Not so different, After all escrita por Ana Carolina Lattaruli


Capítulo 20
The Dark Side Of The Moon.


Notas iniciais do capítulo

Olá pessoas mais que lindas!!!! Mds Lenna, simplesmente AMEEEEEEIII sua recomendação, tipo muito, eu pulei, gritei, chorei aaaah glr, 5 recomendações? ?? To no céu, só pode! Bem chega de enrolar, ai está mais um capitulo, espero que gostem, pq eu achei divo u.u
Beijos gelados e Enjoy...



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Corri.

Não sei pra onde, mas precisava me libertar.

Acredito no escuro. Só há isso dentro de mim.

Meu coração é congelado, não deveria sentir nada, então por que senti? O que há de errado comigo? Eu não sinto.

Eu não amo.

A minha neve é má.

Eu tenho medo.

Corro pelas ruas de Quebec e me deixo cair em meio a uma montanha de neve branca, me enterro por completo desejando apenas sentir frio, mas não sinto, droga! Eu não sinto.

Jack havia corrido atrás de mim, mas me deixei perder, não queria olhar para aquela cara irritante e de repente não sentir mais ódio, eu queria continuar brava, e eu ainda fui tola de pensar nele.

Como se ele pensasse em mim na hora que estava beijando Sophia.

Ele não me devia desculpas, claro, mas acho que depois do que passamos juntos ele poderia... Ah, por que ainda estou pensando nele? Essa neve onde estou enterrada deve estar afetando minha mente.

Com esses pensamentos, durmo, ali mesmo, dentro da neve.

~•~

–Olá. - Escuto, abro os olhos e não vejo a neve de antes. Vejo um quarto, uma cama na qual estou deitada e uma pessoa.

Por um momento penso ser o Jamie e quase fico feliz, mas depois vejo que quem sai das sombras é a própria sombra, o Pitch.

Me encolho inteira na cama encostada na parede e jogo um jato de gelo em sua direção, que não o acerta.

–É assim que agradece? - fala abrindo os braços - Te tirei daquela neve toda, sabia que ela ia ser recolhida hoje? Você teria sido descoberta e chamada de aberração, de novo.

–O que você quer? - Falo jogando de novo gelo. E de novo não o acertando.

–Nada - diz ironicamente - Não posso simplesmente salvar uma dama?

–Você matou minha irmã! - jogo mais gelo me levantando da cama - e minha família! - jogo de novo. - e congelou meu coração. - jogo mais uma vez. - esperava o que? Que eu ficasse feliz em te ver? Surpresa! Eu não estou. - grito lançando mais um jato de gelo e dessa vez o acerto.

Para minha surpresa ele não congela.

–Você está tentando me congelar? - ele me olha cínico - O cara que te deu o poder de congelar corações? Você só tinha esse simples poder de nevizinha barata, antes de eu aparecer. - diz fazendo gestos com as mãos.

Seu manto negro cobre seus pés, e seu olhar é profundo, como se vindo de um abismo.

–Me deixe em paz, eu vou embora. - digo me dirigindo a porta.

–Vai? Pra onde? Para os braços de Jack Frost eu imagino. É uma pena ele ficar se agarrando com outra não é mesmo? - como ele sabia disso?

–Cala a boca. Pra onde eu vou é da minha conta e não da sua.

–Sabe, eu nunca te trataria como o Jack, eu não beijaria garotas na frente das pessoas que gostam de mim.

–Como se você tivesse alguém que gosta de você não é mesmo? - seu olhar rebaixa e depois me encara bravo.

–Eu já tive, nem sempre fui o bicho papão das criancinhas. Assim como nem sempre a fada foi a fada dos dentes, ou Sandman ou Papai Noel. - debocha - Eu já tive quem me amasse. Mas hoje em dia é como se eu fosse o lado escuro da lua, aquele que ninguém quer ver. - sentou nostálgico em uma cadeira perto da cabeceira, mas estava com um sorriso maléfico no rosto - Entenda, eu nunca tive nada contra você, mas eu queria ferir o Jack, e você foi minha única opção.

Parei na frente da porta fechada, terminei de ouvir, e me virei sem olhar para ele.

–Você... Quem você era? - franzo a testa.

Ele me olha e um pequeno sorriso com uma mistura de branco e escuridão se forma em seus lábios negros.

–Eu não conto isso para todo mundo - avisou - ...Meu nome era Leroy. Nome legal eu sei. - respira fundo e eu acabo me deixando levar pela história, não é todo dia que se vê o bicho papão contando histórias. - Eu tinha problemas em casa, minha mãe vivia brigando com meu pai, que sempre chegava bêbado em casa, ele batia nela com a mão e em mim com a garrafa, quebrando-a junto a minha cabeça.

–Talvez por isso você seja louco. - observo.

