-Humanos... Seres tão efêmeros... Fracos... –E Bella deixou o cemitério olhando uma ultima vez para o tumulo do humano que até então lhe fazia companhia, o nome Jacob não seria esquecido. E desapareceu na penumbra daquela noite nublada.

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-Agora tome seus comprimidos, senhor Cullen. –Disse a simpática enfermeira a Edward Cullen. Este olha com desdém para os comprimidos e os toma rapidamente. A enfermeira sorri por não ter que obriga-lo a ingerir os remédios, esta sai em seguida. Edward levanta-se cambaleante, vai até o banheiro, cospe os medicamentos que estavam atrás da língua. Odiava tudo aquilo. Aqueles remédios apenas serviam para adiar o inevitável, ele morreria. Então por que se submeter a essa tortura? A tortura de ir periodicamente a um hospital e tomar mais de oito comprimidos por dia? Ele não sabia, mas sentia-se... Cansado.

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Sorveu mais sangue do que seu corpo suportava e observou cada uma de suas vitimas desfalecerem rapidamente. Amaldiçoava os humanos, tão fracos.

-Odeio humanos! Por que... Por que eles possuem... Possuem a dádiva de morrer. –Balbuciou Bella no terraço de um prédio, as lembranças ainda em Jacob, humano que fora um grande amigo ignorando o fato de que esta era um monstro sugador de sangue. Olhou atentamente para os escassos transeuntes que passavam abaixo do prédio.

E Edward caminhava pelas ruas. Ao menos conseguiu alta do hospital com a certeza de que logo voltaria a contragosto. Sua saúde era instável, e ultimamente passava mais tempo medicado no hospital do que em casa.

-Não tenho muito tempo. Se for para morrer que fosse a um prazo menor do que o dado pelo medico. –Sussurrou tristemente. Teria de voltar logo para casa, já sentia a vista ficar turva. E deu mais alguns passos em direção a casa cessando apenas quando ouviu um grande estrondo atrás de si e o corpo que parecia ter despencado do prédio. Depois de alguns minutos observando aturdido à cena. Moveu-se cambaleante para o encontro da jovem.

“DEVE TER MORRIDO COM CERTEZA!” - Pensou enquanto ajoelhava-se próximo a pessoa. A viu levantar-se como se nada tivesse acontecido. Admirou a pele alva, mas alva do que o comum, os olhos rubros sem brilho e os cabelos castanhos escuros. Era bela, melancolicamente bela. O olhou por alguns instantes o humano que a fitava surpreso.

-Você... Você está bem? –Ele perguntou agora de pé ao lado dela.

-Estou. E você? Está bem? –Falou próximo a ele, a respiração entrecortada do jovem e a expressão aturdida fizeram Bella sorrir. “Tão fraco” -Ela pensou. Começou sua caminhada. Edward não entendia como poderia estar bem depois da queda, ao vê-la seguir seu caminho andou para falar com a mesma, mas um súbito mal estar o atingiu levando-o ao chão. Antes de desmaiar vislumbrou a figura feminina olhando-o com uma expressão nula.

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Sentiu uma brisa cortante atingi-lo. Abriu vagarosamente os olhos verdes apenas para descobrir que estava no topo da torre de uma igreja católica. Por pouco não caiu de uma altura considerável. Depois de se recompor do susto, com dificuldade, viu a jovem que havia caído do prédio em pé atrás dele. Como ela apareceu naquele ponto? E viu os olhos rubros fitarem com malicia, os caninos protuberando dos lábios. Ao tentar afastar-se da figura macabra quase despencou, mas Bella o segurou pela gola da sobrecasaca erguendo-o do chão.

-Com medo, humano? –Falou sarcástica vendo-o segurar as mãos da própria vampira num pedido mudo para que ela não o soltasse. E Bella riu alto com o modo como Edward agia.

-Vejo que está com medo. Achou que eu morreria caindo daquele prédio?

-VOCE É...

-Sou aquilo que os humanos temem, sou uma vampira! –Falou aproximando Edward até sua pessoa. Queria ver o pavor em seus olhos, mas não foi isso que viu. Os olhos de Edward tinham um brilho incomum.

-Deve ser fascinante ser um ser eterno.

-Não sabe o que diz, idiota! –Fala Bella ferina. Lembrou-se certa vez de Jacob dizendo as mesmas palavras.

-Eu sei sim... Tendo a vida limitada como a minha, ter o seu dom seria uma luz no fim do túnel. –E a voz saiu sofrida e Bella olhou para o comportamento de Edward abismada. Largou o jovem que ficou de pé. O frio se intensificando mais e mais.

-E então vampira? Vai me matar agora ou eu terei de esperar o tempo que o medico me disse? –E com aquela frase ficou evidente o que Bella já desconfiava: aquele humano fraco logo morreria. Sentiu isso ao vê-lo pela primeira vez com seus olhos apurados. Podiam ouvir as batidas preguiçosas de seu coração e a respiração fraca. E mesmo agora em uma situação eletrizante mantinha-se com a reação corpórea tranqüila.

-Não seria saudável beber o sangue de alguém que está com os dias contados. Não precisava me dizer de sua situação, vi isso assim que o vi. Você é a prova viva de como os humanos são fracos! Inúteis! –Por alguns instantes, Edward viu o semblante da vampira encher-se de dor para logo mais voltar à expressão nula. Ela se aproximou do humano abraçando-o.

-Segure-se em mim humano. Eu o levarei para casa. –E assim Edward o faz adormecendo de súbito nos braços da vampira.

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