo tão valoroso, ela era pequena, mas tinha grandes intenções, o mundo não podia perder uma joia como ela.

"Preciso fazer algo, mas o quê? Vai Leo, pensa, pensa!"

Katleen olhava para ele esperançosa, algo dentro dela dizia que ele era a solução para esse problema que o hospital estava passando, problema que ela mal sabia qual era.

– Já sei! - Leon vibra após pensar em algo.

– O quê? - Katleen salta na cama e se aproxima.

– Tive uma ideia para ajudar você e seus amigos! - Leon sorri empolgado - Só vou precisar convencer um certo alguém, mas eu consigo.

– Obrigado Leo, você é meu herói. - Kat vai até e o abraça euforicamente, grudando em seu pescoço.

Leon gargalha, realmente havia tido uma ideia maravilhosa, um desfile beneficente para levantar fundos a área oncológica.

– Bem, agora preciso falar com a Maggie, ver se ela gosta da ideia. - Leon sorri.

– Você é tão lindo... - Kat o elogia e fica extremamente corada.

Leon sorri e beija a bochecha dela.

– Você que é.

– Da licença. - Maggie bate na porta e entra no quarto com a peruca em mãos. - Vamos princesa?

– Peruca azul! - Katleen pula do colo de Leon e sem delongas veste sua peruca, de uma maneira torta - Lee como estou?

Leon gargalha.

– Tia Mags, por que meu namorado tá rindo de min?

– Por que você está descabelada. - Maggie sorri e arruma a peruca dela.

– E agora Lee? - Kat faz uma pose e Leon tem mais uma ideia.

– Perfeita! - Leon bate palma.

– Vamos Kat? - Maggie sorri.

– Antes, Leo precisa falar da grande ideia dele para salvar o hospital e meus amiguinhos. - Katleen fala empolgada e dando saltitos.

– Mesmo? Que idéia Howell? - Maggie olha para ele curiosa.

– Posso conversar com minha agente e realizar um desfile beneficiente.

– Ai meu Deus! Sério?! - Maggie se surpreende.

– Sim seria maravilhoso! E Kat poderia desfilar também... - Leon sorri.

– Sim! - Katleen dá ainda mais saltitos.

– Ai Leon, eu não sei nem como agradecer você. Se conseguir, será perfeito!

– Conseguirei, acho que precisaremos de uma reunião, entre a agência e a diretoria do hospital.

– Isso é fácil de resolver. - Maggie sorri.

– Então você cuida do hospital e eu cuidarei de Carol. - Leon sorri.

– E eu? - Katleen olha para eles temendo que Tia Mags fala para ela ir fazer a quimioterapia.

– Você vem comigo que vamos dar uma volta. - Maggie sorri.

– Eu vou indo então... - Leon se abaixa.

– Tchau Leo. Seu lindo. - Katleen vai até ele e o abraça apertado.

Leon sorri e envolve ela em seus braços, crescia nele uma forte admiração por ela.

Maggie sorri para eles e entrega um cartão para Leon.

– Quando falar com a agente, me ligue que marcaremos a reunião com a diretoria do hospital.

– Sim, com certeza.

– Ele é ou não é um herói? - Kat fala olhando Leon eufórico.

– Super herói! - Maggie sorri e pega Katleen no colo.

– Tchau meninas, até mais. - Leon fala acenando e saindo dali, teria que falar com Carol e já estava se condicionando para isso.

– Tchau Leon. - Maggie sorri e leva Katleen para andar um pouco pelo hospital antes da quimioterapia.

– Então você era a Rockstar do colegial. - Niky fala enquanto coloca a colher de brigadeiro na boca.

– Aham. Deixava minha mãe louca! - Deborah ri e bebe um pouco de refrigerante.

– Você não era daquelas que tinha um grupo de amigas e que descobriam segredos dos moradores da cidade e depois foram perseguidas por um ser anônimo? - Niky ri da sua apologia a um seriado.

– Pior que não, mas diz aí, eu seria uma boa Aria, ou até mesmo uma Spencer. - Deborah ri.

– Ou uma Mona. - ele olha ela com um olhar maldoso e depois coloca mais uma colher na boca.