–Posso continuar? - assenti. - Então, bem, eu chegava na escola com curativos que eu mesmo fazia, já que minha mãe não tinha tempo, ela nunca tinha tempo pra mim na verdade. Eu tinha apenas 10 anos. Ela se mudou sem avisar, me deixando com meu pai e fazendo eu cultivar meus medos. Eu ia pra escola e me chamavam de palavras que não preciso dizer. Ninguém nunca encostava em mim, menos uma pessoa, uma única pessoa, um garoto, chamado se não me engano, Phill.

–Phill? - eu me peguei prestando atenção.

–Isso, era meu único amigo, mas ele era doido, doido mesmo, fazíamos planos malvados contra as pessoas, contra a garota chata da nossa sala, ou o menino idiota e que se achava o grandalhão, nós fomos crescendo e a raiva dentro de mim já era grande, os planos foram crescendo junto, planos malvados mesmo, de grandes perdas. - Diz sombriamente.

–Acho melhor eu ir. - eu estava começando a sentir algo, raiva.

– Espere - faz um gesto na mão para que eu continue ali. - um dia, Phill e eu íamos por em prática nosso plano contra o garoto idiota, já tinhamos uns 17 anos e era nosso último ano na escola, quer dizer o meu último, já que Phill não estudava como eu. O plano era fácil, eu atraía o garoto até uma sala escura, arrumando uma desculpa e então saía e o trancava lá dentro, e então Phill soltaria o gás da morte lá. Matando o garoto. Eu disse que era um pouco exagerado mas ele não me deu ouvidos.

–Eu acho realmente que é melhor eu ir.

–O plano saiu errado. - me ignorou. - e no último segundo o garoto deu uma chave em mim e me jogou lá para dentro. Phill não percebeu que era eu e ligou o gás. E aqui estou. - abriu os braços - A lua não me salvou, eu fui salvo pela escuridão. Eu sou filho da escuridão.

–Ah, legal - tento disfarçar que quero correr.

–Elsa, me desculpe, pelo que fiz com você e sua família, eu não deveria ter descontado em você o que era Jack que merecia. - Seus olhos me influenciavam, ele estava usando a persuasão para eu me aliar a ele. Eu não sou idiota.

–Não! não te desculparei nunca!

–Sabe, não tem coisa que combine melhor com a escuridão do que o frio - eu empinava ligeiramente meu nariz, conforme ele falava.

–É claro que não vou ficar aqui. - Desdenho.

–E você irá pra onde? Está em Quebec não em Arendelle. -Sorri maligno.

–Pra qualquer lugar menos aqui.

–Elsa, Elsa, Elsa, tsc tsc, sabe, eu não vou lhe machucar. Não mais. Mas não posso falar o mesmo sobre seus amigos - diz chegando perto e colocando seus dedos cinzas em meu queixo.

–Eu vou embora e é melhor me soltar. - digo me esgueirando dele.

–Não acho que você vá querer ir mas... - É claro que eu queria ir! - A porta estará aberta e eu não sou como Jack Frost, eu não te magoaria desse jeito.

–Você já magoou, e de um jeito muito pior.

–Você pode mudar de ideia sobre ficar aqui se você quiser. - Ele me ignorava e se aproximava demais, e eu o empurrava.

–Já disse que não! - Está nevando no quarto e me parece que algo diz para eu ficar. Percebo que sua voz me pressionava, me persuadindo.

O medo serve apenas para persuadir as pessoas.

Se bem que eu podia ficar, para investigar, para colher informações de possiveis ataques ao norte ou... Ao Jack.

Não quero ver Jack Frost nem tão cedo.

–Elsa, não sobrou mais nada que eu possa machucar em você... Mas se for embora eu acharei algo que te machuque, a morte faz parte de seus medos.

O encaro estudando seu sorriso sarcástico e seu olhar negro, percebo um leve dourado neles.

–O que eu faria se ficasse aqui? - pergunto cautelosamente.

–Seria minha hóspede. - ele sorri com um sorriso maléfico. - e seria minha espiã.

–Espiã? - talvez eu não seja a garota boa aos olhos dele - e eu iria espionar a quem?

Me encara e posso sentir que ele pode estudar minha mente, como se pensássemos como um só.

Um sorriso estranhamente divertido surge por parte dele. E sinto vontade de sorrir também.

Maldita persuasão.

–Jack Frost.

~•~


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Notas finais do capítulo

Hehehehehehe sabe quando eu disse q n ia ter Pitch nessa fic? Bem, mudei de ideia, mas calma gente, e ai ela fica ou não? E as tretas tão só começando, adoradores de tretas, tenham calma que vcs vão, já tenho o proximo capítulo pronto, estarei só esperando nos comentários, AH e todos os comentários eu vou responder quinta, no caso, amanhã, beijos gelados e façam suas apostas hehe... ♥