Try escrita por Kashmyra


Capítulo 15
Capítulo 14


Notas iniciais do capítulo

Sinceramente, eu AMEI escrever esse capítulo.
E vocês vão AMAR quando lerem :3



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Havia se passado três semanas.

Os preparativos do casamento já estavam sendo organizados, como a lua de mel o bolo, o buque. Mas nada me interessou, apenas escolhi um vestido que combinasse com o colar de Hans, era a única coisa que me deixava feliz, o resto deixei com que Rose prepara-se, não estava nada animada para meu casamento.

—Alteza?

Levantei o olhar, era Aurey batendo na porta de meu escritório, hoje era dia do pagamento e eu estaria registrando e entregando o dinheiro, era bom, assim eu me ocupava e não ficava pensando em meu casamento, e como seria desastroso.

—Pode entrar Aurey.

—Com licença.

Aurey havia me ajudado e me animado nas últimas semanas, ela percebeu que eu não estava feliz, era como um ombro amigo, ela não insistia em saber por que eu estava assim, apenas ficava me fazendo companhia, agradecia mentalmente por ela ser tão compreensível. Anna. Se estivesse aqui tudo seria tão melhor.

—Ainda não está bem?—perguntou

—De mal a pior.— Respondi triste.

Procurei o papel que ela devia assinar, comprovando que recebeu seu salário.

—Assine aqui. —Disse colocando o papel e a pena na sua frente. Ela assinou rapidamente.

—Pronto.-respondeu entregando a pena.

—Agora.—Sorri.—Seu finalmente pagamento.

Ela sorriu de volta entusiasmada e pegou o saco com as moedas, e começou a conferir.

—Aqui tem mais do que meu pagamento Elsa.

—Eu sei, fui eu que coloquei. —Ela havia me contado que mandava dinheiro para seus pais, eles não estavam conseguindo sustentar com a sua renda, por isso ela veio para cá, por causa que ganharia um salário maior.

—Não posso aceitar.— Disse ela tirando algumas moedas do saco.

—Aurey, eu quero ajudar, você nem imagina o quanto me ajudou nessas semanas, isso é apenas uma recompensa.—Disse sorrindo, e colocando as moedas de volta.

—Muito obrigada! Meus pais finalmente vão poder comer direito!—Agradeceu radiante.

—Pense em você também Aurey.—Eu já havia dado alguns vestidos para ela, pois ela não queria gastar um sequer centavo com si mesma, apenas queria ajudar seus pais.

—Pode deixar, com esse dinheiro a mais comprarei um vestido apenas para ir ao seu casamento. E ainda sobrará para mandar pros meus pais!—Ela me abraçou e eu retribui seu abraço.

—Bem vou indo, Rose está insuportável dês do jantar de noivado.—Revirou os olhos.

—E quando ela não está? —Perguntei sarcástica Aurey riu, acenou da porta e depois a fechou.

Algumas horas se passaram e várias pessoas passaram para pegar seus pagamentos, algumas batiam papo, outras nem olhavam na minha cara.

Susan estava fechando a porta. Ela ainda não tinha encontrado o amor da sua vida, tentei não revirar meus olhos quando ela contava pela segunda vez toda a sua história.

Olhei para as fichas,aparentemente nenhuma sem assinatura.

Ouvi batidas na porta, deveria ser Rose querendo me infortunar com perguntas sobre o casamento “Você acha que rosas vão ficar bonitas?” “Esse vestido é muito simples, não quer mudar?” “Já convidou os reis das ilhas do sul?”. Ela sabia muito bem que não estava nem aí para o casamento, acho que ela só faz isso para me incomodar.

—Pode entrar.

Ouvi a porta porta se abrir, mas não olhei, deveria terminar de arrumar as fichas ainda hoje.

—Olhe Rose, estou muito ocupada venha em outra hora, isso é mais importante do que meu casamento.—Disse apressada.

—Vim receber meu pagamento.

Meus pelos eriçaram com a voz rouca, bem na hora em que vi sua ficha, ainda não assinada, eu não o havia esquecido, mas queria muito conseguir.

—Hans...—O encarei.—claro assine aqui.—Peguei a folha com as mãos tremulas e entreguei a pena, ele assinou, mas quando fui pegar a pena de novo ele segurou meu pulso.

—Por que vai casar com ele? Você não o ama.

—Quem disse? Eu amo sim.—Tentei tirar sua mão de meu pulso, mas ele não deixava. Eu já sabia onde tudo isso iria dar, e eu relutava com aquele sentimento de me jogar em seus braços.

