Aku Cinta Kamu - Eu te Amo escrita por Diéssica Nunes Sales


Capítulo 1
Não Tem Volta


Notas iniciais do capítulo

Olá, pessoal! Minha primeira fanfic de Os Instrumentos Mortais. Espero que gostem!



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– Vá embora, Alexander.

– Por favor, Magnus. – Alec pedia. – Me escute.

– Não quero.

– Por favor, me perdoa. – Os olhos azuis de Alec enchiam-se de lágrimas.

– Alexander. – Magnus suspirou – Você tentou tirar minha imortalidade... Você nem sequer conversou comigo! Foi fazer um acordo com Camille. Achou que eu nunca iria descobrir?

– Aquele dia eu fui até ela para matá-la! Eu juro, Magnus. Eu confesso que pensei em fazer o acordo, mas foi algo que passou pela minha cabeça por alguns segundos.

– Segundos?

– Sim. Eu sei que errei e, por isso, te peço que me perdoe.

Magnus suspirou. Virou as costas para o ex-namorado.

– Vá embora. – Ele disse firme.

– Na nossa última batalha – Alec começou a dizer –, quando eu te vi cair... – Ele falava pausadamente, tentando controlar a voz – Eu fiquei desesperado... Consegui continuar lutando porque era Isabelle que estava cuidando de você. Por que era minha irmã... – Ele engoliu em seco – Quando percebi que você estava fraco demais... Quando vi que você poderia ter morrido... – Ele tentava segurar as lágrimas – Que irônico! Você imortal... Morrer...

– Sou imortal, não invencível. – Ele interrompeu o ex-namorado.

– Eu... – Alec continuou – Eu senti como se toda minha vida tivesse perdido o sentido. Eu te amo, Magnus. Aquele dia no metrô você me disse que me ama e hoje eu que digo. Eu te amo. Me dê uma segunda chance.

Eles ficaram em silêncio por alguns segundos. Magnus ainda estava de costas para Alec.

– Você não entende! – Magnus disse com raiva, se virando para ele. – Eu quase morri tentando salvar o seu Parabatai, que se eu me lembro muito bem, você era apaixonado por ele até poucos meses atrás... – Ele engoliu em seco e continuou – E em seguida descubro que você estava tramando pelas minhas costas. Eu cansei de você Alec.

Alec não conseguiu mais se conter e uma lágrima desceu.

– Jace é meu irmão, meu Parabatai. Você é quem eu amo... E, eu nunca te obriguei a nada. Tudo que você fez por nós foi por sua única vontade.

– Por minha única e total vontade. Sabe por quê? Por que eu te amava.

– Amava? – A voz de Alec quase não saiu.

– Isso não importa mais.

– Claro que importa. Você não me ama mais?

– Com a força de cada ano que vivi...

– Então?

– Acabou.

– Vai ser assim? Você vai me esquecer?

– Alexander... – Magnus engoliu em seco – Você é mortal. Um Caçador de Sombras. Acha que vai viver mais quantos anos? Mais cedo ou mais tarde você irá morrer... E eu teria que te esquecer de qualquer jeito.

Alec não tinha forças para nada. Nem para andar, nem para falar, nem para chorar.

– Agora... Vá embora. – Magnus virou as costas e o deixou sozinho.

Após se recuperar parcialmente do golpe, Alec deixou a casa do ex-namorado.

*****

– Que bom que você chegou. – Jace disse quando Alec entrou. – Preciso falar com você. Onde esteve?

Alec passou por seu Parabatai sem falar nada e foi para seu quarto.

– O que houve? – Isabelle perguntou após presenciar a estranha cena.

– Não sei. Talvez seja Magnus.

– Estou preocupada com ele – Isabelle cruzou os braços.

– Eu também.

– Você não consegue sentir nada?

– Apenas que ele não está bem... Mas nós sabemos porque ele está mal, Isabelle. Precisamos é ajuda-lo a melhorar.

– Como? Ele se tranca no quarto e não fala com a gente. Mal come.

– Mas treina. – Isabelle aguardava o irmão continuar a dizer o que estava pensado. – Temos que treinar com ele. Voltar a nos aproximar através do treino.

– Acha que vai funcionar?

– Acho que devemos tentar.

*****

Alec chegou em seu quarto, trancou a porta e ali mesmo ficou. Sentado no chão, sozinho, deixou-se sentir tudo que estava reprimindo até chegar ali. Chorou silenciosamente, soluçou silenciosamente, e sentiu sua alma ser repartida em vários pedaços. Encolheu as pernas e as abraçou, repousando seu rosto nos joelhos.

Lembrou-se do primeiro beijo, das batalhas em que lutaram juntos, de quando assumiram o relacionamento em público, dos momentos na casa dele, da sensação de plenitude que tinha somente quando estava com ele, até mesmo de seus ciúmes e de sua insegurança.

Nunca pensou que escutaria aquelas palavras saírem da boca de Magnus. Nunca pensou que ele seria tão frio. Sabia que tinha errado, mas precisava ser perdoado. Tudo que fez não foi por causa da falta de confiança no ex-namorado, mas por culpa de sua própria insegurança. Magnus tinha que entender isso!

*****

Apesar da sua frieza, Magnus estava se sentindo destruído. Destruíra parte da casa por conta de sua raiva. Chorava como nunca havia chorado antes. Ora pois, era um Alto Feiticeiro, como poderia ter se apaixonado daquela forma por um Nephilim? Por Alec havia pensando em tirar sua própria imortalidade, por Alec havia pensado na finitude, com ele queria estar. Se o ex-namorado não poderia ser imortal, então que ele se tornasse mortal. Como pudera ser tão besta a ponto de colocar em jogo tudo que tinha? Todo seu poder? Sua influência? Sua reputação? Era fato que, nem de longe, o ex-namorado confiava nele da forma que ele havia confiado nele.

Enraivecido e bêbado, Magnus adormeceu na cama de casal em que tanto havia dividido com Alec.


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