Tentação Potter escrita por Sgt Lely Winchester


Capítulo 19
Capítulo XVIII: oh, well


Notas iniciais do capítulo

olá, gurls
trouxe mais um capítulo
espero que vocês gostem!!



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A dor era insuportável.

Pensei em todos os momentos traumatizantes e dolorosos que eu já tivera a oportunidade de experimentar; contudo, nenhum deles me proporcionara semelhante dor. Em um comparativo, sentia como se alguém abrisse o meu corpo de ponta a ponta com um bisturi, sem utilizar uma anestesia. E o espiral intenso continuava se repetindo, de novo e de novo.

— Que droga! – exclamei, enquanto retirava as botinhas e meias que estava calçada com. – Por que diabos ele tinha de ter feito isso?

— Ter feito o quê?

— AH! – berrei, assustada e de olhos arregalados. – Lily! Você quer terminar de me matar?

— O que foi que aconteceu? E por que você está com essa cara amassada e vermelha?

— O Sirius aconteceu, óbvio. – balancei a cabeça, entre soluços.

— Ah... Quer me contar o que aconteceu? Ou prefere só chorar enquanto eu te digo que tudo vai dar certo?

Rolei os olhos, rindo baixo e limpando as lágrimas. A ruiva se sentou ao meu lado, retirando alguns fios castanhos que insistiam em grudar no meu rosto e senti suas orbes verde-esmeralda queimarem-me. Comecei um pouco hesitante, omitindo o motivo pelo qual eu estava na busca de Sirius em primeiro lugar, não precisava de alguém buzinando nos meus ouvidos o quão irresponsável eu havia sido. Ao lembrar da possível criança que crescia em meu útero, senti a corrente lacrimal crescer.

As mãos delicadas de Lily tentavam me acalmar, assim como suas palavras doces.

— Eu sinceramente não acredito que o Sirius faria algo assim. – suas sobrancelhas estavam franzidas. – Você tem certeza de que isso não foi tudo um plano arquitetado pela Regina?

— Duvido muito. – suspirei. – Nós tivemos nossos problemas, só que acima deles tem o sangue. Somos família!

— Se você diz...

— Droga, Lily! – ergui meu tronco, olhando-a irritada. – Por que você está defendendo o Sirius?

— Eu não estou...

— É claro que sim! – rolei os olhos.

— Escute aqui, Potter! – ela crispou os lábios. – Sirius me contou diversas vezes o quão apaixonado ele é por você, o quanto ele desejava ser seu namorado e todos os eteceteras. Prefiro acreditar que isso tudo foi um mal-entendido do que meu amigo ser um belo de um mentiroso.

Suas palavras me fizeram calar por alguns segundos. Eu estava irada com toda a situação; no entanto, ela não deixava de ter razão. Sirius não precisava dissimular para mim. Ou pelo menos era o que eu tentava pensar, antes da minha mente ser rapidamente arrastada para jelousyville.

— Só um detalhe que falta você me dizer, e não posso deixar de frisar que estou curiosa. – riu, mostrando os dentes perolados. – O que você precisava contar a ele? Algo muito sério, espero, para justificar você quase ter me jogado escada abaixo em uma correria.

Vi-me, então, em uma encruzilhada.

Contar ou não?

— Ah, bem que pensei ter sido você a quem eu atropelei. – tentei desviar o assunto, mas a sobrancelha erguida estava incisiva.

— Vamos, não tente me enrolar.

— Certo... Bem, você sabe que eu e o Sirius, nós bem... O tempo todo... Droga, como vou contar isso para você? – soltei os ombros, desistindo. – Minha menstruação está atrasada.

Come again to medium sized fudge? — arregalou os olhos, surpresa. – Você está grávida?

— Sh. – tapei sua boca. – Se você falar mais alto, creio que os meninos daqui a pouco saberão. Não tenho certeza, no entanto creio que sim.

— Lethícia Potter! – exclamou, ainda embebida na surpresa. – Meu Merlin... Como é que...?

Limitei-me a apenas balançar a cabeça, um pouco trêmula e com algumas lágrimas escorrendo pela minha face. É claro que tanto eu como o Sirius nos preocupávamos em nos proteger, já que um bebê não fazia parte dos nossos planos. Não conseguia entender como... Shit.

— Você entende que se for verdade... Céus! Prevejo uma chacina, já que a sua mãe vai te matar e o James junto do tio Charlus matam o Sirius. Por falar nisso, ele já sabe? Chegou a contar-lhe?

— Sirius já sabe de tudo, nós conversamos alguns minutos depois de tudo acontecer. – fechei os olhos, tentando segurar as lágrimas. – Lily, eu estou com medo.

Pelo modo como Lily se calou, soube instantaneamente que ela não sabia como me confortar naquela situação. Certo, eu não posso ficar aqui me lastimando o tempo inteiro sobre coisas que eu não deveria ter feito. Levantei-me rapidamente da cama, me desvencilhando do abraço maternal que a ruiva me oferecia, e comecei a me despir.

