Tentação Potter escrita por Sgt Lely Winchester


Capítulo 25
Capítulo XXIV: how can I say no to him?


Notas iniciais do capítulo

OLÁ BEBÊZINHOS DA TIA LETH
trouxe mais um capítulo pra vocês ♥
eu sei que demoro um pouco para atualizar, mas é que eu to tentando escrever logo todos os capítulos que faltam para depois só ir atualizando.
enfim, leiam!! :)



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O medo que eu senti em caminhar por aqueles corredores sozinha foi indescritível. É óbvio que eu não estava preparada para deixar a segurança imaculada da enfermaria e perambular pela escola; contudo, não poderia mais esperar. Muitas coisas precisavam ser esclarecidas e eu não era egoísta o suficiente para conseguir não pensar nas próximas vítimas que surgiriam. Principalmente se eu possuía uma solução para impedir que aquilo acontecesse. Oh, droga, isso é muito surreal para a minha pobre mente processar.

Quando finalmente me posicionei de frente ao quadro da Mulher Gorda, senti um alívio. Não prestei muita atenção no que ela dizia e simplesmente soltei as palavras que garantiriam minha entrada. Depois de ouvir um relatório sobre o criminoso à solta, afinal consegui chegar ao meu objetivo. O salão comunal estava praticamente vazio, a exceção de uns poucos meninos, do primeiro ano, que jogavam xadrez. Os reconheci dos períodos de monitoria que Lily me obrigava a fazer, quando recebia uma advertência por alguma travessura. Seus olhinhos curiosos se voltaram para mim e sorriram animados. Por um segundo senti meu coração aquecido. Acenei, alegremente, e encaminhei-me para o dormitório.

O cômodo estava aparente vazio.

Fechei depressa a porta atrás de mim e sussurrei um feitiço para trancá-la. Já que estava sozinha, aproveitaria o momento para bisbilhotar nas coisas de minha querida prima. Sua parte do quarto estava perfeitamente organizada; a cama bem posta, nenhuma roupa espalhada. Por um segundo quis ser dessa forma. No entanto, eu recordei porque estava realmente ali. Abaixei-me no nível de sua mesinha de cabeceira e chequei cada uma de suas gavetas. Nada de muito interessante lá. Sua mala estava sob a cama, puxei-a e abri. Além de umas roupas coloridas, não havia...

Outch! – reclamei, ao sentir uma picada. – O que é isso?

Tateei mais um pouco e descobri o que havia ferido meu dedo: um punhal. Bem bonito, por sinal. A base parecia ser feita de ouro e portava vários detalhes, como círculos, triângulos e todos aqueles clichês de livros de suspense, entalhados. Estava completamente hipnotizada pela lâmina prateada, já que esta brilhava fortemente sob a luz solar. Era lindo. Quase esqueci de realmente me ater ao que era importante sobre o objeto. Girei-o e pude avistar duas pequeninas letras, no entanto não as identifiquei a tempo. A maçaneta começou a girar e alguém bateu na porta.

Oh, shoot!

— Quem está aí dentro? - A voz estridente de Marlene soou e meus ombros cairam um pouco, de alívio. - Por que a porta está trancada?

— Ahn, sou eu, Marley! - Bradei, um pouco afobada. - Estou indo abrir! Só um segundo!

Guardei as roupas e enfiei o punhal para o meio delas, esperando que Regina não notasse nenhuma diferença de lugar ou como suas coisas não estavam na perfeita ordem. Quero dizer, não me faltaria mais nada do que ela me perseguindo ou achando que eu tentara roubar algo. Santo Merlinzinho! Respirei fundo e joguei a mala para debaixo da cama, encaminhando-me, finalmente, para a porta.

A garota loira parecia entediada pela espera; fator que não me surpreendeu muito, já que Marlene era uma garota extremamente... Qual a palavra suave para isso? Inconveniente! E não digo isso por ela ter me tratado mal durante um extenso período por achar que eu estava, aparentemente, dando em cima do cachorro, mais conhecido por Sirius. Sim, eles namoraram durante o quinto ano. Não durou muito. E ela me culpou por isso. Nada que alguns meses não resolvessem. Logo ela estava normal novamente. Amor faz coisas estranhas com as pessoas. Resignei-me com essa explicação.

— Por que é que você demorou tanto para abrir? - Questionou. - E por que diabos trancou essa porta?

— É que eu estava... Hum, bem, com medo de ficar sozinha. - Mordi o lábio, nervosa.

— Ah, certo. - Marlene encolheu os ombros. - Não fique, aqui dentro você está segura.

