Namoro de brincadeira escrita por Thay


Capítulo 7
Segunda feira


Notas iniciais do capítulo

gente, culpem a net por eu nao postar na sexta! Juro, na sexta choveu muito Muito mesmo ( se voce mora em São Paulo deve saber do que estou falando) dai a Net morreu não caiu e só voltou com velocidade aceitavel hoje de manhã.
Mas eu voltei ... Aeeeeee



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Segundas-feiras sempre são péssima, mas nessa eu estava animada. Ontem, meus pais saíram com meu irmão o dia inteiro e Biel veio em casa e ficamos juntos. Não sei o que estamos tendo, mas como a vida não é perfeita e nem eu, eu consegui arranjar outro problema para minha cabeça. Eu não gosto de namorar, todos sabem disso, mas o Biel insiste em querer me chamar de namorada e tudo mais. Eu não quero isso, principalmente porque ainda não consigo vê-lo como namorado (mas isso ele não sabe, como sempre), ele continua sendo meu melhor amigo só que a gente está se beijando agora. Eu sei que isso não é nada legal, mas eu não queria magoa-lo ou perde-lo, além do mais ele da um ótimo namorado, ele é o tipo perfeito de cara para namorar. Enfim, voltando ao que eu falava, ele pelo menos entendeu esse meu lado e aceitou me dar uns dias. Foi totalmente de repente, sei que não sou a única que nessa situação iria pedir para ir com calma, né?

–Filha, desce. Precisamos conversar. – minha mãe gritou batendo na porta do quarto.

Coisa boa não deve ser, porque senão ela não batia com tanta agressividade na porta. Levantei e me arrumei. O dia estava quente, abri a janela e percebi que Biel estava acordado.

–Finalmente você decidiu ir para escola. – brinquei com ele.

–Antes tarde do que nunca. – coloquei um sorriso no rosto. – namorada. – e ele logo se escondeu atrás de uma máscara de surpresa que cobria meu rosto.

–Biel...

–Calma, Gabi. Só tem nós dois aqui.

–Eu já vou descer, te encontro em 10 minutos ok? – respondi.

–Claro, to descendo também.

Sorri e fechei a janela. Tomara que eu esteja fazendo a coisa certa. Peguei minha mochila e desci as escadas. Meu pai dava café para meu irmão e minha mãe arrumava algo na mochila do meu irmão.

–Oi mãe. Chamou? – falei encostando na bancada da cozinha.

–Vem cá Gabriela... – Fudeu. Chamo pelo nome. – Quantos anos você acha que tem?

–Eu tenho 16 mãe. – respondi como quem não estava entendendo, o que era verdade.

–Eu perguntei quantos ano você Acha que tem? – ela perguntou de novo colocando ênfase no “Acha”.

–Mãe o que você ta falando? – perguntei fazendo uma careta. – Eu tenho que ir para a escola.

–Senta Gabriela. – Com um pouco de espanto eu sentei na cadeira. – Quantos anos você tem para achar que pode sair de manhã sem avisar, não dar notícia o dia inteiro e voltar quando eu já estou na cama?

–Ah, é sobre isso que você quer falar...

–É, é sobre isso mesmo. –ficamos encarando uma a outra por alguns segundos. – Vai eu to esperando uma resposta.

–De manhã eu assumo que eu tava de mau humor...

–E isso lá é motivo para sair sem avisar? – ela perguntou batendo com a mão na mesa.

–Calma mãe deixa eu terminar.

–Não me peça para ficar calma, continue.

–Dai eu fui na casa da Larissa como sempre e a gente acabou começando a ver filme, conversar e tudo mais e o tempo passou e eu não vi.

–Você anda muito irresponsável menina! É só a gente de dar um pouco de liberdade que você já acha que é independente?

–Pera aí mãe.

–Para você Gabriela. – Ela elevou o nível de voz. – Eu to falando agora. Enquanto você morar embaixo do meu teto, você vai seguir as minhas ordens, entendeu? Você não pode sair por ai sem avisar ou mandar notícia.

–Ta mãe, desculpa.

–Eu aceito suas desculpa filha, mas as coisas vão mudar por aqui.

–OI? Como assim?

–Primeiro você está de castigo, sem sair no próximo mês, ou seja, eu vou estar de olho em você, não adianta tentar me enganar. Quero que venha direto da escola para casa nesse próximo mês. Também terá algumas outras coisinhas, mas vá para a escola que nós terminamos essa conversar quando você vier direto para casa.

Eu estava muito furiosa, além do normal. Levantei e fui andando até a porta como aquelas crianças emburradas que batem o pé no chão. Minha mãe realmente acha que eu ainda tenho 8 anos e não consigo me virar sozinha? Aquela primeira frase de que eu estou animada nessa segunda feira acabou de ser destruída. Agora eu já estou tendo uma segunda feira péssima novamente.