— O que é que você está fazendo?

— Preciso de um banho.

— Agora?

Assenti rapidamente e corri para o banheiro.

— Sabe, Leth. – ouvi-a dizer. – Tem uma coisa que eu queria contar para você...

Esfreguei com um pouco mais de força o meu corpo e grunhi um “continue”. Por um breve período, a garota permaneceu em silêncio, o que me fez supor que provavelmente era algo relacionado ao meu saudoso irmãozinho. Oh, well, sempre soube que essa aposta eu ganharia.

Conclui o banho e enrolei-me em uma toalha, encarando as bochechas róseas de Evans.

Oh, pah-lease. — ri. – Já sei que tem a ver com o Jimbo, desembuche de uma vez.

— Certo, certo. Eu aceitei ir ao baile de formatura com ele.

— Isso é maravilhoso, pumpkin.

Revirei minha mala, procurando algo para vestir; no fim das contas, coloquei apenas um vestido rodado azul. O tempo lá fora estava quente, então a falta de roupas mais compridas não me trariam problemas. Passei um pouco de pó sob os olhos, tentando disfarçar o choro. Foi inútil, porém eu havia tentado.

— Para onde você vai?

— Madame Pomfrey. – borrifei perfume no pescoço. – E depois, quem sabe, comer alguma coisa. Estou morrendo de fome.

— Você vai...

— Fazer um teste, sim. – rolei os olhos. - E você vai comigo.

— Eu?

— Exatamente você.

A ruiva balançou a cabeça, com um sorrisinho.

Com um pouco de sorte, não cruzei com nenhum rosto familiar demais durante o percurso. O silêncio contínuo me deu espaço para pensar um pouco na situação. No correr de apenas algumas horas havia começado a suspeitar da gravidez, tentado conversar com o Sirius, ver ele beijando minha prima e ainda comunicado ao mesmo minha suspeita. Quero dizer, acho que esse deve ser o meu recorde de coisas ruins no menor espaço de tempo possível.

De qualquer forma, eu estava magoada por ter sido enganada. Ainda mais por alguém que me proporcionara semelhante grau de confiança e carinho. A verdade é que, minha proximidade com o Black só crescera. Nós ficávamos juntos praticamente o tempo inteiro. Algumas vezes eu até fugira para dormir colada com ele no dormitório masculino.

— Potter?

— Que foi, Evans?

— Chegamos.

— Ah! Já?

— Preparada?

— Sinceramente? Não. – franzi os ombros. – Vamos lá.

Madame Pomfrey parecia concentrada enquanto lia o Profeta Diário.

Pigarreei, tentando chamar sua atenção e ela ergueu o olhar até mim, fuzilando-me. Claro que a mulher não gostou nem um pouco de ser interrompida por duas adolescentes enxeridas que não deveriam estar ali. Mordi o lábio inferior, um pouco envergonhada.

— Desculpe incomodar. – disse-lhe, em tom de voz baixo. – É que... Eu preciso fazer um teste.

— Ora, menina. É o meu serviço, você não está incomodando. – retrucou enfim. – Que tipo de teste você precisa?

Euprecisofazerumtestedegravidez.— sussurrei.

— Como?

— Teste. De gravidez.

Pude ver a cor desaparecer do rosto da madame Pomfrey lentamente. Do branco ao vermelho, depois ao carmim e por último o púrpura. Com certeza aquilo era inesperado, já que a política de Hogwarts era bem restrita quanto ao carinho carnal entre alunos. Se McGonnagall descobrisse, eu ganharia uma bela notificação e um berrante de mamãe.

— Hum... Er... Tenho uma poção aqui que pode ajuda-la. – procurou em um velho armário. – Devo orientá-la a não compartilhar com ninguém essas suspeitas ou você será punida seriamente. E também o seu namorado.

— Obrigada! – ela assentiu. – Como eu uso isso?

— Você deve urinar e dentro dela, a urina, jogar a poção. Se a cor mudar para um azul anil, você possivelmente estará grávida, se não, se continuar verde, parabéns, você não terá um motivo para se preocupar.

Absorvi as informações e sai dali, com o pequeno frasquinho. Se eu não me engano, o melhor xixi era o primeiro da manhã, em relação a gravidez, porém eu não estava cem por cento certa de que conseguiria aguentar até a manhã seguinte.

Oh, droga.

Adentrei rapidamente o banheiro e corri para uma cabine, fazendo o xixi mais dolorido da vida. Quando minha bexiga finalmente secou, não demorei nem sequer um segundo para despejar todo o líquido verde no vaso sanitário. Aguardei uns minutos.

— Lily, venha já aqui! – gritei.

A ruiva entrou no pequeno cubículo.

— Oh, isso é maravilhoso.

Pisquei e mordi o lábio.

— Preciso definitivamente falar com o Sirius.


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Notas finais do capítulo

jskjsahjsh
gostaram?
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qualquer coisa, podem falar comigo no twitter
@fckzdanny
leth
xx



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