Namoro de brincadeira escrita por Thay


Capítulo 6
Melhor amigo?


Notas iniciais do capítulo

Gente, primeiro eu tenho que pedir 2471728727 desculpas por ficar fora por tanto tempo, mas é porque eu fui pra Disney :)) E tenho que dizer que é o lugar mais lindo e mágico de todos, realizei meu sonho e aconselho a todos a irem, sério. Quem aqui já foi?? E o que achou?
2º Vooooltei, com um capitulo agora! e agora vou entrar no eixo e postar um capitulo a cada semana(as vezes á cada 4 ou 5 dias, se eu estiver em uma semana de extrema criatividade), e eu quero saber a opiniao de vocês, quero ficar mais próxima dos meus leitores, por isso apareçam! Se você escreve, vamos trocar ideias de escrita, trocar fics que cada um gostou, falar de qualquer coisa, mas apareçam!
Aproveitem o capitulooo



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A porta do elevador se abriu e eu andei até a saída automaticamente. Minha cabeça estava longe em pensamentos. Aquele beijo que eu ainda parecia sentir, a noite com Gabriel, como explicar para a Larissa e o que eu vou fazer em relação ao Mateus? Não que eu ame ou adore ele, mas ele é gente boa, joga videogame muito bem, nós poderíamos ser bons amigos.

Minha casa chegou mais rápido do que eu imaginava. Meus pais estavam em casa, provavelmente iriam começar a fazer milhares de perguntas de onde eu estive, o que fiz e blábláblá. Resolvi ir ver Biel, ter a conversa que deveríamos ter tido de manhã. Na verdade, eu não estava com coragem, me arrependia, acho que no fundo eu que me aproveitei dele, ele só concordou porque já queria fazia tempo. O que eu falaria? “Desculpa me aproveitei de você”, “Desculpa eu to com vergonha e por isso não quero mais falar com você”. Essa é uma das piores consequências de beber. Pedir desculpas quando você faz cagada. Cheguei na frente na porta, e acho que cheguei a ficar uns 5 minutos olhando para a campainha antes de tocar. Meu estomago estava um pouco mexido, mas eu ignorei.

–Gabi? – a avó de Biel atendeu a porta. – Como você tá querida?

–To ótima. Dona Ina. E a senhora?

–Também. Entre, entre por favor. – ela pediu dando passagem. – Veio falar com o Gabriel?

–Na verdade, sim senhora.

–Ótimo, porque ele ta muito desanimado hoje. – Acho que eu sou o motivo. – Tenho certeza que você o anima.

–Vou fazer o possível. – brinquei sorrindo e subindo as escadas.

A porta de Gabriel estava fechada, mas desde a escada já conseguia ouvir o heavy metal tocando. E se estava tão alto assim, é porque ele estava bravo. Minha moral para falar com ele deve estar ótima. Bati na porta de leve, e pelo fato de eu ter citado “de leve”, acho que ele nem ouviu. Bati mais uma vez um pouco mais forte, mas mesmo assim ele não me respondeu.

–Biel. Sou eu, Biel. – Bela bosta ser “eu”, ele provavelmente não quer me ver nem pintada de ouro. – Abre para mim por favor. Preciso conversar, preciso do meu melhor amigo. – Encostei a testa na porta como quem desiste. – Por favor.

Eu já estava indo embora quando ele abre a porta com certa brutalidade e me olha, mas não com o olhar de sempre. Seu olhar comigo sempre foi feliz, receptivo, aquele de quem te ama até pelo olhar e prova e eu amo esse olhar. Porém, esse é diferente. Tem raiva, desinteresse e algo que o deixava escuro como o céu de uma noite sem lua, se não comentei ele tem olhos azuis. Eu não tive uma primeira reação, fiquei parada analisando aquele olhar. Não sabia dizer se ele estava bravo, ou apenas ignorando, mas com toda certeza estava bancando o enigmático e fazia isso muito bem para o meu azar.

–Você não vai dizer por que veio aqui? – ele perguntei sem mexer quase nenhum musculo do rosto.

–Primeiro vim para conversar só, você sabe como eu odeio receber aqueles sermos da minha mãe. – eu esperava algum comentário, risadinha, qualquer coisa, mas eu só recebi o silencio. – Continuando, daí eu cheguei aqui e ouvi o heavy metal, eu ia embora, sei como você coloca a música como um aviso para a gente se manter longe, mas seu avó pediu para eu falar com você. Ela falou que você está estranho hoje, desanimado, então eu vim ver você. – sorri no final, mas não recebi um sorriso de volta.

–Bom, eu não vou te expulsar, então entre. – ele respondeu entrando no quarto e deixando a porta aberta para mim.