—Não é ele que você ama, sou eu.—Disse me encarando, sua mãos largou da minha quando sentiu o choque de gelo. Eu não queria fazer isso, mas foi impulso. Eu não o amava. Não podia.

—Como pode ter tanta certeza?

—Eu sei disso, por que toda vez que estamos juntos você fica nervosa, e quando eu te beijei, você não falou para parar.—Ele disse sorrindo de canto. Corei.

—Falei sim.—Disse o contrariando.

—Só depois de um tempo.— Desafiou.

Fiquei vermelha, mas não de vergonha, de raiva, ele não podia vir aqui e simplesmente falar que eu o amo, isso nem havia se passado na minha cabeça, imagina, eu apaixonada por Hans.

—Vou me casar com Aron. Não tem volta.—Desviei de seu olhar, não conseguia mais o encarar, ele sabia que eu estava mentindo.

—Elsa por favor.—implorou.

—Chega.—Levantei-me e procurei na gaveta da mesa o último saco de moedas que havia separado. A peguei e me dirigi até Hans.

—Aqui.—Falei jogando a moeda em suas mãos. Não queria me magoar mais ainda.—Ai está tudo que você quer, agora pode ir embora.

Ele lentamente olhou para o saco e depois para mim.

—Isso não é tudo que eu quero.—Então ele jogou o saco de moedas no chão. Eu fiquei abismada, dinheiro era uma das coisas que as pessoas mais cobiçavam.

Eu o olhei, encarei aqueles seus olhos verdes, tão lindos, a sua barba estava feita, e seu cabelo ruivo estava encantador como sempre. Uma vontade de passar a mão em seu rosto passou em minha cabeça, sacudi ela com a ideia. Ele me encarou de volta, mas não fez nada, sua mão não veio ao meu rosto, nem tentou segurar minha cintura, isso me deixou completamente incomodada, eu desejava secretamente que ele fizesse isso.

—Você é tudo que eu quero.—Sem avisos ele segurou e puxou minha cintura para ele, do jeito que eu desejava. E então me beijou.

Aquele foi meu primeiro beijo. O primeiro que eu desejava ardentemente, o primeiro que eu não ficaria arrependida. O primeiro que eu lembraria para sempre.

Correspondi de imediato. Sua boca grudava na minha como mel, aquele seus lábios doces tocavam os meus, como se fosse feito um para o outro.

Minhas mãos rapidamente foram para seu rosto, o puxando para mais perto, e selando nossos lábios de volta. Ele foi andando para frente ainda com as mãos passeando em minha cintura isso me dava arrepios, e era tão bom, até encontrarmos a mesa.

Ele separou seus lábios dos meus e empurrou tudo que tinha sobre a mesa, elas caíram com um estrondo no chão, mas o tapete abafou um pouco. Olhei para o chão, a tinta manchará o tapete e todos os papéis estavam embaralhados, teria que refazer tudo de novo.

—Ei! Demorei tanto para fazer isso.—Suspirei

—É por uma boa causa.— Seu sorriso vinha de orelha a orelha. Não pude deixar de sorrir, ele era tão lindo. Levei minhas mãos até seu rosto e o puxei para um beijo. Hans segurou minha cintura e me levantou para sentar na mesa. Ri de seu ato. Agora eu estava do seu tamanho.

Senti sua língua querendo penetrar minha boca, e sem hesitação, a deixei entrar e nosso beijo então foi um desastre.

—Não sei fazer isso.—disse limpando um pouco de baba que havia escorrido.

—Nós vamos aprender.—respondeu com entusiasmo.

Juntamos nossos lábios de novo, e dessa vez nós conseguimos deixar nossas línguas em sincronia. Ele estava entre as minhas pernas, suas mãos agora apertavam minhas coxas. Gemi ainda com nossas bocas grudadas.Passeei com minhas mãos entre seus cabelos, depois pelas suas costas.

Eu sabia completamente que isso que estava fazendo era errado. Estava traindo Aron, por mais que o odiasse eu iria me casar com ele. E Anna. Quando ela voltasse do lugar onde ela estava, o que falaria? Ela viria para meu casamento? Deixei os pensamentos de lado. Queria aproveitar meu último beijo com Hans.

—Diz que não vai casar com ele.—Ele beijou-me novamente.

Ainda entre o beijo respondi:

—Não posso.

Seus lábios separaram dos meus bruscamente.

—Porque? Elsa Por favor me conte.—suplicou.

Entrelacei nossos dedos. Eu contaria a verdade.

—Ele está me chantageando.—Disse o encarando.

