Depois de ele, rudemente, me largar no chão como se fosse um saco de batatas, eu fiquei mais vermelha que o meu cabelo e senti um desejo quase que incontrolável de matar o Homem de Ferro.

–Sua maldita sardinha enlatada, eu vou te fritar em óleo quente!!!!- berrei, partindo pra cima dele, eu só não o matei pois senti Natasha me segurando firmemente- Natasha Romanoff me solta agora!!!

–Ui, esquentadinha,- disse Anthony- saiba que você fica linda xingando em francês, e em búlgaro, e também em...

–Já chega, Stark,- disse Fury- eu disse para trazê-la gentilmente.

–Gentileza não é uma de minhas inúmeras qualidades, Fury, você deveria saber- ele disse, tirando a máscara, e vi que apesar de idiota, babaca, otário e inúmeras outras coisas, ele era lindo, o que, é claro, eu nunca vou admitir em voz alta.

–Por que você me chamou, Fury?- perguntei, me soltando de Natasha e cruzando os braços, procurando o lugar na sala mais afastado de Stark.

–Quero que conheça alguém, Mikaela- disse ele, então, na sala entrou uma mulher obviamente mais velha que eu, tinha pele pálida, cabelos negros como carvão com californianas azuis e olhos castanho-claros, que, com a luz, pareciam feitos de ouro líquido-, Adélia, conheça Mikaela Ravewood, mais conhecida como...

–Black Lady- eu disse, me lembrando da foto que vi certa vez em um jornal.

–Prazer em conhecê-la- disse Mikaela, estendendo a mão, apertei-a.

–Então, o que você faz?- perguntei.

–Posso sentir e influênciar os sentimentos das pessoas a minha volta- disse ela.

–Prove- respondi.

Ela me olhou, me desafiando, engui uma sombrancelha, então comecei a rir do nada, ria como se não houvesse amanhã, eu já chorava, e minha barriga e minhas bochechas estavam doendo.

Então, num passe de mágica, acabou.

–Me convenceu- eu disse, secando minhas lágrimas- sou Adélia.

–Eu sei,- disse, sorrindo- eu sei tudo sobre você.