Sua mensagem bem enfática fez com que eu me sentisse um pouco melhor, além do mínimo aperto no ombro que a menina me ofereceu. Aquilo estava bem estranho. Resolvi que seria bem mais benéfico ignorar e me aprontar de uma vez. Não é como se eu tivesse muito tempo. Prendi meu cabelo em um coque alto e adentrei no banheiro, tomando um banho curto, limitando-me a apenas lavar meu corpo. Após acabar aquela tarefa, me enrolei em uma toalha e saí do lugar. Pela janela que ficava do lado da minha cama pude avistar a escuridão que estava lá fora. Estranhei um pouco, por estarmos no verão, contudo achei conveniente. Sequei meu corpo, espirrei um pouco de perfume em mim e tentei domar minhas madeixas. Depois de tudo isso pronto, optei por vestir-me com roupas pretas, que me disfarçariam perfeitamente nas sombras. E essa frase ficou horrenda. Parece que vou matar alguém.

Uma risadinha mínima escapou e eu balancei minha cabeça, inconformada com esses meus pensamentos malucos.

Finalmente deixei o dormitório, empenhada em encontrar o cachorro e compartilhar todos os meus anseios. Se Jimbo e os demais estivessem com ele, seria bem melhor. Céus, como eu estava com saudades de conversar com os caras. Definitivamente precisávamos de um dia para festejar e beber todas. E por que, pelo amor de minha Morgana, eu estou pensando nisso com um assassino livre ameaçando todos por aí?

Suspirei e continuei meu caminho.

Dessa vez o salão comunal estava vazio, o que facilitou minha passagem para o dormitório masculino. Provavelmente passava das nove, o que significava que Sirius estava tomando banho para ir treinar com os garotos de dez as onze. E eu não sou do tipo que persegue o cônjuge ou algo assim, apenas sei disso porque o James é um cara extremamente metódico e sempre marcou os treinos nesse horário. E eu costumava jogar. Somente isso. Continuando. Ao pôr os pés no local, percebi que ao invés de estar no chuveiro, como supus, o moreno estava largado, dormindo a sono solto. Tadinho, com todas essas coisas, deve ter se privado de qualquer momento de descanso que pudesse ter. Por essas razões que o Black era uma das melhores pessoas que eu conhecia. Não isento a culpa dele ser um idiota quando o assunto é relacionamento, longe disso. De qualquer forma, o ponto não era aquele. Eu penso demais e perco a noção de tempo. É a explicação porque eu estou sempre atrasada para as coisas. Sou uma péssima britânica!

Sentei-me na borda da cama, olhando-o por alguns segundos. Os cabelos negros caindo displicentemente, um pouco bagunçados. As feições tranquilas. Era muito gostoso vê-lo daquela forma, indefeso. Não parecia o Sirius completamente armado e pronto para dar patadas em qualquer um. Por mim, eu passaria horas daquela forma, no entanto não podia perder tempo. Sou um pouco egoísta quando o assunto é a minha sanidade. E eu precisava contar sobre o punhal. Sobre as minhas suspeitas de quem estaria por de trás dos ataques. Toda essa besteira.

Suspirei e afaguei seu braço, tentando ser o mais delicada possível.

— Sirius?

Ouvi um resmungo e ele rolou na cama, puxando braço de minhas mãos. Chegava a ser cômico tentar acordá-lo, sendo o rapaz possuidor de um mau humor péssimo quando acordado abruptamente. Mordi meu lábio inferior e, com muita cautela, tornei a acariciar seu braço, chacoalhando-o um pouco.

— Prongs, pelo amor de Merlin, me deixa dormir! - Sua voz rouca soou, no entanto seus olhos permaneciam fechados. - Eu treino amanhã. Não estou com cabeça para fazer mais nada hoje. Aliás, achei que você mesmo não o faria.

— Não é o James, Black. - Sussurrei. - Sou eu.

Seus olhos se abriram e eu me perdi um pouco neles. Se antes existiam dúvidas a respeito de meus sentimentos por Sirius, agora não passavam de uma memória distante. Eu estava completamente ciente da imensidade deles. Do maldito amor que aquele moreno despertara em mim. Que me fazia ficar estúpida, incoerente.

— O que foi, gnomo de jardim?

— Nem começa com esses apelidinhos ridículos. - Rolei os olhos. - Preciso conversar com você.

— Sobre o quê? - Murmurou, levantando o corpo e sentando-se. - Aconteceu alguma coisa com você? Alguém te machucou?

— Desde quando você é tão maníaco assim, Black?

— Nem vem com essa de maníaco. - Seu tom de voz era irritado. - Apenas estou preocupado.