—Eu sabia.—disse saindo de perto de mim e começou a andar pela sala. —Podemos resolver isso. É só confiar em mim Elsa.

Ponderei sua sugestão, mas no fim não aceitei.

—Eu confio em você Hans, só que não vê? Não dá.

—Você me disse isso da outra vez e conseguiu.—Ele já estava de volta ao seu lugar. E começo a acariciar meu rosto.

—Só que dessa vez é diferente, não depende de mim.—Respondi tristonha.

—Elsa podemos dar um jeit...—Calei sua boca com um beijo.

—Eu não quero discutir mais, está pronto e acabou. Deixe me lembrar apenas de você hoje.

Vi que o canto da sua boca se ergueu. Hans roçou sua barba em minha bochecha e suas mãos vieram para minhas coxas. Suspirei com seu toque. Ele parou sua boca em meu ouvido, e depois de alguns segundo ele perguntou:

—Você me ama?

Sua pergunta me pegou de jeito. Eu o amava? Nem eu mesma sabia dizer. Ele me abalava de um jeito que ninguém poderia abalar, ele me beijava de um modo que ninguém poderia fazer. Eu pensava nele todas as horas de meu dia. Não conseguia esquecê-lo, eu o queria mais que tudo. Sinceramente eu achava que estava ficando louca, por pensar isso dele, mas quem manda no coração? Quem decide nossos sentimentos? Eu não queria aceitar, mas queria poder ser feliz, sentir o amor pela primeira vez. Eu o amava.

—Mais do que poderia.—Respondi finalmente.

Hans então selou nossos lábios, um beijo que começou calma e inocente começou a virar um ardente e necessário. A barra de meu vestido subiu um pouco, e senti a mão de Hans passar pela minha coxa por baixo do pano.

—Hans! —Bati em sua mão, ele tirou mas riu e eu ri de volta.

—Por que você me ama?—Fiz a pergunta que não queria me calar. Ele olhou em meus olhos.

—Bem, na verdade eu não te amava. Eu viria a Arendelle só para resolver nossas pendências pedir desculpas e tudo o mais.—Parou e segurou minha mão em cima da mesa. —Mas quanto eu te vi pela primeira vez vi que não conseguiria apenas pedir desculpas, quanto mais eu sentia ciúmes de você,quanto mais eu pensava eu despertava um desejo de te ter.—ele riu e me deu um beijo rápido.— Então depois do nosso beijo, eu confessei a mim mesmo que estava louco por você.

—Eu tenho você nas minhas mãos então?—Perguntei brincando.

—Bem na palma.

Ele me beijou, eu poderia o beijar sem culpa, ele me contou tudo, poderia confiar cegamente nele, agora eu sabia sobre seus sentimentos. Pena que isso não duraria tanto quanto eu gostaria.

Hans estava beijando meu pescoço quando alguém batem na porta.

Eu e ele levamos um susto, desci da mesa e arrumei meu cabelo, e o ajudei a arrumar seu uniforme. Ele roubou um beijo meu, e bati em seu peito, alguém quase nos descobriu, ele queria piorar as coisas?

—Elsa? — Era Aron batendo na porta.

—Pode entrar.—Disse apontando para Hans em silêncio para a bagunça o chão.

—Elsa! Estava com saudades. —Ele me puxou para um beijo, mas com impulso o afastei. —Você ainda vai me beijar muito, entendeu? —Fiz que sim com a cabeça. —O que ele esta fazendo aqui?— Perguntou desconfiado quando viu Hans limpando a bagunça.

—Ele veio me ajudar quando derrubei os papéis sem querer, apenas isso.—Disse na maior cara de pau.

—Bom, vim te buscar, as amostras dos bolos chegaram.— Revirei os olhos, não queria ir, havia falado a Rose que ela poderia escolher, mas como sempre, quer jogar na minha cara que casarei com Aron.

—Vamos? —Perguntou.

—Vamos.—Olhei para Hans. —Venha com a gente, amanhã eu arrumo isso.—Pisquei, ele se levantou.

Saímos da sala em completo silêncio, Aron já havia enganchado meu braço no seu. Dei uma última olhada em Hans.

—Até.— Me despedi, ele acenou de volta e piscou dessa vez para mim. Sorri.

—Chegaram as amostras de bolos de morango, limão, banana, de nozes...

Essa noite seria longa.

Mas só conseguiria pensar em Hans.


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Notas finais do capítulo

Ooown gente, eles finalmente se aceitaram .
Pena que tem uma pessoa chamada Aron, para estragar tudo :/