Bati a porta com certa ignorância e comecei a andar reto sem prestar atenção em nada. Eu tenho 16 anos e agora vou ser controlada, vindo direto para casa depois da escola, provavelmente minha mãe não vai deixar eu fazer absolutamente nada nesse próximo mês. Vou virar igual rato de laboratório presa em casa e ainda fazer as obrigações que a minha mãe pedir e com toda certeza que ela vai abusar disso.

–Gabriela do céu para de andar sem olhar para nada. – Senti duas mãos me segurarem pelos braços.

Era só o que me faltava ser assaltada na rua as 6 horas da manhã. Minha primeira reação foi começar a tentar me soltar das mãos. Mas espera, o ladrão falou meu nome. Então...

–Gabi, eu, que isso? – Ah, é o Biel.

–Ai, desculpa Biel. – respondi abraçando-o.

–Você ta bem garota? – ele perguntou depois que nos soltamos.

–É que eu briguei com a minha mãe. Daí fiquei meio revoltada e parei de prestar atenção em tudo.

–Essa última parte eu percebi. – ele disse com um sorriso no rosto. – Você quase saiu correndo pela rua, não ouviu eu te chamar, o que eu fiz umas 10 vezes, eu fiquei até com medo de você ser atropelada.

–Desculpa, eu não ouvi mesmo. – respondi ainda com semblante de brava.

–Mas o que houve?

–Depois eu conto, se falar agora vou ficar brava de novo.

Respondi e começamos a andar de novo. Passei meu braço no braço de Biel e encostei a cabeça em seu ombro. Adorava o fato da altura dele ser perfeita para o encaixe do meu pescoço no seu ombro. Andamos assim até a escola sem trocar uma palavra sequer, mas pelo menos, eu estava ficando mais calma. Chegando na escola nos separamos cada um para sua sala. Entrei na sala e fui de encontro com minhas amigas no lugar de sempre. A escola não tinha lugar marcado, mas sempre acabava ficando marcado por regiões. A região dos nerds que sentavam colados na lousa, a região dos que só dormiam no fundo contra as janelas para ficar mas escurinho, e por aí. Não sei como se considerava nossa região, mas eu adorava ficar perto da janela, então pegamos a fileira perto da janela.

–Sabe. Agora você já pode me contar o que houve esse fim de semana né? – Larissa perguntou assim que cheguei sentando na minha mesa.

–É uma longa história. – respondi jogando minha mochila no chão.

–O importante é que seja boa. E aí, é boa?

–Se você for pensar que no final eu arranjei um namorado, acho que sim.

–Meu Jesus. – Larissa quase gritou e eu tive que olhar para os lados para ver se alguém olhava. – Como assim?

–Primeiro, você pare de gritar vadia do caralho. – falei sussurrando muito brava para ela.

–Ta, ta conte. – ela respondeu sussurrando também.

–Na sexta à noite, eu cheguei muito mal em casa. Você lembra. Então, Biel desceu e foi me ajudar a entrar e tudo mais, daí nesse papinho de entrar na casa e ele me levar para o meu quarto, lembrando que meus pais não estavam em casa, acabou que nós ficamos. Mas não foi nada além de beijos e tals. Dai no sábado, eu tava muito arrependida, achei que ele ia me matar ou para de ser meu amigo, tanto q eu nem falei com ele o sábado inteiro. Por isso queria ir para sua casa, precisava conversar com uma amiga, mas eu tive que correr para casa da minha avó e ficar lá. – Eu não gostava de mentir para Larissa, mas era necessário. – Porém, a noite quando eu estava voltando, tive um momento de coragem e fui falar com ele. No começou achei que íamos brigar feio, mas eu resolvi deixar de lado meu lado bravinha e ser verdadeira com ele e então começamos a namorar.

–De verdade?

–Não, Larissa, de mentira.

–Eu sei, mas é que eu nunca vi você chamar qualquer menino que for de namorado.

–É, eu também sei disso. Na verdade eu ainda não estou chamando ele de namorado, mas eu realmente vou me esforçar para isso dar certo. – respondi e comecei a pensar que talvez realmente desse certo. – Sabe Lari, talvez no meio de todas aquelas brincadeiras que vocês faziam, tinha uma ponta de verdade. Eu e o Biel somos muito próximos, a gente se da muito bem, parece que nos conhecemos melhor que muita gente. Acho que isso pode dar certo. – sorri olhando para o nada.

–Bom, eu apoio esse namoro, saiba disso. Eu gosto dele.

–É, eu também. – Aquele sorriso ainda não havia saído do meu rosto.


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Notas finais do capítulo

Bom, eu sei que esse capitulo não foi la muita emoção e tals, mas foi necessário para continuar a fic.... e deixa para vocês entenderem com o tempo né? ahahahhahah Bom, como muitos ja sabem, deem sugestões, adorooo saber o que vocês acham que pode acontecer :)
Beijuuus



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