Entrei e encostei a porta. Não queria que a avó dele ouvisse nossa conversa, não tenho mais tanta certeza que sairemos bem dessa. Gabriel sentou na cadeira e ficou encarando a tela do computador, fingia prestar atenção, as nem o mouse ele mexia direito. Sentei na ponta da cama perto dele e esfreguei as mãos nos joelhos. Pela primeira vez eu não sabia sobre o que falar com Biel, ou talvez fosse que eu não soubesse como começar.

–Onde você ficou o dia inteiro? – No final foi ele que começou, mas não muito bem.

–Na casa da Larissa, como sempre. – Depois terei que fazer algo para que essa mentira funcione.

–Claro.

–Você saiu cedo de casa hoje?

–Acho que era umas 9:30. Achei melhor não correr o risco de encontrar seus pais.

–É, você explicou. – Que resposta foi essa? Eu realmente não tinha nada de melhor para falar?

–Acho que eu já expliquei demais, não? – ele perguntou girando na cadeira e ficando de frente para mim.

Apoio os cotovelos no joelho e me olhou com mais um olhar que eu desconhecia. Ele pedia minha explicação sobre o que aconteceu. Mas o que eu ia falar? Não queria que ele achasse que foi tudo uma mentira, que eu não queria nada e tudo mais. Ele é meu melhor amigo, não posso perde-lo. Ele continuava a me olhar, olhei para baixo e fechei os olhos com força para juntar folego e coragem.

–Desculpa Biel. – olhei para ele, sentia minhas bochechas quentes. – Eu estava bêbada e não deveria ter feito aquilo...

–Então você não queria? Nunca quis né? – ele perguntou se jogando para trás na cadeira. Logo o que eu não queria, eu consegui.

–Não, não é nada disso. – respondi. – Você é meu melhor amigo, eu te amo, mas...

–Não do jeito que eu amo né? – ele se levantou e começou a andar até a janela.

Agora fudeu totalmente. Eu estava paralisada. Está certo que todos diziam, talvez eu já até soubesse no fundo, mas ele nunca tinha dito nessas palavras e nem em uma situação como essa. Eu não queria que ele se afasta-se de mim, ou muito menos que ficasse bravo comigo ao ponto de não falar mais comigo. O que eu deveria fazer? Eu não sabia. Senti meu olho arder, estava prestes a chorar. Levantei e fui até ele na janela. Abracei-o pelo pescoço, mas ele não correspondeu. Afastei-me um pouco ainda com os braços em volto de seu pescoço e o fiz olhar para mim.

–Eu te amo Biel, muito. Aquilo de ontem a noite não deveria ter acontecido, eu que te seduzi de certa forma, - finalmente consegui arrancar um risinho dele.- e no final dei pra trás, mas nem aquele primeiro beijo deveria ter acontecido, mas não porque eu não goste de você. Você é lindo, gentil, carinhoso, gostoso, - agora eu que dei um risinho envergonhada. – e eu confio em você para tudo, mas eu não sou a pessoa certa para você. Você é bom demais para mim. Eu só acho que estávamos bem como estávamos, e somos muito próximos, eu acho que podemos ficar bem, ou arranjar um jeito de ficar bem não?

–Por que você acha que não é a pessoa certa para mim? – Agora aquele olhar que me faz sentir acolhida e protegida volta.

–Eu só faço bosta, fico com os piores meninos, sou uma tragédia na minha casa e você é o cara certinho que cuida dos avós com carinho, que faz bostas no limite, fica com garotas certinhas e que você namora, você e nunca fica por ficar só sabe? Você é o cara perfeito meu Jesus.

–Eu posso ajeitar você. – ele respondeu tirando um sorriso dos meu lábios e passando os braços na cintura e me puxando para perto. – Eu posso deixar você a garota perfeita como eu. – ele colou nossas testas e agora sorria.

–Olha, que é um trabalho e tanto, você acha que consegue? – brinquei com ele.

–Eu sei que eu consigo.

Ele respondeu e me beijou. Ele me pegou de surpresa, mas eu cedi. Talvez desse certo, não? Será que agora nos seriamos “namorado e namorada” e um casalzinho e tals? Tirei os pensamentos da cabeça e apenas o beijei. O beijo dele era muito bom para eu desperdiçar com pensamentos que ficariam para hora de dormir com toda certeza. Ele me abraçava gentilmente, ele era todo gentil. Ele era o típico cavalheiro, até no beijo. Nos separamos por falta de ar, mas continuamos roçando narizes e de corpo colado. Eu senti ele sorrir junto a minha boca.

–E agora? –perguntei.

–Agora eu vou te ajeitar.


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Notas finais do capítulo

E aí, o que acharam?? Gostaram, odiaram? Falem algo! dicas, sugestões!
Não esqueçam en?
Beijooss! Esperando seus reviews



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