Deborah olha para ele surpresa e faz careta.

– Ou até mesmo a Alisson. Enfim... Séries a parte, eu quero te fazer uma proposta Niky.

– Proposta. Isso é interessante, deixa eu trancar a porta e diminuir a luz... - ele gargalha.

– Ah, vamos falar sério uma vez vai. - Deborah olha para ele. - Eu acho que você tem um potencial pra ser modelo, e eu queria fazer um teste com você. Umas fotos e quem sabe um desfile, só pra você ver como seria desfilar.

– O que? - Niky fica extremamente surpreso.

– Isso mesmo que você ouviu. - Deborah sorri. - E não fique tímido, eu serei sua fotógrafa.

– Você surtou? Eu? Modelo? Como assim? - Niky não sabia como reagir.

– Calma Niky, foi só uma ideia. Você é bonito, tem um corpo invejável, é carismático e bom, eu imaginei você com uma carreira brilhante fora daqui.

– Eu não sei... Não sei o que pensar, o que faço? - Niky olha ela confuso.

– Confia em mim? - Ela olha nos olhos dele sorrindo.

– Completamente. - ele suspira e sorri a ela lindamente.

– Então vem comigo. - Deborah se levanta e pega sua bolsa e a chave do seu carro.

Niky sem entender ao certo apenas segue a garota e sorri, deixando a panela de brigadeiro na pia. "Eu? Modelo? Será?"

Deborah pega sua câmera antes de sair e vai com Niky até seu carro. Ela entra logo depois dele no automóvel e revira os olhos ao sair com Niky e ver um paparazzi.

– Se prepara pra ser visto em alguma coluna de fofoca. - Ela suspira e liga o som.

– De certa forma isso é ótimo! - ele sorri empolgantemente - Mas, como vai ser? - ele fala balançando a cabeça com a música dela.

– Do jeito que você quiser. - Deborah aumenta o volume. - I've been thinking about you, my Love, and all the crazy things that you put me through. Now I'm coming around throwing it back to you... (Eu estive pensando em você, meu amor e todas as coisas loucas que você me fez passar. Agora eu estou voltando, devolvendo-as a você.)

– Admito que estou empolgado. - Niky continua se movimentando no ritmo da música.

– Você vai gostar. - Deborah pisca para ele.

– Para aqui mãe. É esta a boate. - o rapaz falou a mãe, olhando para o GPS.

– Fire? - A mulher estaciona diante o prédio. - Tem certeza filho?

– Sim, mãe, no vídeo da Internet estava falando que Anne se apresentou na boate onde trabalha. Fire. - o rapaz explica e revira os olhos já que não era a primeira vez que fazia isto.

– Ta bom. E não revire os olhos para mim. - A mulher tira o cinto e desce do carro. - Você fica.

– O quê?! - Damien olha ela - Não sou mais uma criancinha.

– Fica e não retruca. - Joanne pega sua bolsa e vai até a boate.

– Droga! - ele pega seu celular e responde as mensagens de seus amigos que ainda se despediam.

A mulher caminha pela calçada e ao ver uma das portas abertas ela entra. Ela observa tudo em volta e sorri. "O lugar é bonito e grande."

John estava em seu escritório, faltava um pouco de tempo para a boate abrir, mas ele estava ligando para os fornecedores, iria ter que comprar mais, as apresentações da Anne estavam superando suas expectativas.

– Olá? Alguém? - Joanne anda pelo amplo salão. Ela olha para o andar de cima e enxerga um sala iluminada, através da janela ela consegue visualizar o que parece ser um homem. Jo sobe a escada e ao parar diante da porta ela bate umas duas vezes.

"Quem poderá ser?", John se questiona levanta da mesa após anotar coisas sobre a ligação que teve com um dos fornecedores que tivera. Ao aproximar da porta, ele ajeita o óculos de aros negros que estavam usando.

– Olá, em que posso ser útil? - ele disse, mas ao ver aquele rosto fico estático.

– John? - Joanne olha para ele e abre a boca surpresa.

– Jo? Joanne Blake? - John coloca a mão na boca assustado.