Pigarreei e logo tornei a falar:

— De qualquer forma. - Encolhi os ombros. - Preciso falar sobre esses ataques.

— Você descobriu algo?

Assenti, silenciosamente.

— Eu conversei com a Lily. - Informei-o. - E ela me disse que não conseguiu distinguir quem eram as pessoas.

— E como isso nos ajuda?

— Cala a boca, Black.

O garoto ergueu os braços, rendendo-se, e permaneceu em silêncio, apenas aguardando-me para dar seguimento na minha história. Posso abrir uma parêntese para enfatizar que, com o movimento, pude avistar que a única peça que ele vestia era uma cueca? Isso não é justo para as mortais. Quero dizer, era provocação demais. Aquele homem todo era um crime cruel que provavelmente veio a esse mundo para me torturar.

— Não babe, Potter. - Piscou, safado.

— Argh, me poupe desses comentários desnecessários. - Balancei a cabeça negativamente. - Prosseguindo, ela me disse que eram duas mulheres.

— O que coincide com a nossa teoria de que Emilly e Regina estão envolvidas nisso.

— Sim. - Concordei. - Mas não é só isso. Segundo Evans, não eram só duas meninas que estavam lá. Elas estavam acompanhadas por um rapaz.

— Você acha que é alguém aqui de Gryffindor?

Dei de ombros, disso eu não tinha ideia.

— Realmente não sei, Black, só posso supor que sim.

— Porra!

Ele enterrou as mãos nos cabelos e com a raiva que vi em seu olhar, percebi que ele seria capaz de fazer algo estúpido. Era incrível como eu conseguia estragar todas as situações por falar demais. Simplesmente incrível. Cerrei minhas mãos em punhos, abraçando a raiva que sentia.

— Precisamos conversar com James e Remus sobre isso. - Falou, com uma firmeza e seriedade raramente vistas em conjunto com aquele homem.

— E também Lily e Dorcas. - Repliquei.

O próximo minuto foi de silêncio total. Apenas encarávamos um ao outro, como se fôssemos encontrar todas as soluções necessárias daquela maneira. Chegava a ser agoniante. Uma pitada de pânico me consumiu e quebrei aquela conexão. Foi o suficiente para que o rapaz chutasse os cobertores, que cobriam suas pernas, e se levantasse da cama. Tudo isso de forma abrupta. Quase caí da borda da cama, com a surpresa do ato. Ele parecia procurar algo. Provavelmente roupas.

— O que você vai fazer?

— Vou procurar prongs e também moony. - Informou-me, incisivo. - Eu estou simplesmente cansado dessa palhaçada.

Foi a minha vez de levantar.

Caminhei lentamente até ele e repousei minhas mãos em seus ombros. Ele pareceu um tanto tenso com a minha ação, contudo não recuou. Ergui uma mão e toquei seu rosto. Sentido a aspereza da barba mal feita e me deliciando com isso. Seu olhar parecia confuso.

— Sirius, eu quero que você me prometa uma coisa. - Murmurei, sem avaliar a intensidade de minhas palavras.

— Fale. - Suas mãos agora tocavam meus ombros, suavemente.

— Você não vai cometer nenhuma loucura em nome desse caso.

— Não posso prometer isso.

Encarei-o firme.

— Eu absolutamente me recuso a prometer algo que não posso cumprir.

— Sirius!

— Estou falando sério, Lethícia.

— Digo o mesmo.

Sirius pegou minhas mãos, que ainda estavam seus ombros, e as entrelaçou com as suas. O olhar que ele me lançou foi, no mínimo, extasiante. Ah, como eu odeio esse filho de uma puta! Ele sempre fazia isso quando queria me distrair e mudar meus planos. O pior de tudo é que sempre funcionava. C'mon, ninguém resiste a essa carinha. Muito menos eu, que sou uma mera mortal. Lentamente ele se inclinou, puxando-me pela cintura e roubando um beijo, daqueles de cinema. Enquanto suas mãos trabalhavam em puxar minha roupa, as minhas deliciavam-se bagunçando seus cabelos. Nossas bocas estavam interligadas e nenhuma parecia querer desistir e perder a luta. 

Suspirei internamente, deixando um risinho escapar durante a sessão de carinho. 

Em minha cabeça apenas um pensamento flutuava: como seria possível resistir ou sequer dizer um não a esse maroto?


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Notas finais do capítulo

e então meninas, tem como dizer não para esse maroto? sushskjdhaskjhd
estou com saudade dos comentários de vocês, APAREÇAM!!!!!!
anyways, tenho que ir
beijinhos
leth



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