Aku Cinta Kamu - Eu te Amo escrita por Diéssica Nunes Sales
– Alec? – Clary chamou o cunhado quando os Caçadores de Sombras chegaram. Eram três horas da manhã.
– Ainda acordada, Clary? –Jace perguntou.
– Tenho um recado para Alec.
– O que houve? Alec perguntou dando um passo a frente.
– Se importa de falarmos a sós?
– Não. Vamos. – Alec falou preocupado. Eles foram para o quarto dele, e enquanto andavam eram observados por Jace e Isabelle.
Alec fechou a porta e perguntou:
– O que houve?
– Magnus me enviou uma mensagem.
– O que? – Ele perguntou ansioso.
– Ele pediu que você fosse vê-lo.
– Por que não me disse antes?
– Porque você acabou de chegar.
– Ele te ligou?
– Enviou uma mensagem.
– Obrigado, Clary. – Ele saiu de seu quarto numa rapidez que Clary nunca tinha visto fora da sala de treinos.
Alec passou por Jace e Isabelle sem falar nada, indo em direção à saída. Eles esperavam pelo irmão e por Clary do lado de fora do quarto.
– O que houve? – Jace perguntou para Clary.
– Eu tinha que dar um recado para ele.
– Isso nós sabemos. – Isabelle falou.
Clary suspirou.
– É isso que posso dizer.
– O que? – Isabelle perguntou.
– É isso que posso dizer. – Clary repetiu.
– Por que não pode dizer que recado era esse? – Jace perguntou.
– Porque não posso. Não façam mais perguntas. – Clary foi em direção a seu quarto.
– O que? – Jace e Isabelle perguntaram ao mesmo tempo.
– Boa noite. – Clary disse entrando em seu quarto.
*****
Quase uma hora depois Alec chegou à casa de Magnus, então, tocou a campainha. Rapidamente Magnus atendeu, como se realmente o estivesse esperando.
– Vejo que recebeu meu recado.
– Clary me contou da mensagem assim que cheguei ao Instituto.
– Poderia ter vindo amanhã. – Magnus falou controladamente.
– Você sabe que assim que eu recebesse a mensagem, eu viria. Não importa a hora do dia.
– Eu sei. – Magnus sorriu.
– O que você quer?
– Conversar.
– Sobre? – Alec sentiu sua respiração se alterar, ficando irregular. – Sobre o que aconteceu... Entre nós.
Alec engoliu em seco.
– Quer começar? – Perguntou ao ex-namorado.
Magnus sorriu.
– Talvez seja melhor você.
– Eu te amo. – Alec disse.
Magnus olhou ternamente para ele, pela primeira vez naquela madrugada.
– Eu sei.
– Eu errei, Magnus. Eu errei. Eu estava tomado por uma insegurança irracional, por um medo que não sei de onde tirei.
– Nunca te dei motivos para desconfiar de mim. – Magnus parecia ofendido.
– O problema nunca foi você me dar motivos para desconfiança, insegurança ou ciúmes. O problema sempre foi minha própria insegurança. – Ele piscava os olhos, tentando conter a ardência proveniente da vontade de chorar.
– Por que tão inseguro, Alec?
– Eu não sei. – Ele engoliu em seco e olhou para as próprias mãos, que estavam repousadas sobre seu colo.
– Por que nunca me contou? – Magnus tentava segurar suas próprias emoções.
– Eu sei. – Alec sentia um nó na garganta.
Eles ficaram em silêncio. Alec ainda olhando para as mãos, deixou as lágrimas escaparem de seus olhos. Então, olhou para o ex-namorado e disse:
– Eu fui um tolo, mas eu te amo. Por favor, me dê uma segunda chance.
– Eu também te amo. – Magnus disse, conseguindo ainda segurar suas lágrimas. – Mas perdi a confiança em você, Alexander.
– Eu também perdi a confiança em mim. – Alec abaixou a cabeça novamente.
– Olhe para mim. – Magnus pediu e Alec levantou a cabeça. – Eu gosto dos seus olhos. – Alec sorriu e suspirou.
Magnus o fitou e, em seguida, perguntou:
– O que Camille lhe pediu em troca?
Alec ficou em silêncio por alguns segundos. Após um denso suspiro, disse:
– Que eu matasse Rafael.
– Assim ela estaria novamente no controle. – Magnus falou, pensativo, para si.
– Magnus... Eu... Eu não ia aceitar. Não pela violação do trato, mas... – Suspirou novamente. – Por você. E se em algum momento eu considerei aceitar, foi por apenas um segundo. E esse segundo... Esse segundo foi por medo. Medo de eu envelhecer e morrer, e você ficar jovem e sexy para sempre.
Magnus esboçou um sorriso.
– Jovem e sexy?!
Alec soltou uma risadinha e olhou para baixo.
– Por favor, me perdoe.
– Eu quero. – Magnus falou pela primeira vez deixando seus sentimentos transparecerem. Era a primeira vez naquela noite que Alec notou sentimento em seu tom de voz, era a primeira vez que Magnus deixou de se deixar controlar. Ele se levantou e se sentou perto do ex-namorado.
– Eu te amo, Alec. – Magnus admitiu olhando para Alec. – Eu quero que voltemos. Eu quero voltar pra você... Quero que você volte para mim... – Ele fez uma pausa, olhou para baixo e, logo, para Alec novamente – Mas temo de não conseguir. Temo não conseguir ser o seu Magnus novamente. Você violou minha confiança.
– Eu sei. – Alec suspirou. – Por que não tentamos?
– Como? – Magnus perguntou sentindo-se perdido.
– Devagar. Do começo. Como antes. – Alec sorriu.
– Devagar. – Magnus repetiu. Sua expressão era indecifrável.
– Sim. – Alec confirmou com um sorriso.
– Do começo. – Ele continuou. – Como antes. – Ele esboçou um sorriso. Olhou nos olhos do ex-namorado, e então, sorriu largamente. – Acho que podemos tentar.
Numa explosão de emoções, Alec sorriu e ambos aproximaram-se um do outro. Colaram suas testas, sorrindo. Alec acariciou a bochecha de Magnus e inclinou levemente a cabeça.
– Obrigado. – Alec murmurou.
Lentamente, ambos aproximaram suas bocas, por fim, encostando os lábios. Tomados por uma invasão de sentimentos, se afastaram alguns centímetros e olharam profundamente um para o outro – certificando-se que o amado estava ali. Então, aproximaram-se novamente, iniciando um beijo cheio de saudades. Magnus colocou suas mãos sobre a cintura de Alec, apertando-a e fazendo Alec sorrir. Ele, por sua vez, enlaçou seus braços no pescoço do amado, trazendo-o mais para si.
A cada segundo que passava, o beijo ficava mais intenso e desejoso. Em vez de saciados, ficavam ainda mais famintos. Em total sincronia, Alec se inclinou para se deitar, com Magnus inclinando-se sobre ele.
Magnus parou o beijo.
– Devagar. – Ele sussurrou ofegante.
– Devagar. – Alec também sussurrou ofegante.
Os dois se sentaram.
– Talvez seja melhor você voltar para o Instituto. – Magnus falou.
Alec assentiu.
– Posso voltar mais tarde? – Perguntou se levantando, mesmo sem ter se recuperado completamente do beijo.
– Quando quiser. – Magnus sorriu.
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